domingo, 31 de julho de 2011

Poluição por poeira em SP é a pior desde 2008

São Paulo - Até ontem, a região metropolitana de São Paulo teve a pior média de poluição por material particulado (MP) - formado por poeira e partículas inaláveis - registrada em um mês de julho desde 2008. Os dados são da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e levam em conta médias máximas de 16 estações de medição.

Composto em até 80% pela queima de combustível dos veículos, o material particulado é um dos poluentes mais presentes nas regiões altamente urbanizadas, ao lado do ozônio. Extremamente nocivo à saúde, penetra no sistema respiratório e alcança alvéolos pulmonares e corrente sanguínea.

Segundo dados do site da Cetesb, em 13 dos 16 pontos de medição da Grande São Paulo as médias máximas da concentração do material superaram índices do ano passado. Em relação a julho de 2009, apenas uma estação havia registrado média superior à deste mês.

Não por acaso a poluição voltou a formar uma nuvem escura sobre a cidade. A umidade relativa do ar ficou em 33,9%, abaixo do mínimo considerado saudável pela Organização Mundial de Saúde: 60%. O clima seco deve permanecer hoje, segundo a Climatempo, e só chove no sábado.
 
O Estado de S. Paulo 

Estudantes holandeses projetam carro solar para corrida

Um grupo de estudantes holandeses está construindo um veículo para competir em uma corrida de carros movidos a energia solar.
A equipe, formada por alunos da Universidade de Delft, teve pouco mais de um ano para projetar e construir o veículo, que agora está em fase final de testes.
O gerente técnico da equipe, Mike Hoogstraten, explica que todos estão ansiosos para ver os resultados dos testes aerodinâmicos que precedem a corrida.
A corrida é realizada a cada dois anos na Austrália. Os competidores percorrem 3.000 km entre as cidades de Darwin e Adelaide.
Os holandeses esperam que seu carro represente um passo a mais na evolução dos veículos solares, que são menos poluentes que os automóveis convencionais.

BBC BRASIL

SUS precisa gastar melhor para saúde melhorar, diz 'Economist'

O Sistema Único de Saúde (SUS) precisa gastar melhor o seu orçamento para oferecer um serviço de atendimento com mais qualidade aos brasileiros, segundo a revista "The Economist" desta semana.
Após citar os esforços do Programa Saúde da Família, expandido no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, e as políticas de combate à miséria extrema e de saneamento básico, uma das bandeiras da presidente Dilma Rousseff, a revista diz que tais medidas não bastam para resolver o problema.
Para a "Economist", é preciso 'mudar a forma com que o orçamento do SUS é gasto' para melhorar o sistema. O semanário cita uma pesquisa publicada pela revista especializada em ciência "The Lancet", dizendo que o SUS gasta pouco na compra de medicamentos porque boa parte do dinheiro é usada no fornecimento de tratamentos caros a pacientes que ganham na Justiça o direito de ter pagas terapias não cobertas pelo sistema.
A revista lembra ainda que até a Constituição de 1988 declarar a saúde um direito do cidadão, o Brasil, como a maior parte dos vizinhos latino-americanos, tinha um sistema duplo: um primeiro voltado para trabalhadores com emprego formal e um segundo para o restante da população.
"Apesar da determinação constitucional, cerca de 60% de todo o gasto em saúde no Brasil é privado - percentual maior que a maioria dos países latino-americanos e ainda maior que a dos Estados Unidos", diz a "Economist".
A revista ressalta que os gastos privados dão cobertura a 'uma minoria rica e jovem' e que os gastos com o SUS correspondem a apenas 3,1% do PIB brasileiro.
Contradições
O semanário britânico mostra as contradições do SUS, ilustradas com o caso do Instituto do Câncer de São Paulo. "Equipado com tecnologia de ponta, [o hospital] oferece todos os tratamentos mais avançados, bem como aulas de culinária saudável e origami para aliviar o estresse", diz o texto.
A "Economist" ressalta, no entanto, que o hospital altamente especializado de São Paulo é apenas o lado eficiente do SUS. A revista lembra que o Programa Saúde da Família, um dos de maior alcance do sistema, atende apenas metade dos brasileiros, sendo que um quarto da população tem algum tipo de plano privado de saúde e os outros 25% restantes - moradores de áreas rurais ou de favelas localizadas em periferias de centros urbanos - não são atendidos pelo sistema.
Para a "Economist", a saúde é uma das questões que mais preocupam os brasileiros, lembrando que uma pesquisa de 2007 colocou o tema como preocupação ainda mais relevante que a economia.

G1

PB será cenário para a nova novela da Globo

Em uma iniciativa do Governo do Estado, a próxima novela das 19h, da Rede Globo de Televisão, terá a Paraíba como cenário logo nos seus primeiros capítulos. Os municípios de João Pessoa e Cabaceiras terão as locações da novela “Aquele Beijo”, escrita por Miguel Falabella, com colaboração de Ângela Carneiro e Luiz Carlos Góes, e direção de Cininha de Paula.

Segundo o secretário estadual de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Renato Feliciano, que articulou a gravação com a direção da Globo, esta é uma iniciativa importante no fomento do turismo paraibano, na medida em que promove e traz visibilidade ao Estado. “Esta exposição na novela vai dar um novo ânimo para o setor. Iniciativas como estas trazem inúmeras vantagens, pois divulgam nossa cultura, nossas paisagens, e contribuem até na geração de emprego e renda”, ressaltou.

Aquele Beijo – A novela que entrará na grade de programação da Globo no lugar de “Morde & Assopra” terá o personagem do ator Diogo Vilela como personagem que passará pela Paraíba.

O folhetim vai ter como um de seus temas o consumismo. Além do elenco brasileiro, a novela contará com a participação especial do colombiano Manolo Cardona, que esteve recentemente em cartaz no Brasil com o filme “Contracorrente”. Além de Cabaceiras e João Pessoa, as gravações também terão locações em Paris, na França e Cartagena, na Colômbia.
 
Paraiba Agora

Oxi, droga mais letal que crack, provoca epidemia de vício pelo país

Um derivado da cocaína está provocando uma epidemia de vício na capital do Acre, Rio Branco, e está se espalhando pelo país. De acordo com reportagem em cinco páginas publicada na edição deste domingo do jornal "O Globo", a droga chamada de oxi é consumida e procurada por jovens e crianças de todas as classes socioeconômicas do estado da Região Norte. É possível ver viciados perambulando em todas as regiões da cidade.

O nome é uma abreviação de "oxidado": trata-se de uma mistura de base livre de cocaína e combustível (como querosene ou gasolina). É semelhante ao crack por ser uma pedra branca fumada em cachimbo, que custa mais barato e mata mais rápido. A droga veio da Bolívia e do Peru e entrou no Brasil pelo Acre. Há relatos de que o oxi já tenha deixado viciados nos outros estados da Região Norte e também em Goiás, Distrito Federal, em alguns estados do Nordeste e em São Paulo (nas regiões conhecidas como "cracolândia"). Existe a suspeita de que a pedra já pode ser localizada no Rio de Janeiro, mas a polícia não tem registro de apreensões.

Especialistas ouvidos pelo jornal informam que o derivado tem o poder de dependência no primeiro uso, causando efeitos devastadores no organismo humano: doenças no sistema renal, emagrecimento, diarreia, vômitos e até perda de dentes, por conta do processo corrosivo provocado pela presença dos combustíveis na composição do oxi. A reportagem também ouviu depoimentos de viciados em luta pela recuperação em Rio Branco.

"Você usa oxi uma vez, e quer usar duas, cinco, dez, vinte vezes. Com a droga, fiquei viciado também em jogo", afirmou Irivan Lima do Nascimento, de 25 anos. Ele diz que chegou a traficar e perder quatro motos oferecidas pelo pai (que é fazendeiro), tudo por conta do vício.
 
Sidney Rezende

90% dos brasileiros ingerem poucas frutas, legumes e verduras

A Análise de Consumo Alimentar Pessoal no Brasil, da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, levantamento promovido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado nesta quinta-feira (28) trouxe um dado alarmante: nossa dieta está errada. O estudo apontou que 90% da população brasileira consomem uma quantidade de frutas, legumes e verduras inferior ao recomendado pelo Ministério da Saúde com base em recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). A investigação apontou que a dieta nacional é composta majoritariamente por arroz e feijão, associados a alimentos calóricos e de baixo teor nutritivo.

Segundo o IBGE, a OMS e o Guia Alimentar Brasileiro sugerem o consumo de 400 g de frutas, legumes e verduras por dia. Nem 10% da população ingerem o indicado. As maiores médias de consumo diário per capita no país são de feijão (182,9 g/dia), arroz (160,3 g/dia), carne bovina (63,2 g/dia), sucos (145,0 g/dia), refrigerantes (94,7 g/dia) e café (215,1 g/dia). 

De acordo com o levantamento, os brasileiros, principalmente os adolescentes, consomem em grande quantidade alimentos como biscoitos, linguiça, salsicha, mortadela, sanduíches e salgados. Entre as bebidas, destaque para os refrigerantes e sucos com adição de açúcar. O consumo de biscoitos recheados foi quatro vezes maior entre os adolescentes (12,3 g/dia) do que entre adultos (3,2 g/dia) e foi mínimo entre os idosos (0,6 g/dia). Para sanduíches, os adolescentes e os adultos apresentaram médias de consumo duas vezes maiores do que os idosos.

A análise apontou que a população rural brasileira apresenta maiores médias diárias de consumo per capita de frutas e peixes frescos do que a população urbana. Destacam-se nos domicílios rurais o consumo de arroz, feijão, peixes frescos e farinha de mandioca. Já na área urbana, segundo o IBGE, destaque para os refrigerantes, pão de sal, cerveja e sanduíches.

Quando considerada a alimentação de homens e mulheres, o estudo aponta que os homens têm menor consumo per capita de verduras, saladas, e grande parte das frutas e doces. Já o consumo per capita de cerveja e bebidas destiladas chega a ser cerca de cinco vezes maior entre os homens do que entre as mulheres - o consumo de cerveja é de 8,1 g/dia entre as mulheres, contra 55,7 g/dia entre os homens.

O estudo do IBGE também indica uma relação entre a renda familiar do brasileiro e a qualidade da alimentação. A população de baixa renda consome mais alimentos nutritivos de baixo custo e menos produtos altamente calóricos. Em contrapartida, o consumo de frutas e verduras aumenta conforme a renda, assim como o de leite desnatado e os derivados de leite, que têm custo mais elevado.

IBGE lança seleção com 4.250 vagas para agentes de pesquisa e mapeamento

O Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) lançou nesta sexta-feira (29/7) seleção nacional para preencher 4.250 vagas temporárias no cargo de agente de pesquisas e mapeamentos, profissional responsável por realizar pesquisas econômicas e sociodemográficas do IBGE em todo território brasileiro. A seleção exige nível médio completo dos candidatos (antigo 2º grau) e oferece remuneração de R$ 850, acrescida de benefícios como auxílio alimentação, vale transporte, férias e 13º salário.

A banca contratada para organizar o concurso e elaborar as provas foi a Consulplan. Os novos agentes serão distribuídos entre os 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. As 4.250 oportunidades serão distribuídas entre os estados da seguinte maneira: São Paulo (559), Rio de Janeiro (337), Minas Gerais (353), Bahia (285), Rio Grande do Sul (256), Paraná (250), Ceará (231), Pernambuco (224), Goiás (167), Espírito Santo (159), Santa Catarina (143), Pará (123), Alagoas (117), Amazonas (106), Maranhão (106), Mato Grosso do Sul (106), Mato Grosso (103), Paraíba (86), Rio Grande do Norte (78), Piauí (66), Rondônia (59), Sergipe (59), Acre (48), Roraima (43), Tocantins (41) e Amapá (38) e Distrito Federal (107). A assessoria de imprensa do IBGE alertou que o número de vagas para cada estado ainda está sujeito a alterações.

Inscrições
Os interessados em participar da seleção devem se inscrever no período de 29 de agosto até as 23h59 do dia 19 de setembro, por meio do endereço www.consulplan.net. O custo da taxa é de R$ 20.

Avaliação
Todos os candidatos serão submetidos a provas objetivas do tipo múltipla escolha, aplicadas na data provável de 30 de outubro. A avaliação será composta por questões de Português, Geografia, Raciocínio Lógico, Conhecimentos Gerais e Noções de Informática.

O edital de abertura pode ser encontrado a partir da página 183 da terceira seção do Diário Oficia da União.

sábado, 30 de julho de 2011

Líderes religiosos debatem preservação do ambiente em Jerusalém

Representantes das comunidades cristã, judia e muçulmana se reuniram nesta semana em Jerusalém para debater uma forma de conscientizar seus fiéis sobre a importância de se preservar o ambiente.
"O respeito a Deus exige também o respeito a sua criação e a natureza", manifestou ao jornal israelense "Jerusalem Post" o bispo auxiliar do patriarcado de Jerusalém, William Shomali.
Ele participou na segunda-feira (25) da apresentação do Centro InterConfessional de Desenvolvimento Sustentável. "Somos visitantes nesta Terra e a abandonaremos algum dia, mas precisamos deixá-la limpa para as próximas gerações", disse o clérigo.
"Se a Terra está poluída, se o Mediterrâneo está poluído, está poluído para todos, cristãos, muçulmanos e judeus", destacou Shomali, que considerou necessário "estudar a crise ambiental, que é parte da crise ética, moral e espiritual".
O novo grupo religioso-ecologista, liderado pelo rabino Yonatan Neril, conseguiu neste mês que o Conselho de Instituições Religiosas da Terra Santa assinasse a "Declaração da Terra Santa sobre Mudança Climática", que pede para o mundo reduzir o consumo e enfrentar os problemas ambientais.
O texto pede "a toda pessoa de fé" para que reduza suas emissões do efeito estufa e peça a seus líderes políticos que adotem "objetivos fortes, obrigatórios e com base científica para diminuir os gases do efeito estufa a fim de evitar os piores perigos da crise do clima".
O ministro de Assuntos Religiosos palestino, Salah Zuheika, assinalou sobre o Corão: "Alá fala de tudo, sobre a natureza, o ar, os animais, e pede aos seres humanos não só que usem a natureza, mas que a protejam."
O rabino David Rosen ressaltou também o caráter temporário da estada dos homens na Terra e sugeriu aos líderes religiosos que incentivem seus fiéis a consumir menos carne. A produção do alimento representa "uma das maiores causas de contaminação e de consumo de água". 

Folha de SP

Ecoturismo afeta recifes de corais em Porto de Galinhas

O movimento intenso de turistas que buscam sol e paisagens paradisíacas na praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca (litoral sul de Pernambuco), tem provocado danos ambientais à região.
Parte da fauna marinha dos recifes vem sendo destruída em razão do ecoturismo desenfreado, conforme estudo da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco).
Os trechos de recifes onde o acesso é livre (7% do total) apresentaram redução de 55% na quantidade de animais que vivem em meio às algas, segundo a bióloga Visnu Sarmento, 25, que estudou o tema durante o mestrado.
Ainda segundo a bióloga, a passagem de turistas sobre os recifes provocou diminuição de 11% entre as espécies de microcrustáceos -pequenos animais, parentes distantes de camarões e siris, que servem de alimento para os peixes dos recifes. 
Cerca de 800 mil pessoas visitam a praia todos os anos para conhecer as águas cristalinas das piscinas naturais e as bancadas de recifes -cartões-postais do local.
Por R$ 15, é possível ir de jangada até os recifes, para caminhar sobre as formações calcárias e mergulhar em meio a peixes coloridos e cavalos-marinhos. Na maré baixa, o programa pode até ser feito a pé.
"A continuidade da exploração agressiva do turismo pode provocar a extinção de espécies nos recifes de Porto de Galinhas. A longo prazo, também pode levar a um desequilíbrio na cadeia alimentar da fauna local", afirma.
Os recifes danificados levam até 200 anos para se recuperarem totalmente. Pesquisadores da UFPE pisotearam por três dias uma faixa de recife protegida. Após três meses sem nenhum contato humano, o local apresentou os mesmos índices de quantidade de animais e espécies anteriores.
Para a bióloga, o rodízio dos passeios em diferentes pontos dos recifes é uma medida simples para amenizar o impacto do turismo.

Folha de SP

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Navio descarrega contêiner de esgoto da Bélgica no Porto de Santos

Uma carga de lodo de esgoto vinda do Porto de Antuérpia, na Bélgica, com destino à Argentina, foi desembarcada ilegalmente no Porto de Santos, em São Paulo. De acordo com informações divulgadas pelo Ibama nesta sexta-feira (29), o navio passava pelo Brasil quando resolveu descarregar o material, que causava mau cheiro a bordo.
Ao receber pedido para destinação da carga, a Receita Federal chamou o Ibama para verfificar o contêiner e possíveis riscos que ofereceria à saúde pública e ao meio ambiente.
Como a legislação brasileira não permite importação de resíduo com potencial risco de contaminação, o órgão ambiental concluiu que o lodo não poderia ser descarregado. A fiscalização multou a empresa transportadora e o terminal portuário em R$ 60 mil cada, ordenando ainda que a carga seja devolvida à Bélgica.

Brasil terá estação de pesquisa no continente antártico

Em dezembro o Brasil deverá ganhar sua primeira estação de pesquisa no interior do continente antártico. O módulo científico ficará localizado a uma latitude sul de 84º, a cerca de apenas 500 quilômetros do Polo Sul geográfico. A unidade conterá sensores que enviarão, via satélite, dados meteorológicos e ambientais ao país. A nova estação será a primeira brasileira no continente.

O Brasil já possui outro módulo científico na Antártida, a Estação Comandante Ferraz, criada em 1984, mas ela fica na chamada Antártida Marítima, na Ilha Rei George, a 130 quilômetros do continente. A nova unidade será, portanto, a primeira no solo continental.

O coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) da Criosfera, Jefferson Simões, afirma que o módulo ficará a 84° de latitude sul, enquanto que Comandante Ferraz está a 62° de latitude sul.

A nova estação recolherá informações sobre temperatura, ventos, radiação solar e umidade. Também medirá os níveis de material particulado e gás carbônico que chegam ao continente.
Os cientistas brasileiros vão aproveitar a viagem para realizar uma exploração glaciológica: levarão uma sonda para perfurar 100 metros na camada de gelo. "Poderemos analisar a história climática dos últimos 500 anos", explica Simões, primeiro glaciólogo brasileiro e pesquisador da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
 
Revista Época

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Moradores são isentos de pagar por água de má qualidade no CE

Os moradores de Ararendá (341 km de Fortaleza), no Sertão de Cratéus, não pagarão a conta de água até que a Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Ceará) forneça água própria para o consumo humano.
A decisão foi tomada depois de uma audiência pública entre o MP-CE (Ministério Público do Ceará), a Câmara Municipal do município e a companhia de água.
O coordenador de água a Cagece em Cratéus, Damo Vasconcelos Barreto, disse em uma audiência pública que água distribuída ao município é tratada, mas reconheceu que é imprópria para consumo por apresentar uma maior concentração de cálcio e magnésio, o que deixa o gosto de água salobro.
Após a audiência pública, a concessionária se comprometeu a suspender as cobranças até que seja implementado um projeto de distribuição que forneça água potável aos consumidores. 

Folha de SP

Cada brasileiro consome em média 5,2 litros de veneno por ano. Até quando vamos engolir isso?

No Brasil mais de um milhão de toneladas de veneno foram jogados nas lavouras em 2009.
São sete bilhões de dólares utilizados em compra de agrotóxicos no país, e a venda é controlada por apenas seis empresas transnacionais, as quais respondem por 80% do mercado internacional.
A utilização excessiva dos agrotóxicos está diretamente ligada à política agrícola adotada, um modelo explorador que impulsionou o aumento da produção de forma dependente de pacotes agroquímicos, adubos, sementes transgênicas e venenos.
A utilização dos agrotóxicos na agricultura contamina o ar, os rios, os açudes, as terras cultiváveis e, de forma direta, boa parte dos alimentos consumidos pela população.
Dessa maneira, a contaminação passa a ser um problema de saúde pública e de preservação do meio ambiente. É preciso denunciar que o uso dos agrotóxicos afeta as pessoas do campo e da cidade, contaminando não apenas os agricultores que os produzem, como também quem os consome.
Na Paraíba não é diferente! O veneno está presente nos canaviais, nas plantações de fumo e de frutas e hortaliças consumidas in natura. A ingestão de alimentos contaminados por agrotóxicos pode causar vários tipos de câncer, anomalias, mutação nos fetos, aborto e mortes de pessoas e animais.
Em contraposição a esse modelo, aqui no estado uma grande quantidade de famílias camponesas têm consolidado sistemas de produção e distribuição agroecológicos, que utilizam, por exemplo, defensivos naturais, redes de feiras livres e bancos de sementes da paixão.
Dessa forma, torna-se necessário unir campo e cidade no combate incessante da aplicação de veneno. Junte-se a essa campanha. O combate aos agrotóxicos é um dever de todo o povo que luta pela defesa da vida.

Por uma vida saudável, não consuma agrotóxicos!

Fonte: Meca

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Em lista de 9, Brasil investe menos na preservação por hectare

 

Um estudo coordenado pelo Centro para o Monitoramento da Conservação Mundial do Programa da ONU para o Meio Ambiente revela que, numa lista de nove países, o Brasil é o que menos investe na preservação de cada hectare de suas florestas. Enquanto o Brasil desembolsa, em média, R$ 4,43 por cada hectare de suas unidades de conservação, na Argentina o índice é cinco vezes maior (R$ 21,37), no México, nove vezes (R$ 39,71) e, na África do Sul, 15 vezes (R$ 67,09).
A disparidade é ainda maior se os gastos brasileiros são comparados com os de países desenvolvidos: nos Estados Unidos, país da lista que mais investe na conservação ambiental, são R$156,12 por hectare (35 vezes a mais que o Brasil) e, na Nova Zelândia, R$ 110,39. A lista, integrada também por Costa Rica, Canadá e Austrália, agrega países que, a exemplo do Brasil, têm grande parte de seus territórios ocupados por parques naturais ou índices sociais semelhantes aos brasileiros.
O estudo "Contribuição das unidades de conservação para a economia nacional", divulgado neste mês e feito em parceria entre o IPEA (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Ministério do Meio Ambiente, calculou quanto o Brasil fatura com a preservação de suas florestas e quanto poderá ganhar caso amplie os investimentos no setor, o que permitiria maior aproveitamento de seus recursos naturais e incremento no número de turistas.
Um dos autores do estudo, o pesquisador da UFRJ Carlos Eduardo Young, diz à BBC Brasil que a intenção foi mostrar que a preservação ambiental e o desenvolvimento econômico são compatíveis. Segundo ele, é preciso resistir ao impulso de tirar um proveito econômico de curto prazo das florestas, em nome de um desenvolvimento mais duradouro e inclusivo. "Nós comprovamos que, do jeito que está, as florestas brasileiras já garantem à sociedade um retorno financeiro superior ao que é investido nelas. Se melhorarmos o sistema de gestão, o valor do benefício pode crescer significativamente."
Investimentos
O estudo calcula que, caso o governo garanta a conservação nessas áreas e invista mais nelas, o aproveitamento econômico desses territórios, que cobrem cerca de 15% do país, pode gerar ao menos R$ 5,77 bilhões por ano. O valor viria de produtos florestais (como castanha-do-pará ou madeira em áreas de extração controlada, por exemplo), turismo, estoque de carbono conservado, água e receitas tributárias, baseada no modelo de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) Ecológico adotado por alguns Estados.
Para isso, no entanto, Young diz que o país teria de ampliar os investimentos no setor, atualmente em torno de R$ 300 milhões por ano nas reservas federais, para cerca de R$ 550 milhões anuais para o sistema federal, R$ 350 milhões para os sistemas estaduais (a serem empregados sobretudo em maior fiscalização), além de cerca de R$ 1,8 bilhão para gastos em infraestrutura para o turismo. Hoje, segundo o estudo, há um funcionário brasileiro para cada 18.600 hectares protegidos, número bastante inferior aos da África do Sul (1 para cada 1.176 hectares), dos Estados Unidos (1 para 2.125), Argentina (1 para 2.400) e Canadá (1 para 5.257).
Ainda de acordo com o estudo, a exploração legal de produtos oriundos de florestas naturais já gera cerca de R$ 3,79 bilhões ao Brasil por ano, ao passo que a receita de ICMS Ecológico repassada aos municípios pela existência de unidades de conservação em seus territórios é de R$ 402,7 milhões. Não há dados abrangentes sobre receitas advindas do turismo.
Young explica, no entanto, que os benefícios econômicos da preservação ambiental são ainda mais amplos, já que grande parte da água que abastece as usinas hidrelétricas nacionais, provendo energia às indústrias e às cidades país, advém de unidades de conservação ambiental; que o turismo em áreas protegidas é fonte central de recursos para muitos municípios brasileiros; e que o desenvolvimento de fármacos e cosméticos muitas vezes se dá por meio de pesquisas sobre espécies vegetais protegidas em unidades de conservação. Mesmo assim, diz que, por se tratar de produtos e serviços em geral de natureza pública, seu valor não é percebido pela sociedade, que na maior parte dos casos não paga diretamente pelo seu consumo ou uso.
O pesquisador afirma ainda que a dicotomia agricultura X conservação ambiental, que ganhou força durante as discussões sobre o novo Código Florestal que tramita no Congresso, é falsa: "Não somos contra o desenvolvimento da agricultura, muito pelo contrário. Achamos, aliás, que a conservação ambiental favorece os agricultores, na medida em que lhes garante água para a irrigação, ameniza efeitos de enchentes e impede a erosão de terrenos montanhosos, que podem ser muito prejudiciais aos produtores".
Ele alerta, no entanto, que caso o novo Código reduza as áreas mínimas de conservação exigidas em cada propriedade, o país abrirá mão de uma riqueza maior. "Vivemos um momento decisivo, que determinará se saberemos usar os recursos naturais valiosos de que dispomos e que são um dos nossos maiores diferenciais", afirma.
Fonte: BBC BRASIL