sábado, 9 de abril de 2016

Número de pessoas com diabetes nas Américas triplicou desde 1980, diz OMS


Uma em cada doze pessoas – ou 62 milhões – vive com diabetes nas Américas, número que triplicou desde 1980. A doença é atualmente a quarta principal causa de morte na região, depois de infarto, acidente vascular cerebral (AVC) e demências, disse o Informe Mundial sobre Diabetes da Organização Mundial da Saúde (OMS). O documento foi apresentado na ocasião do Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta quinta-feira (7).

Segundo estimativas da agência de saúde da ONU, caso medidas não sejam tomadas, quase 110 milhões de pessoas terão diabetes até 2040, daí a urgência de se intensificar os esforços para prevenir e controlar a doença.

O relatório destaca a necessidade de implementação de políticas públicas que apoiem estilos de vida saudáveis e a garantia de que sistemas de saúde sejam capazes de diagnosticar prontamente, tratar e cuidar de pessoas com diabetes.

“A melhor forma que as pessoas têm de prevenir a diabetes é seguir uma dieta saudável, evitando sobretudo os alimentos ultraprocessados – ricos em calorias e pobres em nutrientes – e bebidas açucaradas, além de realizar atividades físicas regularmente para manter um peso saudável”, disse a diretora da Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) – o escritório regional da OMS para as Américas –, Carissa Etienne.

A especialista esclareceu, no entanto, que a prevenção “não é apenas uma responsabilidade individual” e instou governos a adotarem políticas e medidas eficazes para “fazer a escolha saudável ser a escolha mais fácil”.

A diabetes é uma doença crônica progressiva, caracterizada por altos níveis de glicose no sangue. É uma importante causa de cegueira, insuficiência renal, amputação de membros inferiores e outras consequências de longo prazo que afetam significativamente a qualidade de vida e aumentam o risco de morte prematura.
A atenção para a diabetes e suas complicações também representa um custo elevado para as famílias e os sistemas de saúde. Em 2014, as despesas regionais de saúde relacionadas à doença somaram cerca de 382 bilhões de dólares.

A maioria das pessoas com diabetes sofre com a doença de tipo dois, que está intimamente ligada ao excesso de peso e à obesidade, bem como a estilos de vida sedentários. Nas Américas, mais de 60% da população está acima do peso ou obesa, em grande parte como resultado de mudanças de estilo de vida relacionadas ao desenvolvimento e à globalização.

O novo relatório da OMS diz ainda que o aumento da diabetes pode ser retardado por meio de uma combinação de políticas fiscais, legislações, mudanças no meio ambiente e conscientização das pessoas para a necessidade de modificar os fatores de risco. Isso inclui políticas que aumentem os impostos sobre bebidas açucaradas e a adoção de rotulagem frontal nos alimentos, alertando os consumidores sobre os produtos processados com alta quantidade de gordura, açúcar e sal, com o objetivo de desencorajar seu consumo.

“A menos que sejam tomadas medidas urgentes, o mundo não vai reverter essa epidemia”, afirmou o assessor regional em diabetes da OPAS, Alberto Barceló. Segundo ele, os Estados-membros da OMS se comprometeram a limitar o aumento da diabetes e da obesidade até 2025.

Diagnóstico precoce

O relatório mostra que as pessoas com diabetes podem ter uma vida longa e saudável se a doença for detectada a tempo e bem manejada. Nas Américas, contudo, em alguns países até 40% das pessoas com diabetes não sabem que têm a doença e entre 50% e 70% não alcançam o controle adequado da glicemia.

Um bom manejo da diabetes pode prevenir complicações e morte prematura. “Precisamos garantir que as pessoas com diabetes tenham acesso aos cuidados e medicamentos (de) que necessitam, bem como à educação e às intervenções que facilitem um estilo de vida saudável”, indicou Barceló.

Veja aqui o Informe Mundial sobre Diabetes completo (em inglês). 

Ciclo Vivo

Energia solar cresce mesmo na crise e movimentará R$ 100 bi no Brasil até 2030


Apesar do momento desfavorável da economia brasileira, o mercado de energia solar está aquecido. Só em janeiro e fevereiro, 179 novas empresas se registraram no Portal Solar – hub de prestadores de serviços do setor – e já são 140 mil acessos mensais de quem procura informações sobre energia solar. Até 2030, o governo federal estima que essa indústria movimente R$ 100 bi.

Em parte, o grande aumento da oferta e demanda se explica pela necessidade de preencher uma lacuna: enquanto as tarifas de luz encontradas no Brasil estão entre as mais caras do mundo, a localização tropical do país traz níveis de irradiação solar que possibilitam alto rendimento das placas fotovoltaicas.

Foi frente a esse cenário que o engenheiro Fabio Carrara decidiu fundar a Solstar. “Já vemos um crescimento exponencial na geração fotovoltaica, o setor deve superar R$ 1 bi movimentados em 2017. Estamos investindo para posicionar a empresa entre as três maiores do segmento no Brasil até o final do ano”, conta Carrara, que já tinha experiência como investidor na internet. “O Portal Solar ajuda na disseminação da energia solar, além de preparar melhor o consumidor para a compra e gerar leads para a empresa”, explica o empreendedor.

Uma rede de negócios

Criado com o propósito de unir interessados na energia sustentável a quem oferece o serviço, o Portal Solar agora otimiza suas ferramentas de relacionamento entre empresas e clientes. “Queremos deixar o site como um LinkedIn da energia solar no Brasil”, diz a diretora Carolina Reis. Entre as novidades, há um mapa onde é possível procurar companhias do setor pelo CEP. Com 753 companhias cadastradas, a cobertura atende todo o Brasil.

“Além disso, a página das empresas está mais completa, com informações detalhadas como principais projetos realizados, fotos das instalações, endereço e dados de contato além de outras informações úteis”, explica Carolina. Outra melhora da plataforma é o aprimoramento do simulador solar, calculadora que prevê o custo de um sistema de captação de energia solar com base na localização e gastos com eletricidade do interessado.

Ao todo, a expectativa é que 500 novas empresas se cadastrem no Portal Solar em 2016, o que pode refletir positivamente na economia e mesmo na distribuição de renda do país: “O setor tem uma característica muito própria que é a capilaridade: não há grandes players, pelo contrário, 80% das empresas são regionais e atuam em um raio de até 100 km”, afirma a diretora do hub. 

Ciclo Vivo