sábado, 28 de janeiro de 2012

Orangotango fêmea abraça filhote para protegê-lo de caçadores


Uma orangotango fêmea foi flagrada abraçando seu filhote para protegê-lo de caçadores que estavam prestes a capturá-los , de acordo com informações do jornal Daily Mail desta sexta-feira (27). A cena foi registrada em Bornéu, uma ilha localizada na Ásia .
Os caçadores já estava com facas nas mãos quando se aproximaram da orangotango – que está grávida – e de seu filhote. Cercada por uma roda de caçadores, a única coisa que a mamãe orangotango poderia pensar em fazer era envolver seu filhote em torno de seus braços para protegê-lo.
Eles pareciam estar diante da morte. Mas, felizmente, uma equipe do grupo britânico de resgate internacional de animais chamado Four Paws (Quatro Patas, em português) chegou a tempo de parar a matança e salvar a vida da dupla. “Nossa chegada não poderia ter sido mais oportuna,” disse Signe Preuschoft, voluntário do grupo de resgate e especialista em primatas. “Poucos minutos depois, e os orangotangos poderiam ter sido mortos”, conta. “A quadrilha estava eufórica na expectativa de obter recompensas pela a captura e pela matança dos animais. Esse massacre não pode continuar”, lamenta.


A mamãe orangotango e seus filhotes foram resgatados e levados para uma área mais segura da floresta. Mas antes de serem devolvidos à natureza, a orangotango fêmea foi equipada com um dispositivo de rádio, para que ela e seus filhotes pudessem ser monitorados e, assim, permanecerem seguros.
Antes do resgate, uma equipe do grupo havia vasculhado a área do lado indonésio de Bornéu, mas não encontrou orangotangos que tivessem sobrevivido ao abate realizado na região.
A Indonésia tem um dos maiores índices mundiais de desmatamento. Essa taxa é movida, principalmente, pela extração ilegal de madeira, pela plantação de palmeiras e extração de óleo e pelo garimpo de ouro. O desmatamento reduziu drasticamente o hábitat dos orangotangos e o número de animais caiu de 250 mil (há algumas décadas) para apenas 50 mil no mundo.
Apesar de ser proibida, a caça aos orangotangos é considerada comum no local e a espécie corre o risco de entrar em extinção.
  
Planeta bicho

O olhar de Verissimo sobre o BBB


Que me perdoem os ávidos telespectadores do Big Brother Brasil (BBB), produzido e organizado pela nossa distinta Rede Globo, mas conseguimos chegar ao fundo do poço. A nova edição do BBB é uma síntese do que há de pior na TV brasileira. Chega a ser difícil encontrar as palavras adequadas para qualificar tamanho atentado à nossa modesta inteligência. 
Dizem que Roma, um dos maiores impérios que o mundo conheceu, teve seu fim marcado pela depravação dos valores morais do seu povo, principalmente pela banalização do sexo. O BBB  é a pura e suprema banalização do sexo.

Impossível assistir ver este programa ao lado dos filhos. Gays, lésbicas, heteros...todos na mesma casa, a casa dos “heróis”, como são chamados por Pedro Bial. Não tenho nada contra gays, acho que cada um faz da vida o que quer, mas sou contra safadeza ao vivo na TV, seja entre homossexuais ou heterossexuais. O BBB  é a realidade em busca do IBOPE.  
Veja como Pedro Bial tratou os participantes do BBB . Ele prometeu um “zoológico humano divertido” . Não sei se será divertido, mas parece bem variado na sua mistura de clichês e figuras típicas. 


Pergunto-me, por exemplo, como um jornalista, documentarista e escritor como Pedro Bial que, faça-se justiça, cobriu a Queda do Muro de Berlim, se submete a ser apresentador de um programa desse nível. Em um e-mail que recebi há pouco tempo, Bial escreve maravilhosamente bem sobre a perda do humorista Bussunda referindo-se à pena de se morrer tão cedo. Eu gostaria de perguntar se ele não pensa que esse programa é a morte da cultura, de valores e princípios, da moral, da ética e da dignidade. 

Outro dia, durante o intervalo de uma programação da Globo, um outro repórter acéfalo do BBB disse que, para ganhar o prêmio de um milhão e meio de reais, um Big Brother tem um caminho árduo pela frente, chamando-os de heróis. Caminho árduo? Heróis? São esses nossos exemplos de heróis? Caminho árduo para mim é aquele percorrido por milhões de brasileiros, profissionais da saúde, professores da rede pública (aliás, todos os professores) , carteiros, lixeiros e tantos outros trabalhadores incansáveis que, diariamente, passam horas exercendo suas funções com dedicação, competência e amor e quase sempre são mal remunerados. 

Heróis são milhares de brasileiros que sequer tem um prato de comida por dia e um colchão decente para dormir, e conseguem sobreviver a isso todo dia. 

Heróis são crianças e adultos que lutam contra doenças complicadíssimas porque não tiveram chance de ter uma vida mais saudável e digna. Heróis são inúmeras pessoas, entidades sociais e beneficentes, Ongs, voluntários, igrejas e hospitais que se dedicam ao cuidado de carentes, doentes e necessitados (vamos lembrar de nossa eterna heroína Zilda Arns). 

Heróis são aqueles que, apesar de ganharem um salário mínimo, pagam suas contas, restando apenas dezesseis reais para alimentação, como mostrado em outra reportagem apresentada meses atrás pela própria Rede Globo. 

O Big Brother Brasil não é um programa cultural, nem educativo, não acrescenta informações e conhecimentos intelectuais aos telespectadores, nem aos participantes, e não há qualquer outro estímulo como, por exemplo, o incentivo ao esporte, à música, à criatividade ou ao ensino de conceitos como valor, ética, trabalho e moral. São apenas pessoas que se prestam a comer, beber, tomar sol, fofocar, dormir e agir estupidamente para que, ao final do programa, o “escolhido” receba um milhão e meio de reais. E ai vem algum psicólogo de vanguarda e me diz que o BBB ajuda a "entender o comportamento humano". Ah, tenha dó!!!

Veja o que está por de tra$$$$$$$$$ $$$$$$$ do BBB: José Neumani da Rádio Jovem Pan, fez um cálculo de que se vinte e nove milhões de pessoas ligarem a cada paredão, com o custo da ligação a trinta centavos, a Rede Globo e a Telefônica arrecadam oito milhões e setecentos mil reaisEu vou repetir: oito milhões e setecentos mil reais a cada paredão. 

Já imaginaram quanto poderia ser feito com essa quantia se fosse dedicada a programas de inclusão social, moradia, alimentação, ensino e saúde de muitos brasileiros? (Poderia ser feito mais de 520 casas populares; ou comprar mais de 5.000 computadores) 

Essas palavras não são de revolta ou protesto, mas de vergonha e indignação, por ver tamanha aberração ter milhões de telespectadores. Em vez de assistir ao BBB, que tal ler um livro, um poema de Mário Quintana ou de Neruda ou qualquer outra coisa..., ir ao cinema...., estudar... , ouvir boa música..., cuidar das flores e jardins... , telefonar para um amigo... , ·visitar os avós... , pescar..., brincar com as crianças... , namorar... ou simplesmente dormir. Assistir ao BBB é ajudar a Globo a ganhar rios de dinheiro e destruir o que ainda resta dos valores sobre os quais foi construído nossa sociedade.

Blog do professor Damásio

EUA rejeitam cargas de suco de laranja brasileiro


Os EUA identificaram em cinco cargas de suco de laranja brasileiro teor acima do permitido de um produto usado para combater doenças nas plantações. O fungicida carbendazim é liberado no Brasil, mas não em solo americano.
De 80 navios de suco de laranja testados pela FDA -- responsável por monitorar alimentos e medicamentos no país --, 11 apontaram presença de carbendazim acima do permitido pelos EUA, de 10 partes por bilhão. A agência também divulgou que 29 cargas passaram no teste, sendo duas do Brasil. Os demais resultados ainda devem ser divulgados.
Das 11, cinco cargas eram do Brasil e seis do Canadá, que também importa suco brasileiro. Para as cargas recusadas pela FDA, o importador tem 90 dias para exportar ou destruir o produto. Cada carga representa um navio, que pode transportar entre 15 mil e 40 mil toneladas do produto.
O Brasil é o maior exportador de suco de laranja do mundo e cerca de 15% dos embarques tem como destino os EUA. 

TESTES
 
O governo dos EUA anunciou em 10 de janeiro que iria testar o suco de laranja importado do Brasil para checar a presença do fungicida.
A medida foi formalizada em carta à indústria americana 13 dias após receber o alerta de uma empresa local que detectara níveis baixos do pesticida carbendazim em suco brasileiro. 

Folha de São Paulo

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Dilma defende que Rio+20 tenha metas de desenvolvimento sustentável centradas no combate à pobreza


Ao fazer referência aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), a presidenta Dilma Rousseff defendeu hoje (26) a criação de metas de desenvolvimento sustentável durante a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), marcada para junho no Rio de Janeiro.
Ao participar do Fórum Social Temático (FST) 2012, ela avaliou que tais metas devem estar centradas no combate à pobreza e à desigualdade. “Assumimos que é possível crescer e incluir, proteger e conservar”, explicou.
Dilma disse ser uma grande alegria poder voltar a Porto Alegre e lembrou sua participação no Fórum Social Mundial em 2001, quando ainda era secretária de Energia do governo do Rio Grande do Sul. “Desde então, essa cidade transformou-se em referência para todos que buscavam criar uma alternativa ao desequilíbrio da situação econômica e política global. Aqui, se firmou a ideia de que um outro mundo é possível.”
Durante o discurso, a presidenta destacou que muita coisa aconteceu nos últimos 11 anos e que a crise que vinha latente transformou-se em uma crise real desde 2008. Segundo ela, as incertezas financeiras que pairam sobre o futuro mundial dão um significado especial para a Rio+20.
“Deve ser um momento importante de um processo de renovação de ideias, diferentemente das COP [Conferências das Partes]”, disse. “Queremos que a palavra desenvolvimento apareça, de agora em diante, sempre associada à [palavra] sustentável”, completou.
De acordo com Dilma, o que estará em jogo na Rio+20 é um modelo capaz de articular o crescimento e o aumento de empregos, a participação social e a ampliação de direitos, o uso sustentável e a preservação de recursos ambientais. “A tarefa que nos impõe esse fórum e a Rio+20 é desencadear o desenvolvimento, a renovação de ideias e de novos progressos absolutamente necessários para enfrentar os dias difíceis que hoje vive ampla parte da humanidade.”
Por fim, a presidenta avaliou que a sociedade civil e os governos progressistas, cada um em sua dimensão, podem fazer dos primeiros anos do novo milênio o anúncio de uma nova era. Para isso, segundo ela, é decisivo o fortalecimento dos laços de solidariedade e de cooperação Sul-Sul.
“É essa esperança que nos une e nos mobiliza para a Rio+20 e que deve sempre nos guiar na busca de um novo modo de vida, inclusivo e sustentável, sabendo que o papel da sociedade civil será determinante para o êxito da conferência”, disse. “Tenho certeza: um outro mundo é possível. Até o Rio de Janeiro”, concluiu Dilma.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Brasileiro é nomeado secretário executivo de órgão da ONU sobre diversidade biológica


O secretário Nacional de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Bráulio Dias, foi nomeado hoje (20) secretário executivo do Secretariado da Convenção sobre Diversidade Biológica (CBD), com sede em Montreal, no Canadá. O anúncio foi feito pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, em Nova York. Dias sucederá o argelino Ahmed Djoghlaf.
“Vinte anos depois da Conferência Rio 92, quando a gente instituiu a convenção, um brasileiro, membro do governo brasileiro, assume a CBD. Esta é uma notícia espetacular, com a Rio+20 acontecendo agora em junho”, disse a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.
A ministra disse ainda que a nomeação de Bráulio Dias é o reconhecimento da atuação brasileira no setor. “É uma sinalização não só dos ótimos resultados que o Brasil tem na diversidade biológica, como o reconhecimento da liderança que o Brasil vem exercendo nos atos ambientais de natureza internacional”.
Dias é bacharel em ciências biológicas pela Universidade de Brasília (UnB) e doutor em zoologia pela Universidade de Edimburgo. No MMA, ele é responsável pela supervisão de vários programas e participou das negociações da Convenção sobre Diversidade Biológica. O secretário também foi vice-presidente da União Internacional de Ciências Biológicas e coordenador do Comitê Gestor da Rede Interamericana de Informação sobre Biodiversidade.

Agência Brasil

Mundo precisa gerar mais de 600 milhões de empregos em dez anos para recuperar níveis pré-crise


O mundo precisará criar 600 milhões de empregos na próxima década. O alerta foi feito pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em relatório divulgado hoje (23), intitulado Tendências Mundiais de Emprego 2012. O documento alerta para o fato de que não haverá alterações significativas nas taxas de desemprego em todo o mundo, nos próximos quatro anos. A estimativa é que, neste ano, o número de desempregados atinja 200 milhões e, até 2016, esse número poderá alcançar os 206 milhões.
Caso o cenário econômico tenha uma piora até o fim deste ano, o número de desempregados em todo o mundo poderá atingir mais de 204 milhões e, em 2013, mantendo-se o mesmo cenário, esse número poderá chegar a 209 milhões.
Em 2011, de acordo com o documento, o número de jovens desempregados entre 15 e 24 anos chegou aos 74,8 milhões, isso significa um aumento de mais de 4 milhões desde 2007. O relatório diz ainda que 6,4 milhões de jovens perderam a esperança de encontrar um emprego e deixaram o mercado de trabalho. Aqueles que estão empregados, na maioria, trabalham em postos de meio período ou estão submetidos a contratos temporários.
Segundo a OIT, o número de pessoas empregadas sofreu uma queda entre 2007 e 2010. A taxa de pessoas empregadas em 2007 no mundo todo era 61,2% e, em 2010, caiu para 60,2%, o maior declínio desde 1991. A OIT diz que as projeções para os próximos anos não são boas e é possível que em 2013 seja registrada uma taxa ainda menor do que a de 2010. A organização aponta ainda que, mesmo no melhor cenário, as taxas de criação de empregos não serão suficientes para trazer um aumento significativo dos níveis de emprego.
Ainda de acordo com o relatório, as perspectivas econômicas mundiais são incertas e os níveis de investimento em todo o mundo têm sido desiguais. Nas economias avançadas e na Europa Oriental, os problemas financeiros não foram resolvidos e há altos níveis de incerteza sobre as perspectivas globais. Além disso, há uma menor propensão das famílias ao consumo, o que tem retardado a recuperação dos investimentos empresariais. A lenta recuperação desses investimentos tem trazido efeitos negativos para as taxas de emprego, como o aumento do desemprego.
Por outro lado, as economias emergentes – como o Brasil – têm voltado aos níveis pré-crise de investimento e deverão aumentar essas taxas no médio prazo. No entanto, a desaceleração dos investimentos nas economias mais fortes pode ser prejudicial para as economias em desenvolvimento. A OIT estima que o fortalecimento dos incentivos econômicos pode gerar uma recuperação mais rápida e que um crescimento de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, traduzido em valores nominais de US$ 1,2 bilhões, é necessário para absorver a lacuna de empregos criada pela crise financeira.
A OIT acredita que, para lidar com a recessão prolongada criada pela crise financeira internacional e colocar a economia mundial em um caminho sustentável é necessária uma mudança nas políticas públicas. Segundo a entidade, as políticas promovidas no período da crise, de financiamento do déficit público, e a flexibilização monetária não são eficientes. A OIT também sugere que uma maior liquidez financeira poderia ajudar os países, com reflexos na economia mundial. Esse tipo de medida, para o organismo internacional, é um dos pontos necessários para estimular a criação de empregos.
O relatório recomenda ainda uma maior regulação do sistema financeiro para restabelecer a credibilidade e a confiança dos mercados. Isso, conforme a OIT, permitiria que os bancos superassem o risco creditício que se instalou com a crise. Além disso, todas as empresas se beneficiariam com a volta do crédito, o que poderia ajudar na criação de novos empregos.

Agência Brasil

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Brasil quer que pessoas com deficiência participem dos debates da Rio+20


A menos de cinco meses da Conferência Rio+20, no Rio de Janeiro, que ocorrerá de 13 a 22 de junho, a presidenta Dilma Rousseff determinou que os debates garantam o acesso às pessoas com deficiência e aos representantes de entidades civis organizadas. A ideia é transformar a Rio+20 na maior conferência mundial sobre preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e economia verde, definindo um novo padrão para o setor.
Pelo menos 100 presidentes da República e primeiros-ministros são esperados, além de 50 mil credenciados. Os demais números referentes às pessoas que trabalharão no evento – direta e indiretamente – e visitantes ainda estão sendo calculados.
Às voltas com a organização da conferência, o diplomata Laudemar Aguiar, secretário nacional do Comitê Nacional da Rio+20, finaliza os preparativos dos locais onde ocorrerão todos os eventos. Paralelamente, ele coordena o processo de licitações envolvendo todos os segmentos do encontro. Em entrevista à Agência Brasil, Aguiar disse que o desafio é correr contra o tempo e realizar tudo o que está planejado.
“Queremos assegurar que todos consigam se deslocar com o máximo de facilidade possível. Também vamos garantir que pessoas com deficiência e entidades civis participem dos debates. As discussões centrais ocorrerão no Riocentro [na Barra da Tijuca, zona oeste], mas há programações no centro do Rio e também no Flamengo [zona sul]”, disse Aguiar.
De acordo com o secretário nacional da Rio+20, o objetivo é fazer com que a conferência gaste o mínimo de papel, atuando de forma coerente com a chamada economia verde, e ao mesmo tempo garanta maior participação física e virtual dos interessados nos temas debatidos. “É um desafio. Mas estamos trabalhando incansavelmente para atingir essas metas”, acrescentou.  
A Rio+20 ocorre duas décadas depois de outra conferência que marcou época, a Rio 92. O objetivo agora é definir um modelo internacional para os próximos 20 anos com base na preservação do meio ambiente, mas com foco na melhoria da qualidade de vida a partir da erradicação da pobreza, por meio de programas sociais, a economia verde e o desenvolvimento sustentável para uma governança mundial.
A conferência conta com o apoio e o comando da Organização das Nações Unidas (ONU). O secretário-geral do encontro é o diplomata chinês Sha Zukang. A presidenta da conferência é Dilma Rousseff.

Agência Brasil

Em 2011, 302 desastres naturais no mundo geraram mais de 29 mil mortos e US$ 366 bilhões de prejuízos


O ano passado foi marcado por 302 desastres naturais, que mataram 29.782 pessoas no mundo, mas principalmente na Ásia. O Brasil não está fora das estatísticas registrando 900 mortes causadas pelos impactos das inundações e dos deslizamentos de terras provocados pela chuva. A estimativa é que os desastres geraram US$ 366 bilhões de prejuízos. A conclusão é do Escritório das Nações Unidas para a Redução de Riscos de Desastres (cuja sigla em inglês é UNISDR).
Pelos dados da UNISDR, com base em informações do Centro de Investigação sobre a Epidemiologia dos Desastres (Cred), a maior parte das mortes foi provocada pelos efeitos dos terremotos. Pelo menos 20.943 pessoas morreram devido às consequências dos tremores de terra. Do total de mortos, 19.846 ocorreram no Japão.
Porém, 2011 também registrou as inundações no Brasil, os terremotos na Nova Zelândia e no Japão seguido por tsunami, além de tempestades acompanhadas por tornados nos Estados Unidos, o furacão Irene também em território norte-americano e alagamentos na Tailândia, tremores de terra na Turquia e tempestades nas Filipinas.
A UNISDR informou ainda que a elevação das temperaturas também causou problemas, pois 231 pessoas morreram em consequência da mudança climática. No entanto, o alerta da organização é que por dois anos consecutivos, a tendência é de ocorrerem grandes terremotos – em 2011 e 2010 houve registros desses episódios.
A chefe da UNISDR, Margareta Wahlström, lembrou que mais de 220 mil pessoas morreram no Haiti, em janeiro de 2010, em consequência do terremoto registrado no país. O fenômeno, ressaltou ela, não ocorria na região há 200 anos. “A menos que nós nos preparemos para o pior, o mundo estará destinado a ver perdas ainda maiores de vida no futuro”, disse.
O diretor do Cred, Debby Guha-Sapir, acrescentou que os desastres naturais ocorrem em regiões em desenvolvimento e ricas. Para ele, a seca na chamada região do Chifre da África é considerada um fenômeno gravíssimo por provocar mortes em massa e gerar falta de perspectivas para as populações de vários países.

Agência Brasil

Transporte público é reprovado por 41% da população de grandes cidades


Pesquisa sobre a mobilidade urbana indicou que 41% da população brasileira acha que o serviço de transporte público é ruim no país e 30% que o serviço é bom. Os dados são referentes a municípios com mais de 100 mil habitantes. Nos municípios menores, com menos de 20 mil habitantes, a percepção sobre o transporte público é melhor, 39% da população avalia que o serviço de transporte coletivo é bom, e 27% considera ruim.
Os dados são da segunda edição da Pesquisa de Mobilidade Urbana, divulgada hoje (19) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).O estudo avaliou como os brasileiros se deslocam no Brasil. Foram entrevistadas 3.781 pessoas em 212 municípios de todas as regiões do país entre os dias 8 e 29 de agosto do ano passado. A pesquisa apontou também que quanto maior a renda salarial do usuário, menor é a utilização do transporte público.
O estudo mostrou que a Região Sul é a que mais utiliza carro como o principal meio de transporte. Segundo dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), a utilização de carros representa 64,85% da frota. De cada 3,62 habitantes, um possui carro. Na Região Norte, o principal meio de transporte é a motocicleta, que representa 64,32% da frota. A cada 100,44 habitantes, um possui moto.

Agência Brasil

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Brasil sem Miséria já tem mais de 400 mil famílias cadastradas em todo o país, diz ministra


A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, informou hoje (17), em Salvador, que o plano Brasil sem Miséria já localizou 407 mil famílias extremamente pobres de um total de 800 mil a serem incluídas no Cadastro Único para Programas Sociais até 2013. Ela destacou a importância dos gestores municipais para a localização e cadastramento da população em situação de miséria. “O cadastro é uma ferramenta estratégica para garantir direitos e oportunidades aos brasileiros mais vulneráveis”, disse.
A meta do Brasil Sem Miséria é elevar a renda e melhorar as condições de vida de pessoas que vivem na linha da miséria – renda mensal de até R$ 70. Pelos dados do Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há cerca de 16 milhões de brasileiros nessa situação.
As metas e os desafios para a execução do Brasil sem Miséria foram tema hoje do 2º Encontro Estadual do Programa Bolsa Família, que reúne gestores públicos, prefeitos e parlamentares de todos os municípios baianos. Para a ministra, o Brasil vive hoje um momento de “federalismo social”. A parceria entre União, estados e municípios é estratégica para o sucesso do plano, disse Tereza Campello. As discussões serão concluídas amanhã (18).
A ministra destacou a importância do programa Bolsa Família para garantir condições básicas de sobrevivência aos mais pobres, mas lembrou que o Brasil apresenta hoje oportunidades de trabalho nos mais diversos segmentos. Além de garantir renda e acesso a serviços públicos como saúde e educação, o plano tem como eixo central a inclusão produtiva da população extremamente pobre por meio de cursos de qualificação profissional, apoio ao empreendedorismo e fortalecimento da agricultura familiar. “A superação da pobreza é uma agenda estratégica para o desenvolvimento do país. A população pobre não quer favor, quer oportunidades para viver dignamente.”
Além de Tereza Campello, participaram da abertura do encontro o governador da Bahia, Jaques Wagner, o secretário de Desenvolvimento Social da Bahia, Carlos Brasileiro, e o ex-ministro da Defesa e da Controladoria-Geral da União (CGU) Waldir Pires. Cerca de 1,7 mil pessoas participam do encontro.

Agência Brasil

Plano Brasil sem Miséria tem cartilha em seis idiomas


Para facilitar a troca de experiências e ampliar a cooperação técnica brasileira na área social com outros países, o Ministério do Desenvolvimento Social, a partir de hoje (17), disponibilizará a cartilha do Plano Brasil sem Miséria em seis idiomas: inglês, francês, espanhol, árabe, russo e mandarim.
De acordo com o secretário executivo da pasta, Rômulo Paes, o Brasil tem recebido muitas delegações estrangeiras interessadas em conhecer as ações brasileiras voltadas para redução da miséria. E a cartilha em outros idiomas, ressaltou Paes, facilitará essa comunicação.
“Há um compromisso sincero do governo brasileiro para transferir, sobretudo, suas políticas sociais. Temos hoje 41 países com algum nível de parceria de cooperação. A gente recebe um volume muito grande de visitantes de línguas distintas e observando a necessidade decidimos pela publicação em vários idiomas para facilitar a comunicação”, destacou.
“Tem havido um interesse crescente dos países árabes, da China e de países que falam russo. Por conta disso, optamos por uma estratégia mais abrangente”. Segundo ele, também está em estudo a criação de um programa para receber servidores públicos de outros países, pelo período de até um ano, para que eles possam acompanhar in loco o desenvolvimento das políticas da área social.
De acordo com o secretário executivo do ministério, a ideia é avançar do atual modelo de visitas de representantes de outros países ao Brasil para uma metodologia de aprendizado. “Estamos construindo um programa para receber, para poderem vir aprender aqui”, ressaltou. "O país não é mais recebedor e passou a ser doador de experiências. Nessa condição, estamos buscando mecanismos mais efetivos para transferir tecnologia”, completou Paes.
O lançamento da cartilha do Plano Brasil sem Miséria em seis idiomas ocorre em meio ao seminário internacional Políticas Sociais para o Desenvolvimento. Realizado em Brasília, o encontro reúne de hoje até o próximo dia 20 representantes da Tunísia, Palestina, Índia, África do Sul e Egito para conhecer as políticas sociais do Ministério do Desenvolvimento Social e explorar possibilidades de cooperação técnica internacional.

Agência Brasil

PIB da China cresce 9,2% em 2011


O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 9,2% em 2011, informou nesta terça-feira (17) o Birô Nacional de Estatísticas. O PIB chinês fechou 2011 em 47,15 trilhões de iuanes, cerca de US$ 7,46 trilhões, e seu crescimento anualizado ultrapassou as previsões do país, que fixou como meta avançar 8%. Em 2010, a economia chinesa cresceu 10,3%.
O comissário do organismo de estatísticas, Ma Jiantang, ressaltou que, em 2011, "frente a um ambiente internacional complicado e volátil", a China tomou medidas macroeconômicas que 'representaram um bom começo para o Plano Quinquenal 2011-2015'.
O crescimento no quarto trimestre de 2011 foi de 8,9%, dois décimos a menos que no terceiro. A nova alta trimestral foi a pior em dois anos e meio, desde o segundo semestre de 2009, quando a China avançou 7,9%.
A instituição também publicou outros dados macroeconômicos do ano passado, como o investimento em ativos fixos, que em 2011 ascendeu a 30,19 trilhões de iuanes, aproximadamente US$ 4,77 trilhões, um crescimento anualizado de 23,8%.
Quanto às vendas no varejo, principal indicador do consumo e fator macroeconômico que Pequim deseja estimular nos próximos anos para atenuar a redução das exportações, a soma foi de 18,12 trilhões de iuanes (US$ 2,86 trilhões), um aumento de 17,1%.
O ano passado foi marcado na China pela luta de seu governo contra a inflação, as tentativas de contenção do crédito e do setor imobiliário e o freio das exportações.

G1

Escândalo é derrubar laranjal. Estupro, não.


A Globo fez um escândalo sem precedente quando, em 2009, trabalhadores rurais derrubaram pés de laranjas (menos de 1% do total na área, contaminados por agrotóxicos, de acordo com o governo dos Estados Unidos) em protesto para denunciar que a fazenda era grilada pela Cutrale, as terras ficam no município de Borebi, na região de Iaras (SP).
Foram dias e dias de exposição por mais de uma semana, dia e noite, das imagens (sem contextualizá-las) de um trabalhador rural passando o trator sobre os pés de laranja. Esse escândalo teve como consequência a instalação de uma CPMI contra a Reforma Agrária, a paralisação da criação de assentamentos e tentativa de desmoralização do MST.
Agora suspeita-se que um integrante de um reality show, o BBB12, teria feito sexo sem consentimento com outra participante, desmaiada e sem consciência, o que configuraria estupro. Esta denúncia não vai aparecer no Jornal Nacional, no Bom Dia Brasil, no Jornal Hoje e no Jornal da Globo? As imagens, inclusive, não estão mais no arquivo da Globo…
Escândalo para a Globo é fazer um protesto contra a grilagem de uma empresa transnacional, contra a pobreza no campo e pela Reforma Agrária. Mas a suspeita de estupro dentro da suas instalações, transmitido ao vivo por suas câmeras (com consentimento da produção do programa?), não está sujeita a virar notícia.
Não dá nem para dizer que são dois pesos e duas medidas. Porque o escândalo no caso da Cutrale era a grilagem das terras, que foi omitida, assim como o episódio no BBB12. A Globo cria os escândalos que quer. E com todo o seu poder apaga aqueles que se configuram como tal que não convêm para seus interesses. Aposto que, daqui uma semana, o programa transcorrerá como se nada tivesse acontecido…
Tanto que a “história” e os “procedimentos” para a continuidade da “atração” já foram combinados entre produção e participantes, uma vez que “por volta das 19h30 desta segunda-feira, o áudio do pay-per-view do programa foi cortado e só voltou às 20h20. Às 20h, os brothers que estavam na área externa da casa tiveram que entrar imediatamente” (de acordo com o blog SRZD).
Não há democracia num país que tem uma emissora de TV que manda e desmanda, escandaliza e “des-escandaliza” (transforma verdadeiros escândalos em… nada). É hora da sociedade se movimentar e pressionar para que o governo federal jogue peso no projeto de regulamentação dos meios de comunicação. É preciso colocar amarras nesse monstro criado pela ditadura chamado Organizações Globo, que deveria escandalizar todos aqueles que defendem a democracia.

ESCREVINHADOR

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Ocupação de estuários prejudica conservação do peixe-boi marinho


A temporada de encalhes dos peixes-boi marinhos (Trichechus manatus), este ano, começou mais cedo. O primeiro filhote a ser retirado da praia foi em setembro, semanas antes de outubro, mês clássico para essas ocorrências. O aumento no número de encalhes põe à mostra novos problemas dessa espécie criticamente ameaçada no Brasil (de acordo com a Lista Oficial das Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção) e no mundo (na lista vermelha do IUCN). As dificuldades para a manutenção desses mamíferos aquáticos na região tem relação direta com a ocupação do litoral ou das terras próximas ao litoral.

A aprovação do novo Código Florestal, que abriu exceção à ocupação até agora ilegal de mangues por atividades como a carcinicultura, pode tornar ainda pior a situação destes mamíferos.

Isso não quer dizer que os conservacionistas jogaram a toalha – muito pelo contrário, novas ideias e ações estão sendo colocadas em prática para multiplicar essa população estimada em 423 indivíduos.

A faixa de litoral leste do Ceará e o noroeste do Rio Grande do Norte é a região com maior número de encalhes no país, de acordo com a Ana Carolina Meirelles, coordenadora do Programa de Mamíferos Marinhos e do Projeto Manati da Associação de Pesquisa e Preservação de Ecossistemas Aquáticos (Aquasis). Essa classificação chegou depois que seis estuários da região e suas formações de mangue passaram a receber projetos de salinas e de criação de camarões. “Essa região é parte do semiárido nordestino, onde os rios são intermitentes, os manguezais são pequenos e os impactos ambientais têm grandes consequências”, analisa.

O ECO

sábado, 14 de janeiro de 2012

Cruzeiro que naufragou na Itália tinha 53 brasileiros a bordo, diz Itamaraty


O navio de cruzeiro que naufragou na noite de ontem (13) na costa da Itália levava 53 brasileiros a bordo –  47 passageiros e seis tripulantes. A informação, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores, foi disponibilizada pela empresa Costa Cruzeiros, responsável pela embarcação.
Ainda segundo o Itamaraty, a empresa informou que todos os brasileiros que estavam na embarcação foram localizados e já estão recebendo atendimento. A Costa Cruzeiros divulgou dois números para atendimento e busca de informações no Brasil: 55 11 2123-3673 e 55 11 2123-3679.
O navio Costa Concordia levava mais de 4 mil pessoas quando bateu em um banco de areia próximo à ilha de Giglio. Inicialmente, as autoridades locais divulgaram que pelo menos seis pessoas haviam morrido, mas, até a manhã de hoje (14), somente três corpos haviam sido resgatados.

Agência Brasil

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Das 50 cidades mais violentas do mundo, 14 são brasileiras, diz estudo de ONG mexicana


Pelo menos 14 cidades brasileiras estão entre as mais violentas do mundo. A conclusão é do estudo feito pela organização não governamental (ONG) mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal divulgado hoje (13). Especialistas da entidade listaram as 50 cidades mais violentas em todo mundo. O topo da lista é ocupado pela cidade de San Pedro Sula, em Honduras, com uma taxa de 158.87 homicídios para um grupo de 100 mil habitantes. Em segundo lugar, está Juárez, no México, com uma taxa de 147.77.
No Brasil, Maceió, capital alagoana, aparece como a mais violenta ocupando o terceiro lugar no ranking – com uma taxa de 135.26 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Depois da capital alagoana estão Belém (PA) – em 10o lugar no ranking, com uma taxa de 78.08 homicídios para cada 100 mil habitantes;  Vitória (ES), em 17o lugar, com taxa de 67.82; Salvador (BA), em 22o na lista, com 56.98 e Manaus (AM), em 26o, com 51.21.
Também são definidas como violentas as cidades de São Luís (MA), em 27o lugar no estudo, com taxa de 50.85 mortes violentas para cada 100 mil habitantes, João Pessoa (PB), em 29o, com 48.64; Cuiabá (MT), em 31o na lista, com taxa de 48.32; Recife (PE), em 32o lugar, com taxa de 48.23, Macapá (AP), em 36o, com 45.08; Fortaleza (CE), em 37o, com 42.90; Curitiba (PR), em 39o na lista, com 38.09; Goiânia (GO), 40o, com 37.17 e Belo Horizonte (MG), em 45o no ranking das cidades mais violentas, com taxa de 34.40 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Das 50 cidades apontadas como as mais violentas do mundo, além das 14 brasileiras, 12 estão no México e cinco na Colômbia.  
O estudo também informa que das 50 cidades, 40 estão na América Latina. Além disso, a organização alerta para o fato de que no México, as autoridades estão falsificando dados e escondendo o verdadeiro número de homicídios. A ONG diz que elas “não inspiram confiança em seus dados oficiais”, pois “há evidências de falsificação” para fazer com que a violência pareça menor do que ela realmente é.
Como exemplo, o estudo cita o caso da cidade mexicana de Juárez, que, segundo as autoridades, registrou 1.974 homicídios em 2011. Porém, o relatório da organização indica que o governo oculta pelo menos 150 homicídios. A entidade informa ainda que nesta cidade houve uma redução da violência, mas os números ainda são elevados.
 
Agência Brasil

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Pesquisa indica que 96% da população é contrária à criação de novo imposto para saúde


A necessidade de mais recursos para a saúde pode ser resolvida se o governo conseguir acabar com a corrupção. Essa é a avaliação de 82% dos entrevistados de uma pesquisa feita pelo Ibope sobre o sistema público de saúde e encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O estudo divulgado hoje (12) mostra também que 96% da população é contrária à criação de um novo imposto para melhorar o atendimento à saúde.
Apenas 4% dos entrevistados disseram acreditar na necessidade de o governo aumentar impostos para obter mais recursos para o setor. A pesquisa mostra que 96% da população já utilizou algum serviço público ou privado, durante toda a sua vida.
Em uma escala de 0 a 10 pontos, os hospitais públicos receberam dos entrevistados nota média de 5,7 e os privados, 8,1. A demora no atendimento aos pacientes foi citada por 55% dos entrevistados como o principal problema do sistema público de saúde; 61% já utilizaram algum serviço de saúde nos últimos 12 meses, sendo que 79% dos atendimentos foi ambulatorial. As mulheres utilizaram os serviços de saúde em maior número (68%) nos últimos 12 meses. Dos homens entrevistados, 53% disse ter precisado de atendimento nesse período. Do total de pessoas ouvidas, 79% utilizaram o serviço de saúde na rede pública nos últimos 12 meses.
O aumento no número de médicos foi apontado por 57% da população como uma das medidas que devem ser tomadas para melhorar o serviço médico na rede pública. Para 71% dos entrevistados, as políticas preventivas de saúde são mais importantes que a construção de hospitais. A privatização da saúde, com a transferência da gestão dos hospitais públicos para o setor privado, foi apontada por 63% das pessoas ouvidas como medida que melhoraria o atendimento dos pacientes.
Um dos itens que surpreenderam os pesquisadores, segundo o gerente Executivo de Pesquisa da CNI, Renato da Fonseca, foi a concordância de 84% dos entrevistados de que a venda de medicamentos só deve ser permitida com a apresentação e retenção de receita. Segundo ele, é comum entre os brasileiros procurar o farmacêutico para pedir remédio em vez de ir ao médico.
Os medicamentos genéricos foram apontados por 82% da população como tão bons quanto os de marca e 80% dos entrevistados concordaram, total ou parcialmente, que o parto normal é melhor do que a cesariana.
As pessoas de maior renda familiar ou de maior grau de instrução fizeram avaliação mais negativa sobre a qualidade da saúde pública no Brasil, com ênfase nos municípios com mais de 100 mil habitantes ou nas capitais. As mulheres dão opinião mais negativa sobre o sistema de sua cidade, com 55% das opiniões para ruim ou péssimo, número que entre os homens cai para 51%. O Ibope ouviu 2002 pessoas em 141 municípios.

Agência Brasil

Maioria desaprova sistema público de saúde, mostra pesquisa


Pesquisa sobre o sistema de saúde no Brasil, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ao Ibope, mostra que 61% dos 2.002 entrevistados em todo o país consideram a rede pública péssima ou ruim. Somente 10% avaliaram a qualidade como boa ou ótima.
Segundo o levantamento, a avaliação mais positiva foi na Região Sul, onde 30% das pessoas ouvidas disseram que a qualidade do sistema de saúde de sua cidade é ótima ou boa. O Nordeste ficou com a pior avaliação: 62% qualificaram como ruim ou péssima.
Entre os entrevistados, 42% disseram que não perceberam melhorias no sistema nos últimos anos e 43% opinaram que ele piorou. Para o gerente executivo de Pesquisa da CNI, Renato Fonseca, os dados refletem a opinião do público e não o posicionamento do pesquisador sobre a questão.
Além disso, 24% têm plano de saúde contratado, em sua maior parte pelo empregador. As campanhas de vacinação são a iniciativa mais visível, para o público, do sistema de saúde.

Agência Brasil

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Conab: produção de grãos deve ser 2,8% menor que a da safra anterior


Os produtores brasileiros devem produzir 158,43 milhões de toneladas de grãos na safra 2011/2012. A estiagem que castiga a Região Sul foi um dos principais fatores que levaram à redução na estimativa do quarto levantamento da safra divulgado hoje (10) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em relação à última pesquisa, foi registrado 0,4% de queda ou 646 mil toneladas. O número é ainda 2,8% menor que o colhido na safra 2010/2011 (162,95 milhões de toneladas).
Milho e soja, tradicionalmente as maiores lavouras, representam 83% da safra, com 130,96 milhões de toneladas. Apesar da previsão de queda na produção, a área total cultivada deve crescer 1,1%, ou 528,2 mil hectares, ocupando cerca de 50,44 milhões de hectares. De acordo com a Conab, o aumento está relacionado ao aumento de 9,1% na área do milho primeira safra e de 1,9% na da soja.
O arroz, no entanto, que ocupou 2,82 milhões de hectares no ciclo anterior, teve redução de 267,3 mil hectares ou 9,4%. Quase metade dessa diminuição ocorreu apenas no Rio Grande do Sul. O feijão primeira safra também registrou queda de 10,4% em área (147,9 mil hectares), passando para 1,27 milhão de hectares. Mais da metade dessa redução se deu no Paraná.
A Conab fez a pesquisa entre os dias 15 e 19 de dezembro com 60 técnicos que ouviram órgãos públicos e privados ligados à produção agrícola nos estados produtores.

Agência Brasil

domingo, 8 de janeiro de 2012

Agrotóxicos no leite materno


Consumimos venenos em larga escala, a maioria deles já proibida nos países desenvolvidos, mas que são vendidos aqui no Brasil pela pressão desse grupo chamado Associação Nacional de Defesa Vegetal, que não defende em nada os vegetais, pelo contrário, mata os vegetais e quem os consome diariamente.
Uma pesquisa feita com amostras de leite materno de 62 mães do Mato Grosso, que estavam amamentando seus bebês, mostrou que todas estavam contaminadas por agrotóxicas. As mulheres são do município de Lucas do Rio Verde, de 45 mil habitantes, um dos cinco maiores produtores de grãos do estado.
As mães, pesquisadas pela Universidade Federal do Mato Grosso, amamentavam bebês com duas a oito semanas de nascidos.
Seis substâncias foram detectadas nas amostras de leite materno. Uma delas é proibida no Brasil há 10 anos. O professor Wanderlei Antonio Pignati, orientador da pesquisa, afirma que não existe legislação que estabeleça o limite de agrotóxico no leite materno, apenas no leite de vaca. Na pesquisa, segundo ele, alguns resíduos estavam acima do permitido até mesmo para o leite de vaca.
Em 2009, o município cultivou 410 mil hectares de soja e milho e utilizou 5,162 milhões de litros de agrotóxicos.
A Associação Nacional de Defesa Vegetal, que reúne os produtores de defensivos agrícolas, afirma que os produtos são rigorosamente avaliados pelas autoridades antes de serem vendidos.

O Globo

Substância usada no plástico pode gerar inibição sexual


Produto usado na fabricação de mamadeiras e latas de alimentos e bebidas atrapalhou o comportamento sexual de roedores, segundo pesquisa publicada na Proceedings of the National Academy of Sciences. Estudos anteriores já diziam que a substância Bisfenol-A (BPA), usada para dar maleabilidade ao plástico, pode causar problemas no aparelho reprodutor e aumentar a hiperatividade.
Agora, os cientistas descobriram que o comportamento sexual masculino seria inibido pela substância, que “imita” o efeito do hormônio feminino estrogênio e é liberada no alimento quando o plástico é aquecido.
No estudo, fêmeas do roedor consumiram BPA na gestação e na amamentação. Os filhotes delas não conseguiam sair de um labirinto, o que outros machos fazem com facilidade. A proporção da substância não ultrapassava os níveis considerados seguros para humanos estipulados pela FDA, a autoridade sanitária americana: 50 miligramas por quilo de alimento.
Segundo os pesquisadores, a dificuldade espacial é um sintoma de “feminilização”, já que os machos da espécie estudada possuem um senso de orientação aguçado. Sem ele, não conseguem encontrar as fêmeas espalhadas no ambiente e se reproduzir.
Os estudos em humanos ainda não são conclusivos. Mas sugerem que garotos podem ser mais suscetíveis. No Brasil, a Anvisa permite o uso de BPA com o limite de 0,6 mg do produto para cada quilo de plástico. Nesse limite não há risco. Embalagens que têm no fundo o número 7 podem ter BPA.

Isto é

A desumanidade do homem: Madeireiros queimam criança indígena no Maranhão, mas imprensa silencia


Uma criança de oito anos da etnia Awá-Gwajá foi queimada viva por madeireiros no município de Arame, a 476 km de São Luís (MA). Ela faleceu no local. A informação, inicialmente divulgada pelo jornal "Vias de Fato", foi confirmada pelo representante do Conselho Indigenista Missionário (CIMI) no estado, Gilderlan Rodrigues da Silva.

Mídia muda

De acordo Gilderlan, a Fundação Nacional do Índio (Funai) foi alertada pelos Awá-Gwajá várias vezes a respeito da proximidade dos madeireiros da região no território indígena, mas não se mobilizou. "Qualquer questão de abuso contra os indígenas daqui pouco sai na mídia. Os madeireiros são muito blindados pela imprensa para não sujar a imagem das invasões das terras indígenas", disse o representante do CIMI, ao Informe JB. Jornalistas do "Vias de Fato" disseram que a influência do senador José Sarney (PMDB-AP) nos jornais locais é muito forte para que os problemas da questão indígena sejam divulgados.

Ação

O Conselho Indigenista informou que alguns membros da tribo já entraram em contato com a Funai e com o Ministério Público. Eles procuram um índio que afirma ter filmado a criança carbonizada, mas encontram dificuldade graças ao isolamento dos Awá-Gwajás. A tribo vive numa região de difícil acesso e receio de manter contato com o homem branco.

Velha história

De acordo com o "Vias de Fato", a complacência da mídia e do poder público com os abusos cometidos contra tribos indígenas e quilombolas no Maranhão é recorrente. Recentemente, um quilombola maranhense teve seu poço d'água envenenado e vários animais morreram. A ação teria partido de fazendeiros.

Jornal do Brasil

Bastidores da troca no “JN”


Originalmente publicado por por Rodrigo Vianna, em seu blog O Escrevinhador

A Globo confirma a saída de Fátima Bernardes do “JN”. No lugar dela deve entrar Patrícia Poeta – atual apresentadora do “Fantástico”.
Fiz hoje pela manhã – no twitter e no facebook – algumas observações sobre a troca; observações que agora procurarei consolidar nesse post. Vejo que há leitores absolutamente céticos: “ah, essa troca não quer dizer nada”. Até um colunista de TV do UOL, aparentemente mal infomado, disse o mesmo. Discordo.
Primeiro ponto: a Patrícia Poeta é mulher de Amauri Soares. Nem todo mundo sabe, mas Amauri foi diretor da Globo/São Paulo nos anos 90. Em parceria com Evandro Carlos de Andrade (então diretor geral de jornalismo), comandou a tentativa de renovação do jornalismo global. Acompanhei isso de perto, trabalhei sob comando de Amauri. A Globo precisava se livrar do estigma (merecido) de manipulação – que vinha da ditadura, da tentativa de derrubar Brizola em 82, da cobertura lamentável das Diretas-Já em 84 (comício em São Paulo foi noticiado no “JN” como “festa pelo aniversário da cidade”), da manipulação do debate Collor-Lula em 89.
Amauri fez um trabalho muito bom. Havia liberdade pra trabalhar. Sou testemunha disso. Com a morte de Evandro, um rapaz que viera do jornal “O Globo”, chamado Ali Kamel, ganhou poder na TV. Em pouco tempo, derrubou Amauri da praça São Paulo.
Patrícia Poeta no “JN” significa que Kamel está (um pouco) mais fraco. E que Amauri recupera espaço. Se Amauri voltar a mandar pra valer na Globo, Kamel talvez consiga um bom emprego no escritório da Globo na Sibéria, ou pode escrever sobre racismo, instalado em Veneza ao lado do amigo (dele) Diogo Mainardi.
Conheço detalhes de uma conversa entre Amauri e Kamel, ocorrida em 2002, e que revelo agora em primeira mão. Amauri ligou a Kamel (chefe no Rio), pra reclamar que matérias de denúncias contra o governo, produzidas em São Paulo, não entravam no “JN”. Kamel respondeu: “a Globo está fragilizada economicamente, Amauri; não é hora de comprar briga com ninguém”. Amauri respondeu: “mas eu tenho um cartaz, com uma frase do Evandro aqui na minha sala, que diz – Não temos amigos pra proteger, nem inimigos para perseguir”. Sabem qual foi a resposta de Kamel? “Amaury, o Evandro está morto”.
Era a senha. Algumas semanas depois, Amauri foi derrubado.
Kamel foi o ideólogo da “retomada consevadora” na Globo durante os anos Lula. Amauri foi “exilado” num cargo em Nova Yorque. Patrícia Poeta partiu com ele. Os dois aproveitaram a fase de “baixa” pra fazer “do limão uma limonada”. Sobre isso, o Marco Aurélio escreveu, no “Doladodelá”.
Alguns anos depois, Amauri voltou ao Brasil para coordenar projetos especiais; Patrícia Poeta foi encaixada no “Fantástico”. Só que Amauri e Kamel não se falavam. Tenho informação segura de que, ainda hoje, quando se cruzam nos corredores do Jardim Botânico, os dois se ignoram. Quando são obrigados a sentar na mesma mesa, em almoços da direção, não dirigem a palavra um ao outro. Amauri sabe como Kamel tramou para derrubá-lo.
Pois bem. Já há alguns meses, logo depois da eleição de 2010, recebemos a informação de que Ali Kamel estava perdendo poder. Claro, manteria o cargo e o status de diretor, até porque prestou serviços à família Marinho – que pode ser acusada de muita coisa, mas não de ingratidão.
Otavio Florisbal, diretor geral da Globo, deu uma entrevista ao UOL no primeiro semestre de 2011 dizendo que a Globo não falava direito para a classe C (o Brasil do lulismo). Por isso, trocou apresentadores tidos como “elitistas” (Renato Machado saiu pra dar lugar ao ótimo Chico Pinheiro – aliás, também amigo de Amauri). A  Globo do Kamel não serve mais.
Lembremos que, desde o começo do governo Lula, a Globo de Kamel implicava com o “Bolsa-Família”. Kamel é um ideólogo conservador. Por isso, nós o chamávamos de “Ratzinger” na Globo. É contra quotas nas universidades, acha que racismo não existe no Brasil. Botou a Globo na oposição raivosa, promoveu a manipulação de 2006 na reeleição de Lula (por não concordar com isso, eu e mais três ou quatro colegas fomos expurgados da Globo em 2006/2007). E promoveu a inesquecível cobertura da “bolinha de papel” em 2010 – botando o perito Molina no “JN”. Nas reuniões internas do “comitê” global, ao lado de Merval Pereira, tentava convencer os irmãos Marinho dos “perigos” do lulismo.
Lula sabe o que Kamel aprontou. Tanto que no debate do segundo turno, em 2006, nem cumprimentou Kamel quando o viu no estúdio da Globo. Isso me contou uma amiga que estava lá.
Os irmãos Marinho parecem ter percebido que Kamel os enganou. O lulismo, em vez de perigo, mudou o Brasil pra melhor. Mais que isso: a Globo agora precisa de Dilma para enfrentar as teles, que chegam com muito dinheiro e apetite para disputar o mercado de comunicação. Kamel já não serve para os novos tempos. Assim como os “pitbulls” Diogo Mainardi e Mario Sabino não servem para a “Veja”.
Dilma buscou os donos da mídia, passada a eleição, e propôs a “normalização” de relações. O governo seguiu apanhando, na área “ética” – é verdade. O que não atrapalha a imagem de Dilma. Há quem veja na tal “faxina” um jogo combinado entre a presidenta e os donos da mídia. Será? Dilma tiraria as “denúncias” de letra (o custo ficaria para Lula e os aliados). Do outro lado, os “pitbulls” perderiam terreno na mídia. É a tal “normalização”. Considero um erro estratégico de Dilma. Mas quem sou eu pra achar alguma coisa. O fato é que a estratégia hoje é essa!
Patricia Poeta no “JN” parece indicar que a “normalização” passa por Ali Kamel longe do dia-a-dia na Globo (ele ainda tenta manobrar aqui e ali, mas já sem a mesma desenvoltura). Isso pode ser bom para o Brasil.
Não é coincidência que a Globo tenha permitido, há poucos dias, aquela entrevista do Boni admitindo manipulação do debate de 89. A entrevista (feita pelo excelente jornalista Geneton de Moraes Neto) foi ao ar na “Globo News”. Alguém acha que iria ao ar sem conhecimento da família Marinho? Isso não acontece na Globo!
Durante os anos de poder total de Kamel, a Globo tentou “reescrever” o passado – em vez de reconhecer os erros. Kamel chegou a escrever artigo hilário, tantando negar que a Globo tenha manipulado a cobertura das Diretas. Virou piada. Até o repórter que fez a “reportagem” em 84 contou pros colegas na redação (eu estava lá, e ouvi) – “o Ali é louco de tentar negar isso; todo mundo viu no ar”.
Ali Kamel nega o racismo, nega a manipulação, nega a realidade. Freud explica.
Agora, Boni reconhece que a Globo manipulou em 89. Isso faz parte do movimento de “normalização”. O enfraquecimento de Kamel também faz.
Tudo isso está nos bastidores da troca de apresentadores do “JN”. Mas claro que há mais. Há a estratégia televisiva, pura e simples. Fátima Bernardes deve comandar um programa matutino na Globo. As manhãs são hoje o principal calcanhar de aquiles da emissora carioca. A Record ganha ou empata todos os dias. Com o “Fala Brasil”, e com o “Hoje em Dia”. Ana Maria Braga não dá mais conta da briga – apesar de ainda trazer muita grana e patrocinadores.
Fátima deve ter um novo programa nas manhãs. Ana Maria será mantida. Até porque na Globo as mudanças são sempre lentas – como no Comitê Central do PC da China. A Globo é um transatlântico que se manobra lentamente.
Se a Fátima emplacar, pode virar uma nova Ana Maria. O programa dela deve contar com outras estrelas globais (Pedro Bial, quem sabe?).
A mudança de apresentadores tem esse duplo sentido: enfraquecimento de Kamel (que continuará a ter seu camarote no transatlântico global, mas talvez já não frequente tanto a cabine de comando); e estratégia pra recuperar audiência nas manhãs.
 
Blog do Nelson Júnior

Polícia Ambiental apreende 53 aves em feiras na Grande João Pessoa


A Polícia Ambiental da Paraíba realizou uma operação na manhã deste domingo (8) em duas feiras livres na Grande João Pessoa. De acordo com o cabo Marcos, da Polícia Ambiental, 53 aves foram apreendidas nas feiras de Oitizeiro, na capital, e em Bayeux, que fica na Grande João Pessoa.
Ainda de acordo com o cabo Marcos, das 53 aves apreendidas, 35 foram em Oitizeiro. Os outros 18 pássaros foram apreendidos em Bayeux. Dentre as várias espécies de pássaros recolhidos, estavam canário, azulão, canário da terra, papa-capim, sabiá, entre outras.
O cabo informou que a Polícia Ambiental está empenhada para coibir este tipo de comércio ilegal. As aves foram encaminhadas para o Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), onde ficarão em período de quarentena e aos poucos serão devolvidas à natureza. Foram usadas quatro viaturas da Polícia Ambiental na operação.

G1

sábado, 7 de janeiro de 2012

Campanha conscientiza a população para o descarte e o consumo correto de eletroeletrônicos


A campanha Natal da Eletrorreciclagem acaba amanhã (6), com a expectativa de recolher 5 toneladas de materiais coletados, entre computadores, televisores, teclados, videocassete, rádio, celular e carregadores, disse hoje (5) à Agência Brasil o coordenador do Programa Recicla Rio, da Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Jorge Pinheiro.
Promovida pela secretaria, com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e do Sindicato das Empresas de Informática do Rio de Janeiro (TI Rio), entre outras entidades, a campanha objetiva educar a população para o descarte correto de equipamentos eletroeletrônicos e sua reciclagem.
Segundo Pinheiro, ela reforça a importância da política nacional de resíduos, recentemente aprovada. A iniciativa termina em um momento oportuno, quando o setor produtivo discute acordos setoriais “e vai se responsabilizar pela logística reversa desses equipamentos. Isso significa que a indústria eletroeletrônica vai pagar para o recolhimento de seus produtos”. A modelagem do sistema será definida em 2012.
“O importante é que a população comece a se sensibilizar para o descarte e o consumo consciente, para que, ao mesmo tempo em que se definem os responsáveis e a forma de fazer essa logística, tenhamos uma população mobilizada para esse processo. Porque a responsabilidade do recolhimento não é do gestor público, embora haja a preocupação de que o processo evolua de forma rápida”, disse.
A campanha, segundo Pinheiro, também é uma forma de o consumidor pressionar as empresas, no sentido de que elas sejam também ambientalmente corretas. A iniciativa reforça a necessidade de a população estar atenta às mudanças em curso trazidas pela política nacional de resíduos. “Ela serve como educação ambiental para o descarte correto”.
Jorge Pinheiro ressaltou que é preciso que as pessoas saibam dos perigos que o descarte de aparelhos eletreletrônicos na natureza traz para a saúde de todos seres vivos. “Eles têm substâncias tóxicas que, se colocadas no lixo comum, podem vazar e contaminar a população. É interessante que esse material tenha um destino correto, seja reciclado e seja reaproveitado, gerando trabalho e renda e evitando impacto no meio ambiente”.
As pessoas podem entregar os equipamentos eletroeletrônicos em cinco pontos de coleta, distribuídos pelas estações do metrô de Ipanema, Carioca e Pavuna; na prefeitura, no bairro da Cidade Nova; e na Fábrica Verde, projeto da Secretaria Estadual do Ambiente de reaproveitamento de computadores. Ali, uma oficina capacita jovens do Complexo do Alemão para trabalhar na remontagem de computadores, mantendo a vida útil desses equipamentos que vão ser doados para comunidades carentes.
O material que não puder ser reaproveitado na Fábrica Verde será enviado à empresa Reciclo Ambiental, em São Paulo, que se encarregará de separar os materiais e dar-lhes a destinação adequada para reciclagem. Na campanha de 2010, foram recolhidas 1,5 tonelada de equipamentos eletroeletrônicos.

Agência Brasil

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Devolução de lixo hospitalar para os Estados Unidos foi adiada


A devolução de dois contêineres, retidos no Porto de Suape em Pernambuco, com lixo hospitalar vindo dos Estados Unidos foi adiada, informou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O envio das 46 toneladas de tecidos hospitalares estava marcado para o próximo sábado (7), mas foi postergado para o dia 21 por falta de documentação. De acordo com a Anvisa, a companhia marítima alemã Hamburg Süd, responsável pelo transporte dos contêineres ao Brasil, solicitou a emissão de documento pelas autoridades alfandegárias ou do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos avalizando o retorno da carga.
A alfândega do Porto de Suape encaminhou, conforme a Anvisa, o pedido aos órgãos norte-americanos. A empresa Na Intimidade, importadora do lixo dos Estados Unidos, vai arcar com os custos da devolução.
A empresa declarou às autoridades brasileiras que a carga tinha tecidos de algodão com defeitos. No entanto, a Vigilância Sanitária encontrou lençóis com marcas de hospitais norte-americanos sujos de sangue. Os contêineres estão retidos no porto desde outubro, quando a fraude foi descoberta.
Além da devolução, a Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa) determinou a incineração de 50 toneladas do lixo importado – material que estava no depósito da empresa e vendido na região. Ainda não há data para a incineração, segundo a agência.
 
Agência Brasil

Descarte inadequado de pneus ainda representa grave problema ambiental no Brasil, diz pesquisador


O descarte inadequado de pneus ainda persiste como um grave problema ambiental no Brasil. Apesar de duas resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) obrigarem os fabricantes e importadores a dar uma destinação adequada para pneus que não servem mais, as regras não estão surtindo o efeito desejado. Essa é a conclusão do engenheiro mecânico Carlos Lagarinhos que defendeu uma tese de doutorado, na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), sobre o assunto.
“No Brasil, as atividades de reutilização [de pneus] não são regulamentadas e não existem incentivos para a reciclagem ou utilização de matéria-prima de pneus inservíveis [que não servem mais para rodar em automóveis, ônibus e caminhões]”, disse Lagarinhos à Agência Brasil.
Segundo Lagarinhos, de 2002 a abril de 2011, o descarte inadequado correspondeu a 2,1 milhões de toneladas do produto. Nesse período, os importadores de pneus novos cumpriram 97,03% das metas de descarte estabelecidas, os fabricantes, 47,3% e, os importadores de usados, 12,92%.
No país, é possível encontrar pneus jogados em lixões, rios, ruas e, até mesmo, no quintal das casas o que pode ocasionar problemas ambientais e, até mesmo, de saúde – o mosquito transmissor da dengue, por exemplo, se reproduz em água parada alojada, muitas vezes, em pneus velhos.
Lagarinhos observou que o alto custo da coleta e do transporte de pneus descartados é a principal dificuldade para a destinação correta desse material. Outro problema levantado pelo pesquisador é que há falta de conhecimento dos consumidores sobre o destino que deve ser dado aos pneus usados.
“Os fabricantes, importadores, revendas e distribuidores não divulgam programas de coleta e destinação dos pneus inservíveis para incentivar o descarte, após a troca, pela população”, disse Lagarinhos. Em São Paulo, por exemplo, ele cita que, apesar dos mais de 6,6 milhões de veículos licenciados, existem apenas quatro pontos de coleta de pneus.
Uma das saídas apontadas por Lagarinhos como solução para o problema seria o aproveitamento de pneus usados como componente para asfalto. “De 2001 a 2010, somente 4,9 mil quilômetros foram pavimentados com asfalto-borracha. Existe uma série de vantagens para a sua utilização como aumentar a vida útil do pavimento em 30%, retardar o aparecimento de trincas e selar as já existentes e aumentar o atrito entre o pneu e o asfalto, entre outros", explicou.
"Falta incentivo por parte dos governos federal, estaduais e municipais para a utilização do asfalto-borracha na pavimentação de ruas, estradas e rodovias”, ressaltou o pesquisador.

Agência Brasil