O
Uruguai registrou um caso de mucormicose, doença também conhecida como
"fungo negro", em um homem diabético que dias antes havia se
recuperado da Covid-19, reproduzindo um quadro que disparou alarmes na Índia.
O
paciente, com menos de 50 anos, começou a apresentar necrose (morte de tecido)
na área das mucosas cerca de dez dias após o teste positivo para o coronavírus,
segundo o jornal El País.
A
infectologista Zaida Arteta, referência em micologia, disse que no Uruguai há
"alguns casos de vez em quando" relacionados a esse fungo, embora
este seja o primeiro associado ao vírus pandêmico.
O
que ele faz é invadir alguns tecidos. Principalmente, nesses casos secundários
à Covid, nos seios paranasais e no pulmão — explicou em declarações ao canal
local 4.
O caso
repercutiu principalmente devido aos alarmes disparados frente a quadros
semelhantes na Índia, onde a mucormicose custou centenas de vidas entre
convalescentes de Covid-19, segundo a imprensa local.
Antes da
segunda onda de coronavírus, que matou 100 mil pessoas na Índia em abril, os
casos dessa infecção fúngica eram raros no país.
Os afetados
costumavam ser pessoas com diabetes, HIV ou pacientes transplantados com
organismos imunossuprimidos.
— Também é
proporcional às infecções. Não esperamos milhares de casos de mucormicose —
disse.
A
especialista apontou o número de casos de aspergilose associada à Covid como
mais preocupante. Desta doença também produzida por fungos "há mais
casos" no Uruguai.
— É uma
complicação de pessoas com Covid severa, de pessoas que em geral estão em
terapia intensiva há muito tempo — explicou.
Fonte: O Globo
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