Um projeto internacional para incluir produtos nativos na dieta
alimentar das pessoas foi discutido hoje (8) durante a primeira reunião
do Comitê Nacional de Coordenação do Projeto Conservação e Uso
Sustentável da Biodiversidade para a Melhoria da Nutrição e do Bem-Estar
Humano.
A ideia é mostrar que é possível diversificar a dieta com produtos
nativos e sem danificar o meio ambiente. De acordo com o Ministério do
Meio Ambiente, 90% da flora nativa do país não fazem parte da
alimentação dos brasileiros, sendo que muitas espécies nativas se
reproduzem gratuitamente. O gerente de Recursos Genéticos do
Departamento de Conservação da Biodiversidade do ministério, Lídio
Coradin, lembra que 60% da alimentação mundial está concentrada no
arroz, na batata, no trigo e no milho. Outros alimentos muito consumidos
são o feijão, a cana, a beterraba, a soja, a banana, o sorgo, a
mandioca e o amendoim.
“Há possibilidade de se mudar a cultura das populações para o
consumo de muitos produtos da biodiversidade, que são utilizados apenas
regionalmente, e que têm poder nutritivo muitas vezes maior sobre
aqueles empregados habitualmente”, disse.
Além do Brasil, participam da iniciativa a Turquia, o Quênia e o Sri
Lanka. O projeto prevê investimentos de US$ 1,7 milhão no Brasil até
2016 por meio do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
(Pnuma), da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Programa das Nações
Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), sob a coordenação do
Bioversity for Food and Nutrition (BFN).
Agência Brasil
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