domingo, 9 de julho de 2023

Venenoso: populares registram primeiros casos de "peixe-leão" na Paraíba

Os moradores do litoral Sul da Paraíba registraram os possíveis primeiros relatos de "peixe-leão" no estado. No domingo passado (02), foram encontrados prováveis exemplares em Jacumã e João Pessoa, ambos a certa distância da costa. Essa espécie de peixe possui espinhos venenosos que não são letais para os seres humanos, porém causam grandes danos à fauna marinha.

Um vídeo compartilhado nas redes sociais mostra um popular dizendo: "Ei pessoal, olhem o peixe-leão aqui na Paraíba, no mar de Jacumã". Segundo as imagens, essa espécie venenosa foi encontrada por uma pessoa que estava fazendo passeios náuticos na região. Já o peixe encontrado na costa de João Pessoa foi capturado por um pescador local da região do Seixas, de acordo com o Instituto de Pesquisa e Ação (Inpact), uma organização não governamental.

Embora o peixe-leão seja natural da Ásia, ele alcançou o Oceano Atlântico através do Caribe e já tinha sido encontrado ao longo da costa brasileira. Essa disseminação da espécie é motivo de preocupação para pesquisadores em todo o mundo, pois o peixe-leão é uma das espécies que mais causam danos à fauna marinha local durante seu processo de invasão. Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), isso ocorre porque o peixe-leão é uma predadora generalista, ou seja, possui a capacidade de consumir grandes quantidades de peixes nativos, podendo até mesmo levar à extinção das espécies locais.

De acordo com o ICMBio, o peixe-leão pode atingir até 47 centímetros de comprimento e ser encontrado em profundidades entre dois e 300 metros. A fêmea pode produzir até 30 mil ovos. Essa espécie possui 18 espinhos venenosos: um par em cada nadadeira pélvica e três na nadadeira anal, capazes de liberar uma toxina que pode causar náuseas, dor e convulsões em seres humanos. Além disso, apresenta raios prolongados em suas nadadeiras laterais e ventrais e é mais ativa durante o amanhecer.

Quando avistado em determinadas áreas, o peixe-leão é controlado por meio de armadilhas. Embora sua toxina não seja letal, ela pode causar dor intensa, náuseas e inchaço no local da picada. Até o momento, pesquisadores do Observatório Costeiro e Marinho do Ceará afirmam que o peixe-leão não representa perigo para os banhistas. No entanto, 70% dos acidentes registrados no Caribe estavam relacionados à pesca dessa espécie. 

Com Click PB

2 comentários:

  1. Anna Nery Claudino dos Santos9 de julho de 2023 às 09:55

    Eu é que não quero topar com um bicho desses ..Já basta uma vez que alga viva me intoxicou no litoral da Bahia da traição.

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  2. Até agora, não foi divulgado para sua espécie o predador que faz o controle dessa espécie no seu ciclo reprodutivo é muito preocupante!!

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