Com toneladas de produtos comestíveis desperdiçados a cada ano, diversas lideranças das Nações Unidas emitiram um chamado no Dia Mundial do Meio Ambiente,
celebrado nesta quarta-feira (5), exortando todos a ajudar a reduzir a
perda massiva e desperdício inerente nos sistemas alimentares atuais.
“Neste Dia Mundial do Meio Ambiente, exorto todas as partes da cadeia
alimentar global para assumir a responsabilidade pelos sistemas
alimentares ambientalmente sustentáveis e socialmente justos”, disse o
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em sua mensagem para a data.
Atualmente, pelo menos um terço de todos os alimentos
produzidos não consegue sair das fazendas para as mesas de refeição.
“Isso é tudo uma afronta a quem tem fome, mas também representa um custo
ambiental enorme em termos de energia, terra e água”, disse Ban,
observando que nos países em desenvolvimento, pragas, instalações
inadequadas de armazenamento e cadeias de fornecimento ineficientes são
os principais contribuintes para a perda de alimentos.
O secretário-geral ressaltou a campanha “Pensar. Comer. Conservar – Diga Não ao Desperdício”, lançada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) e pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO)
e parceiros do setor público e privado. O objetivo é aumentar a
conscientização global e mostrar soluções relevantes para os países
desenvolvidos e em desenvolvimento em relação ao desperdício de comida.
De acordo com o relatório “Reduzindo a perda e desperdício de comida”,
o mundo vai precisar de cerca de 60% mais calorias dos alimentos em
2050 em comparação a 2006, se a demanda mundial continuar em seu ritmo
atual.
O estudo foi lançado também nesta quarta-feira para coincidir com a
data em prol do meio ambiente e foi produzido pelo Instituto de Recursos
Mundiais e o PNUMA, baseando-se numa pesquisa da FAO. O relatório
afirmou que uma em cada quatro calorias produzidas pelo sistema agrícola
global está sendo perdida ou desperdiçada.
“É um fato preocupante que, no século 21, perto de 25% de todas as
calorias associadas com o crescimento e produção de alimentos é perdida
ou desperdiçada no trajeto entre o cultivo e a mesa de refeição – comida
que poderia alimentar os famintos, comida que exigiu energia, água e
solos em um mundo de crescente escassez de recursos naturais e de
preocupações ambientais como as alterações climáticas”, disse Achim
Steiner, diretor executivo do PNUMA.
O país-sede neste ano para as celebrações do Dia Mundial do Meio
Ambiente é a Mongólia, uma das economias que mais crescem no mundo e que
se direciona a uma transição para uma economia verde e para uma
civilização preocupada com as questões ambientais. “Não é um grande
desperdiçador de alimentos, mas a vida nômade e tradicional de muitos
dos seus habitantes tem algumas respostas antigas para o desafio moderno
da perda de alimentos”, disse Steiner.
ONU
Meu Deus, e tanta gente precisando de só um pouco de comida pra sobreviver...
ResponderExcluirHouve época em q estudos mostravam que a população cresceria mais que a quantidade de alimento no mundo, isso só prova que a teoria estava errada. Não tem mais gente que comida, o que tem é mais ser humano que não pensa no outro e joga fora. Mais injustiça social, mais desperdício. Não falta comida, falta é dividir e, pior, falta não tirarem da boca das pessoas, quando em certos países, os habitantes nativos não conseguem sobreviver por haver guerras e interesses finanaceiros.
Deus abençoe para que possamos ter cada vez mais consciência e possamos fazer a diferença no mundo. O pouco que pudermos fazer pra combater as injustiças, vale a pena, pq pior é ficar parado.