As propriedades curativas e anti-sépticas dos produtos
naturais estão sujeitos a um número crescente de estudos.
"Hipócrates, o pai da
medicina, disse que o uso do mel combate o envelhecimento, e o prescrevia para combater a
febre, úlceras e feridas", Henry Joyeux escreveu em seu livro Les abeilles et le chirurgien, lançado 26 de abril pela edititora du Rocher. O livro convida a
descobrir a apiterapia ou a arte de curar por produtos apícolas. O uso medicinal do mel sobreviveu
aos séculos na Europa Oriental e na África, mas só recentemente os
médicos franceses se interessaram.
"Atualmente, um crescente
corpo de trabalho médico mostra não só que o mel é um produto eficaz e seguro
para tratamento de feridas, mas também uma solução interessante e barata para
lutar contra os germes resistentes a antibióticos, um problema de saúde pública em países países pouco
desenvolvidos, "diz o Dr. Albert Becker, presidente da Associação Francophone
de apiterapia.
Abelhas produzem mel através do néctar das flores
"*Um recente estudo holandês sugere a destruição de bactérias
resistentes a vários antibióticos modernos, tais como a Escherichia coli ou
Staphylococcus aureus, através da adição de 10 a 20% de mel em seu meio de
cultura", diz Henri Joyeux.
A colméia funciona como um verdadeiro
laboratório em miniatura, que transforma o néctar das flores, em um
produto com propriedades complexas. "As abelhas voltam para a colméia
com o néctar, elas o desumidificam para conservação através da Trophallaxie. Esta
operação consiste no regurgitar do néctar de suas colheitas, para então
passar de boca em boca. Através das reações químicas que ocorrem com as
secreções das abelhas, ele adquire sua riqueza enzimática e alto poder
anti-séptico", diz a Sra. Catherine Ballot Flurin, apicultora.
O
carácter anti-séptico do mel está ligado em parte à presença de dois
tipos de proteínas; inibidoras, que inibem o crescimento bacteriano e,
de imunidade, que aumentam as defensas. Além disso, açúcar elevado,
baixo teor de água (15-18%) e acidez, criam condições inadequadas para o
crescimento de micróbios.
Jornal do Brasil
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