O
ritual é o mesmo em todas as colmeias. As abelhas operárias saem em
busca de néctar e pólen, alimentos indispensáveis para a sobrevivência
do inseto. Além disso, precisam vigiar, limpar e cuidar das larvas,
enquanto os zangões têm a missão de acasalar com a abelha-rainha para
garantir a reprodução da espécie. Já a mãe de todas as abelhas é
exclusivamente responsável por essa reprodução.
Esse
era o funcionamento normal no habitat das abelhas até a descoberta de
cinco novas espécies que invadem e parasitam colmeias alheias, durante a
saída das verdadeiras donas da colônia em busca de alimentos.
Identificadas em Cabo Verde, um conjunto de ilhas na África, as
invasoras, também chamadas de abelhas ladras, entram nas colmeias e
depositam seus ovos para que suas larvas se alimentem dos nutrientes
coletados.
As
espécies têm tamanhos entre 3,2 e 5 milímetros de comprimento e quatro
delas pertencem ao mesmo gênero e são pretas com listras brancas. Thyreus denolii, Thyreus batelkai, Thyreus schwarzi, Thyreus aistleitneri e Chiasmognathus batelkai
deixam os ovos nas colmeias alheias, que eclodem antes mesmo dos ovos
das hospedeiras. Assim, as larvas colocadas destroem o que já estava na
colmeia e aproveitam as reservas de néctar.
O estudo
Embora
haja um interesse por espécies de abelhas de arquipélagos, ao longo de
150 anos foram feitas apenas dez pesquisas na região de Cabo Verde.
Atualmente, há mais investimentos para estudos que proporcionem maior
difusão da informação sobre a fauna do lugar. A pesquisa sobre as novas
espécies de abelhas foi realizada em conjunto por pesquisadores da
Universidade de Kansas, nos EUA, e da Universidade Charles, em Praga, na
República Tcheca, e publicada em agosto do ano passado. A pretensão dos
cientistas, agora, é explorar a biodiversidade das abelhas afetadas
pelas invasoras para ter uma ideia melhor sobre as espécies encontradas
na região.
Revisto Ecológico
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