Pesquisas da Universidade de São Paulo (USP)
em Ribeirão Preto avançam e busca plástico 100% biodegradável e
competitivo com o plástico comum. O resultado inicial é animador. Os
testes, que reúne na fórmula resíduos agroindustriais, resultaram em um
produto com qualidades técnicas e econômicas promissoras, que se degrada
em no máximo 120 dias.
A química Bianca Chieregato Maniglia
desenvolveu filmes plásticos biodegradáveis a partir de resíduos
agroindustriais de cúrcuma, babaçu e urucum. E o fato do novo material
ser totalmente desenvolvido a partir de descartes da agroindústria faz
toda diferença. Ao mesmo tempo, recicla resíduos e é biodegradável.
A matéria-prima é oriunda de material
produzido com fontes renováveis e, por isso, não se esgotam. Outra
novidade é que a substância pode ser cultivada em qualquer lugar do
mundo. Ao contrário, o plástico comum é feito do petróleo.
Bianca Maniglia adiciona outras qualidades
ao produto: matéria- prima barata, que não compete com o mercado
alimentício e ainda “contém composição interessante com a presença de
ativos antioxidantes”.
Essa fórmula com compostos antioxidantes
pode ser ainda mais interessante no desenvolvimento de “embalagens
ativas”. Embalagem que interage com o produto, capaz de melhorar a
qualidade de armazenamento para acondicionamento de frutas e legumes
frescos.
Os estudos confirmam caminho certo para a obtenção de um plástico, ou pelo menos um filme plástico, totalmente biodegradável.
Agora, busca-se aplicação de aditivos como a
palha de soja tratada, outro resíduo agroindustrial, para melhorar as
propriedades destes filmes. A meta é o ganho de maior resistência
mecânica e menor capacidade de absorver e reter água.
Ciclo Vivo