Os
moradores do litoral Sul da Paraíba registraram os possíveis primeiros relatos
de "peixe-leão" no estado. No domingo passado (02), foram encontrados
prováveis exemplares em Jacumã e João Pessoa, ambos a certa distância da costa.
Essa espécie de peixe possui espinhos venenosos que não são letais para os
seres humanos, porém causam grandes danos à fauna marinha.
Um
vídeo compartilhado nas redes sociais mostra um popular dizendo: "Ei
pessoal, olhem o peixe-leão aqui na Paraíba, no mar de Jacumã". Segundo as
imagens, essa espécie venenosa foi encontrada por uma pessoa que estava fazendo
passeios náuticos na região. Já o peixe encontrado na costa de João Pessoa foi
capturado por um pescador local da região do Seixas, de acordo com o Instituto
de Pesquisa e Ação (Inpact), uma organização não governamental.
Embora
o peixe-leão seja natural da Ásia, ele alcançou o Oceano Atlântico através do
Caribe e já tinha sido encontrado ao longo da costa brasileira. Essa
disseminação da espécie é motivo de preocupação para pesquisadores em todo o
mundo, pois o peixe-leão é uma das espécies que mais causam danos à fauna
marinha local durante seu processo de invasão. Segundo o Instituto Chico Mendes
de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), isso ocorre porque o peixe-leão é
uma predadora generalista, ou seja, possui a capacidade de consumir grandes
quantidades de peixes nativos, podendo até mesmo levar à extinção das espécies
locais.
De
acordo com o ICMBio, o peixe-leão pode atingir até 47 centímetros de
comprimento e ser encontrado em profundidades entre dois e 300 metros. A fêmea
pode produzir até 30 mil ovos. Essa espécie possui 18 espinhos venenosos: um
par em cada nadadeira pélvica e três na nadadeira anal, capazes de liberar uma
toxina que pode causar náuseas, dor e convulsões em seres humanos. Além disso,
apresenta raios prolongados em suas nadadeiras laterais e ventrais e é mais
ativa durante o amanhecer.
Quando avistado em determinadas áreas, o peixe-leão é controlado por meio de armadilhas. Embora sua toxina não seja letal, ela pode causar dor intensa, náuseas e inchaço no local da picada. Até o momento, pesquisadores do Observatório Costeiro e Marinho do Ceará afirmam que o peixe-leão não representa perigo para os banhistas. No entanto, 70% dos acidentes registrados no Caribe estavam relacionados à pesca dessa espécie.
Com Click PB
Eu é que não quero topar com um bicho desses ..Já basta uma vez que alga viva me intoxicou no litoral da Bahia da traição.
ResponderExcluirAté agora, não foi divulgado para sua espécie o predador que faz o controle dessa espécie no seu ciclo reprodutivo é muito preocupante!!
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