sexta-feira, 5 de maio de 2017

Pesquisadora brasileira cria plástico 100% biodegradável com resíduos da agroindústria


Pesquisas da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto avançam e busca plástico 100% biodegradável e competitivo com o plástico comum. O resultado inicial é animador. Os testes, que reúne na fórmula resíduos agroindustriais, resultaram em um produto com qualidades técnicas e econômicas promissoras, que se degrada em no máximo 120 dias.

A química Bianca Chieregato Maniglia desenvolveu filmes plásticos biodegradáveis a partir de resíduos agroindustriais de cúrcuma, babaçu e urucum. E o fato do novo material ser totalmente desenvolvido a partir de descartes da agroindústria faz toda diferença. Ao mesmo tempo, recicla resíduos e é biodegradável.

A matéria-prima é oriunda de material produzido com fontes renováveis e, por isso, não se esgotam. Outra novidade é que a substância pode ser cultivada em qualquer lugar do mundo. Ao contrário, o plástico comum é feito do petróleo.

Bianca Maniglia adiciona outras qualidades ao produto: matéria- prima barata, que não compete com o mercado alimentício e ainda “contém composição interessante com a presença de ativos antioxidantes”.
Essa fórmula com compostos antioxidantes pode ser ainda mais interessante no desenvolvimento de “embalagens ativas”. Embalagem que interage com o produto, capaz de melhorar a qualidade de armazenamento para acondicionamento de frutas e legumes frescos.

Os estudos confirmam caminho certo para a obtenção de um plástico, ou pelo menos um filme plástico, totalmente biodegradável.

Agora, busca-se aplicação de aditivos como a palha de soja tratada, outro resíduo agroindustrial, para melhorar as propriedades destes filmes. A meta é o ganho de maior resistência mecânica e menor capacidade de absorver e reter água.


Ciclo Vivo

Dinamarca tem cerveja feita com cevada fertilizada com urina humana


Uma cervejaria dinamarquesa está usando 50 mil litros de urina reciclada de um festival de música para produzir cerveja. 

A cerveja se chama "Pisner", um trocadilho que combina o estilo de cerveja "pilsner" com uma gíria local para xixi. 

A cerveja produzida não contém xixi humano, mas é feita a partir de cevada plantada em campos fertilizados com urina humana, em vez de esterco ou adubo industrializado.
 
"A razão pela qual fizemos essa cerveja é porque somos uma cervejaria artesanal e, há cerca de 4 anos, nos tornamos orgânicos, então todas as nossas cervejas são orgânicas hoje. Pensamos que seria uma grande ideia fazer uma cerveja reciclável", disse Henrik Vang, executivo-chefe da cervejaria Norrebro Bryghus, explicando o conceito de "beercycling". 

Usar urina humana como fertilizante nessa escala é uma novidade, segundo o Conselho de Agricultura e Alimentos da Dinamarca. 

"O gosto é realmente bom. É fresca e densa ao mesmo tempo, é uma boa cerveja", disse Birden Eldahl, um dos provadores da cerveja. 

Os 50 mil litros de urina coletados no festival resultaram em cevada suficiente para fazer cerca de 60 mil garrafas de cerveja. 

G1
 

segunda-feira, 1 de maio de 2017

O fenômeno da coluna de luz violeta flagrado pela 1ª vez nos céus do Canadá


Um grupo de cientistas amadores fãs de auroras boreais descobriu um novo fenômeno atmosférico nos céus do norte do Canadá. 

Eric Donovan, professor da Universidade de Calgary, identificou a coluna de luz violeta em uma série de fotos compartilhadas no Facebook. A princípio, foi definido como um arco de prótons. Mas Donovan descartou a hipótese ao avaliar que não seria possível ver isso a olho nu. 

Diante do mistério, Donovan e seus colegas recorreram a um conjunto de satélites da Agência Espacial Europeia (ESA na sigla em inglês) que estuda o campo magnético da Terra para obter mais informações. 

Assim, descobriram que a coluna de luz é uma corrente de gás que flui em grande velocidade nas partes mais elevadas da atmosfera terrestre. 

Uma luz chamada Steve

 

Cientistas analisaram o fenômeno usando satélites localizados a uma altitude de 300 km e notaram que o ar dentro da coluna era 3.000ºC mais quente e circulava a uma velocidade 600 vezes maior do que o ar do entorno. 

Pouco se sabe, além disso, sobre a enorme linha de luz violeta. Acredita-se que não seja uma aurora boreal, porque não resulta da característica interação de partículas solares com o campo magnético da Terra. 

O novo fenômeno foi batizado de "Steve", em referência à animação Os Sem-Floresta (2006), em que os personagens usam esse nome para falar de uma criatura que nunca tinham visto antes.

"É um fenômeno natural lindo, observado primeiro por cientistas amadores e que despertou o interesse de cientistas profissionais", destaca Roger Haagmans, pesquisador da ESA. 

"No final das contas, é bastante comum, mas que ainda não o havíamos notado. Isso só foi possível graças a uma soma de esforços." 


G1