terça-feira, 26 de novembro de 2024

TEA, TDAH e TOD: O que são e como se relacionam?

 


TEA (Transtorno do Espectro Autista), TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) e TOD (Transtorno Opositivo-Desafiador) são condições neuropsiquiátricas que afetam o desenvolvimento e o comportamento de indivíduos, especialmente durante a infância. Apesar de serem distintas, essas condições podem apresentar sintomas que se sobrepõem, tornando o diagnóstico e o manejo desafiadores.

O TEA é um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades persistentes na comunicação social e por padrões de comportamento, interesses ou atividades restritos e repetitivos. Os sintomas podem variar em intensidade, desde quadros leves até comprometimentos mais graves, afetando a independência e a qualidade de vida do indivíduo. Pessoas com TEA podem apresentar dificuldade em interpretar interações sociais, padrões sensoriais diferenciados e uma grande necessidade de rotina e previsibilidade.

Já o TDAH é marcado por níveis elevados e persistentes de desatenção, impulsividade e hiperatividade que interferem em múltiplos aspectos da vida. Crianças e adultos com TDAH podem ter dificuldade em manter o foco, terminar tarefas e controlar comportamentos impulsivos, o que pode levar a problemas acadêmicos, sociais e profissionais. Há três subtipos de TDAH: predominante desatento, predominante hiperativo-impulsivo e o combinado.

Por sua vez, o TOD é caracterizado por um padrão de comportamento negativista, desafiador e hostil em relação a figuras de autoridade. Crianças e adolescentes com TOD frequentemente se envolvem em discussões, desafiam regras e apresentam irritabilidade e raiva frequentes. Diferentemente de comportamentos normais de oposição, o TOD é mais persistente e causa prejuízos significativos na vida familiar, escolar e social.

Embora sejam condições diferentes, o TEA, o TDAH e o TOD podem coexistir em um mesmo indivíduo. Por exemplo, crianças com TEA podem apresentar sintomas de TDAH, como dificuldade de atenção e impulsividade, enquanto a impulsividade do TDAH pode levar a comportamentos desafiadores similares aos do TOD. O diagnóstico correto é essencial para que cada transtorno seja tratado de maneira adequada, envolvendo estratégias terapêuticas e educacionais personalizadas.

A compreensão dessas condições e suas interações é fundamental para promover o suporte necessário aos indivíduos afetados, possibilitando que eles desenvolvam seu potencial e tenham uma vida mais equilibrada.

domingo, 24 de novembro de 2024

A Importância da Saúde Mental e da Qualidade de Vida

 


A saúde mental é um dos pilares fundamentais para uma vida equilibrada e satisfatória. Embora frequentemente negligenciada, ela influencia diretamente a forma como lidamos com desafios, construímos relacionamentos e aproveitamos as oportunidades que a vida nos oferece. Quando cuidamos da mente, estamos investindo em nossa qualidade de vida, que vai muito além da ausência de doenças, abrangendo bem-estar emocional, social e físico.

Em um mundo cada vez mais acelerado, onde a pressão por resultados e a conectividade constante são parte do cotidiano, é fácil negligenciar sinais de estresse, ansiedade e exaustão. No entanto, ignorar esses sinais pode levar a consequências graves, como o desenvolvimento de transtornos psicológicos, isolamento social e até problemas físicos decorrentes de condições emocionais não tratadas. Cuidar da saúde mental, portanto, não é apenas uma questão de autocuidado, mas de garantir um futuro saudável e produtivo.

Práticas como a terapia, a meditação, a atividade física e a manutenção de relações sociais positivas são essenciais para preservar a saúde mental. Além disso, dedicar tempo a hobbies, ao descanso adequado e à busca de um propósito de vida contribuem para uma qualidade de vida mais elevada. Empresas e instituições também têm um papel crucial nesse cenário, ao promover ambientes de trabalho saudáveis e políticas que priorizem o bem-estar de seus colaboradores.

Assim, reconhecer a importância da saúde mental é um passo vital para melhorar a qualidade de vida de indivíduos e comunidades. Ao quebrarmos o estigma em torno do tema e adotarmos medidas preventivas, promovemos um mundo mais saudável, empático e resiliente. Afinal, uma mente saudável é a base para viver plenamente.

sábado, 23 de novembro de 2024

A Reflexão Sobre a Vida em "Tempo Perdido", de Legião Urbana

 


A música "Tempo Perdido", da banda Legião Urbana, é um poderoso manifesto sobre a passagem do tempo, os desafios da existência e a importância de valorizar o presente. Com uma letra profundamente emotiva e reflexiva, Renato Russo aborda o sentimento de que o tempo perdido não pode ser recuperado, mas traz uma mensagem de esperança e renovação, destacando que cada dia oferece a chance de recomeçar e viver de forma mais plena.

Desde o início, com o verso "todos os dias quando acordo, não tenho mais o tempo que passou", a música enfatiza a irreversibilidade do tempo. Esse reconhecimento, no entanto, não vem acompanhado de arrependimento, mas de uma reflexão sobre a importância de aproveitar o momento presente. Quando o eu lírico diz "temos todo o tempo do mundo", há uma aparente contradição, que na verdade reforça a ideia de que, enquanto estamos vivos, o agora é eterno e deve ser aproveitado ao máximo.

O refrão "somos tão jovens" se destaca como um lembrete de que a juventude é também um estado de espírito, e não apenas uma questão de idade. Independentemente do tempo que já passou, é possível enxergar a vida com esperança e vitalidade, mantendo o entusiasmo para enfrentar o futuro.

Outro trecho marcante, "e o que foi escondido é o que se escondeu, e o que foi prometido, ninguém prometeu", reflete uma visão mais sóbria sobre a vida, lidando com expectativas frustradas e as incertezas do que está por vir. No entanto, a música não se prende à melancolia, encerrando com a forte afirmação de que "não temos tempo a perder", uma convocação para viver intensamente e priorizar o que realmente importa.

"Tempo Perdido" é, acima de tudo, uma celebração da vida, que reconhece suas dificuldades e limitações, mas reforça a urgência de viver o presente. Com sua letra atemporal e melodia tocante, a música continua a inspirar diferentes gerações, lembrando-nos de que o verdadeiro tempo perdido é aquele que deixamos de viver plenamente.

Agência Nacional de Mineração divulga Concurso Público com mais de 200 vagas

 


A Agência Nacional de Mineração (ANM) anuncia a abertura de um novo Concurso Público, com o objetivo de preencher 220 vagas para profissionais de nível superior.

De acordo com o edital, as oportunidades são para os seguintes cargos:

Analista Administrativo - Administração (2 vagas); Administração, Economia, Contabilidade e Direito (19 vagas); Arquivologia (1 vaga); Contabilidade (3 vagas); Direito (3 vagas); Engenharia Civil (com especialização em Segurança do Trabalho) (1 vaga); Engenharia Elétrica (com especialização em Segurança do Trabalho) (1 vaga); Jornalismo, Relações Públicas ou Comunicação Organizacional (2 vagas); Pedagogia (1 vaga); Publicidade e Propaganda, Design Gráfico ou Desenho Industrial (1 vaga); Qualquer Área de Formação (5 vagas); Relações Públicas ou Comunicação Organizacional (1 vaga);

Especialista em Recursos Minerais - Comunicação (1 vaga); Direito (4 vagas); Direito (foco de atuação Outorga) (1 vaga); Economia ou Contabilidade (1 vaga); Engenharia Ambiental, Engenharia Florestal ou Biologia (3 vagas): Engenharia de Minas (70 vagas); Engenharia de Minas (Correcional) (2 vagas); Geologia (36 vagas); Geologia, Geografia, Geofísica, Engenharia de Minas, Agronômica, Florestal, Civil, Ambiental, Arquitetura ou Tecnologia da Informação (2 vagas); Qualquer área de formação (Fiscalização e Distribuição de Receitas) (39 vagas); Qualquer área de formação (Suporte à Gestão, Estratégia e Governança) (6 vagas); Tecnologia da Informação - Ciência de Dados (5 vagas); Tecnologia da Informação - Governança e Inovação (4 vagas); Tecnologia da Informação - Operações (6 vagas).

No quantitativo de vagas acima mencionado, encontram-se as reservadas para candidatos (AC, PCD, N) que se enquadrem nos itens especificados no edital de abertura.

Para concorrer a uma das oportunidades, é necessário que o candidato tenha graduação na respectiva área em que pretende atuar.

Ao serem admitidos, os profissionais deverão cumprir jornadas de 40 horas semanais e contarão com remuneração mensal de R$ 10.527,94 a R$ 12.828,38.

Inscrição e classificação

Os interessados poderão se inscrever a partir das 10h do dia 28 de novembro de 2024 até às 18h do dia 17 de dezembro de 2024 (horário de Brasília), pelo site do Cebraspe, com taxa de R$ 160,00.

A classificação dos candidatos será realizada por meio de prova objetiva e prova discursiva, previstas para o dia 16 de fevereiro de 2025, além de avaliação de títulos e curso de formação. A prova objetiva será baseada em conteúdos de conhecimentos gerais e conhecimentos específicos.

Vigência

O prazo de validade do concurso será de dois anos, contados a partir da data de publicação da homologação do resultado final, podendo ser prorrogado, uma única vez, por igual período.


FONTE: PCI CONCURSOS

quinta-feira, 21 de novembro de 2024

A Complexidade das relações em "Pais e Filhos"

 



A música Pais e Filhos, composta por Renato Russo e lançada pelo Legião Urbana no álbum As Quatro Estações (1989), é uma das obras mais emblemáticas da banda, abordando de forma poética e profunda a complexidade das relações familiares e os desafios emocionais da convivência entre gerações.

A canção começa com um tom de melancolia, trazendo à tona temas como o suicídio e o sentimento de inadequação. A frase inicial, "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã", é tanto um apelo quanto uma advertência, destacando a fragilidade das relações humanas e a urgência do amor e da compreensão em um mundo frequentemente marcado pela indiferença. Esse verso é o eixo central da música, que busca conscientizar sobre a importância do afeto e da empatia, especialmente entre pais e filhos.

Ao longo da letra, Renato Russo retrata os conflitos geracionais de forma sensível, dando voz tanto aos pais quanto aos filhos. Os versos expressam o desencontro emocional e a dificuldade de comunicação, sentimentos universais que atravessam o tempo e as culturas. Frases como "Você culpa seus pais por tudo, isso é absurdo" mostram uma visão crítica sobre a tendência de responsabilizar os pais por todas as dores, mas, ao mesmo tempo, revelam a tentativa de compreender a imperfeição das figuras parentais.

Outro aspecto marcante da música é a presença de uma narrativa fragmentada, que mescla cenas do cotidiano com reflexões mais introspectivas. Esse estilo dá à canção um tom quase de conversa íntima, como se Renato Russo estivesse desabafando com o ouvinte. A letra aborda desde questões familiares até o peso da existência, como no verso "É difícil para os pais verem que você cresceu", que capta a dificuldade dos pais em aceitar a autonomia dos filhos e a inevitável transformação das relações ao longo do tempo.

Musicalmente, Pais e Filhos reforça sua mensagem com uma melodia que alterna entre o suave e o intenso, criando uma atmosfera emocional que acompanha a densidade da letra. Essa composição contribui para a força narrativa da música, amplificando seu impacto emocional no ouvinte.

Mais do que uma simples reflexão sobre a família, Pais e Filhos é uma obra que aborda as contradições humanas: o amor que machuca, os erros que ensinam e as relações que, embora imperfeitas, são fundamentais para nossa identidade. A música se tornou um hino para diversas gerações, não apenas pela sinceridade de suas palavras, mas pela forma como convida o ouvinte a olhar para si mesmo e para os outros com mais compaixão e entendimento.

quarta-feira, 20 de novembro de 2024

A Profundidade Emocional de Divertida Mente

 


O filme Divertida Mente (2015), dirigido por Pete Docter, é uma animação da Pixar que explora de maneira criativa e tocante as complexidades das emoções humanas. A trama segue Riley, uma garota de 11 anos, que enfrenta uma mudança drástica ao se mudar para uma nova cidade com sua família. Porém, o verdadeiro foco do filme está na mente da protagonista, onde cinco emoções – Alegria, Tristeza, Raiva, Nojinho e Medo – personificam os processos emocionais que guiam suas ações e moldam sua personalidade.

A narrativa se desenrola quando a Alegria, que lidera as operações emocionais, e a Tristeza são acidentalmente expulsas da "sala de controle" da mente de Riley, deixando as outras emoções para tentar gerenciar a situação. Essa premissa é um reflexo profundo da luta interna que todos enfrentamos ao tentar equilibrar nossas emoções em momentos de transição e desafio.


O filme destaca, de maneira brilhante, a importância da Tristeza como uma emoção essencial para o desenvolvimento emocional saudável. Inicialmente vista como um obstáculo pela Alegria, a Tristeza ganha um papel crucial ao mostrar que momentos difíceis e vulnerabilidade são fundamentais para a empatia e a conexão humana. Essa reviravolta na narrativa é um convite ao público para refletir sobre a valorização de emoções que, muitas vezes, são relegadas a segundo plano por serem consideradas negativas.

Outro ponto marcante de Divertida Mente é sua abordagem visual e criativa do funcionamento da mente humana. A construção do "Quartel-General", das "Ilhas da Personalidade" e das memórias base é uma metáfora acessível para o público de todas as idades, mostrando como experiências moldam nossa identidade ao longo do tempo. O filme também aborda o esquecimento e a reconstrução das memórias, demonstrando como a passagem do tempo e as mudanças de perspectiva afetam nossa relação com o passado.


Além disso, Divertida Mente destaca a importância de aceitar e integrar todas as emoções como parte de quem somos. Essa mensagem é especialmente poderosa em uma cultura que frequentemente valoriza apenas a felicidade e o sucesso, ignorando a complexidade emocional que nos torna humanos.

Ao final, o filme entrega uma mensagem de resiliência e autocompreensão, mostrando que o equilíbrio emocional não significa a ausência de dificuldades, mas sim a capacidade de reconhecer, aceitar e aprender com cada emoção. Com seu roteiro inovador, visuais cativantes e profundidade emocional, Divertida Mente não é apenas uma obra-prima da animação, mas também uma reflexão sensível e necessária sobre a natureza humana.


segunda-feira, 18 de novembro de 2024

A Lista de Schindler: uma obra-prima sobre humanidade e o horror do holocausto

 


O filme A Lista de Schindler (1993), dirigido por Steven Spielberg, é uma das obras mais impactantes do cinema, abordando o Holocausto e as atrocidades cometidas contra os judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Baseado no livro Schindler's Ark, de Thomas Keneally, o filme narra a história real de Oskar Schindler, um industrial alemão que salvou mais de mil judeus do genocídio ao empregá-los em sua fábrica. A obra retrata de forma brutal a realidade do Holocausto, expondo o racismo institucionalizado, a violência e a desumanização sistemática impostas pelos nazistas. A representação do gueto de Cracóvia e do campo de concentração de Plaszów destaca a crueldade dos comandantes nazistas, em especial de Amon Göth, interpretado magistralmente por Ralph Fiennes.


A narrativa foca na transformação de Schindler, interpretado por Liam Neeson, que começa como um empresário oportunista e pragmático, interessado apenas em enriquecer com a guerra. Ao testemunhar a brutalidade nazista, ele se torna um herói humanitário. Sua evolução reflete que até mesmo pessoas com motivações inicialmente egoístas podem se transformar em agentes de mudança moral. O filme também explora a resistência e a perseverança diante do sofrimento, com personagens como Itzhak Stern, vivido por Ben Kingsley, representando a força e a dignidade da comunidade judaica.


A escolha estética de filmar em preto e branco reforça o tom sombrio da obra e remete às imagens documentais da época, enquanto o uso pontual de cores, como o "casaco vermelho" da menina no gueto, cria momentos de grande impacto emocional e reflexão. Spielberg equilibra cenas de violência explícita com momentos de humanidade e esperança, sem romantizar a história. As atuações são extraordinárias, com Liam Neeson, Ralph Fiennes e Ben Kingsley se destacando. Fiennes, em particular, entrega uma performance assustadora como Amon Göth, capturando a essência da crueldade irracional.

O impacto cultural e histórico de A Lista de Schindler foi imenso. O filme não apenas recebeu sete Oscars, incluindo Melhor Filme e Melhor Direção, como também serviu como uma poderosa ferramenta educacional, conscientizando milhões sobre o Holocausto. No entanto, também gerou debates sobre como eventos tão trágicos devem ser representados no cinema, sendo amplamente elogiado por sua autenticidade, mas ocasionalmente criticado por transformar a tragédia em uma narrativa de resgate heroico.

Mais do que um filme, A Lista de Schindler é um tributo às vítimas do Holocausto e um lembrete do impacto que indivíduos podem ter ao escolher fazer o bem em tempos de escuridão. Profundamente emocional, a obra desafia o espectador a refletir sobre moralidade, humanidade e memória histórica, consolidando-se como um marco no cinema e na conscientização sobre os horrores da guerra.