O milho, um dos alimentos mais antigos da história da humanidade, atualmente tem a maior parte da sua produção destinada, no Brasil, ao consumo animal. Apenas cerca de 15% é para o consumo humano.
O problema em torno deste alimento, defendido por conter vitaminas A e
do complexo B, proteínas e minerais como o ferro, fósforo, potássio e
cálcio, tem fundamento na utilização do grão transgênico.
Um
artigo publicado no International Journal of Biological Sciences
mostrou que o consumo da semente modificada tem efeitos negativos
principalmente sobre fígado e rim, órgãos ligados à eliminação de
impurezas.
Embora suas propriedades nutricionais sejam mantidas,
o estudo francês revelou que os grãos do milho transgênico apontam
claros sinais de toxidade. O biólogo molecular Gilles-Eric Séralini e
sua equipe
puderam divulgar a pesquisa depois que um decisão judicial obrigou a
Monsanto revelar sua própria análise dos grãos que manteve em sigilo
impedindo que a informação se tornasse pública.
Os franceses então divulgaram a comparação dos efeitos das
sementes MON 863, NK 603 e MON 810 sobre a saúde de mamíferos, sendo as
duas últimas permitidas no Brasil, bem como sementes resultantes do seu cruzamento.
No caso do NK 603, os dados apontam perda renal e alterações
nos níveis de creatinina no sangue e na urina, que podem estar
relacionados a problemas musculares. É por esse motivo que os
pesquisadores destacam que o coração foi afetado nos ratos alimentados
com esta variedade. O quadro para o MON 810 não muda muito. Embora os
machos em geral demonstrem maior sensibilidade a tóxicos, foram
as fêmeas que apresentaram ligeiro aumento do peso dos rins, que pode
corresponder a uma hiperplasia branda, geralmente presente quando
associada a processos imunoinflamatórios.
Os autores do artigo publicado no International Journal of Biological Sciences
concluíram que os dados sugerem fortemente que estas três variedades de
milho transgênico induzem a um estado de toxicidade, que pode resultar
da exposição a pesticidas (glifosato e Bt) que nunca fizeram parte de
nossa alimentação.
A Comissão Técnica de Biossegurança, a CTNBio, informa que “o milho
NK603 é tão seguro quanto às versões convencionais”, que a modificação
genética “não modificou a composição nem o valor nutricional do milho”,
que “há evidências cientificas sólidas de que o milho NK 603 não
apresenta efeitos adversos à saúde humana e animal” e que “o valor
nutricional do grão derivado do OGM referido tem potencial de ser, na
realidade, superior ao do grão tradicional”. A CTNBio também avalia que
no caso do MON 810 “os efeitos intencionais da modificação não
comprometeram sua segurança nem resultaram em efeitos não-pretendidos” e
que a “proteína é tóxica somente para lagartas”.
MST
O texto acima possivelmente se refere ao artigo já velho e muito contestado que Séralini e sues colaboradores publicaram no International Journal of Biological Sciences. O link é esse: http://www.ijbs.com/v05p0706.htm#headingA11 .
ResponderExcluirNão há absolutamente nada novo aqui e o que foi dito está baseado em metodologia muito ruim. Para uma crítica a este trabalho e ao lixo que se publica em nome de um pseudoativismo ambiental acesse o link http://genpeace.blogspot.com.br/2014/07/o-perigo-dos-transgenicos-evidencias-e.html
O título leva o leitor a achar que a Monsanto interpreta seus dados da mesma forma que o Séralini. De jeito nenhum: a análise do francês é enviesada e não tem qualquer substância científica.