O mundo terá 3 bilhões de pessoas vivendo em favelas em 2050 caso não
haja ideias para enfrentar a rápida urbanização. Hoje, 1 bilhão de
pessoas vivem em locais sem infraestrutura e serviços básicos como
saneamento, energia elétrica e saúde. Os dados são do relatório “Pesquisa Mundial Econômica e Social 2013”, divulgado nesta terça-feira (2) pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (DESA).
Segundo o documento, a visão de promover o bem-estar econômico e social para proteger o meio ambiente não foi alcançada
por causa do aumento das desigualdades, lacunas e deficiências nas
parcerias de desenvolvimento, rápido crescimento populacional, mudanças
climáticas e degradação ambiental.
O DESA examina os três principais desafios para o desenvolvimento
sustentável – cidades sustentáveis, alimentação e transformação de
energia. Temas debatidos também na Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), realizada no Rio de Janeiro em junho de 2012.
“A Rio+20 reafirmou o compromisso com o desenvolvimento sustentável e
adotou um quadro abrangente para a ação e um acompanhamento
compreensivo”, escreveu o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no
prefácio do estudo. Para ele, o documento é “um recurso valioso” para
traduzir o resultado da Rio+20 em ações concretas.
Curitiba: referência no desenvolvimento sustentável
De acordo com a pesquisa, o desenvolvimento sustentável das zonas
urbanas exige a integração, coordenação e investimentos para resolver,
dentre outras, as questões de uso da terra, combate à fome e
desnutrição, criação de emprego, infraestrutura de transporte e
conservação da biodiversidade.
O relatório classifica iniciativas em Curitiba como referência para o
desenvolvimento sustentável. Em destaque, o Plano Diretor da cidade,
que garantiu um serviço de transporte urbano de alta qualidade na
superfície – mais barato, mais rápido, reduzindo engarrafamentos, o o
uso do combustível e as emissões de carbono.
Outras iniciativas da capital paranaense também foram destacadas,
como os 60 metros quadrados de área verde por habitante, uma das taxas
mais altas do mundo. Sua política municipal rigorosamente aplicada
garante que os rios e córregos sejam protegidos e a água da chuva seja
coletada e reciclada. Além disso, programas relevantes de resíduos
sólidos também têm sido implementados.
Mudança na produção e consumo de alimentos
O estudo alerta que a produção e o consumo de alimentos terá que
mudar para manter a taxa estimada em 32% sobre o desperdício de comida
em todo o mundo. É preciso obter um crescimento de 70% para alimentar o
adicional de 2,3 bilhões de pessoas estimadas para a população mundial
em 2050.
“O principal desafio, no entanto, é aumentar a produção de alimentos
enquanto se minimiza o impacto ambiental e, naturalmente, ampliar a
eficiência no uso dos recursos”, registra o documento.
ONU Brasil
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