terça-feira, 20 de maio de 2014

Grã-Bretanha lança megaestudo para avaliar riscos de celular a crianças


A Grã-Bretanha está lançando uma ampla pesquisa para averiguar se celulares e outras tecnologias sem fio afetam o desenvolvimento mental de crianças.

O estudo - financiado por governo e indústria - vai monitorar 2.500 crianças de 11 e 12 anos.

Testes de sua capacidade cognitiva - como habilidades de pensamento, memória e atenção - serão feita e, depois, repetidos em 2017 para comparação.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, pesquisas nesta área são de 'máxima prioridade'.

Mais de 160 escolas secundárias ao redor de Londres vão receber convites para inscrever alunos para o estudo.

Os pesquisadores dizem que 'muito pouco' se sabe sobre o impacto que essas tecnologias têm sobre as crianças. Grande parte da investigação sobre o uso de celulares tem se concentrado em adultos e, em particular, no risco de câncer no cérebro. Nenhuma evidência de dano foi identificada até a agora.

No entanto, o serviço de saúde britânico, o NHS, aconselha que crianças com menos de 16 anos usem telefones celulares apenas quando for essencial.

Escolhas melhores

A teoria dos pesquisadores é de que o cérebro das crianças pode ser mais suscetível por ainda estar em desenvolvimento. Esta pesquisa - liderada pelo Imperial College London - vai colocar essa ideia à prova, analisando dados das operadoras e questionando as crianças e seus pais sobre o uso de telefones celulares e dispositivos sem fio, como tablets.

A faixa etária de 11 a 12 anos é particularmente importante porque muitas crianças ganham celulares nessa idade na Grã-Bretanha, quando iniciam o ensino secundário. Cerca de 70% de integrantes desse grupo de idade possuem um celular.

Segunda a pesquisadora que lidera o estudo, Mireille Toledano, o conselho aos pais é baseado no princípio da precaução, dado que não há qualquer conclusão ainda sobre se os celulares causam ou não danos.

Ela diz que o estudo é importante para que o governo possa adotar políticas melhores e pais e filhos tenham mais informações para fazer suas escolhas.

G1 Saúde

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