domingo, 30 de maio de 2021

Medicina da floresta: pesquisador usa uxi amarelo, unha de gato, marapuama e outras plantas para tratamentos no AM

 


Foi por meio dos relatos dos avós ainda na infância que o pesquisador e doutor em Botânica Econômica Juan Revilla, de 71 anos, começou a se interessar em estudar as plantas medicinais. O peruano hoje desenvolve seu trabalho na Amazônia Brasileira, onde veio estudar e tratar pacientes há mais de quatro décadas .

 

Juan Revilla é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), onde trabalha há 43 anos. Ao G1, o pesquisador explicou que concentra seus estudos nas plantas nativas já usadas popularmente por moradores da Região Amazônica, como uxi amarelo, unha de Gato, marapuama, entre outras.

 

Revilla explica, por exemplo, que pesquisa sobre problemas de cistos nos ovários, miomas, nódulos nos seios e endometriose com tratamentos a partir do uso dessas ervas.

 

Atualmente, o doutor se divide entre duas cidades para realizar pesquisas. Em Manaus, ele atua no Instituto de Medicina Tradicional e, sempre que pode, viaja ao município de Manaquiri, onde também trabalha com plantas medicinais.

 

Revilla explicou que a primeira frente de sua pesquisa é sobre o levantamento das informações das plantas medicinais da Amazônia. A segunda é a orientação no uso de plantas medicinais pela população.

 


O pesquisador comentou que a Amazônia brasileira possui inúmeras plantas que curam e que poderiam ser vendidas para o mundo, mas apenas se conhece o uso de poucas.

Plantas medicinais da região amazônica

 

Uxi Amarelo: Originada da Amazônia brasileira, possui efeitos anti-inflamatório, antioxidante, diurético e estimulante imunológico. O pesquisador explicou que costuma se vender em forma de casca (retiradas de troncos de árvores). A planta é usada no tratamento de vários problemas de saúde, como no tratamento de miomas; cistos no ovário ou no útero; combate a infecções urinárias; promove a regulação do ciclo menstrual causada pela Síndrome dos Ovário Policísticos, também ajuda no tratamento endometriose.

 


"O Uxi Amarelo corrige os estudos hormonais. Hoje se conhece toda a química dessa planta e sabemos quais os princípios ativos que fazem esse trabalho. Para a indústria farmacêutica, é um fracasso, a dificuldade de fazer sínteses desses compostos. É interessante o extrato seco de Uxi Amarelo. O extrato seco não é a casca moída, é o chá sem água. E que pode se transformar em comprimidos", explicou Revilla.

 

Unha de Gato: Encontrada principalmente na Floresta Amazônica e em outras regiões da América do Sul, começou a ser usada pelos indígenas de forma medicinal para tratamentos inflamatórios e degenerativos. É uma planta que tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"A Unha de Gato tem um histórico mundial fantástico. É uma planta que corre na Amazônia Brasileira e nós temos uma quantidade imensa desse produto que precisa ser mapeado e ser estudado no campo para ver a dimensão da produção da unha de gato e poder transformar em medicamento. É também outra planta que estamos trabalhando aqui para transformá-la em comprimidos", contou o pesquisador.

 

Marapuama: Planta medicinal originada na Amazônia. Serve para melhorar a circulação sanguínea, tratar a anemia e disfunções sexuais. "É outra planta que considero muito importante, assim como o Mirantã, a Marapuama trabalha com o sistema nervoso. Essas plantas, nós estamos trabalhando alguns anos, e hoje nós sabemos de alguns componentes químicos", explicou o pesquisador.

 

Clínica de campo para o tratamento de doenças crônicas

 

Com a pandemia, Revilla disse que teve a oportunidade de se dedicar muito mais ao campo, em Manaquiri, no interior do Amazonas. Com recursos próprios e colaboração de outras pessoas, ele conseguiu mais recursos para sustentar colaboradores, que atualmente conta com 15.

Segundo Revilla, os colaboradores preparam os ambientes físicos e paisagísticos do projeto da construção de uma clínica em Manaquiri que conta com três pontos importantes:

 


"O primeiro é o laboratório para a fabricação dos medicamentos, quase concluída esperando alguns equipamentos";

"O segundo é o jardim botânico de plantas de valor econômico, chamada Botânica Econômica Garden. Esse Jardim Botânico tenta mostrar aqui essas plantas com potencial econômico. Hoje nós estamos com mais 1600 plantas já instalada em nosso jardim";

"O terceiro é o trabalho de atendimento. Nós estamos montando uma clínica de campo para o tratamento de doenças crônicas que pode ser inaugurado no fim do ano.

 

Falta de financiamento

 

O pesquisador reclamou da falta de financiamento para desenvolver seu trabalho. Para ele, atualmente, a contribuição das plantas medicinais para a saúde é de grande valia, mas lamentavelmente, a população não sabe muito sobre o Inpa, o instituto de pesquisa em que trabalha.

 

Fonte: G1 Amazonas


sábado, 29 de maio de 2021

Visite o Santuário do Padre Ibiapina

 


O Servo de Deus, Padre Ibiapina faleceu no dia 19 de fevereiro de 1883, na Casa de Caridade em Solânea no Distrito de Santa Sé, no Estado da Paraíba. No lugar onde ele faleceu, foi erguida uma capela que depois tornou-se, um dos maiores centro de romaria e visitação do Nordeste - o Santuário do Padre Ibiapina que todos os meses no dia 19 há uma grande celebração com a presença de fiéis de vários lugares da região Nordeste que vão ao Santuário agradecer as bênçãos e pedir a intercessão do Servo de Deus Padre Ibiapina para as suas vidas.

No ano de 2019, quando celebrou-se 213 anos de nascimento da Padre Ibiapina, os Passionistas da Província Exaltação da Santa Cruz aceitaram o convite do Bispo diocesano de Guarabira-PB, Dom Aldemiro Sena dos Santos, para assumir os trabalhos apostólicos e direção do Santuário-Memorial do Padre Ibiapina.



























sexta-feira, 28 de maio de 2021

Uruguai registra caso de 'fungo negro' em paciente recuperado da Covid-19

 


O Uruguai registrou um caso de mucormicose, doença também conhecida como "fungo negro", em um homem diabético que dias antes havia se recuperado da Covid-19, reproduzindo um quadro que disparou alarmes na Índia.

O paciente, com menos de 50 anos, começou a apresentar necrose (morte de tecido) na área das mucosas cerca de dez dias após o teste positivo para o coronavírus, segundo o jornal El País.

A infectologista Zaida Arteta, referência em micologia, disse que no Uruguai há "alguns casos de vez em quando" relacionados a esse fungo, embora este seja o primeiro associado ao vírus pandêmico.

O que ele faz é invadir alguns tecidos. Principalmente, nesses casos secundários à Covid, nos seios paranasais e no pulmão — explicou em declarações ao canal local 4.


No entanto, esclareceu que, dentro do espectro de fungos que podem atacar pessoas com problemas nas defesas do organismo, doenças debilitantes do sistema imunológico ou lesões, "é um dos menos frequentes".

O caso repercutiu principalmente devido aos alarmes disparados frente a quadros semelhantes na Índia, onde a mucormicose custou centenas de vidas entre convalescentes de Covid-19, segundo a imprensa local.

Antes da segunda onda de coronavírus, que matou 100 mil pessoas na Índia em abril, os casos dessa infecção fúngica eram raros no país.

Os afetados costumavam ser pessoas com diabetes, HIV ou pacientes transplantados com organismos imunossuprimidos.


No entanto, Arteta esclareceu que na Índia as condições de higiene e contaminação ambiental em residências, hospitais e ruas são diferentes das do Uruguai, com mais poeira e esporos deste fungo no país asiático.

— Também é proporcional às infecções. Não esperamos milhares de casos de mucormicose — disse.

A especialista apontou o número de casos de aspergilose associada à Covid como mais preocupante. Desta doença também produzida por fungos "há mais casos" no Uruguai.

— É uma complicação de pessoas com Covid severa, de pessoas que em geral estão em terapia intensiva há muito tempo — explicou.

Fonte: O Globo


quarta-feira, 26 de maio de 2021

Solânea PB - A capital da Serra Paraibana

 


Solânea, município no estado da Paraíba (Brasil), localizado na microrregião do Curimataú Oriental. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2010 sua população era estimada em 26.693 habitantes. Forma uma das poucas conurbações ou sistemas urbanos conurbados do interior e fora das regiões metropolitanas. O sistema urbano Solânea-Bananeiras possui peso demográfico e geopolítico/geoeconômico similar ao de Guarabira (no baixo brejo oriental). A fundação, propriamente dita, é atribuída aos habitantes que povoaram a região, por volta dos anos de 1750-1800. Segundo a história oficial, um dos descendentes dos colonizadores da família Soares Cardoso Moreno, vindo do Ceará, fixou moradia, nas terras planas, com fazenda de gado e engenho.

Com o crescimento da região, alguns pioneiros – tais como Leôncio Costa, Alfredo Pessoa de Lima, e tantos outros – empreenderam esforços no sentido de transformar o pequeno povoado em Distrito de Paz. Isto só veio ocorrer no dia 4 de dezembro de 1926. Assegurado pela Lei nº 637, o pequeno aglomerado passou a ser chamado de Moreno, nome dado em homenagem ao seu fundador.

A partir de 1927, Moreno viveu intensos dias de vida social e cultural, começando a se projetar no cenário comunal. Em 15 de novembro de 1938, sob o Decreto-lei nº 1.164, Moreno eleva-se à categoria de Vila.

A antiga Vila de Moreno, alcançou sua independência e emancipação política, administrativa e social, graças a uma forte reivindicação dos homens de grande visão da época. O projeto de lei encaminhado à Assembleia Legislativa da Paraíba, foi de autoria do então deputado estadual Humberto Coutinho de Lucena. A Lei nº 967 que criou o município de Solânea, datada de 26 de novembro de 1953, foi sancionada pelo então governador do Estado, João Fernandes de Lima, concedendo fórum à cidade e, consequentemente, criando o município e comarca de Solânea. Em homenagem a esta data, construiu-se a principal praça da cidade, em frente à igreja matriz de Santo Antônio, padroeiro do município. O município foi instalado em 30 de dezembro de 1953.

Desde 2001 a cidade realiza umas das maiores festas juninas do estado da Paraíba e do Brasil com uma media de 40.000 pessoas nos últimos dias e em media de 2.000 nos demais que acontece de 12 a 24 de junho.

Fonte: PMS