Um
ano depois de a comunidade internacional ter lançado uma resposta
humanitária maciça para a crise alimentar que afeta a região do Sahel,
na África, milhões de pessoas no local ainda são afetadas pela seca e necessitam de assistência, de acordo com o Programa Mundial de Alimentos (PMA).
“Este
ano, cerca de 9 milhões de pessoas em todo o Sahel ainda vão necessitar
de assistência alimentar do PMA, por meio de assistência de emergência
alimentar, desenvolvimento rural, nutrição e atividades de educação”,
disse nesta quarta-feira (20) a Diretora Executiva do PMA, Ertharin
Cousin.
Cousin
discursou durante evento de alto nível em Roma, do qual ela foi
anfitriã, para avaliar a eficácia da assistência para a região africana.
O encontro reuniu líderes de agências humanitárias, representantes de
governos de países afetados e os principais doadores para causas
humanitárias.
No
ano passado, a comunidade internacional contribuiu para evitar uma
catástrofe humanitária, fornecendo 1,2 bilhão de dólares em assistência
para cerca de 10 milhões de pessoas em oito países na região do Sahel,
segundo um comunicado do PMA.
“No
entanto, milhões de pessoas na região ainda são afetadas pela seca, com
cerca de 1,5 milhão de crianças com idade inferior a 5 anos em risco de
desnutrição grave”, disse a agência.
O
PMA diz que as perspectivas de colheita são atualmente encorajadoras,
mas há um alto risco de choques futuros, devido, dentre outros fatores,
ao aumento das taxas de pobreza e desnutrição, as condições
meteorológicas extremas e a degradação ambiental.
Além
disso, o conflito no Mali provocou deslocamento generalizado na região,
movendo 500 mil pessoas e pressionando comunidades que ainda se
recuperam da seca.
A
parte ocidental da região do Sahel – que se estende do Oceano Atlântico
ao Mar Vermelho e inclui Chade, Mali, Mauritânia, Níger, partes do
Sudão, Camarões e Nigéria – está enfrentando problemas não apenas
políticos, mas também de segurança, resiliência humanitária e direitos
humanos.
Revista ecologico
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