sábado, 23 de fevereiro de 2013

Sahel ainda tem 9 milhões de pessoas passando fome


Um ano depois de a comunidade internacional ter lançado uma resposta humanitária maciça para a crise alimentar que afeta a região do Sahel, na África, milhões de pessoas no local ainda são afetadas pela seca e necessitam de assistência, de acordo com o Programa Mundial de Alimentos (PMA).

“Este ano, cerca de 9 milhões de pessoas em todo o Sahel ainda vão necessitar de assistência alimentar do PMA, por meio de assistência de emergência alimentar, desenvolvimento rural, nutrição e atividades de educação”, disse nesta quarta-feira (20) a Diretora Executiva do PMA, Ertharin Cousin.

Cousin discursou durante evento de alto nível em Roma, do qual ela foi anfitriã, para avaliar a eficácia da assistência para a região africana. O encontro reuniu líderes de agências humanitárias, representantes de governos de países afetados e os principais doadores para causas humanitárias.

No ano passado, a comunidade internacional contribuiu para evitar uma catástrofe humanitária, fornecendo 1,2 bilhão de dólares em assistência para cerca de 10 milhões de pessoas em oito países na região do Sahel, segundo um comunicado do PMA.

“No entanto, milhões de pessoas na região ainda são afetadas pela seca, com cerca de 1,5 milhão de crianças com idade inferior a 5 anos em risco de desnutrição grave”, disse a agência.

O PMA diz que as perspectivas de colheita são atualmente encorajadoras, mas há um alto risco de choques futuros, devido, dentre outros fatores, ao aumento das taxas de pobreza e desnutrição, as condições meteorológicas extremas e a degradação ambiental.

Além disso, o conflito no Mali provocou deslocamento generalizado na região, movendo 500 mil pessoas e pressionando comunidades que ainda se recuperam da seca.

A parte ocidental da região do Sahel – que se estende do Oceano Atlântico ao Mar Vermelho e inclui Chade, Mali, Mauritânia, Níger, partes do Sudão, Camarões e Nigéria – está enfrentando problemas não apenas políticos, mas também de segurança, resiliência humanitária e direitos humanos.

Revista ecologico

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