Abelhas que polinizam plantações nos EUA estão expostas a uma ampla
variedade de defensivos agrícolas, incluindo produtos químicos que
diminuem a resistência dos insetos ao parasita Nosema ceranae,
que pode ser letal. A conclusão é de um estudo publicado no periódico
científico digital “PLoS ONE”, feito pela Universidade de Maryland e o
Departamento de Agricultura dos EUA.
Segundo nota da Universidade de Maryland, as conclusões do estudo não
podem ser diretamente relacionados à desordem de colapso de colônia,
problema que tem causado o desaparecimento em grande escala de enxames
pelo mundo, por razões ainda não esclarecidas. No entanto, levanta novos
elementos sobre fatores que, em interação, causam estresse às colônias
de abelhas. O fungo Nosema ceranae é suspeito de ter ligação com a desordem, já que, em outros estudos, foi encontrado em colmeias afetadas pela mortandade.
Os autores da pesquisa da “PLoS ONE” analisaram quais tipos de pólen as
abelhas estavam levando para suas colmeias numa área do nordeste dos
EUA. Em seguida, investigaram com que tipos de pesticidas esses pólens
estavam contaminados. Depois, deram os mesmos tipos de pólen com
pesticidas a insetos saudáveis, cuja resistência ao parasita foi então
analisada.
Nos pólens encontrados nos campos, os especialistas identificaram
contaminação, em média, com nove tipos de pesticidas. Os mais comuns
foram o fungicida chlorothalonil, usado em maçãs e outros tipos de colheitas, e o inseticida fluvalinate, que combate um tipo de ácaro que ataca as colmeias.
No caso do fungicida, os cientistas verificaram que as abelhas
saudáveis alimentadas com pólen por ele contaminado, tinham propensão
até três vezes maior serem contaminadas pelo Nosema ceranae. O inseticida, por sua vez, também abalava a capacidade de resistência dos insetos.
G1 Natureza
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