O Brasil precisa investir R$ 6,7 bilhões para, de forma adequada,
coletar todos os resíduos sólidos e dar fim a esse material em aterros
sanitários. O dado foi divulgado hoje (3) pela Associação Brasileira de
Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).
De acordo com a entidade, caso o país mantenha o ritmo de
investimentos na gestão de resíduos registrado na última década, a
universalização da destinação final adequada deverá ocorrer apenas em
meados de 2060. “No atual ritmo, chegaremos a agosto de 2014 com apenas
60% dos resíduos coletados com destino ambientalmente correto”, destaca
Carlos Silva Filho, diretor executivo da Abrelpe.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) prevê para agosto de
2014 o fim da destinação inadequada de resíduos. Dados da Abrelpe
mostram que há ainda cerca de 30 milhões de toneladas de resíduos
sólidos urbanos com destinação inadequada no país. “Se não contarmos com
esforços conjuntos e recursos disponíveis para custear o processo de
adequação, corremos o risco de ver o principal ponto da PNRS não sair do
papel”, destacou o diretor.
Segundo a associação, a aplicação de 0,15% do Produto Interno Bruto
(PIB) no setor de resíduos seria suficiente para as adequações
necessárias.
Edição: Juliana Andrade
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