segunda-feira, 15 de julho de 2013

Lei de Resíduos Sólidos tem o desafio de sair do papel


O Brasil ainda precisa acabar com os lixões a céu aberto até agosto do ano que vem e ampliar a coleta seletiva e a logística reversa para efetivar a Política de Resíduos Sólidos.

Aprovada em 2010, a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10) foi discutida por quase 20 anos no Congresso Nacional. Embora seja considerada por especialistas como uma boa lei, existe uma preocupação sobre sua efetividade, já que ela exige uma participação ampla da sociedade. A lei traz obrigações para ministros, governadores, prefeitos e também para empresários e consumidores.

A diretora do Departamento de Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Zilda Veloso, acredita que será necessária uma mudança cultural para alcançar os objetivos pretendidos pela legislação. “Nós estamos rompendo com uma cultura milenar de enterramento de resíduo no solo. Tratar o lixo era enterrá-lo. A lei diz: só o que pode ser enterrado é rejeito. Então, nós temos aí um ciclo para romper.”

A lei considera resíduo sólido o lixo que tem valor econômico e pode ser reciclado ou reaproveitado. Já o chamado rejeito é o lixo que não pode ser reciclado ou reutilizado.

De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública (Abrelpe), mais de 90% dos resíduos sólidos urbanos do Brasil hoje já são coletados. Mas em alguns municípios, a prática ainda é queimar ou enterrar o lixo, especialmente no Nordeste, onde apenas 77% do lixo é coletado. No Sudeste, esse índice chega a 97%.

Coleta seletiva

Os principais problemas hoje no Brasil se dão na exposição do lixo e no tratamento. De acordo com a Abrelpe, só existe algum tipo de iniciativa de coleta seletiva em 60% dos municípios brasileiros. No Centro-Oeste, apenas 32% dos municípios têm coleta seletiva, enquanto no Sudeste o índice chega a 80%. A coleta seletiva possibilita que o material seja reciclado e pode gerar renda para a população.

O deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP) – um dos relatores do projeto de lei que deu origem à Lei de Resíduos Sólidos – ressalta, que a partir da lei, a coleta seletiva passou a ser obrigatória. “Cada um em seu município pode exigir do prefeito. Se não implantar [a coleta seletiva], não vai mais receber recursos do governo federal. São coisas como essa que começam a mudar a postura.”

Conforme o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, primeiro, o município deverá estabelecer a separação de resíduos secos e úmidos. Depois, progressivamente, deverá separar os resíduos secos em tipos específicos, como vidro, plástico e papel.

Logística reversa

Especialistas ressaltam que a coleta seletiva é essencial para que seja implementada a logística reversa, também prevista na lei. A logística reversa é o retorno para as fábricas dos resíduos daquela indústria, para reaproveitamento ou destinação final ambientalmente adequada.

“Nós temos experiências exitosas com embalagens de agrotóxicos, com pneus, com óleos lubrificantes usados, com pilhas e baterias”, enumera a diretora do Departamento de Ambiente Urbano, Zilda Veloso.

Segundo Zilda, o governo também vai fechar acordo sobre o retorno de resíduos com os setores de embalagem, de lâmpadas, de eletroeletrônicos e de medicamentos. Os acordos devem ser fechados ainda neste ano e implementados até agosto do ano que vem.

O presidente do Instituto Ethos, Jorge Abrahão, afirma que a maioria das empresas brasileiras ainda não adotou a sustentabilidade em seus planos de negócio. “Por outro lado, há empresas que estão liderando este processo e que, logo, vão ser reconhecidas por isso. A questão da reputação e da imagem das empresas é chave e as empresas que estão se envolvendo em questões que impactam a sociedade vão ser as empresas do futuro.”

Dever do consumidor

Com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, o cidadão também passa a ter o dever de colocar o lixo no recipiente adequado. A lei prevê punições para o cidadão que não separar o lixo após o município ter implementado a coleta seletiva ou após as empresas terem adotado o sistema de logística reversa. Primeiro o cidadão será advertido e, se houver reincidência, será multado. As multas previstas variam de R$ 50 a R$ 500.

Já a empresa que não cumprir a determinação de fazer a logística reversa incorrerá em crime ambiental e estará sujeita a multas que vão de R$ 5 mil a R$ 50 milhões.

Eco Debate

domingo, 14 de julho de 2013

Cientistas do México acham pedras com inscrições de 6 mil anos atrás


Arqueólogos do México descobriram 500 rochas com 8 mil figuras entalhadas há cerca de 6 mil anos.

Segundo o Instituto Nacional de Antropologia e História do país, esses petróglifos, como são conhecidas as inscrições em pedras, parecem ter sido obra de grupos de caçadores pré-hispânicos que frequentavam a área.

As rochas foram descobertas em uma área de 2 km² em um deserto em Narigua, no sul do estado de Coahuila.

G1

Refrigerante é vendido em garrafas feitas de gelo em edição sustentável


A Coca-Cola lançou, na Colômbia, uma edição limitada do produto que vem em garrafas feitas de gelo. As garrafas “geladas” tem exatamente o mesmo formato que as garrafas tradicionais, de vidro. E, para não congelar os dedos, o produto é envolvido por uma tira de borracha com a logomarca da empresa.

Uma das principais vantagens, além de garantir que a bebida seja servida gelada, é que o produto não gera nenhum tipo de lixo. A sugestão da empresa é que, terminado o refrigerante, a tira protetora possa servir como um bracelete para o consumidor.

Para produzir a novidade, coloca-se água microfiltrada em moldes de silicone, onde e congelam até 25 graus negativos. Depois, os moldes são preenchidos com o refrigerante. A edição limitada está sendo servida nas praias colombianas. A novidade pode ser vista em vídeo divulado pela Coca-Cola no YouTube.

G1 Natureza

Matar suspeitos se tornou rotina para policiais do Brasil, diz jornal dos EUA


Artigo do jornal americano "The Wall Street Journal", publicado neste sábado (13), informou que a morte de suspeitos de crimes por policiais brasileiros já se tornou 'rotina'. Como exemplo, o texto do jornalista John Lyons cita o caso do servente Paulo Nascimento que foi pego em sua casa, na Zona de Sul de São Paulo, e levado para um carro da polícia. Ele foi s assassinado com três tiros. O caso aconteceu em novembro do ano passado.

"O suposto ladrão de carros implorou por sua vida com gritos de "Pelo amor de Deus". Um policial deu um tapa no rosto. Outro chutou. Um terceiro atirou nele", relata o artigo. O jornal ainda divulgou o vídeo da ação que foi exibido no 'Fantástico'. Um vizinho filmou a abordagem e os policiais foram presos após a divulgação das cenas. Cinco policiais foram acusados de homicídio e esperal o julgamento. Eles alegaram inocência.

De acordo com o texto, a polícia do estado de São Paulo matou um suspeito para cada 229 presos no ano passado, segundo dados do governo. Nos Estados Unidos, o índice foi de um morto a cada 31.575 presos em 2011.

O problema é reconhecido por funcionários do governo, incluindo o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ressalta o artigo, citando as mudanças que aconteceram na Secretaria de Segurança Pública após o caso.

Em entrevista, o secretário Fernando Grella Vieira, disse que a cidade tem uma "categoria de criminalidade" que sempre levará a alguns tiroteios policiais justificados. Mas, acrescentou, "que não vai tolerar abusos por parte da polícia."

Os grupos de extermínio também são citados no texto, com menção da ação em que quatro policiais militares foram condenados a 18 anos de prisão, em 2010, por participarem de uma equipe que, supostamente, decapitava algumas de suas vítimas. No caso de Nascimento, investigadores dizem que policiais da mesma delegacia do militares detidos tentaram influenciar o caso. Eles vestiram máscaras de esqui e foram até um bar, a cerca de 50 metros do local onde a vítima foi baleada. O resultado foi sete pessoas morrem e duas ficaram feridas.

A polícia de São Paulo, de acordo com o artigo, está entre as menos letais do país. Como exemplo está a polícia do Rio de Janeiro que, mesmo com os experimentos com o policiamento comunitário, mata quase quatro vezes mais suspeitos do que a polícia paulista.

Opinião pública

O texto ressalta que uma parte da população apoia assassinatos cometidos pela polícia e cita pesquisa do Datafolha, feita um mês após a morte de Nascimento, que mostrou que 53% dos paulistanos acreditam que um policial que mata criminosos como parte de um grupo de extermínio não devem ser punido caso seja pego.

Quando o vídeo da ação contra Nascimento foi divulgado, o artigo afirma que a maioria dos comentários foi de apoio à polícia: "Parabéns para a (Polícia Militar) enquanto o Estado não faz nada, você faz a limpeza que a cidade precisa, mas nunca se esqueça: Apenas matar bandidos ok?"

O jornalista ainda reitera que a maioria dos casos acontecem em áreas urbanas pobres de São Paulo. Segundo ele, nesses locais, "a aceitação da violência policial é um lembrete severo que o preconceito de classe e a desigualdade persistem no Brasil, apesar dos ganhos econômicos recentes."

Estudo

Para entender por que a polícia mata, Adilson Paes, um veterano policial de 30 anos, fez entrevistas anônimas para sua tese de mestrado com a policiais que mataram. A conclusão foi que muitos oficiais deixam a formação despreparados par ao nível de violência que vão enfrentar. Segundo o texto, alguns adotam a mentalidade de guerra, em que matar significa sobrevivência. Outros sucumbem à pressão e matam para manter o status e alguns acreditam que matar da sensação de poder.

G1

Governo estima que 429 mil famílias não têm cisternas no semiárido


O governo federal estima que 429.630 famílias não têm cisternas no semiárido brasileiro e, em meio à pior seca dos últimos 50 anos, dificilmente têm acesso à água. Os dados fazem parte do cadastro único do Brasil Sem Miséria, utilizado pelo governo para garantir que as famílias extremamente pobres da região tenham água disponível. Na última sexta-feira (5), o governo federal publicou no Diário Oficial da União dois decretos que tratam de programas de abastecimento de água no Nordeste e zonas rurais do país.

O decreto 8.038 regulamenta o Programa Cisternas, que prevê garantias de fornecimento de água para consumo humano e para produção de alimentos. Os beneficiados serão integrantes de famílias de baixa renda da zona rural atingidas pela seca ou que sofram com falta regular de água. O texto altera artigos da norma que criou o Programa Água para Todos e institui dois comitês administrativos, sendo um gestor e outro operacional, ambos formados por integrantes de ministérios e representantes de trabalhadores rurais.

Com o Programa Um Milhão de Cisternas, criado em 2003, o governo pretendia levar cisternas a todas as famílias do semiárido até 2008, a fim de minimizar os efeitos das secas. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) informa que apoiou a implementação de 584.282 cisternas de placa na região Nordeste, em parceria com estados, municípios e organizações da sociedade civil, número pouco maior que a metade do previsto. Apenas em 2013, foram 37.374 até junho.

Como a meta não foi cumprida, em 2011 foi criado o programa Água Para Todos, com objetivo de entregar 750 mil cisternas até o fim de 2014, com custo previsto de R$ 2,9 bilhões. Até o momento, 320.370 cisternas foram entregues, 42% da meta, de acordo com o Ministério da Integração.

O Água Para Todos é voltado para famílias residentes nas áreas rurais do semiárido, com acesso precário à água, inscritas no Cadastro Social Único do Governo Federal e com renda familiar per capita de até R$ 140 mensais, além de aposentados que vivam exclusivamente da renda previdenciária.

Segundo o cadastro único, cerca de 770 mil famílias se enquadram hoje nessa exigência no semiárido. O Ministério do Desenvolvimento Social diz que há, atualmente na região, 1.134 municípios que possuem cisterna e 43 municípios que estão em fase de contratação – uma cobertura de 97%.

Ainda assim, em razão da seca persistente, mesmo as famílias que possuem as cisternas têm o acesso à água restrito. Segundo o governo, não é possível saber se todas as cisternas estão sendo abastecidas.

"O objetivo é que não [fiquem desabastecidas], mas daqui de Brasília não consigo te garantir isso. Não me pede para botar meu CPF nesse negócio", afirma ao G1 Francisca Rocicleide Ferreira da Silva, diretora do Departamento de Fomento à Produção e à Estruturação Produtiva da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS.

Segundo a diretora, o objetivo da cisterna é facilitar o acesso à água pelo acúmulo da chuva, mas com uma seca extrema, ela serve para acondicionar a água recebida pelos carros-pipa. "Ela passa a ser um bem da família. O bem mais importante. Emprega mão-de-obra local, mobiliza a economia, une a comunidade na construção. Por isso nós queremos cumprir essa meta", afirma.

A dependência dos carros-pipa, no entanto, faz com que o governo acredite que, mesmo com as cisternas, muitas famílias estejam sem água. "O carro vai preenchendo as cisternas, vai num lugar, não vai no outro. Tem comunidades muito isoladas. A gente tem uma expectativa de que a partir de outubro deste ano chegue a chuva. Enquanto isso não acontece, não tem como garantir", diz Silva.

Cristina Nascimento, coordenadora executiva da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) no Ceará, afirma que o programa de cisternas é um avanço, mas ressalta que é preciso acelerar o processo. "A cisterna tem um peso muito importante na vida dessas famílias, que são as mais pobres, que mais sofrem. São famílias que moram em áreas com pequenos barreiros, pequenos poços e não têm agua de qualidade para consumo humano", afirma.



"Se essas famílias não têm cisterna, elas não têm onde estocar a água. Além disso, ela é um equipamento que gera cidadania, porque é construída em comunidade, com os próprios meios. Ela tem um peso muito importante", completa.

Segundo Cristina, no entanto, a maior reclamação é a distribuição inconstante de água pelos carros-pipa. "A água chegou, mas não chegou em quantidade. Falta um planejamento dos órgãos públicos."

Cisterna vazia em Alagoas

Em Olho d'Água das Flores, no sertão alagoano, cidade com pouco mais de 15 mil habitantes, os moradores contam que chegam a ficar de uma semana a seis meses sem água. A seca atinge cerca de 40% da população na zona rural.

Segundo a Secretaria Municipal de Agricultura, 600 famílias vivem sem cisternas ou água encanada na região. Das 227 cisternas instaladas, apenas 39 cadastradas recebem água dos carros-pipa – 24 pela prefeitura em parceria com a Defesa Civil e outras 15 pela Operação Pipa do Exército. As demais ficam vazias se não chover.

A dona de casa Creuza Gomes da Silva, de 37 anos, moradora do sítio Craíbas, diz que metade das casas tem água encanada, mas que na dela não há nem sequer torneira. Ela busca água no "chafariz", como os moradores apelidaram uma torneira coletiva da rua. "Todo ano é a mesma coisa. Vivo desde que nasci aqui e, nesse tempo, nada muda", diz.

Quando falta água no "chafariz", os filhos vão buscar em uma barragem que fica a cerca de 1 quilômetro dali. Mas dura pouco. "Pego alguns baldes de água pela manhã e à tarde já estamos precisando de novo", relata.

A água serve para a família beber, lavar louça e tomar banho. A pequena horta de feijão secou. "Falta água, comida, mas a gente se vira. Um ajuda o outro."

Perto dali, a agricultora Maria Madalena Ferreira Silva, de 30 anos, grávida, vive com o marido em uma pequena propriedade rural. Ela toma água da cisterna da vizinha, que leva em baldes na cabeça de duas a três vezes por dia. "Agora que estou com oito meses, trago pouca água", conta.

O pequeno poço escavado ao lado da casa está vazio. "Só serve para acumular sujeira que as pessoas passam e jogam. Construímos para encher de água, mas isso nunca aconteceu", diz ela.

"Este ano foi muito pior. Até o feijão que plantamos no quintal não vingou. Não sei como vai ser se isso continuar", conta Madalena sobre a seca, "mais severa". Ela diz não ter esperanças de ter água encanada ou uma cisterna em casa. "Não sei nem a quem pedir isso."

"A gente cadastra algumas cisternas e os vizinhos vão buscar lá. Foi a maneira que encontramos de suprir a necessidade de todos", afirma a secretária municipal, Ana Paula Rodrigues Fernandes. "É a Defesa Civil quem faz esse abastecimento. Se não fosse assim, não teria como. É a pior seca em mais de 50 anos. Antes ainda chovia, mas este ano a chuva é pouca. A última vez foi há mais de trinta dias."

Indústria da seca

Outro problema apontado pela ASA é a preferência do Ministério da Integração por cisternas de "plástico", pré-fabricadas de polietileno, em vez das de placa, entregues pelo MDS, construídas com cimento. "Isso beneficia grandes grupos. Como o governo faz opção por uma cisterna que não gera renda e custa duas vezes mais? É a reedição da indústria da seca", critica Cristina.

Segundo a coordenadora, as cisternas de plástico são "pronta-entrega", mas acabam estocadas em galpões porque não há mão-de-obra para entrega. "Compram em nome dessa pretensa agilidade, mas elas não estão nas casas das famílias. Já chegam deformadas porque não aguentam o calor. Por enquanto não conseguimos barrar isso", diz. "Com uma de plástico guardada, construímos duas de placa. Demora mais, mas vale mais."

Em nota, o Ministério da Integração informa que não apenas vai continuar usando as cisternas de plástico, como também vai ampliar a implantação no segundo semestre de 2013. “As cisternas de polietileno não deformam ou derretem em função de altas temperaturas”, diz a pasta em nota.

Segundo o ministério, o custo da cisterna de placa é entorno de R$ 2.200 e da cisterna de polietileno é de R$ 5.090. Mas diz que a de polietileno, com 16 mil litros de água para atender uma família de cinco pessoas por até seis meses, tem tempo de vida útil de mais de 30 anos, podendo ser implantada em um dia.

“A construção e instalação das cisternas são coordenadas por comitês municipais, que incluem treinamento e capacitação dos beneficiários”, diz o Ministério da Integração Nacional. “As cisternas que, por ventura, apresentarem defeitos de fabricação estão sendo imediatamente substituídas, conforme contrato, sem custos para o governo federal e os beneficiários do programa.”

Busca ativa

Segundo o governo, o programa Água para Todos tem como objetivo garantir o amplo acesso à água para as populações rurais dispersas e em situação de extrema pobreza, para o consumo próprio e para a produção de alimentos e a criação de animais.

Segundo a diretora do MDS, quando o cadastro for finalizado, com entrega de cisternas a todas as famílias, deve ser iniciada uma busca ativa por aquelas que não se cadastraram para receber as cisternas.

"O governo considera que as ações do programa a partir do cadastro estabelecem uma finalização da extrema pobreza no acesso à água", afirma.

Além das cisternas de consumo e de produção, o governo também informou que está implementando sistemas coletivos de abastecimento para consumo humano, pequenos sistemas de irrigação e pequenas barragens de água pluvial. O investimento total previsto é de aproximadamente R$ 4,7 bilhões.

Para a coordenadora da ASA, se a meta de cisternas para consumo humano for cumprida em 2014, o próximo passo deve ser garantir água para produção, chamada "segunda água". "É fazer essas famílias poderem produzir seu próprio alimento, convivendo com o que o semiárido tem a oferecer", conclui.

Globo

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Operação da PF desarticula esquema de fraudes contra o INSS na Paraíba - O SINTRAF de Solânea


Seis pessoas foram indiciadas por um esquema que teria aplicado 200 golpes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na região do Brejo paraibano. A operação ‘Sítios’, realizada pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (10), identificou que a organização criminosa atuava desde 2008 obtendo benefícios irregulares junto à Previdência Social.

Os crimes estariam acontecendo na zona rural dos municípios de Solânea, Bananeiras e Cacimba de Dentro. Integrantes do Sindicato de Agricultura Familiar (Sintraf) seriam os responsáveis por cooptar vítimas, moradores de comunidades rurais, que tivessem idade para solicitar aposentadoria ou crianças para solicitação de salário maternidade.

Segundo a Polícia Federal, as vítimas eram a partir daí “sindicalizadas” de forma retroativa, como se pagassem taxa ao Sintraf há anos para preparar a documentação necessária. Com os documentos fraudulentos, o sindicato ingressaria com o pedido de benefício no INSS. O prejuízo aos cofres públicos calculado pela polícia chega a aproximadamente R$ 90 mil.

No período de 2008 a 2012, foram 200 agendamentos para concessão de benefícios, sendo um em 2008, dois em 2009, cinco em 2010, sete em 2011 e 185 solicitações apenas no ano de 2012. Em sua maioria, os requerentes informavam que exerciam atividade rural em terreno de terceiros, mas em algumas situações o número de pessoas trabalhando na terra ultrapassava a área total das propriedades.

Na operação, além de seis suspeitos indiciados por estelionato, falsificação de documento, falsidade ideológica e uso de documento falso, outras 60 pessoas foram intimadas a prestar declarações. A operação ‘Sítios’ foi realizada por equipes da Polícia Federal, Previdência Social e oficiais de justiça que cumpriram mandados de busca e apreensão, medida cautelar penal de afastamento das atividades e medidas cautelares penais de proibição de manter contato.

G1

Cigarro mata 6 milhões de pessoas no mundo por ano, diz OMS


Um relatório lançado nesta quarta-feira (10) pela Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que cerca de 6 milhões de pessoas morrem no mundo por ano devido ao uso do cigarro.

O documento, chamado “Epidemia Global do Tabaco 2013″, ressalta tendências sobre o uso da substância e avanços com relação ao seu combate pelo planeta.

Se o ritmo atual continuar, o número de mortes por cigarro deve subir para 8 milhões de pessoas por ano em 2030, afirmou a diretora-geral da OMS, Margaret Chan, à Rádio ONU – instituição à qual a Organização Mundial da Saúde é ligada.

O Brasil é citado no relatório como um dos países que mais adotaram medidas para combater o uso do cigarro, ao lado de Panamá, Irã e Turquia. Cerca de 15% da população adulta brasileira consome tabaco, ainda de acordo com a OMS.

São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador e Fortaleza estão entre as 100 cidades do mundo que atingiram os maiores níveis de sucesso para controlar o uso do fumo, aponta o relatório.

Na comparação dos países, 24 adotaram leis que proíbem completamente o uso do tabaco e de derivados. Outros 100 têm leis que impedem ou restringem o fumo de alguma forma, aponta a Rádio ONU. Já 67 entre os pesquisados no relatório não adotam qualquer proibição ao cigarro ou restrições à publicidade que incentiva seu uso.


G1