A Grã-Bretanha está lançando uma ampla pesquisa para averiguar se
celulares e outras tecnologias sem fio afetam o desenvolvimento mental
de crianças.
O estudo - financiado por governo e indústria - vai monitorar 2.500 crianças de 11 e 12 anos.
Testes de sua capacidade cognitiva - como habilidades de pensamento,
memória e atenção - serão feita e, depois, repetidos em 2017 para
comparação.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, pesquisas nesta área são de 'máxima prioridade'.
Mais de 160 escolas secundárias ao redor de Londres vão receber convites para inscrever alunos para o estudo.
Os pesquisadores dizem que 'muito pouco' se sabe sobre o impacto que
essas tecnologias têm sobre as crianças. Grande parte da investigação
sobre o uso de celulares tem se concentrado em adultos e, em particular,
no risco de câncer no cérebro. Nenhuma evidência de dano foi
identificada até a agora.
No entanto, o serviço de saúde britânico, o NHS, aconselha que crianças
com menos de 16 anos usem telefones celulares apenas quando for
essencial.
Escolhas melhores
A teoria dos pesquisadores é de que o cérebro das crianças pode ser mais suscetível por ainda estar em desenvolvimento. Esta pesquisa - liderada pelo Imperial College London - vai colocar essa ideia à prova, analisando dados das operadoras e questionando as crianças e seus pais sobre o uso de telefones celulares e dispositivos sem fio, como tablets.
A faixa etária de 11 a 12 anos é particularmente importante porque
muitas crianças ganham celulares nessa idade na Grã-Bretanha, quando
iniciam o ensino secundário. Cerca de 70% de integrantes desse grupo de
idade possuem um celular.
Segunda a pesquisadora que lidera o estudo, Mireille Toledano, o
conselho aos pais é baseado no princípio da precaução, dado que não há
qualquer conclusão ainda sobre se os celulares causam ou não danos.
Ela diz que o estudo é importante para que o governo possa adotar
políticas melhores e pais e filhos tenham mais informações para fazer
suas escolhas.
G1 Saúde
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