Uma nova agenda climática que será lançada em breve pelo presidente dos EUA, Barack Obama,
terá como alvo as emissões de carbonos provenientes do setor energético
do país. As informações foram divulgadas nesta semana por Heather
Zichal, assistente do presidente para assuntos de energia e mudança
climática.
Segundo ele, o pacote lançado por Obama conterá medidas que farão do tema mudança climática uma das prioridades do segundo mandato do presidente norte-americano.
Segundo ele, o pacote lançado por Obama conterá medidas que farão do tema mudança climática uma das prioridades do segundo mandato do presidente norte-americano.
Com isso, o governo pretende ampliar os padrões de eficiência
energética para eletrodomésticos, acelerar o desenvolvimento de energia
limpa no setor público e utilizar a Lei do Ar Limpo para combater
emissões de gases de efeito estufa nos setores de energia e público.
A Agência de Proteção Ambiental (EPA, na sigla em inglês), trabalha
para finalizar os padrões de emissões de carbonos para novas usinas e,
em seguida, espera-se que o órgão lide com regulamentos para os
complexos já em operação no país.
Relatório feito por cientistas e empresários
A agência de notícias Reuters publicou reportagem nesta semana onde aponta que pistas das medidas climáticas poderiam ser encontradas em um relatório entregue ao presidente em março e que foi elaborado por uma equipe de cientistas e líderes empresariais.
O documento definiu um conjunto de medidas que seriam assumidas por diferentes agências do governo, incluindo mais investimentos em pesquisas e no desenvolvimento de tecnologias voltadas à captura de carbono da atmosfera.
O grupo teria recomendado o abandono do uso do carvão e a regulação das usinas, a liberação de incentivos para a produção de energia limpa, além de reconhecer que a produção de gás de xisto deve desempenhar um papel importante na redução das emissões de carbono no curto e médio prazo.
Pede também a criação de regulamentações para diminuir a perda de
metano e garantir a segurança da água. As sugestões incluem ainda o
desenvolvimento de planos para reformular a infraestrutura dos EUA,
tornando os sistemas de transporte, energia e água mais resistentes a
condições meteorológicas extremas, além de criar uma comissão central
para supervisionar os esforços nacionais de preparação.
Promessa
Nesta semana, Obama prometeu que os Estados Unidos se empenharão mais na luta contra a mudança climática durante um discurso feito no Portal de Brandenburgo, em Berlim, na Alemanha. "Sabemos que devemos fazer mais e faremos mais", declarou Obama em seu discurso em pleno centro da capital alemã. "Nossa geração deve avançar em um pacto mundial para lutar contra a mudança climática antes que seja tarde demais", acrescentou.
"Com uma classe média mundial que consome cada dia mais energia, isso
tem de ser, de agora em diante, mais um esforço de todas as nações e não
de apenas algumas delas", declarou. "Porque a triste alternativa afeta
todas as nações: tempestades mais severas, mais fome e inundações, mais
ondas de refugiados, litorais que desaparecem, oceanos que aumentam em
volume", acrescentou.
Avanço histórico
Os Estados Unidos têm histórico de embate com outros países quando se trata de políticas climáticas. Exemplo é a não participação do Protocolo de Kyoto, único instrumento legal em vigor que tem o intuito de frear a elevação da temperatura global.
Criado em 1997, ele obriga nações desenvolvidas a reduzir suas emissões
em 5,2%, entre 2008 e 2012, em relação aos níveis de 1990. O tratado
não compreende os Estados Unidos, um dos principais poluidores, e não
obriga a ações imediatas de países em desenvolvimento, como China, Índia
e Brasil
No entanto, os EUA concordaram em assumir responsabilidades para reduzir suas emissões no novo plano global que está em discussão e que deve ser lançado em 2015. Porém, a nova regra, que valerá para todos os países, deve entrar em vigência apenas em 2020.
No entanto, os EUA concordaram em assumir responsabilidades para reduzir suas emissões no novo plano global que está em discussão e que deve ser lançado em 2015. Porém, a nova regra, que valerá para todos os países, deve entrar em vigência apenas em 2020.
O prazo é criticado por ambientalistas e cientistas, pois consideram
que deve ocorrer uma redução nas emissões de gases-estufa a partir de
agora e de forma urgente para reduzir os impactos da mudança climática
no mundo.
G1 Natureza
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