terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Pnuma e FAO lançam campanha para reduzir desperdício de alimentos no mundo


A cada ano, 1,3 bilhão de toneladas de alimento são perdidas ou desperdiçadas no mundo. Diante da expectativa de alguns especialistas, que acreditam que essas perdas podem ser revertidas com mudanças de padrões de produção e consumo, representantes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lançaram ontem (22), em Genebra, uma campanha intitulada “Pensar, Comer, Preservar” para tentar estimular novas ações em todo o planeta.



Segundo o sub-secretário-geral e diretor executivo do Pnuma, Achim Steiner, a proposta é revelar a situação atual e apresentar modelos que foram adotados com sucesso para minimizar o desperdício. Steiner acredita que essas informações podem estimular um novo debate no mundo e uma reflexão sobre o que deve ser feito para reverter o cenário.

O representante do Pnuma lembrou as projeções que indicam que a população mundial deve passar de 7 bilhões de pessoas para 9 bilhões até 2050, o que significa um crescimento da demanda por alimentos. “Não faz sentido, economicamente, ambientalmente e eticamente, desperdiçar alimentos”, disse, destacando o impacto do desperdício e da pressão pela maior produção de alimentos sobre o meio ambiente.
“São desperdiçados também recursos como água, terras cultiváveis, insumos agrícolas e tempo de trabalho, sem contar a geração de gases estufa pela comida em decomposição e pelo transporte dos alimentos. Para termos uma vida verdadeiramente sustentável, precisamos transformar a maneira como produzimos nossos alimentos”, acrescentou Steiner.


De acordo com dados divulgados por representantes da FAO, 20% de todas as terras do mundo já são cultivadas pela agricultura, que também responde pelo consumo de 70% da água doce do mundo. A organização também destaca que quase metade da comida descartada nas regiões industrializadas ainda poderia ser consumida. O volume de desperdício das nações mais ricas soma quase 300 toneladas por ano, quantidade que, segundo a FAO, é equivalente à toda a produção de alimentos da África Subsaariana e suficiente para alimentar 870 milhões de pessoas.

Diretora do departamento de Infraestrutura Rural e Agroindústrias da FAO, Eugenia Serova, defendeu uma profunda mudança nas formas de consumo e produção de alimentos. Ela lembrou que, apesar de os países desenvolverem diferentes padrões agrícolas, “todos desperdiçam comida, em maior ou menor volume”. Dados da FAO revelam que um terço dos alimentos produzidos no mundo é perdido durante os processos de produção e venda, o equivalente a US$ 1 trilhão.



O movimento lançado hoje pelos órgãos das Nações Unidas é resultado de debate que ganhou força durante a Rio +20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que ocorreu em junho do ano passado, no Rio de Janeiro. Durante o encontro, os chefes de Estado que participaram das negociações concordaram em adotar iniciativas para mudar os padrões de consumo e produção em seus países.

A campanha reúne em um portal da internet http://www.thinkeatsave.org/ informações em mais de quatro idiomas, incluindo o português, sobre ações organizadas em todo o mundo. O site destaca dicas para os consumidores sobre o que fazer para reduzir as perdas, como elaborar listas e comprar vegetais que, mesmo não atendendo o padrão dos mercados, estão plenamente adequados para o consumo. As orientações também são voltadas para comerciantes que podem medir melhor o desperdício e evitar algumas perdas.

Agência Brasil

Estudo indica responsabilidade parcial de pesticidas na queda da população de anfíbios


A queda importante na população mundial de rãs e sapos pode ser parcialmente atribuída ao uso de pesticidas, alertaram esta quinta-feira cientistas na Alemanha. Matéria da AFP, no Yahoo Notícias.

Testes com fungicidas e inseticidas, quando usados nas proporções recomendadas, mataram 40% das rãs após sete dias e, em um caso, 100% dos anfíbios após apenas uma hora, afirmaram.

Os experimentos, realizados com apenas um pequeno número de animais, foram feitos por uma equipe chefiada por Carsten Bruehl, da Universidade de Coblenz-Landau, na Alemanha.

Eles capturaram 150 exemplares jovens de rã comum da Europa (“Rana temporaria”) e os expuseram a sete produtos agrícolas, com o objetivo de reproduzir em laboratório as condições encontradas no campo.

As rãs foram mantidas em grandes contêineres, com solo cultivado com cevada. O produto químico foi espargido uma vez, em uma quantidade que os cientistas dizem ser igual àquela que cairia em uma área similar de uma lavoura.

Foram aplicadas três tipos de doses: concentrações recomendadas, um décimo das concentrações recomendadas e 10 vezes as concentrações recomendadas.

A substância mais tóxica, segundo o estudo, foi o fungicida Headline, usada para evitar fungos em cultivos de soja e trigo. Na dose recomendada, ela matou todas as rãs usadas no teste no intervalo de uma hora.
Apenas 5 rãs foram usadas em cada experimento e os animais foram usados cuidadosamente, obedecendo a critérios éticos.

Em cada experimento, apenas três rãs foram inicialmente expostas à substância e se elas sobrevivessem por 24 horas, as outras duas eram incluídas no experimento. Se as três morressem antes de 24 horas, as outras duas não eram inseridas.

Segundo a respeitada “Lista Vermelha” da biodiversidade ameaçada, 41% das espécies de rãs e sapos estão em risco de extinção.

A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), que compila a lista, culpa a perda de hábitat, a poluição, incêndios, as mudanças climáticas, doenças e a superexploração da terra.

Mas o novo estudo, publicado na revista Scientific Reports, destacou que o dano colateral dos pesticidas não foi considerado.

Segundo a pesquisa, os anfíbios são especialmente vulneráveis a estes produtos químicos porque sua pele é altamente permeável.

“A toxicidade demonstrada é alarmante e um efeito negativo em larga escala da exposição terrestre a pesticidas nas populações de anfíbios parece provável”, alertou o artigo.

EcoDebate

sábado, 26 de janeiro de 2013

Apesar de chuvas, Nordeste levará uma década para se recuperar de efeitos da seca, preveem especialistas


A volta das chuvas no semiárido nordestino trouxe a esperança de dias melhores ao sertanejo, mas ainda estão longe de acabar com a devastação ambiental causada pela seca desde o início de 2012. Segundo especialistas e autoridades, a recuperação de um período de estiagem tão longo e intenso só deve acontecer em um década. Isso, caso as chuvas voltem à média nos próximos meses e ações governamentais sejam tomadas para garantir o abastecimento de água. A seca 2012-2013 já é considerada a pior em pelo menos 40 anos.

Em muitas regiões do sertão, a semana foi de chuva intensa, que chegaram a causar prejuízos e levaram municípios que sofriam com a seca a decretar emergência no Piauí e na Bahia. Porém, devido ao deficit hídrico acumulado, as chuvas não devem ser capazes de suprir toda a carência deixada nos últimos meses. É a chamada "seca verde", quando o pasto floresce, o chão fica úmido, mas não houve um bom acúmulo de água.


"As chuvas que caíram esses dias foram importantes, mas não foram suficientes para a regularização do deficit hídrico no Estado. O que tem chovido não corresponde a 10% do necessário para a normalização hídrica do Estado. É necessário que as chuvas continuem a cair", afirma o meteorologista da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Sergipe, Overland Amaral.

Mesma situação de "seca verde" é enfrentada na Bahia. "Essas chuvas deram uma aliviada, mas não resolvem o problema, pois o deficit é muito grande e vem de longo tempo. Há ainda um prejuízo muito grande para a agricultura, pois a retomada vai demorar muito tempo.", afirma o coordenador da Defesa Civil da Bahia, Salvador Brito.

10 anos de recuperação

Em Alagoas, 37 municípios sofrem com a estiagem e a situação também é de caos. Para o ex-secretário de Estado da Agricultura e recém-empossado na cidade de Pão de Açúcar, Jorge Dantas (PSDB), é preciso que o governo federal participe de forma mais atuante no processo. Ele também acredita que a recuperação nordestina só ocorrerá a longo prazo.


"Serão 10 anos para recuperar os efeitos desta seca. Precisamos pensar em ações de médio e longo prazo, porque a seca é um efeito natural que sempre acontece. É necessário propor a criação de um órgão a nível federal específico para seca", disse.

Diante da necessidade de recuperação a médio e longo prazo, a AMA (Associação dos Municípios Alagoanos) preparou uma série de reivindicações que serão entregues, nos próximos dias, ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho. Entre as medidas solicitadas estão o fortalecimento do programa de segunda água, que prevê a construção de cisternas com capacidade para 52 mil litros (que serviria para consumo animal), recuperação de 100% dos poços artesianos e criação de um programa para plantio da palma (vegetação da mesma família do cacto, que sobrevive a longos períodos de seca, mas serve de alimento para o rebanho).

Na Paraíba, onde 195 municípios decretaram emergência, as chuvas caíram com menos intensidade nos últimos dias. A situação no Estado ainda é considerada bastante preocupante, especialmente no que diz respeito a questão pecuária. Segundo o presidente da Federação da Agricultura da Paraíba, Márcio Borba, 40% das cabeças de gado do Estado foram perdidas com a seca, seja por morte, transferência de Estado ou abate antecipado.

"A Paraíba tinha 1,2 milhão de reses [animais que se abatem para a alimentação] antes da seca, e hoje não temos 800 mil. Se continuar seco, além das 40% perdidas, 30% irão daqui para o final de 2013. Vamos levar de oito a 10 anos para recuperar esse índice, caso tenhamos anos normais e se houver incentivo do governo federal, que até agora tem feito algo quase que insignificante", disse.

Segundo um estudo do Etene (Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste), ligado ao Banco do Nordeste, os Estados também sofreram severamente com a perda de lavoura, o que levará um tempo para ser recuperado. Em 2012, por exemplo, houve uma queda da safra de 85% de milho e feijão no Ceará --foram 1,179 milhão de toneladas colhidas em 2011, contra 176 mil no ano passado. A perda foi a maior desde 1958.

Falta de chuva

Segundo dados da Ufal (Universidade Federal de Alagoas), o ano de 2012 foi marcado por uma queda considerável na precipitações. "Nos meses de fevereiro, março e abril de 2012, por exemplo, choveu entre 300 e 500 mm a menos do que o ano de 2011. É importante mencionar que, para o semiárido nordestino, o principal período chuvoso costuma iniciar entre fevereiro e março", afirmou o professor Humberto Barbosa, coordenador do Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite da Ufal. Cada milímetro de chuva equivale a um litro de água em 1 m².

"A seca hídrica é ainda muito intensa e é o maior problema enfrentado hoje, pois o deficit é muito alto. Precisamos que, ao menos este ano, a chuva ocorra na média, para não piorar ainda mais a situação", complementou Barbosa.

 UOL

Existe uma associação entre mortalidade por câncer e uso de agrotóxicos? Uma contribuição ao debate


RESUMO

O uso crônico de agrotóxicos em regiões rurais no Estado do Rio Grande do Sul (RS) tem sido tentativamente relacionado a um possível aumento na incidência de câncer nos trabalhadores rurais. Foi realizado um estudo ecológico de série temporal (1979 a 2003) na microrregião (MI) de Ijuí, no Estado do Rio Grande do Sul e no Brasil, com dados anuais do Sistema do Departamento de Estatística do Sistema Único de Saúde (DATASUS), para avaliar o comportamento do coeficiente de mortalidade por câncer, padronizado por idade e sexo. Utilizou-se um modelo de regressão linear simples e múltipla para estimar, respectivamente, as taxas de mortalidade e as diferenças entre as três regiões estudadas. A MI e o RS apresentam maior taxa média de mortalidade tanto em homens quanto em mulheres, sendo significativamente diferentes das observadas para o Brasil como um todo (p<0,001). Quando o modelo foi ajustado para as três regiões, a tendência de aumento da taxa de mortalidade permanece. Esses dados sugerem que a relação entre uso crônico de agrotóxicos e câncer não pode ser rejeitada e que deve ser melhor estudada. 

Palavras-chave: Agrotóxicos, Câncer, Agricultura, Medicina do trabalho, Riscos ocupacionais 

Mais informações no link: http://www.ecodebate.com.br/2013/01/25/existe-uma-associacao-entre-mortalidade-por-cancer-e-uso-de-agrotoxicos-uma-contribuicao-ao-debate/

Para Davos, Brasil perde o brilho e Brics se reduzem ao 'C', de China


O encontro anual 2013 do Fórum Econômico Mundial termina neste sábado (26), com a constatação, no que se refere aos mercados emergentes, de que a sigla Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) perdeu brilho e, a rigor, acaba reduzida ao C, de China. 

"A China joga em um campeonato próprio", comentou, por exemplo, John Defterios, editor de Mercados Emergentes da CNN, em debate ontem sobre tais mercados. 

O programa irá ao ar amanhã e dirá que "a narrativa sobre a ascensão inevitável e impressionante dos Brics" que marcou Davos nos últimos anos agora está sendo substituída por uma avaliação "mais nuançada". 

O que é explicável: o crescimento desses países deixou de ser luminoso. Mesmo o da China, na imponente altura dos 7,8%, é o menor desde 1999 --ou seja, desde antes de o Goldman Sachs inventar a sigla, em 2001. 

O Brasil é um caso particular de desapontamento: pelas contas do FMI (Fundo Monetário Internacional), cresceu no ano passado apenas 1%, menos da metade do desempenho da África do Sul (2,3%), o segundo pior resultado do grupo. 

Como se fosse pouco, a fila anda: já estão na pista os chamados "Próximos 11", países emergentes candidatos a tomar o lugar do que Defterios chamou de "velha guarda". Entre eles, México, Nigéria, Paquistão, Filipinas e Turquia. 

De certa forma, o México já atropelou o Brasil como o novo queridinho dos mercados, pelo menos no âmbito latino-americano, até porque cresceu quase quatro vezes mais que o Brasil. 

A Nigéria, segundo o presidente de seu banco central, Sanusi Lamido Sanusi, prepara-se para dar um salto para um crescimento de dois dígitos. Para isso, precisa "reexaminar sua relação com a China", de forma a produzir valor agregado na própria África para vender para o país asiático, em vez de simplesmente exportar commodities. 

DESAFIO À LÓGICA
 
É significativo que Carlos Ghosn, o franco-libanês-brasileiro que preside a Renault-Nissan, tenha cobrado "o desafio à lógica" que representa o fato de o Brasil exportar minério de ferro para a Coreia do Sul, por exemplo, e importar produtos acabados. Ou seja, não produz o valor agregado que a "nova guarda" coloca na agenda. 

Já o Brasil não tem ambições tão grandes, ao menos a julgar pelo que disse o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, no debate de ontem. Limitou-se a relatar as medidas já anunciadas pelo governo para aumentar a produtividade, via redução do custo da energia e dos impostos sobre a folha de pagamento.
De todo modo, Tombini reafirmou para a plateia global da CNN, de que Davos é um ótimo condensado, que o Brasil retomará um nível mais robusto de crescimento (3% neste ano). 

É justo dizer, de todo modo, que Tombini tem um ponto: o magro crescimento de 2012 não impediu o país de criar 1 milhão de empregos e de viver uma situação de virtual pleno emprego. 

São esses diferentes números (baixo crescimento/alto emprego) que criam um cenário em que apopularidade da presidente é elevadíssima internamente, mas a imagem do país, externamente, já não tem o brilho de dois anos atrás. 

Folha de São Paulo

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Acabar com a Miséria


Na última campanha eleitoral para a Presidência da Republica, a  candidata Dilma, apresentou como uma das metas de governo acabar com a miséria. Dois anos depois, recentemente, volta o mesmo tema.

Para mim, soa de modo muito desagradável ao ouvidos essa mensagem. O significa acabar com a miséria?
Naturalmente significa fazer com que a corrupção não seja predominante nas esferas do poder. Como o poder se manteria sem corrupção? Não sei se haveria essa grande corrida para as esferas do poder, se não houvesse a facilidade de manipular o dinheiro, desviando-o de seus destinos. A miséria do país não seria uma consequência dessa situação?

Por exemplo, a notícia que vai circulando é que muitos prefeitos (as) deixaram os funcionários sem os salários porque limparam os cofres das prefeituras.

Acabar a miséria significa criar as mesmas condições de emprego, de salário, de educação e de saúde para todas as pessoas. Como fazer isso em uma sociedade que mantém privilégios e benesses para uns em detrimento da miséria dos outros?

Acabar com a miséria significa acabar com a desigualdade social e isso nenhum governo tem coragem de pautar para não contrariar os grandes interesses da elite brasileira. Acabar com a miséria é propaganda antecipada das eleições para 2014.
No governo Lula, que ninguém duvida das melhores condições de vida trazidas  país, uma das grandes bandeiras foi a transposição do rio São Francisco. O assunto se tornou manchete por todos os recantos do país e envolveu muitas pessoas na discussão. A igreja católica, em seus membros, se dividiu. O Nordeste parecia ser salvo com a chegada das aguas. Em que melhorou a situação do povo do Nordeste a ideia da transposição?

Os estudos indicam que o dinheiro empregado até agora já foi em grande parte perdido, pois a obra está paralisada e não só, destruída. Isto é, o dinheiro do povo brasileiro jogado fora. O valor da obra se torna cada vez mais caro se a mesma for levada adiante. Os estudos ainda indicam um grande dano ao meio ambiente e a certeza de que o projeto vai atender a fazendas e plantações de grandes donos de terra. O que chegar para as famílias nordestinas será para o mínimo de pessoas.

Outra conclusão dos estudos feitos é que se o dinheiro gasto na obra fosse aplicado em barragens nos estados e ou regiões o resultado seria completamente diferente. A iniciativa não mataria o velho Chico e de fato melhoraria as condições hidrográficas do povo nordestino.

Porque a discussão sobre a miséria não trata desta questão? Existe miséria maior, ao lado da falta de comida, do que a questão da ausência da agua? Os animais estão morrendo. Eles fazem parte da sobrevivência do povo nordestino. O povo está consumindo água de péssima qualidade: isso trará péssimas condições para a saúde da população. A mesma é obrigada a mendigar um atendimento medico nas filas dos hospitais.

Qual é de fato a miséria que a Presidente Dilma quer acabar? Pensem e ajudem a responder.


Pe. Bosco

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Cientistas descobrem fungo amazônico que "come" plástico


Em viagem à Amazônia equatoriana, um grupo de estudantes norte-americanos da Universidade de Yale liderado pelo professor de bioquímica molecular Scott Strobel fizeram uma descoberta inesperada. Uma espécie de fungo que se alimenta de plástico.

O Pestalotiopsis microspora, além de ser o primeiro cogumelo capaz de uma dieta composta exclusivamente por plástico, consegue fazê-lo em ambiente anaeróbico, que não possui oxigênio, o que torna o fungo uma solução a ser utilizada em aterros sanitários na aceleração da degradação de resíduos plástico depositados.

Trata-se de uma ótima novidade, sobretudo em tipos de plástico de difícil reprocessamento, como é o caso do  poliuretano, um tipo de plástico termorrígido, o que faz com que sua reciclagem se torne um processo complexo. Ele não pode ser derretido e misturado com outros plásticos e é um poluente orgânico persistente (POP). Uma das possibilidades de reutilização desse tipo de material é sua aplicação em pisos de pistas de atletismo, por exemplo, onde o plástico é misturado à resina de poliuretano. Outra opção que já vem sendo praticada é a utilização desse tipo de plástico no solado de calçados.

Encontramos esse tipo específico de plástico em produtos do nosso dia-a-dia como esponjas para lavar louças, geladeiras, lycra, pranchas de surf e, como mencionado, até no solado do seu calçado.

A descoberta foi publicada em julho de 2011 na Applied and Environmental Microbiology e pode significar uma nova possibilidade no trato deste resíduo, material que pode ser considerado como tóxico.

Visite nossa seção Recicle Tudo para informar-se sobre como destinar, dentre outros, seus produtos feitos com poliuretano que não são mais utilizados ou em nossa busca por postos de descarte para saber onde fazê-lo.

Revista Ecologico

domingo, 20 de janeiro de 2013

Estudo liga perda de árvores a mais mortes por doenças cardiovasculares


Um novo estudo do Serviço Florestal dos Estados Unidos associa a presença de árvores à saúde humana. A pesquisa, publicada na última edição do “American Journal of Preventive Medicine”, mostra que localidades onde árvores morreram após uma infestação de brocas (fase larval de um besouro) registraram mais mortes por doenças cardiovasculares e respiratórias do que outras não afetadas pelo problema.

De acordo com Geoffrey Donovan, da Estação de Pesquisa Noroeste do Serviço Florestal do Pacífico, a perda de 100 milhões de árvores no leste do país e em estados do meio-oeste foi uma oportunidade sem precedentes para estudar o impacto que uma grande mudança no meio ambiente provoca na saúde humana.
Os pesquisadores analisaram 18 anos de dados de 1.296  condados em 15 estados americanos e descobriram que as populações de áreas infestadas pela broca-cinza-esmeralda que mata os freixos (árvores nativas da zona temperada boreal) registraram um adicional de 15 mil mortes por doenças cardiovasculares e 6 mil óbitos provocados por doenças respiratórias, em comparação com as áreas onde não houve infestação.

O estudo avaliou a densidade demográfica, a mortalidade e a “saúde” das florestas entre 1990 e 2007. Os dados são de cidades em estados que registraram ao menos um caso confirmado da broca-cinza-esmeralda em 2010.

"Há uma tendência natural de ver nossos resultados e concluir que, certamente, as maiores taxas de mortalidade são por causa de alguma variável, como renda e educação, e não a perda de árvores", disse Donovan. "Mas, nós vimos o mesmo padrão repetido várias vezes em municípios com diferentes aspectos demográficos."

Embora o estudo associe a perda de árvores à mortalidade cardiovascular e a doenças respiratórias, ele não prova um nexo de causalidade, alertam os pesquisadores. A razão para a associação que estão propondo ainda precisa ser determinada.

A broca-cinza-esmeralda foi descoberta perto da cidade de Detroit, no estado de Michigan, em 2002. A espécie ataca todas as 22 espécies de árvores do gênero Fraxino (Fraxinus), encontradas nos Estados Unidos, e mata quase todas as árvores infestadas.
 
G1

Nasa mostra que seca de 2005 afetou área da Amazônia por anos


Um estudo da agência espacial americana (Nasa) revela que uma área da floresta amazônica com duas vezes o tamanho da Califórnia (equivalente a mais de 800 mil quilômetros quadrados) continuou sofrendo os efeitos de uma grande seca que começou em 2005. Os resultados foram publicados na revista “PNAS", da Academia Nacional de Ciências dos EUA.

A pesquisa sugere que a floresta tropical amazônica pode estar mostrando os primeiros sinais de degradação em larga escala devido à mudança climática.

A equipe internacional de pesquisadores, liderados pela Nasa, avaliou mais de uma década de dados captados por satélite entre 2000 e 2009 sobre a Amazônia. A análise também incluiu medições da precipitação das chuvas tropicais,  do teor de umidade e da cobertura florestal.

Os resultados revelam que, durante o verão de 2005, mais de 700 mil quilômetros quadrados (70 milhões de hectares) de floresta no sudoeste da Amazônia enfrentaram uma extensa e severa seca.

A “megasseca”, como é chamada pelos pesquisadores, provocou danos generalizados à cobertura florestal, com a morte de galhos e quedas de árvores, especialmente as maiores e mais antigas, que são mais vulneráveis do que às demais por oferecem abrigo ao restante da vegetação.

Embora os níveis de precipitação tenham voltado ao normal nos anos seguintes à seca, os prejuízos continuaram durante a segunda grave seca que começou em 2010, acreditam os cientistas. Esse “golpe duplo”, afirma o artigo, sugere um efeito generalizado das mudanças climáticas nas regiões sul e oeste da Amazônia.

"Esperávamos que a cobertura da floresta se recuperasse depois de um ano com o vigor da nova vegetação, mas o dano parece persistir até a seca subsequente, em 2010", afirmou o coautor do estudo, Yadvinder Malhi, da Universidade de Oxford, no Reino Unido.

Os pesquisadores atribuem a seca de 2005 ao aquecimento das temperaturas da superfície do mar do Atlântico tropical. "O mesmo fenômeno climático que ajudou a formar os furacões Katrina e Rita, ao longo da costa dos EUA, em 2005, provavelmente também causou a grave seca no sudoeste da Amazônia", acredita Sassan Saatchi, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, na Califórnia.

De acordo com ele, o estudo indica que as “megassecas” podem ter efeitos duradouros sobre as florestas tropicais. “Nossos resultados sugerem que, se as secas continuam ocorrendo em intervalos entre cinco e 10 anos, [...] elas podem alterar a estrutura e o funcionamento dos ecossistemas da Amazônia".

Em 2005, cerca de 30% (1,7 milhões de quilômetros quadrados) da bacia amazônica foi afetada, com mais de 5% da floresta submetida à seca, afirma o estudo. Cinco anos depois, a seca de 2010 afetou quase metade de toda a extensão da Amazônia. Os dados obtidos via satélite demonstram ainda um aumento no número de incêndios florestais e da mortandade de árvores.

G1

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Você sabe o que é pegada hídrica?


O consumo de água no planeta está ligado às diversas funções da água, tanto no cotidiano das pessoas, como na produção de alimentos, roupas, papel e entre outros. E a quantidade de água usada para esses meios é enorme e muitas vezes desproporcional. Para produzir um quilo de carne bovina, por exemplo, são gastos 15,5 mil litros de água, um pouco mais que os dez mil litros de água gastos para fazer um quilo de algodão. Esses são dados da Water Footprint, organização internacional sem fins lucrativos que promove estudos relacionados ao consumo de água.

Essa organização criou um indicador de água chamado Pegada Hídrica, que mede e analisa a quantidade de água gasta para fabricar um produto, além de aferir o consumo individual das pessoas em todo o mundo. No Brasil, o consumo de água é de 2027 metros cúbicos per capita ao ano e ainda tem 9% da sua pegada hídrica total fora das fronteiras do país, ou seja, exportamos água por meio de nossos produtos. 

A pegada é dividida em três tipos: a azul, que mede o volume das águas de rios, lagos e lençóis freáticos, usualmente utilizadas na irrigação, processamentos diversos, lavagens e refrigeração; a pegada hídrica verde, que se relaciona à água das chuvas, necessária ao crescimento das plantas; e a pegada hídrica cinza, que mede o volume necessário para diluição de um determinado poluente até que a água em que este efluente foi misturado retorne a condições aceitáveis, de acordo com padrões de qualidade estabelecidos.

Gasto invisível

A maior preocupação do indicador é pelo fato desse consumo ocorrer de duas formas: a direta, quando alguém abre a torneira para realizar alguma ação; ou a indireta, via aquisição de objetos de consumo, como roupas, produtos alimentícios, etc. O problema dessa segunda forma é que ela passa despercebida pelas pessoas. Isso porque não é intuitivo que, ao consumirmos os produtos, neles estejam embutidas enormes quantidades de água para sua produção. Segundo dados do estudo Água: Debate estratégico para brasileiros e angolanos feito pelo professor doutor da USP, Maurício Waldman, a agricultura é, de longe, a que mais gasta água (entre 65% e 70% do consumo), seguida pela indústria (24%) e pelo uso doméstico (entre 8% e 10%).

Por isso a importância desse indicador, que alerta para o gasto “oculto” de água e busca conscientizar as pessoas que o fator da água é muito relevante nas opções de consumo de cada um. Para tornar mais clara essa relação entre entre consumidor e produto, a pegada hídrica propõe mostrar exibir o volume de água gasto em cada produto, oferecendo condições ao consumidor de optar pelo produto que se apresente como mais econômico e, como consequência, seja uma maneira de estimular fabricantes a reduzir, em seus processos de produção, o uso desse recurso tão importante.

 
Exigências

Outra ideia da organização é criar um projeto de lei que obrigue os fabricantes a apresentarem, nas embalagens dos seus produtos, rótulos indicando a quantidade de água gasta em sua produção. Essas propostas da organização surgem na tentativa de reduzir problemas relacionados à escassez de água, que segundo relatório da Water Footprint, chega a afetar, pelo menos um mês por ano, mais de 2,7 bilhões de pessoas.

E essa preocupação quanto à pegada hídrica deve compreender a origem, a quantidade e a qualidade da água, pois é muito importante observá-la a partir dos mananciais e rios, que marcam o início de sua trajetória. Isso porque em caso de contaminação por resíduos mal depositados ou problemas em tubulações, a água contaminada tende a espalhar-se por residências, com efeitos imprevisíveis ao ser consumida.

Além das ideias apresentadas pela organização, a diminuição no consumo e maior conscientização da população podem se dar pelo surgimento de novas tecnologias capazes de criar meios para economia, como sensores de presença que suspendem a vazão quando ela não é necessária, captação de água da chuva, temporizadores, dentre outras alternativas para o consumo mais responsável.

Aproveite também para testar a sua pegada hídrica. O site da Water Footprint apresenta uma espécie de calculadora que, baseada em informações sobre seu consumo, informa o tamanho da sua pegada hídrica.

Revista ecologico

Apicultura é fonte de renda em assentamento no Brejo paraibano


A produção de mel de abelhas traz novas perspectivas para agricultores familiares no Brejo paraibano. No assentamento Socorro, em Areia, a atividade ganha uma dimensão ainda maior porque está se tornando a principal fonte de renda para muitos trabalhadores. Um exemplo de sucesso é o caso do assentado José Geraldo Trajano.

Ele exerce as atividades agrícolas em uma área de seis hectares, mas foi somente há três anos que iniciou o projeto de apicultura. Trabalha com 180 colmeias com uma produção de 60 quilos. José Geraldo considerou uma excelente produtividade e ficou tão animado que já pensa em dedicação exclusiva.

Sua história com a apicultura começou há alguns anos quando, por recomendação de médica, seu filho passou a consumir mel da abelha uruçu. O mel dessa espécie, além de muito saboroso, dá um excelente retorno. Em épocas favoráveis, a produção chega a 10 litros/ano/colônia. “Pensamos, inclusive, em trabalhar exclusivamente com a criação de abelhas uruçu”, disse. O mel da abelha uruçu, devido suas potencialidades medicinais, tem um alto valor comercial. “Um livro de mel de uruçu está sendo comercializado em média a R$ 50,00”, completa.

Destacando o apoio recebido do Governo do Estado, por meio da Emater, cujo projeto foi acompanhado pelos escritórios local e regional de Areia, o financiamento inicial foi para 20 colmeias. Os técnicos enfatizam que as acomodações foram adaptadas em uma antiga residência, que depois foi ampliada com a construção de um galpão.

Portal Midia

Brasil fechou 2012 com mais de 261 milhões de linhas de telefone celular


No ano passado, o país registrou 19,54 milhões de novas linhas de telefone celular, o que representa crescimento de 8,07% na base de assinantes. O Brasil fechou 2012 com 261,78 milhões de linhas ativas na telefonia móvel.

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a teledensidade no país chegou a 132,78 acessos para cada grupo de 100 habitantes. Do total de linhas ativas, 80,53% são pré-pagas e 19,47% são pós-pagas. Os terminais 3G (banda larga móvel) totalizaram 59,19 milhões de acessos.

A operadora Vivo lidera o mercado, com 29,08% de participação, seguida pela TIM, com 26,87%, da Claro, com 24,92%, da Oi, com 18,81%, da CTBC, com 0,28% e da Sercomtel, com 0,03%.
 
Agência Brasil

ProUni tem mais de 620 mil inscritos


O Programa Universidade para Todos (ProUni) registrou 621.117 inscritos até as 19h30 de hoje (18). Foram registradas 1.201.404 inscrições, já que cada candidato pode fazer até duas opções de curso e de instituição de ensino. O prazo de inscrições, aberto na madrugada de quinta-feira (17), vai até as 23h59 de segunda-feira (21), pelo horário de Brasília.

O programa do Ministério da Educação (MEC) concede bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica em instituições privadas de educação superior. Neste primeiro semestre, estão sendo oferecidas 162.329 bolsas, distribuídas em 12.159 cursos de 1.078 instituições de todo o país. As bolsas integrais somam 108.686 e as parciais, 53.643. O estado de São Paulo é o que oferece mais bolsas, 56 mil, seguido por Minas Gerais (17 mil bolsas) e o Paraná (12 mil).

A bolsa integral é concedida a estudantes com renda bruta familiar por pessoa de até um salário mínimo e meio (R$ 1.017) e as parciais àqueles com renda familiar de até três salários mínimos por pessoa (R$ 2.034).

O estudante que conseguir apenas a bolsa parcial (50% da mensalidade) pode custear a outra metade por meio do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) sem a necessidade de apresentar fiador. Para isso, é preciso que a instituição onde o aluno pretende se matricular tenha firmado termo de adesão ao Fies e ao Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (Fgeduc).

Os candidatos podem se inscrever no ProUni exclusivamente pela internet. Para participar é preciso ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou na rede particular na condição de bolsista. Também é pré-requisito ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012, alcançado pelo menos 450 pontos e não ter zerado a nota da redação. No ano passado, a exigência mínima era 400 pontos.

A primeira divulgação dos resultados será no dia 24 deste mês e a segunda, no dia 8 de fevereiro. Quem não for pré-selecionado em nenhuma das etapas poderá entrar na lista de espera nos dias 24 e 25 de fevereiro. Desde a sua criação, o ProUni atendeu 1.096.359 estudantes, dos quais 739.094 com bolsa integral.

Agência Brasil

sábado, 12 de janeiro de 2013

Começa primeiro período de andada do caranguejo-uçá em 2013 na PB


Tem  início neste sábado (12) o primeiro período de proteção à andada do caranguejo-uçá (Ucides cordatus)  nos estados do nordeste e no Pará em 2013. De acordo com o Ministério da Aquicultura e Pesca e do Ministério do Meio Ambiente ficam proibidos a captura, a comercialização, o transporte, o armazenamento, a industrialização e o beneficiamento do crustáceo.

Este ano este defeso acontece em seis períodos,  de 12 a 17 de janeiro; de 28 de janeiro a 2 de fevereiro; de 11 a 16 de fevereiro; de 26 de fevereiro a 3 de março; de 12 a 17 de março; e de 28 de março a 2 de abril. A cada ano, o período reprodutivo da espécie acontece em datas diferentes, uma vez que a andada depende de marés e fases da lua.

Quem tiver estoques do crustáceo, capturados fora dos períodos da andada, deve procurar o Ibama nas vésperas dos períodos de proteção para declarar quantos caranguejos tem em depósito.
A andada é a época na qual os caranguejos ficam mais vulneráveis, pois saem de suas tocas para acasalar e liberar as suas larvas.  A proteção a este período é fundamental para a manutenção das populações da espécie, que tem papel fundamental no equilíbrio ecológico dos manguezais, ecossistemas que são verdadeiros berçários da vida marinha e costeira.

Segundo o Ibama, a divulgação das datas busca conscientizar a população sobre a necessidade de respeitar os períodos da andada para garantir a conservação da espécie, que tem grande importância econômica.
A fiscalização vai atuar nos dias da proibição e as pessoas que forem flagradas capturando, transportando ou comercializando irregularmente o caranguejo-uçá neste período serão autuadas com multa que varia de R$ 700 a R$ 100 mil, com acréscimo de R$ 20 por quilo de pescado, além de responder por crime ambiental na justiça. Os estoques declarados também serão fiscalizados.

Limitações

Além da andada, há outras medidas de proteção ao caranguejo-uçá que devem ser observadas, é proibida durante todo o ano a captura do caranguejo-uçá cuja largura da carapaça seja inferior a seis centímetros, e anualmente, de 1º de dezembro a 31 de maio, é proibida a captura de fêmeas da espécie.

G1

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Anvisa aprova indicação de vacina do HPV para prevenção de câncer anal


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a indicação da vacina contra o papilomavírus humano (HPV) para a prevenção do câncer anal. A aplicação é recomendada para ambos os sexos, na faixa etária de 9 a 26 anos.

A vacina, disponível somente em clínicas particulares de saúde, já era usada também para prevenir o câncer de colo de útero, vaginal e verrugas genitais.

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), foram registradas 274 mortes por câncer anal no Brasil em 2010, sendo 98 em homens e 176 em mulheres. Os tumores aparecem no canal e nas bordas externas do ânus. Os no canal do ânus são mais frequentes em mulheres, e nas bordas, nos homens. É uma doença considerada rara e com grande possibilidade de cura quando detectado em estágio inicial. Representa 1% a 2% de todos os tumores do cólon e de 2% a 4% de todos os tipos de câncer do intestino grosso.

Alterações intestinais, presença de sangue nas fezes, dor, coceira, secreções incomuns são os sinais mais comuns. Segundo o Inca, exames que avaliam o reto e o ânus (como o toque retal) são eficazes para identificar a doença precocemente. As pessoas com mais de 50 anos, fumantes, infectadas pelo HPV e com feridas no ânus são as mais suscetíveis à esse tipo de câncer. De acordo com o Inca, os tumores anais estão relacionados a doenças sexualmente transmissíveis, como HIV, gonorreia e clamídia.

Agência Brasil

Sisu 2013 registra número recorde de inscrições


No último dia de inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) foram registrados, até as 19 horas, 1.863.982 inscritos. O processo será encerrado às 23h59. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), o sistema contabilizou 3.628.905 inscrições já que cada candidato pode fazer duas opções de curso. O número de inscritos este ano é recorde. Em 2012, o Sisu alcançou 1.757.399 de inscrições.

Nesta edição do Sisu, a oferta chega a 129.319 vagas em 3.752 cursos. Ao todo, 101 instituições públicas de educação superior selecionam estudantes por meio do Sisu neste primeiro semestre.

A primeira chamada de selecionados está prevista para segunda-feira (14). Os convocados devem fazer a matrícula entre os dias 18 e 22 próximos. A segunda chamada será divulgada no dia 28 deste mês, com matrículas de 1º a 5 de fevereiro.

Os estudantes que não forem selecionados nas duas primeiras convocações podem aderir à lista de espera para concorrer a vagas remanescentes. O prazo de adesão vai de 28 deste mês a 8 de fevereiro.

Agência Brasil

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Cientistas descobrem por que os dedos enrugam na água


Uma pesquisa feita por cientistas na Grã-Bretanha indica que o fato de os dedos ficarem enrugados depois de algum tempo na água pode ser uma vantagem adquirida pelo ser humano durante sua evolução ao longo de milhares de anos.

Os cientistas da Universidade de Newcastle, no norte da Inglaterra, decidiram investigar, por meio de um experimento, a razão de os dedos ficarem enrugados na água.

Eles pediram que voluntários pegassem bolas de gude imersas em um balde d'água com uma mão e as passassem para a outra por meio de uma pequena abertura, para colocar os objetos em outro local.

Os voluntários com os dedos enrugados pela umidade completaram a tarefa mais rápido do que os voluntários com os dedos lisos.

O estudo sugere, portanto, que as rugas têm a função específica de tornar mais fácil o manuseio de objetos embaixo d'água ou de superfícies molhadas em geral, o que pode ter sido uma vantagem para os primeiros humanos quando procuravam alimentos na natureza.

Primatas

Por muito tempo, acreditava-se que os dedos enrugados indicavam simplesmente o inchaço da pele devido ao contato prolongado com a água. Ou seja, tratava-se de uma reação automática, provavelmente sem nenhuma função.

As pesquisas mais recentes, entretanto, revelam que as rugas são um sinal de vasoconstrição como resposta à água, o que, por sua vez, é uma reação controlada pelo sistema nervoso.

"Se os dedos enrugados fossem apenas resultado do inchaço da pele ao entrar em contato com a água, eles poderiam ter uma função, mas não necessariamente", disse o cientista Tom Smulders, do Centro de Comportamento e Evolução de Newcastle.

"Por outro lado, se o sistema nervoso está ativamente controlando essa reação em certas circunstâncias e não em outras, é mais fácil concluir que há uma função por trás disso, que é resultado da evolução. E a evolução não teria selecionado essa resposta se ela não nos conferisse algum tipo de vantagem."

Segundo os cientistas, para nossos ancestrais, ter dedos que agarram melhor objetos úmidos certamente teria sido uma vantagem na busca por alimentos em lagos e rios. Smulders afirmou que seria interessante, agora, verificar se outros animais, especialmente primatas, têm a mesma característica.

"Se ela está presente em muitos primatas, então minha opinião é que sua função original pode ter sido locomotora, ajudando a se deslocar em vegetação úmida ou árvores molhadas. Por outro lado, se for exclusiva de humanos, então podemos considerar que é algo muito mais específico, como procurar por comida dentro e à beira de rios", explicou o pesquisador.

 G1

domingo, 6 de janeiro de 2013

Inscrições para o Sisu começam amanhã


O Sistema de Seleção Unificada (Sisu) abre as inscrições a partir de amanhã (7) até a próxima sexta-feira (11) para os estudantes que prestaram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O sistema oferece 129.279 vagas em 3.751 cursos oferecidos em 101 instituições públicas de ensino superior.

Podem concorrer às vagas todos os alunos que fizeram o Enem e tiveram nota maior que zero na redação. É preciso entrar no site do sistema, para fazer a inscrição. Cada estudante pode selecionar até duas opções de cursos, especificando a ordem de preferência, o nome das instituições e o turno.

Além disso, será possível também escolher a modalidade de concorrência. O Sisu se adequará à Lei de Cotas, de agosto de 2012. As inscrições são gratuitas e as instituições de ensino devem ofertar acesso à internet aos estudantes interessados.

De acordo com o cronograma do Sisu, publicado no Diário Oficial da União do último dia 26, as inscrições serão feitas exclusivamente pela internet, no portal do Sisu. Para a seleção no primeiro semestre de 2013, vale a nota do Enem 2012, divulgada pelo Ministério da Educação (MEC) no último dia 28.

O resultado da primeira chamada do Sisu será divulgado no dia 14 de janeiro e da segunda chamada, no dia 28 de janeiro, no site do Sisu e das instituições. As matrículas serão feitas nas instituições nos dias 18, 21 e 22 de janeiro para a primeira chamada e dias 1º, 4 e 5 de fevereiro para a segunda.

Agência Brasil

Atualizada - Para especialista, Brasil vive regime de exceção diante da aproximação da Copa e das Olimpíadas


Grandes obras de infraestrutura estão mudando o cenário urbano das 12 cidades brasileiras que vão sediar os jogos da Copa do Mundo de Futebol em 2014. O modo como essas intervenções estão sendo feitas têm mobilizado movimentos populares, que apontam violações a direitos fundamentais das comunidades impactadas pelas obras. A Agência Brasil conversou com representantes dos comitês populares da Copa – coletivos que estão articulados nacionalmente para cobrar dos governos a adequação das obras ao que determina a legislação do país, a exemplo do Estatuto das Cidades.

Cada cidade, no entanto, revela especificidades no seu processo de organização, assim como as soluções resultantes das reivindicações. No Nordeste, a cidade de Fortaleza é exemplo da resistência das comunidades afetadas pelas obras. Organizações populares da região criticam a forma apressada como as negociações são feitas com as famílias em nome dos prazos a serem cumpridos para o evento.

No sul do país, o Comitê de Porto Alegre dedicou-se a identificar terrenos próximos às casas desapropriadas para evitar grandes deslocamentos das famílias. No Sudeste, os comitês de São Paulo e Rio de Janeiro elaboraram planos urbanísticos alternativos com a participação dos próprios moradores para evitar a remoção.

O professor do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (Ippur) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Carlos Vainer, avalia que a flexibilização que vem sendo operada nas leis brasileiras para atender os compromissos firmados com os organizadores internacionais dos eventos podem provocar graves impactos no ordenamento jurídico e social do país.

"Vivemos hoje um estado de exceção [em decorrência da aproximação da Copa do Mundo e das Olimpíadas]", disse o professor do Ippur, Carlos Vainer.

"A legislação brasileira não vige para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas. Mas, com a aproximação dos jogos, funciona como se tudo fosse legitimado", declarou o pesquisador. Ele cita, como exemplo de situações que caracterizam uma exceção no andamento das obras do país, o estabelecimento do Regime Diferenciado de Contratação (RDC), novos regimes fiscais de isenção, suspensão de artigos do Estatuto do Torcedor, criação de termos jurídicos com novas penalidades, como o marketing de emboscada, e liberação do visto para entrada no país de torcedores que adquirirem o ingresso dos jogos.

"Com a Lei Geral da Copa, abriu-se uma exceção absurda. O governo brasileiro abdicou do seu direito de decidir quem entra no território nacional. Quem comprar entrada para assistir qualquer jogo da Copa tem automaticamente, sem custos, o visto de entrada no país. Na prática, o Brasil entregou a uma entidade privada o direito de emitir vistos de entrada no país", critica.

Vainer enumera três impactos que podem resultar dessas medidas que chamou de exceção. A primeira diz respeito ao endividamento dos estados e municípios. "Estamos assumindo, sem que tenhamos sido devidamente consultados, o compromisso de pagar nos próximos 20, 30, 40 anos montantes que restringem a capacidade de investimento nas nossas grandes metrópoles", explicou. Ele critica a falta de informação sobre os gastos reais. "Se tomarmos como exemplo os Jogos Panamericanos, vamos ter que multiplicar o orçamento previsto inicialmente por dez", declarou.

O segundo impacto destacado pelo professor é o aprofundamento das desigualdades sociais, resultante das remoções de comunidades para dar passagem às obras vinculadas aos eventos. "Não podemos dizer que a segregação urbana tem início com a Copa e com as Olimpíadas, mas é possível afirmar que esses processos estão aprofundando de maneira marcante essa situação", avaliou.

Ele critica o grande número de remoções em curso. "Estamos assistindo à expulsão de populações pobres e a captura desses terrenos pelo capital depois de valorizados pelos investimentos públicos. Isso é dramático e aprofunda o caráter antidemocrático das nossas cidades. As pessoas estão sendo retiradas das áreas, porque estão no caminho do investimento ou porque poluem a paisagem", apontou.

O pesquisador destaca ainda os impactos relacionadas à segurança. "É grave abrir o precedente para que as Forças Armadas intervenham na ordem pública: isso deveria ser tarefa das polícias. A história brasileira recente mostra claramente esse risco. Você cria situações inaceitáveis, mas que a sociedade acaba se acostumando", explicou.

O pesquisador considera positiva a articulação nacional de comitês populares que questionam o Poder Público em boa parte dessas medidas. "Se olharmos por esse lado, é um balanço extraordinariamente positivo essa vitalidade, essa capacidade de organização". Ele destaca que tem ouvido relatos surpresos da imprensa internacional sobre o processo de mobilização no Brasil. "Jornalistas estrangeiros ficam surpresos com a vitalidade da resistência. Muito mais poderosa do que qualquer outro país que passou por essa experiência", relatou.

Ele lamenta que as mobilizações não estejam tendo a repercussão na mídia. "Apesar de algumas vitórias importantes, principalmente relacionadas a alguns casos de remoção de comunidades, essa resistência não tem sido capaz de alterar de maneira expressiva os rumos que os governantes associados a grandes empresas nacionais e internacionais estão dando aos jogos e ao país", declarou.

Agência Brasil

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Calamidade pública em Xerém que já tem um morto e mil desalojados


O prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, decretou estado de calamidade pública em Xerém onde o corpo de um homem não identificado, conhecido pelo apelido de Velho, apareceu na praça pública e cerca de mil pessoas, entre adultos e crianças, estão desalojadas. Outras 115 pessoas estão desabrigadas. O prefeito que tomou posse na terça-feira lembrou que na região a ocupação irregular é mínima. Para ele a tragédia foi provocada pela grande quantidade de água – 212 milímetros – e a dificuldade no escoamento dela por conta do lixo acumulado.
Segundo Cardoso, a negligência no recolhimento do lixo permitiu que, acumulado, ele comprometesse a rede de escoamento, provocando o acúmulo da água da chuva que caiu na região, assim como daquela que desceu da Serra dos Órgãos, onde fica Petrópolis. Em Xerém, o rio Capivari subiu mais de três metros com facilidade e transbordou.

Segundo Claudia Costa, auxiliar de enfermagem. De 50 anos, há 13 anos residindo naquele bairro, a partir de 1h da madrugada as casas começaram a encher muito, e às 3h a ponte sobre o rio Capivari rompeu-se aumentando a tragédia.
Dois homens do Corpo de Bombeiros em um carro da corporação Os bombeiros, pelo que esclareceu Claudia Costa, só chegaram às 5hs e pouco puderam fazer. Eles assistiram, sem ter como socorrê-lo, um homem que estava agarrado ao tronco de uma arvore ser levado pela correnteza.
Cláudia Cristine estava em casa com três filhos menores quando a ponte desabou. Sua casa foi rapidamente inundada pela grande quantidade de água e ela nem sabia explicar direito como tinha conseguido salvar-se com os três filhos. Parte do imóvel desabou por conta do volume d’água e da umidade do terreno. Levada para o abrigo com as três crianças, lá encontrou o marido que no momento da tragédia estava trabalhando.
Já Beatriz Porcino, de 20 anos, que mora na Ilha do Governador, soube da tragédia pela televisão ao acordar e correu em busca de notícias da sua mãe, de 70 anos, cuja casa em Xerém ficou completamente destruída. Até o final da manhã, porém, ela não a localizou. Na localidade conhecida como Ponto Final, próxima ao leito do rio, diversas casas foram destruídas.

Segundo informações da prefeitura, oito pessoas estão desaparecidas . Os desabrigados, inicialmente, foram encaminhados para o Centro de Educação Tecnológica e Profissionalizante de Xerém onde todos foram cadastrados para, sem seguida, serem encaminhados à Igreja a Metodista do bairro, onde estão sendo alojados.

Jornal do Brasil

Zeca Pagodinho sobre Xerém: "Dá nojo de político, dá nojo desta gente bandida"


Morador de Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense durante 20 anos, o cantor e compositor Zeca Pagodinho esteve na região afetada na manhã desta quinta-feira (3) para visitar seu sítio, que fica muito próximo da região do Café Torrado (a mais afetada de Xerém) e para ajudar amigos de longa data.

Usando um quadriciclo motorizado, o cantor passou o dia circulando pelas ruas enlameadas e ajudando seus vizinhos atingidos pelas chuvas. Ao dar entrevistas ás equipes de televisão, não escondia sua comoção com o que estava acontecendo aos moradores do distrito. Em certo momento, seu desabafo foi forte:
"É muito ruim ver Xerém assim", disse o sambista em entrevista à TV Bandeirantes. "Tem muita gente pobre, muita gente sofredora e tem o lixo para infernizar mais ainda a vida. Eu tenho carro, mas tem gente que não tem. O único caminho que sobrou (depois dos deslizamentos de terra) é lixo puro. Dá nojo de político, dá nojo desta gente bandida", disse ele numa clara referência à irregularidade na coleta de lixo . 

Logo após chegar em seu sítio em Xerém na manhã desta quinta (3) e se deparar com o cenário de destruição, Pagodinho passou a divulgar na rede social Facebook uma campanha para angariar donativos.

Jornal do Brasil

Cientistas espanhóis criam vacina que controla HIV temporariamente


Cientistas espanhóis desenvolveram uma vacina que permite controlar temporariamente o vírus da Aids em pacientes infectados.

"O que fizemos foi dar instruções ao sistema imunológico para que ele aprenda a destruir o vírus que, na infecção natural, não conseguiu", explicou Felipe García, que integra o grupo de pesquisadores do hospital Clinic de Barcelona, responsável pela descoberta.

Em testes feitos com pacientes, a vacina conseguiu controlar temporariamente a replicação viral do HIV, com redução da carga superior a 90%. Essa situação é similar à resposta obtida com terapia de medicamentos antirretrovirais, segundo comunicado do hospital Clinic.

No entanto, a vacina só consegue controlar o vírus da Aids por um ano, no máximo. Depois disso, os doentes precisam voltar a tomar remédios antirretrovirais. Por essa razão, a equipe vai trabalhar para combinar essa dose com outras medidas.

Apesar disso, a vacina representa um avanço no controle da doença sem os antirretrovirais usados agora e que precisam ser tomados por toda a vida.

"Não chegamos lá, mas estamos perto", disse nesta quarta-feira (2) o chefe do Departamento de Doenças Infecciosas do Clinic, Josep Maria Gatell, que chefiou a equipe.

"Na Aids, falamos de preto ou branco, temos que conseguir a cura funcional – controlar o vírus sem antirretrovirais por toda a vida – como passo para a erradicação", acrescentou Gatell, durante entrevista coletiva.

"No futuro, haverá que melhorar a vacina e possivelmente combiná-la com outra terapia. Chegar até aqui nos custou sete anos e, nos próximos três ou quatro, trabalharemos nessa direção", insistiu Gatell.

G1

Justiça manda Inep antecipar acesso a provas do Enem


A Justiça Federal no Ceará aceitou em caráter liminar o pedido do Ministério Público Federal para que o Inep antecipe a disponibilização, de forma imediata, e acesso às provas de redação do Enem 2012 devidamente corrigidas, e não somente no dia 6 de fevereiro de 2013, como está previsto. O pedido foi feito pelo procurador Oscar Costa Filho. A decisão do juiz Danilo Fontenelle Sampaio deve ser cumprida em até 48 horas e cabe recurso.

Na decisão, Oscar Costa Filho pediu ainda que os alunos tenham direito a pedir revisão das provas sem ter que recorrer à Justiça. Essa parte da ação ainda não foi julgada. A ação foi pedida na tarde desta quinta-feira (3) e julgada em caráter de emergência. A decisão foi divulgada às 16h30 desta quinta.

Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa do Ministério da Educação havia afirmado que iria recorrer de possíveis decisões judiciais. Segundo a pasta, a Advocacia-Geral da União vai apresentar a defesa do ministério. O MEC afirmou que todos os candidatos terão acesso à "vista pedagógica" automaticamente a partir do dia 6 de fevereiro. Para acessar a correção, bastará inserir o CPF ou o número de inscrição do Enem 2012 e a senha individual do candidato.

O procurador da República Oscar Costa Filho solicita que as reclamações sejam preservadas a partir do direito dos candidatos, de terem as reclamações recebidas, processadas e, por fim, respondidas, diante da incompatibilidade entre as notas atribuídas nas redações e os critérios de correção, previamente estabelecidos.

Segundo o procurador, o Inep tem o dever jurídico de receber, processar e responder as reclamações dos que se  sentirem prejudicados, em razão das respectivas notas atribuídas não refletirem o espelho dos critérios de correção.

"O material incluso na ação contém CD com cerca de oito mil assinaturas de candidatos inconformados com o fato de as notas atribuídas não obedecerem aos critérios de correção eleitos na cláusula editalícia, e em razão da absoluta impossibilidade de conferir eficácia à verificação da disciplina de avaliação da redação, posto que a disponibilização e acesso àsprovas corrigidas dar-se-á, pelo calendário oficial, somente no dia 6 de fevereiro de 2013, para fins meramente pedagógicos e sem direito a qualquer recurso", explica o procurador Oscar Costa Filho, na ação civil pública.

G1