A Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) dos Estados Unidos
anunciou nesta quinta-feira (7) sua intenção de declarar que os óleos
parcialmente hidrogenados, principal fonte de gordura trans em alimentos
processados, não são seguros para uso em comida, devido aos riscos que
implicam para a saúde.
A FDA afirmou que baseou sua decisão em provas científicas disponíveis e conclusões de painéis de especialistas científicos.
O órgão tornará efetiva sua decisão depois de um período de 60 dias
para obter mais informações sobre o tempo que a indústria da alimentação
necessita para cumprir com a proibição desse ingrediente. Os prazos
serão diferentes para cada alimentos, dependendo da dificuldade que será
para substituí-los.
"Apesar de o consumo de gorduras hidrogenadas artificiais,
potencialmente perigosas para a saúde, ter diminuído nas últimas duas
décadas nos Estados Unidos, continua sendo uma preocupação maior em
termos de saúde pública", afirmou a diretora da FDA, Margaret Hamburg.
Segundo a FDA, a ingestão de gordura trans por consumidores americanos diminuiu de 4,6 gramas por dia em 2003 para uma grama por dia em 2012.
Segundo a FDA, a ingestão de gordura trans por consumidores americanos diminuiu de 4,6 gramas por dia em 2003 para uma grama por dia em 2012.
"Uma nova redução nas quantidades dessas gorduras na dieta americana
poderá evitar 20 mil ataques de coração e 7 mil mortes a mais a cada
ano", assinalou.
Natural x artificial
Gorduras trans naturais são encontradas em níveis baixos em alguns alimentos, como carne e produtos derivados do leite. As gorduras trans artificiais são feitas a partir de um processo de hidrogenação do óleo, e são conhecidas como gordura hidrogenada. Esse tipo de gordura pode ser usado, por exemplo, para fazer frituras.
Gorduras trans artificiais também podem ser encontradas em comidas
processadas, como biscoitos e bolos, e são as vezes usadas para
prolongar a vida dos produtos nos prateleiras.
Uma dieta rica em gorduras trans pode também levar a altos níveis de colesterol ruim no sangue.
G1 Saúde
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