O público poderá conhecer, a partir de hoje (3), o projeto Ariano
Suassuna – Arte como Missão, que, depois de passar por Brasília e
Fortaleza, terá sua versão carioca exibida até o próximo dia 18. O
projeto, que será levado também a mais quatro capitais – Recife,
Salvador, Curitiba e São Paulo – tem como foco ressaltar a contribuição à
cultura brasileira do romancista, dramaturgo, ensaísta e poeta
paraibano, de 86 anos de idade e membro da Academia Brasileira de Letras
(ABL).
Ariano Suassuna é autor de peças teatrais como O Auto da Compadecida – encenada várias vezes no teatro e adaptada para a TV e o cinema por Guel Arraes –, do romance A Pedra do Reino (também levado à televisão, por Luiz Fernando Carvalho), e de várias outras obras.
Tendo sempre como protagonista a cultura popular brasileira, em
especial a nordestina, Ariano Suassuna construiu uma obra de alcance
universal, já traduzida para sete idiomas. “Ele é o principal escritor
em atividade no país, pela contribuição do conjunto de sua obra à
literatura e à cultura brasileiras”, destaca o produtor cultural Elias
Sabbag, um dos idealizadores do projeto, juntamente com Marcos Azevedo.
Além de uma aula-espetáculo com Ariano Suassuna neste sábado, no
Theatro Municipal do Rio de Janeiro, na Cinelândia, centro da cidade, o
projeto abrange um ciclo de filmes, neste fim de semana, e uma exposição
inédita de fotos de Alexandre Nóbrega, que será aberta no domingo (4) e
termina no dia 18. Esses dois eventos, também com entrada franca,
ocorrem na Caixa Cultural, no centro do Rio.
A mostra de cinema reúne oito títulos nas categorias ficção e documentário. A lista vai desde O Auto da Compadecida, dirigido por Guel Arraes, e o documentário O Sertãomundo de Suassuna, de Douglas Machado, até produções adaptadas originalmente para a televisão, como A Pedra do Reino, A Farsa da Boa Preguiça e O Santo e a Porca.
A exposição fotográfica é fruto da convivência do artista plástico e
fotógrafo Alexandre Nóbrega com o escritor, em viagens pelo Brasil. São
imagens que revelam momentos descontraídos, como o escritor lendo um
livro, deitado no saguão de um aeroporto à espera de um voo atrasado,
descansando em sua casa no Recife ou em andanças pelo interior
nordestino.
O público pode visitar a mostra de terça-feira a domingo, das 10h às
21h. A Caixa Cultural fica na Avenida Almirante Barroso, 25, no centro
do Rio.
Agência Brasil
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