sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Blecaute foi provocado por curto-circuito


O blecaute ocorrido na madrugada desta (26) deixou 100% do Nordeste e 77% dos estados do Pará, Tocantins e Maranhão sem energia. Segundo nota do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o problema foi provocado por “um curto-circuito no segundo circuito da linha de transmissão” Colinas (TO)-Imperatriz (MA), justamente o que interliga o sistema Norte/Nordeste ao Sul/Sudeste.

Para eliminar o defeito entraram em ação as proteções de retaguarda da subestação de Colinas (TO). Como resultado, o sistema Norte/Nordeste foi separado do Sistema Interligado Nacional (SIN), o que provocou o desabastecimento de energia na região.
Como na hora do blecaute o Nordeste precisava da energia do sul do país para atender a sua demanda, o corte no fornecimento da linha Colinas-Imperatriz provocou uma sobrecarga e todo o sistema precisou ser desligado.

No Norte alguns locais conseguiram manter o fornecimento de energia, como é o caso da capital paraense, Belém, que continuou atendida pela Usina Hidrelétrica de Tucuruí. Em relação aos outros estados do Norte, Amazonas, Amapá e Roraima não estão interligados ao SIN. Rondônia e Acre se ligam ao SIN por outra linha de transmissão.
Segundo a nota do ONS, no processo de recomposição do sistema, cerca de 4 horas após a ocorrência, 70% das cargas estavam restabelecidas.

Agência brasil

Estiagem provoca perda de 90% da produção agrícola da Paraíba


Na Paraíba a seca castiga a população e os agricultores de todo o Estado. No interior não chove há cerca de 100 dias em várias cidades e o Governo estadual já estima uma perda de 90% de toda produção agrícola e 40% do rebanho animal. O município de São João do Cariri-PB, que fica há 216km da capital João Pessoa-PB, não recebe chuvas desde meados de julho. Em todo Estado são 195 cidades em situação de emergência por causa da estiagem.

Estima-se que cerca de 60 mil produtores foram afetados pela falta de chuvas na região. Onde foi decretado situação de emergência os alimentos e a água estão em torno de 50% mais caros. O Governo do Estado em parceria com a Defesa Civil da Paraíba disse que até a próxima semana 480 postos de atendimento serão instalados e 298 caminhões pipa serão disponibilizados para distribuir água a população.

De agosto até agora choveu apenas 6,3mm em São João do Cariri-PB, quando o normal para o período é chover 134mm. Segundo os meteorologistas da Somar uma forte massa de ar seco continua predominando sobre a região. Para o Estado paraibano não nenhuma previsão de chuva pelo menos até a primeira quinzena de novembro. As chuvas se regularizam na faixa norte do Nordeste apenas no ano que vem.

A estiagem se agravou pois nessa região o período de chuvas vai de fevereiro a maio, mas por causa da atuação do fenômeno La Niña no início de 2012 as precipitações foram irregulares e abaixo da média. A previsão da Somar Meteorologia é que o retorno das chuvas aconteça apenas na quadra chuvosa, que começa em fevereiro de 2013.

Uol

domingo, 21 de outubro de 2012

Geopolítica atual


1 (MACK) “Atacar não significa apenas assaltar cidades muradas ou golpear um exército em ordem de batalha, deve também incluir o ato de assaltar o inimigo no seu equilíbrio mental.”
Sun Tzu-Ping-fa, A Arte da Guerra, séc.IV a. C.

Terrorismo: 1. Modo de coagir, ameaçar ou influenciar outras pessoas, ou de impor-lhes a vontade pelo uso sistemático do terror; 2. Forma de ação política que combate o poder estabelecido mediante o emprego da violência. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa
A respeito do atentado terrorista, ocorrido em 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, e as consequências desse episódio para as relações geopolíticas internacionais no século XXI, é correto afirmar que

a) foi mais uma ação liderada pelos grupos extremistas Hamas e do Hezbollah, contra a política norte-americana no Oriente Médio, utilizando, para tais ações suicidas, somente jovens de baixa renda e de pouca instrução, que acreditavam que tais atos lhes garantiriam o direito de ingressar no paraíso celestial.
b) a resposta americana ao ataque de 11 de setembro foi a perseguição sistemática ao milionário saudita Osama bin Laden que, em transmissões realizadas pela mídia na época, assumiu publicamente a autoria do atentado, provocando o aumento do sentimento xenofobista do povo norte-americano aos imigrantes de origem árabe residentes no país.
c) formou-se uma coalização internacional contando, principalmente, com o apoio da Inglaterra junto aos Estados Unidos, a fim de combater os focos terroristas no Oriente Médio, dando início à Guerra do Golfo e a um esforço, perante as agências internacionais de notícia, de combater o islamismo fundamendalista.
d) o ataque sofrido pelos EUA em 2001 tem relação direta com a atuação política norte-americana no Oriente Médio, que sempre visou atender aos interesses econômicos americanos na região, e resultou no aumento da insegurança junto à sociedade americana, jamais atacada anteriormente em seu próprio território.
e) a partir desse episódio, os EUA cortaram relações diplomáticas com o Paquistão, pois houve relutância, por parte da liderança religiosa paquistanesa, em indicar o local exato do esconderijo de bin Laden, o que possibilitaria a sua prisão imediatamente após o atentado de 11 de setembro. 


2 (UDESC) Para alguns autores, a globalização é a fase mais recente da expansão capitalista. Nesta etapa alguns chefes de Estado têm feito conferências e decidido sobre as maiores operações industriais e financeiras do mundo. As ações deste grupo privilegiado, também conhecido como G-8, são decisivas para a economia mundial.
Assinale a alternativa que contém os países que compõem o G-8.

a) Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Canadá, Itália, Reino Unido e Rússia.   
b) Israel, França, Holanda, Dinamarca, China, Taiwan, Suíça e Reino Unido.   
c) Alemanha, França, Reino Unido, Espanha, Japão, China, Rússia e Canadá.   
d) Japão, China, Estados Unidos, Itália, Bélgica, Holanda, Luxemburgo e Suíça.   
e) Alemanha, Itália, Israel, Polônia, Rússia, Canadá, Dinamarca e Grécia.   


3 (UFF) Sobre as transformações políticas do Leste Europeu, da URSS e do mundo socialista, a partir da década de 1980, é INCORRETO afirmar que:

a) na Polônia, o descontentamento com o caráter centralizador da URSS expressou-se no sindicato Solidariedade e na eleição presidencial do líder sindical Lech Walesa.  
b) em 1989, ocorreu a queda do muro de Berlim e a posterior unificação da Alemanha Ocidental e da Oriental.  
c) a Iugoslávia tornou-se a região politicamente mais estável do Leste Europeu após a separação da URSS, pois superou os conflitos étnicos locais.  
d) repúblicas independentes surgiram a partir do desmembramento da URSS, como a Estônia, a Lituânia e a Letônia. 


4 (IBMECRJ) A chamada Nova Ordem Mundial, que marcou o final do século XX, é caracterizada por uma série de importantes acontecimentos, EXCETO:

a) A queda do Muro de Berlim.
b) A implosão da União Soviética.
c) A redemocratização da Europa Oriental.
d) A reunificação da Coréia.
e) O fim da Guerra Fria.

Respostas:
1) D
2) A
3) C
4) D

Seca afeta 195 municípios da PB e 2 cidades vão ter racionamento de água


Pelo menos 87,44% dos municípios paraibanos estão sendo atingidos pela estiagem. Em maio deste ano, o governo decretou situação de emergência em 195 dos 223 municípios da Paraíba e medidas como o racionamento de água e abastecimento com carros-pipa já foram adotadas. Os meteorologistas afirmam que as regiões mais afetadas são Cariri, Curimataú, Sertão e Alto Sertão. No período que deveria chover mais no Cariri e Curimataú, choveu 58,74% abaixo da média esperada.

De acordo com a Defesa Civil da Paraíba, a lista de cidades em situação de emergência por causa da seca deve deve ser atualizada em novembro, quando se encerram os prazos do decreto e as prefeituras apresentarem dados sobre as situações nos municípios.
Marle Bandeira, meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), explicou que entre os meses de fevereiro e maio, considerado o período mais chuvoso em algumas regiões do estado, foi registrado um saldo negativo em diversos municípios paraibanos. No Alto Sertão, era esperado uma média de 653,2 mm, mas choveu apenas 336 mm. Ou seja, 48,6% abaixo do esperado para o período considerado o mais chuvoso.
Já no Sertão, a média para o período era de 603,5mm, mas choveu apenas 249,1mm, que foi 58,74% do esperado. A região que foi mais afetada pela estiagem entre fevereiro e maio foi o Cariri e Curimataú. Os meteorologistas aguardavam uma média de 356,1mm, mas o registrado foi 75,2%, ou seja, 78,9% abaixo da média esperada para o período. Em Patos, no Sertão da Paraíba, a Aesa registrou uma das temperaturas mais altas, 36º C.
A situação é crítica no Alto Sertão da Paraíba, de acordo com o Secretário de Agricultura de Catolé do Rocha. É necessário percorrer 60km para buscar água em um açude em São José do Brejo do Cruz. A adutora que leva água do rio Piranhas, abastecendo os 28 mil habitantes do município, está passando por racionamento e quase todo o fornecimento na zona urbana e zona rural vem sendo feito através de carros-pipa.
“Desde julho o abastecimento está apertado por causa do racionamento. Estamos buscando a solução no Açude do Baião, distante mais de 60km de Catolé do Rocha. Escolas, unidades do Programa Saúde da Família (PSF) e até o presídio estão sofrendo com a situação. Está crítico”, afirmou o secretário Adjailson de Almeida Silva.
De acordo com a assessoria de imprensa da Defesa Civil da Paraíba, as regiões afetadas pela seca estão sendo assistidas tanto pelo governo Estadual quanto o Federal. Carros-pipa estão abastecendo os moradores da região. Equipes estão realizando a recuperação de poços artesianos e ração está sendo distribuídas para os animais, que também sofrem com a estiagem.

Causa

Marle Bandeira explicou que a falta de chuva no interior do estado foi provocado pelas baixas temperaturas registradas nas águas do oceano atlântico. “As águas superficiais do oceano estavam com as temperaturas mais baixas que o normal e isso contribuiu para a não ocorrência de chuva em toda Paraíba. Por conta das baixas temperaturas, não foi possível ocorrer a formação de nuvens para levar chuva para os municípios paraibanos”, explicou Marle Bandeira.
A previsão para os próximos dias é de variação de nuvens no Curimataú e Sertão. Para o Litoral, Brejo e Agreste, a previsão é de chuvas espaças.

Racionamento

Por conta a estiagem, a Companhia de Águas e Esgotos da Paraíba (Cagepa) informou nesta sexta-feira (19) que as cidades de Remígio e Esperança, e os distritos de Lagoa do Mato, São Miguel e Cepilho, todas localizadas no Agreste paraibano, devem adotar um sistema de racionamento de água.
Conforme notícia divulgada nos perfis de redes sociais da Cagepa, o racionamento se deve ao baixo volume de água armazenada no Açude Vaca Brava, responsável pelo abastecimento das cidades que vão precisar racionar água. Os municípios de Remígio e Esperança estão localizados na microrregião paraibana do Curimataú, uma das mais afetadas pela estiagem no estado.

Combate a seca

Entre as ações do Comitê de Combate a Estiagem, estão a entrega de cerca de 7 mil cestas básicas do Ministério do Desenvolvimento Humano Nacional, recuperação de poços artesianos e Operação Carro Pipa. O Exército Brasileiro fez 293.678 atendimentos à população de 107 municípios.
A Secretaria de Infraestrutura do Estado em parceria com o Ministério da Integração Nacional atenderam 93 municípios com 222 carros-pipa. Além de distribuírem 19 mil toneladas de ração animal em 20 pólos de atendimento, que atendem mais de 20.000 produtores em 50 municípios.

G1

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Enem - Geografia


1. No mundo árabe, países governados há décadas por regimes políticos centralizadores contabilizam metade da população com menos de 30 anos; desses, 56% têm acesso à internet. Sentindo-se sem perspectivas de futuro e diante da estagnação da economia, esses jovens incubam vírus sedentos por modernidade e democracia. Em meados de dezembro, um tunisiano de 26 anos, vendedor de frutas, põe fogo no próprio corpo em protesto por trabalho, justiça e liberdade. Uma série de manifestações eclode na Tunísia e, como uma epidemia, o vírus libertário começa a se espalhar pelos países vizinhos, derrubando em seguida o presidente do Egito, Hosni Mubarak. Sites e redes sociais — como o Facebook e o Twitter — ajudaram a mobilizar manifestantes do norte da África a ilhas do Golfo Pérsico.

SEQUEIRA, C. D.; VILLAMÉA, L. A epidemia da Liberdade. IstoÉ Internacional. 2 mar. 2011 (adaptado).

Considerando os movimentos políticos mencionados no texto, o acesso à internet permitiu aos jovens árabes
A) reforçar a atuação dos regimes políticos existentes.
B) tomar conhecimento dos fatos sem se envolver.
C) manter o distanciamento necessário à sua segurança.
D) disseminar vírus capazes de destruir programas dos computadores.
E) difundir ideias revolucionárias que mobilizaram a população.

2. A Floresta Amazônica, com toda a sua imensidão, não vai estar aí para sempre. Foi preciso alcançar toda essa taxa de desmatamento de quase 20 mil quilômetros quadrados ao ano, na última década do século XX, para que uma pequena parcela de brasileiros se desse conta de que o maior patrimônio natural do país está sendo torrado.

AB’SABER, A. Amazônia: do discurso à práxis. São Paulo: EdUSP, 1996. Um processo econômico que tem contribuído na atualidade para acelerar o problema ambiental descrito é:

A) Expansão do Projeto Grande Carajás, com incentivos à chegada de novas empresas mineradoras.
B) Difusão do cultivo da soja com a implantação de monoculturas mecanizadas.
C) Construção da rodovia Transamazônica, com o objetivo de interligar a região Norte ao restante do país.
D) Criação de áreas extrativistas do látex das seringueiras para os chamados povos da floresta.
E) Ampliação do polo industrial da Zona Franca de Manaus, visando atrair empresas nacionais e estrangeiras.

3. O professor Paulo Saldiva pedala 6 km em 22 minutos de casa para o trabalho, todos os dias. Nunca foi atingido por um carro. Mesmo assim, é vítima diária do trânsito de São Paulo: a cada minuto sobre a bicicleta, seus pulmões são envenenados com 3,3 microgramas de poluição particulada — poeira, fumaça, fuligem, partículas de metal em suspensão, sulfatos, nitratos, carbono, compostos orgânicos e outras substâncias nocivas.

ESCOBAR, H. Sem Ar. O Estado de São Paulo. Ago. 2008.

A população de uma metrópole brasileira que vive nas mesmas condições socioambientais das do professor
citado no texto apresentará uma tendência de

A) ampliação da taxa de fecundidade.
B) diminuição da expectativa de vida.
C) elevação do crescimento vegetativo.
D) aumento na participação relativa de idosos.
E) redução na proporção de jovens na sociedade.

Respostas:
1) E 
2) B
3) B

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Maior seca dos últimos 30 anos transforma cidades da Paraíba em cemitérios a céu aberto


O cenário não é inédito: longa estiagem, falta d’água, rios e pastos secos, famílias sem ter o que comer e animais morrendo de fome e sede, sendo deixados para trás, transformando a paisagem num cemitério a céu aberto. Mas fazia tempo – pelo menos 30 anos – que os agricultores do semi-árido da Paraíba não sentiam de maneira tão perversa os efeitos de uma seca, a maior das últimas três décadas.
No meio de tanta dificuldade, as famílias que vivem diretamente os efeitos da estiagem contam com o apoio do poder público, instituições e até mesmo pessoas físicas que trabalham com ações de combate à seca. Uma dessas pessoas é o padre Djacy Brasileiro, que comanda a paróquia da cidade de Pedra Branca (localizada a 438 km de João Pessoa). Padre Djacy acompanha diariamente o drama de muitos sertanejos e amplia seu grito de socorro por meio de relatos e fotos que posta em redes sociais.


Sem água e capim para dar aos ovinos e bovinos, os pequenos criadores estão vendendo os animais, que perdem valor comercial graças ao baixo peso. Marcos Ferreira mora na zona rural da cidade de Cabaceiras ( localizada 180km de João Pessoa). O municipío conhecido nacionalmente como a ‘Roliúde Nordestina’, devido os mais de 20 filmes produzidos, como o Auto da Compadecida, tem o menor índice pluviométrico da Paraíba. Na semana passada,  Ferreira vendeu um bovino por R$ 100. Em outra época, com o animal bem alimentado e com peso satisfatório, seu custo poderia chegar a R$ 1.200.


“Há meses que o mato está completamente seco. A gente anda pelas terras e encontra carcaças de bois e vacas espalhadas por todo canto. Não tem comida pra dá aos animais. O caso está grave”, lamenta Marcos Ferreira.

Sem dinheiro para alimentar os animais que ainda restam no pasto seco, os agricultores do semi-árido – que compreende 75% do território paraibano – depende do Governo do Estado, que distribui ração aos pequenos produtores. “O Estado distribui, mas não dá. São apenas alguns quilos para cada criador”, informou o padre Djacy. Ele disse que o produto é vendido no comércio das pequenas cidades, mas que é inacessível para a maioria dos pequenos produtores, cuja única fonte de renda que sobrou é do Bolsa Família, programa do Governo Federal.


De acordo com a Secretaria de Infraestrutura do Estado, que coordena o Programa de Distribuição de Ração Animal, já foram distribuídas mais de 10 mil  toneladas de ração animal e até o final deste ano outras nove toneladas serão entregues para 20 mil pequenos agricultores.

Água virou raridade

Para a maioria dos sertanejos paraibanos, água se tornou um produto raro. Tomar banho, lavar as roupas e aguar as plantas se tornaram sonhos que eles esperam um dia realizar. A realidade, hoje, é da busca constante por água para satisfazer necessidades mais imediatas, como beber, cozinhar e matar a sede dos animais.
Cento e nove carros pipas estão atendendo as cidades mais atingidas pela estiagem. A água é aguardada com ansiedade e cada gota é bastante disputada. De acordo com informações do Comitê Integrado de Combate à Seca na Região do Semi-Árido Brasileiro, a distribuição de água potável está sendo feita pelo Exército Brasileiro, com ajuda do Governo do Estado.
Mais de oito mil cisternas de placa (para consumo humano) deverão ser construídas em 72 cidades paraibanas a partir de janeiro de 2013. Conforme o gerente de apoio a programas governamentais do Estado, Luiz Lianza, o processo está em fase de cadastramentos das famílias. “Ao todo serão investidos mais de R$ 15 milhões e os recursos são fruto de uma parceria entre os governados federal e estadual”, acrescentou Lianza.

Bolsa Estiagem

Num período onde cada centavo é necessário para garantir a sobrevivência das famílias atingidas pela seca, os pequenos produtores sofrem com um outro problema grave: a ignorância. De acordo com a delegada federal do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) na Paraíba, Giucélia Figueiredo, 78 mil agricultores dos 195 municípios paraibanos em estado de emergência foram beneficiados com o programa “Bolsa Estiagem”. Entretanto, uma grande parte não foi ao banco sacar o valor.



A delegada fez um apelo para que os beneficiários do programa ‘Bolsa Estiagem’ vão retirar o dinheiro que está retido na Caixa Econômica Federal. “Cada agricultor cadastrado foi beneficiado com R$ 400, divididos em cinco parcelas e muitos que tiveram as parcelas depositas na Caixa nunca foram retirar o dinheiro”, informou a delegada.
A par da gravidade da situação vivida em mais de dois terços dos municípios paraibanos, Giucélia Figueiredo disse que o Bolsa Família (e o Bolsa Estiagem) são os únicos meios de sobrevivência que restam a esses agricultores. Para ela, são esses programas que têm permitido que haja tranqüilidade, mesmo diante de um cenário tão desanimador. “Se não fossem esses programas federais já tinha havido saques em supermercados em várias, como já tivemos no passado”, completou.

Portalcorreio

domingo, 14 de outubro de 2012

Mundo terá mais de 1 bilhão de idosos em dez anos, diz ONU


O número de pessoas com mais de 60 anos deve ultrapassar a marca de 1 bilhão em dez anos, de acordo com estudo divulgado pelo Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa, na sigla em inglês). O levantamento aponta ainda que a parcela global de idosos está crescendo mais rápido que todas as outras faixas etárias.
No Dia Internacional do Idoso, lembrado nesta segunda (1º), o órgão destacou que, enquanto a tendência de envelhecimento da sociedade é motivo de celebração, ela também representa desafios, já que requer novas abordagens relacionadas aos cuidados com a saúde, à aposentadoria, às condições de vida e às relações intergeracionais.
Dados do Unfpa indicam que, no ano 2000, pela primeira vez na história, foram registradas mais pessoas com idade acima de 60 anos do que crianças menores de 5 anos. Até 2015, a expectativa é que os idosos sejam mais numerosos que a população com menos de 15 anos. E, em apenas dez anos, 200 milhões de pessoas devem passar a integrar o grupo.
Atualmente, de acordo com o estudo, duas em cada três pessoas com mais de 60 anos vivem em países desenvolvidos. Até 2050, a proporção deve passar a ser quatro em cada cinco.
“Se não forem observadas imediatamente, as consequências dessas questões devem pegar países de surpresa. Em diversas nações em desenvolvimento que têm grandes populações jovens, por exemplo, o desafio é que os governos não têm colocado em prática políticas que apoiem as populações mais velhas ou que sirvam como preparação para 2050”, destacou o Unfpa.
O levantamento mostra também que 47% dos homens idosos e quase 14% das mulheres idosas em todo o mundo ainda estão inseridos no mercado de trabalho. Muitos deles, segundo o órgão, são vítimas de discriminação, abusos e violência.
O documento traz depoimentos de 1,3 mil idosos que vivem em 36 países – inclusive da brasileira Maria Gabriela, de 90 anos. Ao Unfpa, ela elogiou a aprovação do Estatuto do Idoso em 2003. “Temos o suporte da lei e podemos exigir nossos direitos”, disse. “Agora, o que precisamos é emprego e respeito nas ruas”, completou, ao citar problemas como buracos nas ruas que provocam quedas e motoristas de ônibus despreparados para lidar com idosos.

Agência Brasil

A história do marxismo na América Latina: uma introdução crítica


A Editora Fundação Perseu Abramo está lançando a 3ª edição de “O Marxismo na América Latina”, obra organizada por Michael Löwy que traz ao leitor uma introdução crítica às situações que tornaram as missões de implantação do “marxismo prático” mais complexas e controversas em nosso continente. Com isso, o autor propõe imersão diante de algumas questões pontuais: submissão ou não às propostas das II e III Internacionais, embates entre partidos com tendências stalinistas, trotskistas e até sociais-democratas, além da dificuldade de se encontrar, de fato, um caráter para a revolução na América Latina. Dentro das próprias unidades nacionais, se resgatarmos a história, muitos movimentos organizados pró-marxismo deixaram de se fortalecer mutuamente em razão de discordâncias quanto ao modo de operacionalização.

O livro distingue três períodos na história do Marxismo na América Latina: O primeiro é um período revolucionário, ocorrido desde a década de 1920 até meados dos anos 1930. O período stalinista, de meados da década de 1930 até 1959, compreende o segundo momento durante o qual a interpretação soviética de marxismo foi hegemônica. Por fim, o período após a Revolução Cubana, que vê a ascensão de correntes radicais. O traço comum neste último é a natureza socialista da revolução e a busca de legitimidade por meio da luta armada.

A aplicação do marxismo na América Latina sempre esteve diante de vasta pluralidade étnica e social, sendo estas cercadas por aspectos históricos que marcam a singularidade de cada país deste território. A partir deste entendimento, que diz respeito a um fenômeno ainda vigente, se faz necessária reflexão sobre a falta de compilações que reúnam textos políticos importantes para uma compreensão mais ampla do pensamento marxista local. A virtude central de “O Marxismo na América Latina”, em sua 3ª edição, é fornecer informações essenciais para pesquisadores e militantes, sobretudo em favor de suas ações nos dias atuais.

O trabalho desenvolvido por Michael Löwy é amplo e retorna ao final do século XIX para buscar os primeiros vestígios de intenções socialistas em nosso continente. Em primeira instância, nota-se influência trazida por imigrantes alemães, italianos e espanhóis embasados nas teorias de Marx. Em um segundo momento, autores nativos iniciaram a saga de publicações difusoras do marxismo. Neste contexto, “O Marxismo na América Latina” contempla escritos que vão desde Juan B. Justo, argentino que traduziu a obra “O Capital” para o espanhol, até Carlos Marighella, chegando aos dias atuais. Destaque para a importância dada a correntes minoritárias, que geralmente ficam às margens da história contada pelo universo acadêmico.

Löwy descreve assim a metodologia de construção da obra:
“O método desta antologia é decidamente historicista: trata-se de considerar a evolução do pensamento marxista no quadro das lutas políticas em cada período histórico da América Latina. Por outro lado, se baseia na suposição de que a história do marxismo na América Latina não pode ser considerada como um universo à parte, separado do contexto internacional; por isso, ressaltamos em cada etapa sua ligação com as transformações do movimento operário mundial.”

Carta Maior

Cientistas sofrem perseguições por pesquisas sobre transgênicos


Acadêmicos de todo o mundo estão firmando uma carta aberta em defesa da ciência e da equipe do pesquisador francês Gilles-Eric Seralini, que publicou no mês passado os resultados de uma pesquisa que avaliou, em 200 ratos de laboratório, os efeitos de uma dieta contendo milho transgênico NK603, tolerante ao herbicida Roundup, com e sem o herbicida, bem como contendo o herbicida sozinho (ver Boletins 601 e 602).
Na carta, os cientistas resgatam o histórico de ataques e perseguições que, sistematicamente, têm sofrido todos os pesquisadores que desenvolvem experimentos para avaliar a segurança dos transgênicos (e de alguns agrotóxicos) para a saúde e o meio ambiente e tornam públicos resultados considerados inconvenientes para as indústrias de biotecnologia.

Veja a íntegra da Carta Aberta

Citam o exemplo de Ignacio Chapela, que foi fortemente perseguido no meio acadêmico quando era professor na Universidade de Berkeley, nos EUA, e publicou na revista Nature uma pesquisa demonstrando a contaminação de variedades tradicionais de milho no México (centro de origem da espécie) por transgênicos (Quist e Chapela, 2001).
Mencionam também o caso do bioquímico Arpad Pusztai, que em 1998 foi forçado à aposentadoria pelo Instituto Rowett, um dos mais renomados da Grã-Bretanha, após divulgar efeitos do consumo de batatas transgênicas em ratos de laboratório (Ewen e Pusztai, 1999b). A equipe do pesquisador também foi dissolvida, os documentos e computadores confiscados, e ele foi proibido de falar com a imprensa (em seu livro e documentário “O Mundo Segundo a Monsanto”, a jornalista francesa Marie-Monique Robin descreve com detalhes este e outros casos).
A carta faz referência ainda à perseguição de Andrés Carrasco, Professor de embriologia Molecular na Universidade de Buenos Aires, após a divulgação de pesquisas demonstrando os efeitos do herbicida glifosato (princípio ativo do Roundup) em anfíbios (Paganelli et al., 2010). Carrasco chegou ao extremo de ter sua comitiva espancada durante uma palestra em La Leonesa, na província do Chaco, na Argentina.
Os cientistas também alertam para o fato de que comumente as críticas divulgadas nos meios de comunicação são enganosas ou falsas. Por exemplo, diz a carta, “Tom Sanders, do Kings College, em Londres, foi citado como dizendo: ‘esta cepa de rato é muito propensa a tumores mamários, particularmente quando a ingestão de alimentos não é restrita’ (Hirschler e Kelland, 2012). Mas ele deixou de dizer, ou desconhece, que a maioria dos estudos de alimentação realizados pela indústria, e pela própria Monsanto, usaram [os mesmos] ratos Sprague Dawley (por ex. Hammond et al., 1996, 2004, 2006; MacKenzie et al., 2007). Nestes e em outros estudos da indústria (por ex. Malley et al. 2007), o consumo de ração foi irrestrito.”
Os autores da carta ressaltam que comentários “equivocados” como esse de Sanders costumam ser amplamente difundidos no sentido de desqualificar as pesquisas que evidenciam os riscos dos transgênicos. Veja exemplos nativos no site do CIB.
Os cientistas criticam ainda os protocolos dos experimentos exigidos para a aprovação de transgênicos nos EUA e na Europa, que apresentam pouco ou nenhum potencial para detectar as suas consequências negativas (assim como é o caso da CTNBio no Brasil): “Os transgênicos precisam ser submetidos a poucos experimentos, poucos quesitos são examinados e os testes são conduzidos unicamente pelos requerentes da liberação comercial ou seus agentes. Além do mais, os protocolos normativos atuais são simplistas e baseados em suposições”. Segundo os cientistas, os desenhos experimentais das pesquisas conduzidas pelas empresas de biotecnologia não permitem detectar a maior parte das mudanças na expressão genética dos organismos resultantes do processo d e inserção do transgene.
Para os autores da carta, embora os ensaios de alimentação bem conduzidos sejam uma das melhores maneiras para se detectar mudanças não previstas pelo processo de modificação genética, eles não são obrigatórios para a liberação comercial de transgênicos.
De maneira contundente e objetiva, os autores concluem que “quando aqueles com interesse tentam semear dúvida insensata em torno de resultados inconvenientes, ou quando os governos exploram oportunidades políticas escolhendo e colhendo provas científicas, comprometem a confiança dos cidadãos nas instituições e métodos científicos e também colocam seus próprios cidadãos em risco.”

MST

Segundo a ONU, 870 milhões de pessoas passam fome no mundo


No mundo, há aproximadamente 870 milhões de pessoas que sofrem de subnutrição, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). A média de subnutridos representa 12,5% da população mundial. Mas os percentuais aumentam para 23,2% nos países em desenvolvimento e caem para 14,9% nas nações desenvolvidas.
Os dados estão no relatório denominado Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2012(cuja sigla em inglês é Sofi), divulgado na terça (9), em Roma, na Itália, e se refere ao período de 2010 a 2012. A Ásia é o continente que lidera em número a quantidade de pessoas subnutridas e há um aumento na África.
Pelo relatório, 852 milhões de pessoas subnutridas estão em países em desenvolvimento, representando 15% da população. Mas há cerca de 16 milhões de pessoas que vivem em países desenvolvidos. No entanto, o documento avalia que houve melhoras nos números em comparação a dados das últimas duas décadas.
O relatório é uma publicação conjunta da FAO, do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (Fida) e do Programa Mundial de Alimentos (PMA). Segundo o documento, o número total de pessoas que passam fome caiu em 132 milhões comparando os períodos de 1990 a 1992 e 2010 a 2012.
A América Latina e o Caribe apresentaram progressos, segundo o estudo, mas ainda registram 49 milhões de pessoas com fome. No período de 1990 a 1992, eram 65 milhões de subnutridos. Os dados mostram queda 14,6% para 8,3%.
O diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano, alertou que é “inaceitável” o número de subnutridos no mundo, considerando os avanços tecnológicos conquistados pela humanidade. Graziano acrescentou que mais de 100 milhões de crianças com menos de 5 anos estão abaixo do peso. Segundo ele, a desnutrição infantil é responsável por mais de 2,5 milhões de crianças mortas por ano.
A crise econômica internacional e seus impactos ainda não causaram efeitos expressivos nas economias em desenvolvido, segundo o relatório. De acordo com o estudo, o impacto dos preços internacionais dos alimentos nos mercados domésticos foi menos acentuado do que o previsto inicialmente.
A tendência de redução no número de subnutridos, segundo o relatório, deve ser mantida até 2015. A meta das Nações Unidas é que a média mundial alcance 11,6% , dentro de três anos, referindo-se aos subnutridos.
No relatório, a sugestão é para os líderes políticos estimularem a agricultura. Segundo o documento, não há desenvolvimento global é necessária enquanto existe fomento mundo. “O crescimento agrícola é particularmente eficaz na redução da fome e desnutrição em países pobres”, diz o relatório.
O documento recomenda também que as políticas públicas garantam maior proteção social. O relatório menciona como alternativas programas de transferência de dinheiro, alimentação e garantias de seguro de saúde. A proteção social, segundo o relatório, pode melhorar a nutrição das crianças.

Agência Brasil

Frutas e verduras melhoram também a saúde mental, diz pesquisa


Uma pesquisa da Universidade de Warwick, na Inglaterra, relacionou o consumo de frutas e verduras ao bem-estar e à saúde mental. Os resultados sugerem que a quantidade recomendada desse tipo de alimento é de sete porções por dia para que o benefício seja alcançado.
O artigo será publicado no periódico Social Indicators Research.
Participaram do estudo cerca de 80 mil britânicos, que responderam questões sobre seus hábitos alimentares e como se sentiam.
Sarah Stewart-Brown, integrante do grupo de pesquisadores, explicou que o artigo reúne diversos estudos realizados, e todos tornaram possível a mesma conclusão: a quantidade de frutas e verduras que uma pessoa ingere tem impacto em sua saúde mental, além dos efeitos já conhecidos sobre bem-estar físico.
O ápice do bem-estar foi encontrado em torno das sete porções diárias.
“Atualmente se recomenda na Grã-Bretanha o consumo de cinco porções diárias, que é a quantidade adequada para prevenir doenças cardíacas ou câncer, por exemplo, mas poucas pessoas têm pesquisado os efeitos de quantidades maiores”, disse Stewart-Brown ao site de VEJA.
A porção, para fins do estudo, é definida como uma quantidade de 80 gramas. Não foram estudados os efeitos individuais de algum tipo de fruta ou verdura, nem os períodos do dia em que o consumo é mais indicado.
Sarah Stewart-Brown ressalta que esse tipo de pesquisa ainda não é realizada com frequência e que seria interessante desenvolvê-la em outros países.
“Se você puder dizer às pessoas que além de fazer bem para a saúde, frutas e verduras farão com que elas se sintam melhor, é um incentivo a mais para que elas tenham hábitos saudáveis”, afirma a pesquisadora.

Veja

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Questões de globalização


1 (UFC) A partir de 1989, a América Latina incorpora o neoliberalismo. Este modelo, contestado por diferentes grupos e movimentos sociais, caracterizou-se, neste continente, por

a) atenuar as diferenças sociais e a dependência em relação ao capital internacional, ofertando o pleno emprego.
b) estimular o desenvolvimento do campo social e político e implementar uma sociedade mais justa e igualitária.
c) diminuir o poder da iniciativa privada transnacional, mediante a intervenção do Estado a favor da burguesia nacional.
d) ter uma base econômica formada por empresas públicas que regularam a oferta e a demanda, assim como o mercado de trabalho.
e) instaurar um conjunto de idéias políticas e econômicas capitalistas que defendeu a diminuição da ingerência do Estado na economia.

2 (UNIMONTES) O governo Collor lançou, em 1990, um plano de estabilização econômica que se apoiava nos seguintes pontos, EXCETO

a) Eliminação dos monopólios do Estado em telecomunicações e petróleo e fim da discriminação de capital estrangeiro.
b) Abertura da economia ao ingresso de produtos e serviços importados, por intermédio da redução e/ou eliminação dos impostos de importação.
c) Aumento da participação do Estado no setor produtivo, por intermédio de empresas estatais na concessão de exploração de infra-estrutura.
d) Confisco, por 18 meses, dos depósitos bancários em dinheiro, tanto em caderneta de poupança quanto em outros tipos de investimentos.

3 (UFT) A inserção da economia brasileira no movimento de globalização teve início na década de 1990.

É INCORRETO afirmar que essa inserção foi acompanhada pela

a) adoção de processo industrial voltado para a substituição de importações, que reduziu a dependência do mercado interno por produtos manufaturados.
b) consolidação de um modelo econômico estruturado na liberalização comercial e na atração de investimentos estrangeiros diretos.
c) criação de agências de fiscalização das empresas privadas que se tornaram concessionárias de serviços públicos.
d) implantação de um programa de privatização das estruturas produtivas estatais – indústrias siderúrgicas e empresas de telecomunicação, entre outras.