Pelo menos 300 elefantes morreram nos últimos três meses envenenados com
cianureto por caçadores ilegais no Parque Nacional de Hwange, o maior
do Zimbábue, denunciou neste domingo (20) à "Agência EFE" um grupo
ecologista local.
O número supera amplamente o balanço de uma centena de elefantes que
teriam morrido envenenados nesse período, de acordo com o governo. 'Um
piloto, um caçador profissional e uma terceira pessoa sobrevoaram a
área. Foram eles que informaram o governo do problema. E contabilizaram
300 corpos de elefantes', disse Johnny Rodrigues, presidente do grupo Conservation Task Force.
Os caçadores colocam sal misturado com cianureto nos poços de água
usados pelos mamíferos neste parque natural. Este método causou também a
morte de animais de outras espécies em perigo de extinção como leões,
abutres e cachorros selvagens africanos.
Segundo as autoridades, o massacre de elefantes e outras espécies com
cianureto é a pior catástrofe ecológica que sofre Zimbábue.
Pelo menos dez pessoas que vivem nos povoados nos arredores do Parque
Nacional de Hwange foram detidas por participar dos envenenamentos e
quatro deles foram condenados a 15 anos de prisão. Eles atuam a serviço
de redes de tráfico de marfim que fornecem presas de elefante aos
mercados da África do Sul e da Ásia.
Rodrigues acusa o governo do Zimbábue de tentar evitar que grupos
conservacionistas se impliquem na luta contra a caça ilegal. 'É bastante
aterrorizador, porque de alguma forma encobrem o que está passando',
criticou Rodrigues.
G1 Ciência
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