terça-feira, 17 de setembro de 2013

Índios na Amazônia peruana têm alta concentração de mercúrio, diz estudo


Um estudo americano feito sobre contaminação por mercúrio em peixes decorrente da mineração informal de ouro na Amazônia peruana revela que povos indígenas têm sido extremamente atingidos, principalmente as crianças.

A pesquisa conduzida pelo Instituto Carnegie para Ciência encontrou níveis de mercúrio acima dos limites aceitáveis em 76,5% das pessoas que vivem na região de Madre de Diós, no sudeste do Peru. Foram analisados indivíduos tanto de áreas rurais quanto urbanas.

Um quarto das pessoas avaliadas trabalha na indústria de mineração, que usa cerca de 35 toneladas de mercúrio por ano para purificação do ouro. Isso ocorre porque o mercúrio é o único metal líquido em temperatura ambiente e acaba se unindo facilmente ao ouro, formando uma liga de amálgama.

Esse material, então, é aquecido, o mercúrio se evapora e o ouro se funde sozinho. Em seguida, o excesso de mercúrio restante desse processo é lançado diretamente nos rios e entra na cadeia alimentar, por meio da ingestão de água e peixes.


Limite e efeitos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece como limite máximo de mercúrio 0,5 mg/kg para um consumo de até 400 gramas de peixe por semana, considerando-se um adulto de 60 kg.

Quando se acumula no organismo, o mercúrio é capaz de causar danos irreversíveis ao sistema nervoso central, com sintomas como tremores, perda de memória, dificuldade motora, de visão e audição.

G1 Natureza

Nenhum comentário:

Postar um comentário