domingo, 20 de dezembro de 2020

Mutação do coronavírus está fora de controle, diz ministro britânico


Após dizer em entrevista à BBC que a nova variante do coronavírus está fora de controle no Reino Unido, o ministro da Saúde Matt Hancock disse que as novas restrições impostas no sábado (19) a milhões de pessoas na Inglaterra podem ficar em vigor por vários meses.

Sob críticas por impor um bloqueio efetivo a mais de 16 milhões de pessoas poucos dias antes do Natal, Hancock disse que a decisão de sábado foi tomada rapidamente depois que novas evidências mostraram que a nova mutação era responsável pelo aumento dos casos de covid-19. O novo confinamento pode ficar em vigor até que as vacinas sejam disponibilizadas em todo o Reino Unido, disse o ministro neste domingo (20).

O primeiro-ministro Boris Johnson descartou os planos de flexibilizar restrições durante o período de festas de fim de ano, impondo novos limites de nível 4, o mais rígido.

Hancock sugeriu que as medidas mais duras – que exigem que cerca de um terço da população da Inglaterra permaneça em casa, exceto por razões essenciais, como o trabalho – podem permanecer em vigor até que as vacinas se tornem mais amplamente disponíveis.

“Temos um longo caminho a percorrer para resolver isso”, disse Hancock em entrevista à Sky News.


Sky News

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Novo vírus da gripe com 'potencial pandêmico' é encontrado na China


Uma nova cepa do vírus da gripe com potencial de causar uma pandemia foi identificada na China, segundo um novo estudo.
Essa linhagem surgiu recentemente e tem os porcos como hospedeiros, mas pode infectar seres humanos, dizem os autores da pesquisa.
Os cientistas estão preocupados com o fato de que ela poderia sofrer uma mutação ainda maior e se espalhar facilmente de pessoa para pessoa e desencadear assim um surto global.
Eles dizem que a cepa tem "todas as características" de ser altamente adaptável para infectar seres humanos e precisa ser monitorada de perto.
Como se trata de uma nova linhagem do vírus influenza, que causa a gripe, as pessoas podem ter pouca ou nenhuma imunidade a ela.

Ameaça pandêmica

Uma nova cepa do influenza está entre as principais ameaças que os especialistas estão monitorando, mesmo enquanto o mundo ainda tenta acabar com a atual pandemia do novo coronavírus.

A última gripe pandêmica que o mundo enfrentou, o surto de gripe suína de 2009 que começou no México, foi menos mortal do que se temia inicialmente, principalmente porque muitas pessoas mais velhas tinham alguma imunidade a ela, provavelmente por causa de sua semelhança com outros vírus da gripe que circulavam anos antes.
O vírus da gripe suína, chamado A/H1N1pdm09, agora é combatido pela vacina contra a gripe que é aplicada anualmente para garantir que as pessoas estejam protegidas.
A nova cepa de gripe identificada na China é semelhante à da gripe suína de 2009, mas com algumas mudanças.
Até o momento, não representou uma grande ameaça, mas o professor Kin-Chow Chang e colegas que o estudam dizem que devemos ficar de olho nele.

Qual é o perigo?

O vírus, que os pesquisadores chamam de G4 EA H1N1, pode crescer e se multiplicar nas células que revestem as vias aéreas humanas.

Eles descobriram evidências de infecção recente em pessoas que trabalhavam em matadouros e na indústria suína na China.
As vacinas contra a gripe atuais não parecem proteger contra isso, embora possam ser adaptadas para isso, se necessário.
Kin-Chow Chang, que trabalha na Universidade de Nottingham, no Reino Unido, disse à BBC: "No momento estamos distraídos com o coronavírus e com razão. Mas não devemos perder de vista novos vírus potencialmente perigosos".
Embora esse novo vírus não seja um problema imediato, ele diz: "Não devemos ignorá-lo".
Os cientistas escrevem na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências britânica, que medidas para controlar o vírus em porcos e monitorar de perto as populações trabalhadoras devem ser rapidamente implementadas.
O professor James Wood, chefe do Departamento de Medicina Veterinária da Universidade de Cambridge, disse que o trabalho "vem como um lembrete salutar" de que estamos constantemente sob o risco do surgimento de patógenos e que animais de criação, com os quais os seres humanos têm maior contato do que com a vida selvagem, podem ser uma fonte de vírus pandêmicos.
Fonte: BBC

domingo, 5 de julho de 2020

Ciclone bomba: como choque de massas formou fenômeno que devasta Sul do país


Nos últimos dois dias, moradores da região Sul do Brasil, principalmente de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, contabilizam prejuízos após a passagem de um ciclone extratropical pela região, o "ciclone bomba", como foi batizado. Apreensiva, a população ainda se preocupa com os efeitos que o fenômeno, que já chegou ao oceano, ainda pode causar nos próximos dias.
A previsão é de que ele ainda provoque ventos fortes desde o sul do Rio Grande do Sul até o Rio de Janeiro, além de queda na temperatura até o fim de semana.
Meteorologistas ouvidos pela BBC News Brasil disseram que é comum que ciclones como esse atinjam o Brasil, principalmente durante a primavera e o outono. Mas por que este foi tão forte e causou tantos estragos?

O meteorologista, Francisco de Assis, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), afirmou que a força do fenômeno foi determinada pelo grande contraste entre as temperaturas que formaram o ciclone.
"Ele se formou a partir de uma massa de ar quente que estava perto do Mato Grosso do Sul e Paraguai com outra de ar frio vinda do norte da Argentina, na região que chamamos de ciclogenética. Foi registrada uma queda de pressão muito forte do ar quente e isso deu mais força para a atuação da alta pressão da massa de ar frio", afirmou Assis.
Ele disse, porém, que os efeitos do fenômeno serão mais leves nos próximos dias, mas ainda causarão instabilidade climática. As áreas litorâneas, principalmente em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, ainda terão ventos fortes e mar agitado.
"As temperaturas vão cair bastante. Há a possibilidade de neve nas serras gaúchas. Isso ocorre porque a instabilidade na atmosfera causa a formação de nuvens e chuva intensa no início do ciclo. Quando ele se estabiliza a temperatura cai bastante e a chuva diminui", afirmou o especialista no Inmet.

Os meteorologistas disseram que é comum que tornados menores se formem durante a passagem de ciclones como esse.

Furacão Catarina

O meteorologista explica que o furacão Catarina, que atingiu mais de 30 mil casas, matou 11 pessoas e feriu outras centenas no Sul em 2004, também era um ciclone extratropical.
Ele conta que, na época, o sistema passou pelo Rio Grande do Sul, Uruguai e chegou ao oceano Atlântico, assim como o "ciclone bomba". A diferença é que o Catarina encontrou mais ar quente no mar, onde ganhou energia e voltou para o continente.
"Isso causou ventos muito fortes na costa de Santa Catarina. Mas depois que ele volta para o continente, perde a energia da água do mar que o alimentava e morre. Mas se houver correntes sempre o alimentando, ele pode ir até a África", afirmou.
Ele disse que esse fenômeno não causa turbulências em aviões, por exemplo, pois só chega a 5 mil metros de altitude. Um avião costuma trafegar a mais de 10 mil metros durante as viagens. Já um furacão pode atingir alturas de até 15 mil metros — ou 15 km.

Ar quente e frio

Os especialistas ouvidos pela BBC disseram que a formação desses ciclones intertropicais ocorre por conta do encontro de duas massas: uma de ar quente e outra de ar frio. A força desse sistema depende basicamente do contraste entre elas.
"Esse (ciclone bomba) teve uma queda de pressão mais intensa e, além da diferença de temperatura, o gradiente de pressão era muito alto. Existe um ar frio vindo por cima, mais pesado e seco, contra um ar quente de baixo, leve e úmido. O frio cai enquanto o quente quer subir, o que força um movimento no sentido horário que vai aumentando de intensidade conforme as massas se juntam", afirmou o especialista do Inmet.

Ele disse ser provável que um fenômeno como esse se repita ainda neste mês. Mas isso não significa que terá a mesma intensidade. Ele contou que, em junho, já havia ocorrido um, e em maio, outro mais forte. A diferença é que não havia um contraste de temperatura e pressão tão grande — e por isso não causaram tantos estragos.
"Normalmente eles (ciclones) causam ventos entre 60 e 70 km/h. Dessa vez foi quase o dobro. É possível inclusive que tenha formado tornados (mais de 120 km/h) entre o Paraná e São Paulo. Não sabemos por que eles ocorrem dentro das tempestades e fica difícil visualizar", afirmou Francisco de Assis.
O meteorologista do Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura de São Paulo (CGE) Michael Pantera disse que os ventos frios em altitude, chamados de correntes de jato, também foram um fator determinante na potência do ciclone.
"É um vento localizado quase perto da estratosfera. A baixa pressão em superfície puxa o ar do lado e sobe no meio porque é leve. Se eu tenho uma força tirando o ar de cima, como uma seringa, isso intensifica a subida do vento e a força do ciclone", afirmou Pantera.
Ele disse que esse fenômeno costuma ocorrer na região Sul do país, em latitudes menores que 20º. São Paulo está a 23º, por exemplo. Mas disse que, ainda assim, o Estado é suscetível a esse tipo de sistema.
Ele lembra que, em junho de 2015, diversas cidades do interior paulista, como Jarinu, São Roque e Campinas, registraram tornados.
"Isso não ocorre nas outras regiões do país porque na linha do Equador é mais quente e não tem tanto esse choque de uma massa muito fria com outra muito quente", disse Pantera.
O meteorologista do Centro de Gerenciamento do CGE Michael Pantera disse que a passagem do ciclone provocou uma frente fria em São Paulo que deve derrubar as temperaturas pelo menos até o fim de semana.
"Ele causou uma forte chuva em São Paulo e a tendência é esfriar. A previsão é de que São Paulo registre uma mínima de 8ºC. Mesmo com sol ao longo do dia, a temperatura não passa de 18º C na quinta e sexta-feira", afirmou Pantera.
BBC BRASIL

sábado, 4 de julho de 2020

10 atitudes para o consumo consciente de energia elétrica


Para produzir a energia elétrica que consumimos dentro de casa, são usados recursos naturais. Mesmo a eletricidade proveniente de usinas hidroelétricas, fonte renovável responsável por grande parte da energia produzida no Brasil, gera impactos ambientais negativos.
Ao usar este recurso de forma consciente, você está contribuindo para o planeta e para o seu bolso. Afinal, no final de cada mês, a conta chega – e valorizar nosso dinheiro também é uma atitude sustentável.
Separamos algumas dicas que podem te ajudar a poupar energia elétrica. Com as medidas de isolamento social e com a chegada do frio, a tendência é que este consumo aumente. Mas, podemos fazer a nossa parte!

Iluminação

Aproveite ao máximo a luz natural do dia e lembre-se de sempre apagar as lâmpadas que não estiver utilizando. Se possível, substitua as lâmpadas incandescente e fluorescentes compactas antigas por lâmpadas de LED, que duram mais e gastam menos energia.

Chuveiro

Com a chegada das baixas temperaturas, geralmente os banhos se tornam mais longos e mais quentes, gastando mais água e energia. Para evitar este tipo de situação, programe o banho da família para o período mais quente do dia, e, se possível, use o chuveiro na posição “verão”, já que a economia do equipamento nesta configuração pode chegar a 30%.
Vale lembrar que o tempo ideal para um banho sem desperdício é de 5 a 8 minutos. Além disso, não é indicado reaproveitar uma resistência queimada, pois pode acarretar elevação no consumo elétrico, além de risco à segurança.

Geladeira

Este equipamento corresponde, em média, a 30% do consumo total de uma residência. Mesmo estando em casa, procure não abrir a geladeira com frequência. Antes de puxar a porta, pense no que precisa retirar, ou seja, diminua o tempo que a porta ficará aberta. Aproveite a chegada do frio para verificar se o termostato da geladeira está na temperatura adequada.

Máquina de lavar e ferro de passar roupa

Junte o máximo de roupas, otimizando o uso da máquina de lavar em sua capacidade máxima. O mesmo vale para o ferro de passar roupas. O ideal é utilizar uma ou duas vezes por semana estes equipamentos.

Aquecedor e Ar condicionado

Use apenas quando for realmente necessário e somente em ambientes fechados, com janelas e portas bem vedadas. Mantenha sempre limpo o filtro de passagem do ar para que não haja necessidade de esforço extra do aparelho, o que consome mais energia.

Eletrônicos

Ao terminar o trabalho no computador, desligue o equipamento eletrônico, inclusive tirando-o da tomada, pois a função stand by também consome energia. Para evitar o desperdício, programe a proteção de descanso de tela quando o equipamento não estiver em uso. Quanto à televisão, não durma com o aparelho ligado e, se for o caso, coloque a programação sleep.

Celular

Quando o aparelho não estiver em carregamento, retire-o da tomada. Faça o mesmo com o carregador. A energia gasta é pequena, porém ganha outra dimensão quando se soma ao gasto de energia de todos os demais aparelhos. Por questão de segurança, não utilize o celular enquanto o aparelho é carregado na tomada.

Benjamim

Evite ligar mais de um equipamento na mesma tomada, usando benjamins ou “T”, pois tal procedimento, além do aumento do consumo, aumenta a chance de curto-circuito. Em caso de necessidade, utilize o filtro de linha com fusível, evitando aquecimento da fiação e desperdício de energia.

Compra certa

Ao comprar um novo equipamento, verifique sua classificação no selo Procel, que indica o grau de eficiência energética e economia do produto. Nesse selo, é possível conferir a eficiência de diversos aparelhos em uma escala que vai de E — menos eficiente — até A — mais eficiente.

Cuidado com as instalações

As instalações elétricas internas das residências devem sempre estar em bom estado e com as cargas energéticas instaladas de forma equilibrada, evitando possíveis fugas de corrente e acréscimo de consumo.
Fonte: Ciclo Vivo

sexta-feira, 3 de julho de 2020

Planeta ou Plástico? Maratona de documentários para conscientização


No dia 3 de julho, Dia Internacional Sem Sacos de Plástico, a National Geographic transmitirá uma programação especial com a estreia de quatro documentários que convidam você a refletir sobre o uso do plástico e suas consequências.
A Nat Geo se uniu a essa luta contra o plástico há vários anos, com o objetivo de conscientizar sobre esse material que revolucionou nossas vidas, mas com seu uso maciço e perda de controle global, tornou-se um pesadelo para a sociedade, meio ambiente, oceanos e os seres que o habitam.
O especial começa sexta-feira, 3 de julho, às 18h com a estreia de Plástico: Trajetória e Poluição, é um documentário revelador que expôs a verdade por trás de carregamentos de plástico destinados a aterros.
Às 18h45 estreia Maré de Plástico, documentário que examina o crescente problema da poluição plástica em nossas águas. Começando em Bombaim, na Índia, uma cidade litorânea na qual o povo costumava nadar e que agora está completamente coberta de lixo.
Em seguida, às 19h30, estreia Baleia: Morta pelo Plástico, um documentário que revive as notícias que saíram ao redor do mundo quando uma baleia morta apareceu em uma pequena baía na Noruega com 30 sacolas plásticas no estômago e mostra o que os animais que vivem nas águas do nosso planeta.
Para finalizar, às 20h15 Mergulho no Ártico retrata a campanha de Lewis Pugh, embaixador da ONU para a proteção dos oceanos, que arrisca sua vida nadando nas águas geladas do norte para lutar pela proteção da natureza.
Ciclo Vivo

quarta-feira, 15 de abril de 2020

Como fazer mudas com as sementes do que você come


Estamos enfrentando uma pandemia. O momento é difícil e não é possível negar o risco, a ansiedade, medo e as limitações que fazem parte destes dias. Mas, algumas atividades podem ajudar a tornar este período mais leve, para adultos e crianças.
Entre estas atividades selecionamos a jardinagem, possível em espaços de diferentes tamanhos. Mexer na terra tem efeitos benéficos para a saúde e ajuda a diminuir a ansiedade, o stress e pode ter efeitos antidepressivos. Estar perto do verde é um remédio para o corpo e para a mente.
Não precisamos sair de casa para encontrar um bom começo: parte dos nossos alimentos têm sementes que podem ser transformadas em mudas e, no futuro, em mais alimento. Plantar estas sementes pode ser uma maneira muito interessante de falar sobre a natureza com as crianças da casa e, quem sabe, até uma uma maneira de ensinar algumas matérias escolares como biologia.
Com ou sem crianças, sozinho ou em família, fazer brotar as sementes que temos em casa é um caminho trazer mais serenidade e promover uma conexão com a natureza.
“Existem algumas formas de reprodução no reino vegetal e a semeadura é o nome da técnica usada quando transformamos as sementes em mudas”, explica Elis Cristina, arquiteta apaixonada por plantas e proprietária da Soul Verde, empresa de educação ambiental e projetos de jardinagem.
Segundo Elis, a maioria das sementes podem ser cultivadas em qualquer substrato com uma textura solta, que quando apertado entre as mão não vire uma bola maciça, e com pouco nutriente, mas que retenha bem a água. “Não precisa se preocupar em adubar as sementes, pois as mesmas são as partes das plantas com maior reserva de nutrientes, a natureza é sábia!”, ensina ela.
Para quem vai começar a semear a dica é usar o substratos que tem em casa, ou um pouco de terra dos vasos ou canteiros. Lembramos que ficar em casa é a recomendação da Organização Mundial da Saúde para evitar a propagação do vírus Covid-19.

Semeadura direta e indireta

Antes de semear, sempre molhe o substrato ou solo. Existem 2 tipos de semeadura, as diretas e indiretas. Na semeadura direta, as sementes não precisam passar pela etapa da sementeira, sendo semeada direto no local onde ficará, no canteiro ou vaso. Neste caso, se a semente for muito pequena, como do alface, por exemplo, pode misturar a terra com um pouco de areia e fazer a semeadura.
“Geralmente coloco no mínimo 2 sementes por berço, assim garanto que pelo menos uma vai britar. Se mais de uma brotar, depois que as plantas estiverem maiores e mais fortes, podemos separá-las”, conta Elis.
A semeadura indireta é feita para plantas que precisam de mais umidade para serem germinadas, principalmente, simulando uma estufa. Quem não tem sementeiras, caixas de ovo, vasos pequenos, o que tiver, mas o recipiente deve ter um furo embaixo, para que o excesso de água saia. Aquela forma de gelo extra pode ser uma boa ideia.
Depois Encha a sementeira com substrato, coloque as sementes sem afundar muito e deixe as sementeira em um ambiente úmido com claridade, mas sem sol direto. Sementes muito pequenas, quase granulada, a semeadura é superficial, para as outras, afunde mais ou menos 1 vez seu tamanho.
Para regar, use de preferencia um borrifador, para não mexer muito a terra e as sementes. Se não possuir um borrifador, regue com delicadeza e pouca água por vez. É importante manter o substrato sempre úmido, molhando até 2 vezes no dia, sem encharcar.
Cobrir o espaço da sementeira com plástico furado ajuda a criar um ambiente similar ao de uma mini estufa e favorece o nascimento da muda.

Como plantar as sementes dos alimentos que temos em casa?


A Elis separou algumas instruções para semear alimentos comuns nas nossas casas. Veja quais são as dicas e, que tipo de espaço e cuidados estas plantas vão precisar no futuro.

Mamão

Plante direto em um vaso, mas depois terá que transplantá-lo para local com espaço, longe de tubulações.
Retire as sementes e as lave. Seque em um guardanapo e depois é só plantar direto no vaso onde vai ficar.

Tomate

Retire as sementes, tire o excesso de polpa com um guardanapo, e plante em sementeiras ou em um vaso menor. Em cada buraquinho da sementeira, coloque sementes juntas.
Depois que a muda estiver com 4 folhas, plante no local onde a planta possa pegar sol pelo menos 4 horas por dia, e coloque uma haste para que ela se apoie.

Pêssego

Ele é uma árvore, então tenha em mente que depois que se desenvolver, esta planta vai precisar de bastante espaço. Pode plantar primeiramente em um vaso e quando a muda estiver pequena para o vaso, faça o transplante para o solo.
Retire o caroço, limpe-o e delicadamente, quebre com um martelo essa casca dura e retire a semente de dentro. Plante direto no vaso, ou no solo, mas sem afundar a semente. Algumas pessoas usam uma técnica de geminação que consiste em deixar esta semente em um guardanapo úmido na geladeira por volta de 3 semanas, até germinar e depois planta no vaso ou no solo.

Abacate

É uma árvore de grande porte que pode ser cultivada inicialmente em vasos, mas chegará um momento que terá que ser transplantada para o solo. Para isso escolha locais com muito espaço – o mais indicado são sítios. O plantio em praças e calçadas, por melhor que sejam as intenções de quem planta, pode trazer um impacto negativo para o local.  
Pegue o caroço e o lave. Depois retire a casca de leve que tem por cima da semente e, em vaso menor, coloque a semente com a parte mais plana para baixo no substrato, afundando um pouquinho, mas sem cobrir. Regue e mantenha o substrato sempre úmido.
Outra alternativa é furar a semente com palitos de dente e deixar em contato com a água na posição correta até que comece a brotar. Depois que a muda e as raízes estiverem bem desenvolvidas, a planta pode ser transferida para um vaso.

Manga

Também se trata de uma grande árvore e por isso é preciso ter os mesmo cuidados que temos em relação ao abacate. Retire o caroço, limpe-o. Com muito cuidado, use uma faca para abrir a casca e tirar a semente.
Plante a semente deitada em um vaso, ou diretamente no solo, fazendo um pequeno buraco, 1 vez o seu tamanho deitada. Cubra com substrato e regue.

Caqui

É uma árvore de grande porte, mas pode ser mantida em vasos de 30 ou 40 litros com poda. Caso contrário, valem as mesmas orientações do abacate e manga. Para quem pretende ter esta árvore no quintal ou sítio, um aviso: os frutos deles caem e explodem se não forem colhidos.
Retire a semente, limpe, seque bem e coloque no vaso com substrato. Faça um buraco 1 vez o seu tamanho deitada, cubra com substrato e regue novamente. A árvore demora no mínimo uns 3 anos para produzir fruto, mas depois dá fruto por muito tempo.

Limão Cravo

Ótima opção de frutífera pra plantar em vasos, de 30 a 40 litros no mínimo, e manter em varandas.
Tire as sementes e coloque em um recipiente com água. As sementes que boiarem, descarte. Pegue as que afundaram e seque em papel.
Use recipientes, sementeiras, ou o que tiver,  com o substrato, faça um buraco 1 vez seu tamanho, coloque 2 sementes, e cubra com substrato. Regue novamente.

Uva

Uma bela trepadeira, ótima opção para um pérgola ou até para colocar no beiral da sua varanda. Precisa de local com muito sol, e onde ela possa se apoiar.
Retire as sementes, limpe a polpa e lave, seque bem com guardanapo. Use a sementeira ou afins, coloque 2 sementes por buraquinho, do tamanho 1 vez dela, cubra com o substrato e regue novamente. No início, tutore a muda com um palito ou haste de madeira.

Melancia

É uma planta rasteira. Pelo seu tamanho o recomendado é plantar em canteiros. Pode ser plantada em vaso, mas estes precisam ter no mínimo 60 cm de diâmetro e uma estrutura vertical forte para a planta se agarrar.
Retire as sementes com uma faca, e coloque na sementeira, deitadas, com a profundidade de 1 x seu tamanho, cubra com o substrato e regue novamente.

Melão

O melão também é rasteiro e pode ser cultivado em vasos nas mesmas condições que a melancia. Retire as sementes, as lavem, retire a película que envolve a semente, com cuidado para não quebrar a pontinha mais fina da semente, de onde germinará a muda. Coloque a semente sobre o substrato, afundando de leve a pontinha fina, mas sem cobrir com substrato, e regue novamente .

Morango

Ótima opção para se ter em casa e até varandas, precisando de um lugar onde pega sol, pelo menos 4 horas por dia. Ele se desenvolve muito bem, suas folhas são bonitas forrações.
Retire com uma pinça ou com a mão as sementes, pegue essas sementes e espalhe por um guardanapo úmido, as cobrindo com outro guardanapo úmido. Coloque na geladeira por 1 semana, ou até germinarem. Quando aparecerem umas pequenas folhas pode transferir para o vaso.
Fonte: Ciclo Vivo

segunda-feira, 30 de março de 2020

Fabricantes de carro estão produzindo respiradores


Os respiradores são essenciais em quadros graves de Covid-19. Em meio a pandemia, governos de todo mundo estão na corrida para garantir o abastecimento. No Reino Unido, o próprio governo está pedindo a empresas que produzam tais aparelhos, enquanto nos Estados Unidos o presidente Trump ordenou a produção à GM e Ford.
O governo britânico afirma que o NHS (Serviço Nacional de Saúde) possui mais de oito mil respiradores disponíveis. Em semanas, pretende adquirir mais 30 mil. Para tanto, foi criado um consórcio de 14 empresas. A Jaguar Land Rover, Vauxhall e Rolls-Royce estão entre as fabricantes que aceitaram o pedido de Boris Johnson, o Primeiro-ministro do Reino Unido que está infectado com o coronavírus.
O objetivo é aproveitar a expertise de tais companhias na montagem e produção em massa, assim como seus recursos de design, tecnologia e engenharia. O uso de impressão 3D para peças é uma das tecnologias a serem usufruídas.
Já nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump afirmou que assinou um memorando ordenando que o governo use o “Ato de Produção de Defesa” para exigir que a GM (General Motors) produza respiradores imediatamente. A lei de 1950 permite, por exemplo, que o presidente possa obrigar empresas a aceitarem contratos para materiais e serviços essenciais.
Como de costume, Trump usou o Twitter para pressionar a Ford e GM na produção dos respiradores artificiais:

“A General Motors deve abrir imediatamente a fábrica estupidamente abandonada em Lordstown, em Ohio, ou alguma outra fábrica, e COMEÇAR A FAZER RESPIRADORES AGORA!!!!! FORD, COMECE A PRODUZIR VENTILADORES IMEDIATAMENTE!!!”, afirma Trump.
A GM anunciou que vai produzir respiradores e máscaras em parceria com a Ventec Life Systems, empresa de dispositivos médicos. Já a Ford afirmou que está “fazendo todos os esforços” para fabricar os respiradores, inclusive, trabalhando com a GM e a 3M.

Situação no Brasil

O Brasil possui hoje mais de 65 mil respiradores, sendo que 46 mil estão disponíveis no SUS e 18 mil na rede privada. Destes, 61 mil estão funcionando. Por aqui, a GM ajudará a consertar respiradores que não estão aptos para uso com ajuda do Senai.
Chevrolet, Citroën, Peugeot e Volkswagen também anunciaram medidas para ajudar no combate à Covid-19.
Outra boa notícia é que pesquisadores da Escola Politécnica (Poli) da USP estão desenvolvendo um ventilador pulmonar mecânico que poderá ser produzido rapidamente e com menor custo. “Enquanto um respirador convencional no mercado tem um preço mínimo de cerca de R$ 15 mil, o projeto da Poli permitirá produzir o equipamento a um valor em torno de R$ 1 mil”, afirma o Jornal da USP.
Ciclo Vivo

sexta-feira, 27 de março de 2020

Surto de coronavírus é reflexo da degradação ambiental


A Organização Mundial da Saúde (OMS) relata que um animal é a provável fonte de transmissão do coronavírus de 2019 (COVID-19), que infectou milhares de pessoas em todo o mundo e pressionou a economia global.
As doenças transmitidas de animais para seres humanos estão em ascensão e pioram à medida que habitats selvagens são destruídos pela atividade humana. Cientistas sugerem que habitats degradados podem incitar e diversificar doenças, já que os patógenos se espalham facilmente para rebanhos e seres humanos.
Segundo a OMS, os morcegos são os mais prováveis transmissores ​​do COVID-19. Porém, também é possível que o vírus tenha sido transmitido aos seres humanos a partir de outro hospedeiro intermediário, seja um animal doméstico ou selvagem.

Doenças transmitidas por animais

Os coronavírus são zoonóticos, o que significa que são transmitidos de animais para pessoas. Estudos anteriores constataram que a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, em inglês) foi transmitida de gatos domésticos para seres humanos, enquanto a Síndrome Respiratória do Oriente Médio passou de dromedários para humanos.
“Portanto, como regra geral, o consumo de produtos de origem animal crua ou mal cozida deve ser evitado. Carne crua, leite fresco ou órgãos de animais crus devem ser manuseados com cuidado para evitar a contaminação cruzada com alimentos não cozidos”, comunicou a OMS.
“Os seres humanos e a natureza fazem parte de um sistema interconectado. A natureza fornece comida, remédios, água, ar e muitos outros benefícios que permitiram às pessoas prosperar”, disse Doreen Robinson, chefe para a Vida Selvagem no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).
“Contudo, como acontece com todos os sistemas, precisamos entender como este funciona para não exagerarmos e provocarmos consequências cada vez mais negativas”, complementou.

Sinal de alerta

O relatório “Fronteiras 2016 sobre questões emergentes de preocupação ambiental” do PNUMA mostra que as zoonoses ameaçam o desenvolvimento econômico, o bem-estar animal e humano e a integridade do ecossistema.
Nos últimos anos, várias doenças zoonóticas emergentes foram manchete no mundo por causarem ou ameaçarem causar grandes pandemias, como ebola, gripe aviária, febre do Vale do Rift, febre do Nilo Ocidental e zika vírus.
Segundo esse relatório, nas últimas duas décadas, as doenças emergentes tiveram custos diretos de mais de US$ 100 bilhões, podendo saltar para vários trilhões de dólares caso os surtos tivessem se tornado pandemias humanas.
Para impedir o surgimento de zoonoses, é fundamental endereçar as múltiplas ameaças aos ecossistemas e à vida selvagem, entre elas, a redução e fragmentação de habitats, o comércio ilegal, a poluição, a proliferação de espécies invasoras e, cada vez mais, as mudanças climáticas.
Ciclo Vivo