Mais de 10% da população mundial poderá ser seriamente afetada em 2100
pelas consequências das mudanças climáticas, de acordo com um estudo
internacional publicado nesta segunda-feira (1) pela revista da Academia
Americana de Ciências, a “PNAS”.
A investigação científica identificou os principais locais afetados pelo aquecimento global em todo o mundo a partir da medição de aspectos fundamentais da vida humana -- como a cultura, o acesso à agua, ecossistemas ou a saúde. Quanto mais prejuízo nesses setores, maior o impacto da mudança climática.
A investigação científica identificou os principais locais afetados pelo aquecimento global em todo o mundo a partir da medição de aspectos fundamentais da vida humana -- como a cultura, o acesso à agua, ecossistemas ou a saúde. Quanto mais prejuízo nesses setores, maior o impacto da mudança climática.
O cenário utilizado pelos cientistas leva em conta a não redução das
emissões de gases de efeito estufa e uma a temperatura de cerca de 4 ºC
maior em relação ao período entre 1980 e 2010.
Amazônia em risco
Segundo o estudo, o sul da Amazônia registrou a maioria dos locais severamente impactados. A previsão indica mudanças importantes nas condições de acesso à água potável, à agricultura e risco aos ecossistemas. A segunda região mais afetada é o sul da Europa, devido a uma maior dificuldade de acesso a recursos hídricos e prejuízo na colheita.
Outros “pontos quentes” do mundo estariam na América Central e em
regiões tropicais da África e partes da Etiópia. Algumas partes do sul
da Ásia também sofreriam devido ao prejuízo na agricultura, além de
dificuldades de acesso à água potável.
Os dados foram levantados por uma equipe de cientistas do Instituto de
pesquisa sobre o clima de Potsdam, na Alemanha. “As consequências da
mudança climática em diferentes aspectos cruciais podem interagir entre
si e multiplicar a pressão gerada nos habitats das populações em regiões
afetadas”, disse Franziska Piontek.
O estudo é o primeiro a identificar pontos específicos do impacto da
mudança climática, baseando-se em simulações computacionais, tanto para
as alterações do clima quanto para seus impactos atuais.
De acordo com a pesquisa, os efeitos começam a ser sentidos quando for
registrado aumento da temperatura em 3 ºC em relação à média registrada
no período entre 1980 e 2010.
G1 Natureza
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