Um estudo americano feito sobre contaminação por mercúrio em peixes
decorrente da mineração informal de ouro na Amazônia peruana revela que
povos indígenas têm sido extremamente atingidos, principalmente as
crianças.
A pesquisa conduzida pelo Instituto Carnegie para Ciência encontrou
níveis de mercúrio acima dos limites aceitáveis em 76,5% das pessoas que
vivem na região de Madre de Diós, no sudeste do Peru. Foram analisados
indivíduos tanto de áreas rurais quanto urbanas.
Um quarto das pessoas avaliadas trabalha na indústria de mineração, que
usa cerca de 35 toneladas de mercúrio por ano para purificação do ouro.
Isso ocorre porque o mercúrio é o único metal líquido em temperatura
ambiente e acaba se unindo facilmente ao ouro, formando uma liga de
amálgama.
Esse material, então, é aquecido, o mercúrio se evapora e o ouro se
funde sozinho. Em seguida, o excesso de mercúrio restante desse processo
é lançado diretamente nos rios e entra na cadeia alimentar, por meio da
ingestão de água e peixes.
Limite e efeitos
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece como limite máximo de mercúrio 0,5 mg/kg para um consumo de até 400 gramas de peixe por semana, considerando-se um adulto de 60 kg.
Quando se acumula no organismo, o mercúrio é capaz de causar danos
irreversíveis ao sistema nervoso central, com sintomas como tremores,
perda de memória, dificuldade motora, de visão e audição.
G1 Natureza
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