domingo, 28 de julho de 2013

DA COPA EU ABRO MÃO, QUERO DINHEIRO PRA A SAÚDE, SEGURANÇA E EDUCAÇÃO




O Brasil está se preparando para sediar a Copa do Mundo de Futebol em 2014. Quando o país foi escolhido como sede da Copa, o povo saiu às ruas para comemorar, achando que seria um grande benefício para a nação.

  O então presidente, Luís Inácio Lula da Silva, falou em pronunciamento à nação que não seria gasto nenhum centavo dos cofres públicos, dizendo que o dinheiro viria da FIFA (Federação Internacional de Futebol Associado) e da iniciativa privada, falando ainda que haveria melhoras para o povo brasileiro, gerando emprego e renda para a população, além de ter um grande crescimento econômico.

  Hoje, quatro anos após o anúncio, o país está passando por uma das piores crises econômicas. O crescimento econômico do país vem desacelerando, o desemprego e a inflação aumentaram, a FIFA e a iniciativa privada pouco ou nada investiram até agora, e as revoltas populares só tem aumentado. Sem contar que as verbas públicas destinadas para a construção dos estádios e das obras de mobilidade urbana só tem contribuído para aumentar a corrupção.

  As escolas públicas não oferecem o mínimo conforto aos estudantes, os professores são mal remunerados, os alunos comem uma merenda de qualidade inferior, sendo que em muitas escolas não tem ou as que têm, a merenda é estragada.

  A saúde pública está um caos; tem pessoas que chegam a dormir na porta dos hospitais ou postos de saúde a fim de conseguir uma ficha, e quando conseguem, é para ser atendido com no mínimo 30 dias. Quando é atendido, não tem remédio porque o governo criou uma farmácia popular objetivando vender os remédios mais baratos, só que esses remédios deveriam ser distribuídos gratuitamente. Nos hospitais, as pessoas são atendidas e se aglomeram nos corredores pois não existem leitos suficientes para atender a demanda.

  A segurança não existe. As pessoas acordam pela manhã e saem de casa para trabalhar e não sabem se voltarão, pois a insegurança toma conta das ruas. A bandidagem é quem domina hoje, e a própria justiça é falha, pois no Brasil o menor pode matar, roubar, estuprar, mas não pode nem mesmo ter o rosto mostrado nas emissoras de comunicação. A polícia é mal remunerada, sem contar que os policiais disponíveis são insuficientes para atender a demanda da população. Quase todos os dias, caixas eletrônicos são explodidos em alguma parte do país.

  Com o dinheiro gasto nas obras para a realização da Copa até agora, dava para construir mais de 300 hospitais de grande porte, todos eles equipados com os mais modernos aparelhos. Dava também para construir mais de 1.000 escolas e contratar milhares de professores e policiais.

  Mas, infelizmente, o mais importante para os governantes é mostrar para o mundo que “País rico é país sem pobreza”.

  Para isso, além do dinheiro gasto com essas obras, o governo resolveu conceder benefícios sociais as mais diversas classes. É Bolsa Escola, Bolsa Família, Auxílio Exclusão (para as pessoas que cometem algum tipo de crime e que se encontram presos), o Auxílio Prostituta (para as mulheres se prostituírem), o Bolsa Maconha (para os dependentes químicos), entre outros. E o pior de tudo, esses auxílios dados pelo governo são pagos com o suor daqueles que carregam o país nas costas. Hoje, quase metade do que um trabalhador ganha é para pagar impostos, e esses impostos não são utilizados para os que o pagam, pois grande parte vai para esses benefícios e agora para as obras da Copa do Mundo.

  Os protestos não podem parar. Chega de corrupção, chega de sofrimento. O povo brasileiro está cansado de ser palhaço. Mudanças já.

Professor Marciano Dantas, Natal / RN.

Estudo diz que pesticidas diminuem resistência de abelhas a parasita


Abelhas que polinizam plantações nos EUA estão expostas a uma ampla variedade de defensivos agrícolas, incluindo produtos químicos que diminuem a resistência dos insetos ao parasita Nosema ceranae, que pode ser letal. A conclusão é de um estudo publicado no periódico científico digital “PLoS ONE”, feito pela Universidade de Maryland e o Departamento de Agricultura dos EUA.

Segundo nota da Universidade de Maryland, as conclusões do estudo não podem ser diretamente relacionados à desordem de colapso de colônia, problema que tem causado o desaparecimento em grande escala de enxames pelo mundo, por razões ainda não esclarecidas. No entanto, levanta novos elementos sobre fatores que, em interação, causam estresse às colônias de abelhas. O fungo Nosema ceranae é suspeito de ter ligação com a desordem, já que, em outros estudos, foi encontrado em colmeias afetadas pela mortandade.

Os autores da pesquisa da “PLoS ONE” analisaram quais tipos de pólen as abelhas estavam levando para suas colmeias numa área do nordeste dos EUA. Em seguida, investigaram com que tipos de pesticidas esses pólens estavam contaminados. Depois, deram os mesmos tipos de pólen com pesticidas a insetos saudáveis, cuja resistência ao parasita foi então analisada.

Nos pólens encontrados nos campos, os especialistas identificaram contaminação, em média, com nove tipos de pesticidas. Os mais comuns foram o fungicida chlorothalonil, usado em maçãs e outros tipos de colheitas, e o inseticida fluvalinate, que combate um tipo de ácaro que ataca as colmeias.

No caso do fungicida, os cientistas verificaram que as abelhas saudáveis alimentadas com pólen por ele contaminado, tinham propensão até três vezes maior serem contaminadas pelo Nosema ceranae. O inseticida, por sua vez, também abalava a capacidade de resistência dos insetos.

G1 Natureza

Polícia e MP-RJ apuram denúncia de aterro clandestino no Campo da Fé


A polícia e o Ministério Público abriram investigação sobre o Campo da Fé, em Guaratiba, na Zona Oeste do Rio. As autoridades querem saber as circunstâncias em que a área foi preparada. Há suspeitas de que o terreno tenha recebido aterro clandestino, como mostrou reportagem do RJTV neste sábado (27).

O Campo da Fé, em Guaratiba, continua em evidência mesmo depois do cancelamento dos eventos da Jornada Mundial da Juventude. Para a promotora Chistianne Monnerat, o aterro feito ali é ilegal.

“Colocar o Papa para orar num aterro clandestino, aterrado com resíduos de construção civil em área de preservação permanente é uma situação muito crítica”, diz Monnerat.

Denúncia de morador

O MP pediu a abertura de inquérito a partir de uma denúncia feita por um morador de Guaratiba. Ele acusa os atuais proprietários do terreno de usar truculência contra a população para reintegrar as áreas. A denúncia relata ainda que o aterro teria sido feito com "lixo, plástico, concreto e material hospitalar", o que se configura crime.

Uma equipe de policiais e peritos da Delegacia de Proteção do Meio Ambiente foi até o Campo da Fé para investigar em que condições o aterro foi feito. A suspeita é de que não apenas as obras de infraestrutura realizadas, mas o próprio licenciamento ambiental estejam em situação irregular. O laudo sai nos próximos dias.

“Houve aterro, a priori, indevido com resto de obras. Também houve aterro até no manguezal, e esses elementos aí foram anexados ao inquérito, vamos chamar o representante legal da empresa para que ele preste os devidos esclarecimentos”, explicou o delegado José Fagundes de Rezende.

Comprometimento ao meio ambiente

A polícia abriu investigação em dezembro do ano passado após constatar indícios de comprometimento ao meio ambiente. O empresário Jacob Barata Filho, um dos donos do terreno, e representantes das secretarias de urbanismo e do meio ambiente aparecem na lista dos investigados.

A companhia Vila Mar informou que cedeu o terreno à igreja e que possui todas as licenças ambientais em dia. Ainda de acordo com a empresa, a área de manguezal está preservada. Em nota, a Secretaria estadual do Ambiente também disse que o manguezal foi integralmente mantido. Já o Inea afirmou que não há irregularidades no processo de licenciamento.

G1

sexta-feira, 26 de julho de 2013

OS 5 ANIMAIS MAIS PERIGOSOS DO MUNDO


O site Odd Stuff Magazine fez uma lista com os animais perigosos da Terra. Contudo, entre os animais mais perigosos, como poderá ver não se encontra nenhum mamífero, como muitos de nós poderíamos supor. É que aparentemente perigo no reino animal significa tudo menos tamanho.

1. Aranha-teia-de-funil australiana (Atrax Robustus). O veneno leva facilmente a um enfarte na sua vítima. O seu corpo varia entre os 1 a 5 cm e as fêmeas costumam ser maiores e até seis vezes mais letais do que os machos. Com exceção dos humanos e dos macacos, nenhum outro mamífero sofre os efeitos do seu veneno.


2. O Stonefish (Synanceia) é um dos peixes mais venenosos do mundo e que consegue sobreviver até um dia fora da água. O contato com este peixe acontece quando alguém pisa o animal, cujo veneno fica na espinha dorsal. Isso causa envenenamento até à morte se a ferida não for tratada rapidamente.


3. A Solifugae é uma espécie de invertebrado muito parecido com os aracnídeos. Pode ser encontrada nos desertos, podendo atingir os 30 cm. Ela ataca com mordidas que infeccionam facilmente, mas raramente levam à morte. 


4. A Água-viva-juba-de-leão (Cyanea capillata) é muito grande, sendo muito parecida com uma anémona. O recorde mundial desta espécie situa-se nos 2,3 metros de diâmetro e tentáculos de quase 40 metros. Ela é extremamente rara, mas não deixa de ser extremamente perigosa. Este é um bicho que habita geralmente águas geladas do Ártico, Atlântico e Pacífico Norte. 


5. Mamba Negra (Dendroaspis polylepis), a maior cobra venenosa da África. Esta é uma cobra agressiva e de veneno mortal, podendo chegar aos 3,2 metros de comprimento e alcançar os 20 km/h. 


Fonte: http://ciencia.vamoscurtir.com.br

Fitoplâncton se destaca nas águas do Atlântico Norte em imagem de satélite


Uma imagem feita esta semana pelo satélite Aqua, da agência espacial americana (Nasa), mostra o florescimento de fitoplâncton no Atlântico Norte, cujas águas concentram a pesca mais produtiva do mundo.
Esses organismos microscópicos brilhantes – compostos principalmente por algas que fazem fotossíntese e flutuam na coluna d’água – são os responsáveis pela abundância de peixes e outros seres marinhos na região, pois formam a base da cadeia alimentar.

O fitoplâncton cobre centenas e até milhares de quilômetros no Atlântico Norte e no Oceano Ártico todos os anos. Muitas espécies, inclusive, acabam prosperando mais nessas águas frias, que tendem a concentrar mais nutrientes e plantas que as águas tropicais.

Apesar de ser essencial para a manutenção da vida no mar, o fitoplâncton também é responsável por alguns problemas ecológicos, quando se reproduz demais. Isso ocorre quando há um excesso de nutrientes e temperatura favorável. Aí a água fica verde ou marrom, o oxigênio acaba e esses organismos começam a morrer – causando uma reação em cadeia.

Além disso, o fitoplâncton também provoca a maré vermelha, que acontece quando os micro-organismos liberam toxinas na água, destruindo várias culturas.

G1 Natureza

Filhote híbrido de jumento e zebra nasce na Itália


Um filhote híbrido de uma jumenta com uma zebra macho nasceu há três dias em uma propriedade rural de Florença, na região central da Itália.

Esse tipo raro de animal é conhecido como "zonkey" (mistura das palavras inglesas "zebra" e "donkey" – jumento) e foi batizado de Ippo.

Na foto acima, ele aparece ao lado da mãe e do dono da fazenda, Massimo Aglietti.

G1

Geradores do palco da JMJ usam biocombustível produzido a partir de resíduos do óleo de fritura


Os geradores que produzem parte da energia usada no palco principal da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Copacabana, nos telões ao longo da orla e nos sistemas de som são alimentados por biodiesel. O produto é resultado da transformação de resíduos de óleo de fritura, pelo projeto Bioplanet, em óleo diesel.

Segundo a presidenta do Conselho da Biotechnos, proponente do Bioplanet, Márcia Werle, os 5 mil litros 5 mil litros de biodiesel, que serão usados durante a jornada, impediram que 60 milhões de litros de água fossem contaminados pelo óleo de fritura recolhido na capital fluminense. O biocombustível é produzido na unidade do Rioplanet instalada no Polo de Sustentabilidade, em Honório Gurgel, na zona norte da cidade, com a transformação do óleo de fritura. Segundo Marcia Werle, o projeto tem ao todo 40 arranjos produtivos nas cidades-sede da Copa do Mundo e nos principais centros de treinamento.

O óleo de cozinha usado é recolhido por cooperativas de catadores no projeto do Rioplanet que faz a coleta nas comunidades. “É um projeto socioambiental. O recolhimento é feito por essas cooperativas e gera renda para elas. O óleo está saindo do meio ambiente e estamos produzindo biodiesel, que é diferente por ser oriundo de oleaginosas”, disse.

O projeto Rioplanet tem ainda um programa de educação ambiental. Segundo Marta, alunos de várias escolas da rede pública do Rio já visitaram a unidade de produção do biodiesel. “A proposta é ter uma meta de produção de 50 mil litros de biodiesel neste arranjo exclusivamente a partir de óleos residuais”, explicou, acrescentando, que para chegar a esse total precisa trabalhar com 50 mil litros de óleo residual de fritura.

De acordo com a presidente, além evitar a contaminação de 60 milhões de litros de água, a ação vai capturar algo equivalente a 12,6 toneladas de gás carbônico . “Segundo estudos da Universidade de São Paulo, se utilizar 20% de mistura do biodiesel ao óleo diesel tem uma redução de 60% na emissão dos gases poluentes daquele motor. Então o biodiesel usado nesses geradores vai provocar esta redução”, explicou.

Márcia Werle informou que todos os peregrinos inscritos na Jornada receberam a mensagem sobre a utilização do produto e do resultado disso para o meio ambiente. “Todos vão saber que ao precisar descartar o óleo de fritura não devem fazer isso no ralo da pia e que precisam dar um destino correto”, disse. Ela ressaltou que algo em torno de 1,495 bilhão de litros de fritura ainda são descartados no Brasil, ao ano.

Agência Brasil

As desilusões hídricas do velho Chico


Maior obra de engenharia hidráulica em curso no mundo, a transposição do rio São Francisco foi severamente criticada durante a 65ª Reunião Anual da SBPC, em Recife.

O projeto de transposição do rio São Francisco continua em debate. Ainda é, em verdade, um tema deveras sensível aos nordestinos, e esteve na pauta da 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, em Recife.

Para os que chegaram atrasados à discussão, eis o resumo da ópera: já seguem a todo vapor as obras faraônicas que deverão desviar o curso das águas do São Francisco. A ideia, em princípio até convincente, seria abastecer parte da população que vive em regiões castigadas pela inclemência das secas.

Soa como boa intenção. Mas, segundo alguns, as reais motivações de tal empreitada são obtusas. Pesquisadores há décadas questionam a legitimidade da obra – argumentando que seu verdadeiro propósito pode estar em algum ponto entre a obscuridade política e a corrupção pura e simples.

Para discutir o impasse – que há tempos assombra hidrólogos e engenheiros -, ninguém melhor que os dois mais respeitados especialistas no tema. “Sou absolutamente contrário a essa obra absurda”, dispara o agrônomo João Suassuna, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Seu colega não deixa barato: “É um escândalo o fato de esse projeto ainda não ter se tornado um grande escândalo nacional”, diz, consternado, o engenheiro João Abner, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Razões técnicas para tamanho radicalismo retórico? Abner e Suassuna têm aos montes.

O agrônomo da Fundaj esclarece que, ao contrário do que se pensa, a água já é abundante no semiárido nordestino. Chove, anualmente, uma média de 700 bilhões de metros cúbicos no Nordeste. O problema é que, pela proximidade em relação ao equador, os raios solares incidem quase perpendicularmente sobre o território, o que potencializa os processos de evapotranspiração. Assim, cerca de 642 bilhões de metros cúbicos anuais de água voltam à atmosfera, sobrando apenas 58 bilhões na forma líquida para uso antrópico – indicam pesquisas recentes.

“Não precisaríamos falar em seca se usássemos com inteligência uma parte desse volume de água”, garante Suassuna, que há 18 anos dedica-se ao estudo do tema. “Recursos hídricos existem, sim, no Nordeste; o que falta é seu gerenciamento correto.”

Detalhe: segundo o pesquisador da Fundaj, a transposição não resolverá o problema de abastecimento das populações difusas. “Trata-se de um projeto destinado ao grande capital, a contemplar majoritariamente os grandes produtores rurais e o setor industrial.”

Da desolação técnica à obscuridade política

Diante de tantas aparentes incongruências, por que sucessivos governos insistem na continuidade de uma obra tão controversa? “Ora, é muito simples”, diz João Abner. “A transposição do rio São Francisco é um projeto político.”

Segundo Abner, só entenderemos esse megaprojeto se entendermos a lógica de financiamento privado de campanhas eleitorais no Brasil. “Todas as empreiteiras brasileiras, um grande lobby, se beneficiam disso”, protesta o pesquisador da UFRN. “É a indústria da seca na maior escala que se pode imaginar.”

Abner não é homem de meias palavras. “Corrupção”, brada ele. “Deputados, senadores e políticos em geral são financiados pelas empreiteiras; estamos falando de uma corrupção generalizada muito maior do que o mensalão, algo muito maior do que vocês podem imaginar”, desabafa.

“Um projeto dessa magnitude tem de ser muito bem explicado; mas essa história está muito mal contada”, enfatiza. “É, na verdade, uma grande fraude técnica.”

Cifras galopantes

Segundo Abner, investimentos governamentais de R$ 20 por habitante ao ano seriam suficientes para resolver o problema de abastecimento de água de todos os camponeses nordestinos – valor menor do que o gasto com carros-pipa hoje usados. “É um problema simples, mas falta foco político.” O pesquisador garante que bastaria usar com mais sapiência a rede de açudes já existente no Nordeste e investir em tecnologia de cisternas. Vale lembrar: no polígono das secas, chove mais do que em regiões com grande sucesso agrícola na Califórnia (Estados Unidos), por exemplo.

Falando em grana, Suassuna lembrou à plateia os valores orçados para a obra de transposição em diferentes momentos. No governo José Sarney, falava-se em custos de R$ 2,5 bilhões. Já na gestão de Fernando Henrique Cardoso o valor saltou para R$ 4,5 bilhões. Com Lula, foi para R$ 6,6 bilhões. E, com Dilma, já está em R$ 8,3 bilhões. “Segundo fontes oficiais, não nos surpreenderemos se os próximos cálculos indicarem valores superiores a R$ 19 bilhões”, afirma o agrônomo.

“Sou pessimista”, confessa Abner. “A transposição das águas do São Francisco permanecerá no imaginário como a solução para a seca, e não é. Essa obra não vai terminar nunca.”

  Jornal da Ciência / SBPC

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Recolhimento de embalagens de agrotóxico economiza energia e o consumo de água


Em dez anos, o recolhimento e a destinação ambientalmente correta de embalagens de agrotóxicos utilizados nas áreas rurais do país geraram uma economia de energia suficiente para abastecer 1,4 milhão de casas no período. A iniciativa também evitou o consumo de água equivalente ao volume de 36 milhões de caixas d’água, entre 2002 e 2012, segundo números divulgados pela Fundação Espaço ECO, que reúne especialistas responsáveis pela análise da eficiência de ações sustentáveis implementadas por algumas empresas.

“Para fazer a gestão das embalagens nós também emitimos dióxido de carbono ao usar caminhões para o recolhimento, utilizamos água no processo de reciclagem dessas embalagens. Precisávamos saber se essa solução que encontramos é eficiente”, explicou João Cesar Rando, diretor-presidente do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), formado pelos fabricantes do produto.

O levantamento foi feito a partir da mesma ferramenta que comparou a produção do polietileno feita a partir da resina virgem – extraída de processamentos do petróleo – com a produção do polietileno a partir da cana-de-açúcar, mostrando que o produto feito a partir da cana gerava menos impactos sobre a natureza.

A medida sobre a ecoeficiência do sistema não é uma exigência legal. Rando explicou que Política Nacional de Resíduos Sólidos, que instituiu a logística reversa de embalagens de agrotóxicos como obrigação há mais de dez anos, não exige o balanço. “Mas é forma de medir se solução que estamos implementando é eficiente. Nem sempre a solução que você implementa é, do ponto de vista social e ambiental, positivo”, explicou.

Os dados sobre os reflexos no consumo de água e energia comparam a situação da gestão ambiental de embalagens com o cenário anterior, quando esses produtos ficavam estocados nos imóveis rurais e, muitas vezes, eram queimados pelos produtores. De acordo com Rando, o levantamento contratado mostrou que para cada embalagem de 20 litros produzida a partir do processo de reciclagem, o sistema evita a emissão de 1 quilograma (kg) de dióxido de carbono.

“Quando reciclamos, produzimos uma nova embalagem [com o material reciclado] que é usada para o próprio defensivo. Quando o sistema recicla deixa de usar uma resina virgem que vem de todo um ciclo de processamento do petróleo. Você evita esse ciclo todo, então você usa menos energia, emite menos gases”, explicou João Cesar Rando.

Segundo ele, o sistema também refletiu positivamente no aspecto social. Pelos dados do InpEV foram criados oito vezes mais empregos nas regiões onde a logística foi implementada. “Hoje temos mais de 400 unidades de recebimento, onde foram gerados 1,5 mil empregos diretos formalizados. Além disso, foram criadas unidades recicladoras a partir desse sistema que geram outras ocupações”, completou Rando.

Nos seis primeiros meses desse ano, o sistema de logística reversa de embalagens de agrotóxicos, que envolve agricultores, comerciantes e fabricantes, totalizou o recolhimento de mais de 21,3 mil toneladas de embalagens vazias. O volume representa um crescimento de 9% em relação ao volume recolhido no mesmo período de 2012 (mais de 19,5 mil toneladas).

Agência Brasil

Pesquisador alemão diz que discurso sobre fim da vida na Terra é mentiroso


Há 350 milhões de anos o planeta Terra enfrentava mudanças climáticas semelhantes às vividas atualmente, disse hoje (23) o pesquisador alemão Ulrich Glasmacher, da Universidade de Heidelberg. “[Mudanças climáticas] não são fenômenos novos na história. No passado, há 350 milhões de anos tivemos os mesmos problemas de hoje. Estamos no mesmo ponto daquela época”, explicou durante palestra na 65ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).

Segundo o pesquisador, a temperatura do planeta não está aumentando se comparada com a de outros períodos, mas oscilando. “As temperaturas estão flutuando – sobem e descem – neste momento que vivemos. Mas estamos muito influenciados pela mídia e diretamente pensamos em efeito estufa [como causa de aumento]”.

Glasmacher explica que o efeito estufa é agravado por poluição humana, mas um fenômeno antigo da própria natureza do universo. A energia irradiada pelo Sol é modificada ao chegar à atmosfera. As novas moléculas reagem se transformando em gás carbônico, metano e dióxido de nitrogênio – os principais gases que causam o efeito estufa.

“O gás metano tem os efeitos mais catastróficos, mas sobrevive menos tempo na atmosfera. O gás carbônico sobrevive mais, por esse motivo é que ouvimos falar mais a respeito dele. Outro processo importante e bem conhecido é que parte dessas partículas é desviada pelas nuvens [antes de chegar à superfície da Terra]”, explica.

Naquele período, segundo o pesquisador, dinossauros e vulcões foram responsáveis pela alta concentração de gases na atmosfera. “Existe uma teoria de que os dinossauros produziam gás metano com sua alimentação e a emissão era em níveis tão altos quanto acontece hoje. Os vulcões, mesmo fora de atividade, liberam volumes enormes de gás carbônico. No entanto, os dinossauros não foram extintos do nosso planeta por causa dos gases, mas devido a queda de um enorme meteorito na Terra”.

De acordo com Glasmacher, há 100 milhões de anos havia um clima completamente diferente na Terra. A hipótese do pesquisador é que o planeta era coberto por neve, “um bolo de gelo, com clima muito frio”.

“Há 60 milhões de anos, o Brasil, ainda unido com parte da África, também estava coberto por uma camada de gelo. As florestas substituíram o gelo e originaram depósitos de carvão. Há jazidas de carvão nos dois países com a mesma idade”.

Glasmacher aponta que fósseis e sedimentos rochosos mostram como era o clima no planeta há milhões de anos e que, em geral, períodos muito quentes são precedidos por época muito frias.

“A África Oriental era uma floresta úmida e se transformou em savana. Nesse período o homem aprendeu a se adaptar e criar instrumentos. O ser humano aprendeu que se bater na noz, ela vai se abrir. Em pouco tempo foi possível reagir a mudanças do ambiente”.

Nos anos 900 a 1000, segundo o pesquisador, os vikings navegavam a parte norte do Oceano Atlântico e por toda Groenlândia – ainda sem cobertura de gelo. “Parece que eles gostavam disso. Os vikings achavam muito bom o período quente e produziam vinho em locais que hoje são congelados”.

“Precisamos pensar também que até agora somos os únicos no universo. Não sabemos e nem temos ferramentas para saber se existem vidas como a nossa em outros planetas. Mas, mesmo sem o homem, a vida na Terra vai continuar em qualquer circunstância. Falar em cenário fatal para o planeta é mentiroso, só serve para gerar medo”, conclui.

Agência Brasil

Práticas ambientalmente corretas têm contribuição da nanotecnologia


Plásticos biodegradáveis para uso em sacolinhas, copos descartáveis, embalagens e materiais para a agropecuária. Essas são algumas das funcionalidades da nanotecnologia já identificadas por pesquisadores brasileiros. A tecnologia dispensa o uso do petróleo na produção do plástico e o material degrada-se mais depressa. Enquanto o produto tradicional demora até 400 anos para ser absorvido no meio ambiente, o plástico biodegradável leva 18 semanas, em média.

Estudo liderado pela Embrapa Instrumentação aponta que o bioplástico pode ser misturado ao solo, a restos de alimentos e folhas, tornando-se adubo, princípio utilizado na compostagem. A utilização da nanociência permite que o material seja degradado por bactérias e fungos na água, gás carbônico e materiais biológicos.

O pesquisador da Embrapa, José Manoel Morconcini, explica que o plástico biodegradável pode ser produzido a partir do amido de alimentos como milho, mandioca, trigo e arroz, ou mesmo de materiais convencionais. O que vai definir o produto como biodegradável é a sua capacidade de se decompor no contato com a natureza.

“Os pré-requisitos fundamentais para um plástico biodegradar-se é ter a presença de micro-organismos vivos no ambiente em que ele será descartado, além da temperatura e da umidade adequadas. Nesse processo, fungos e bactérias vão se alimentar do plástico que for biodegradável”, diz Morconcini.

Segundo o pesquisador, o alto valor do plástico biodegradável em relação ao material tradicional é um dos fatores que dificultam a produção. “Ainda é muito caro o plástico biodegradável, comparando com plásticos comerciais que a gente conhece no cotidiano. É um gargalo a gente não ter grandes produções de peças com material biodegradável”, assinala.

Outro fator que distancia o bioplástico do consumidor é a ausência de um órgão que certifique a origem do material. “[É necessário criar] uma rede de institutos que certifique que o plástico é realmente biodegradável e compostável, para que o consumidor tenha segurança no uso desses novos materiais”.

O estudo de plásticos biodegradáveis é feito no Laboratório Nacional de Nanotecnologia para o Agronegócio, criado com investimentos de mais de R$ 10 milhões e mantido com recursos da Agência Brasileira de Inovação - antiga Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) -, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). As linhas de pesquisa englobam desde nanobiossensores e sensores eletroquímicos para monitorar processos e produtos agropecuários, até nanofilmes comestíveis, produção de fertilizantes, pesticidas e remédios para animais.

Desde 2006, a Embrapa coordena a Rede de Nanotecnologia Aplicada ao Agronegócio, que tem sede na unidade de São Carlos e conta com a participação de 150 pesquisadores, sendo 70 do quadro da Embrapa e 80 de instituições parceiras.

Agência Brasil

Descontaminação de Fukushima custará 4 vezes mais que o esperado


Os trabalhos de descontaminação radioativa da área de Fukushima, epicentro da crise nuclear do Japão em 2011, custarão aproximadamente R$ 114,6 bilhões, um valor quatro vezes acima do previsto pelo governo, revelou nesta quarta-feira (24) um estudo apresentado por especialistas do Instituto Nacional de Ciências e Tecnologias Avançadas do Japão (AIST).

Um grupo de trabalho do AIST calculou que o custo da limpeza pelo acidente na zona de exclusão alcançará aproximadamente R$ 44,1 bilhões, enquanto o restante da província afetada custaria mais R$ 66,1 bilhões.

Após o tsunami, que em março de 2011 causou a pior crise nuclear desde Chernobil na usina de Fukushima Daiichi, o governo iniciou os trabalhos de limpeza e decretou uma zona de exclusão de 20 quilômetros em torno da central devido aos altos índices de radiação, o que mantém afastadas dezenas de milhares de pessoas.

A estimativa se baseia nas despesas realizadas pelo governo e nos dados apresentados pelas prefeituras locais, que incluem o custo da mudança e armazenamento de resíduos radioativos, assim como o da terra contaminada.

Até o momento, o governo central já destinou mais de R$ 22 bilhões para os trabalhos de limpeza e descontaminação, informou a agência "Kyodo".

O projeto, que está atrasado, recebeu críticas por sua falta de efetividade, já que os níveis de radiação se mantêm elevados em algumas áreas, inclusive depois da suposta descontaminação.

Uma das especialistas responsáveis pelo estudo, Junko Nakanishi, criticou em declarações recolhidas pela emissora pública "NHK" o fato de que o governo está desenvolvendo os trabalhos sem saber quanto custará para conseguir atingir os níveis de limpeza exigidos pelos residentes, alguns deles ainda evacuados.

Neste sentido, algumas organizações ambientalistas - como o Greenpeace, por exemplo -, qualificaram os trabalhos de descontaminação de Fukushima como "irregulares e insuficientes".

G1

Alemanha testa carrinho que usa energia solar e se move sobre trilhos


A empresa alemã Mobikon lançou um carrinho movido a energia solar que anda sobre trilhos e transporta até seis pessoas, de acordo com a AFP. Nesta quarta-feira (24), passageiros testaram o veículo na cidade de Wald-Michelbach, na Alemanha, durante uma apresentação à imprensa.

O carrinho é o primeiro exemplar da tecnologia, denominada SolarDraisine. Ele se move ao longo de um trilho de trem desativado entre as cidades de Mörlenbach e Wald-Michelbach. Além funcionar com energia solar, a máquina também pode ser pedalada por seus passageiros.

G1 Natureza

terça-feira, 23 de julho de 2013

Vegetação cor-de-rosa surge após incêndio em áreas abaixo do Ártico


Uma flor cor-de-rosa vibrante, da espécie Chamerion angustifolium, costuma crescer em regiões de florestas ao sul do Ártico que foram queimadas anteriormente. A planta, conhecida nos EUA como fireweed, é nativa do Hemisfério Norte e pode se tornar cada vez mais comum, com o aumento da frequência de incêndios nas áreas abaixo do Polo Norte.       Essa é a previsão de um novo estudo feito pelas universidades de Illinois, Idaho, Minnesota e Washington. Os resultados foram publicados na revista “Proceedings of the National Academy of Sciences” (PNAS), na segunda-feira (22).

Segundo os autores, liderados por Ryan Kelly e Feng Sheng Hu, as queimadas nas florestas subárticas têm sido as maiores desde o estabelecimento da vegetação moderna nesses locais, há 3 mil anos.

Os cientistas usaram registros de carvão vegetal e pólen da região de Yukon Flats, no Alasca, para documentar os incêndios florestais ocorridos nos últimos 10 mil anos. Essa área úmida de baixa altitude, florestas e pântanos fica na confluência dos rios Yukon, Porcupine e Chandalar, no centro do estado americano.

Entre 6 mil e 3 mil anos atrás, a frequência de incêndios e áreas atingidas aumentou, e esse período coincidiu com a expansão de uma árvore conífera da espécie Picea mariana, considerada altamente inflamável. Depois disso, de mil a 500 anos atrás, predominou um clima quente e seco, semelhante ao visto nas últimas décadas.

Foi nessa época que incêndios graves promoveram uma abundância de espécies de plantas resistentes ao fogo, que limitaram o potencial das chamas.

O recente aumento dos incêndios florestais também tem convertido grande parte da paisagem de Yukon Flats em um mosaico de vegetação de menor inflamabilidade. A alta frequência de queimadas dos últimos anos, porém, pode sinalizar a transição para um regime de atividade de fogo sem precedentes no local, sugerem os autores.

G1

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Resíduos Sólidos: Apenas 3% do lixo produzido no País é reciclado


Brasil ainda desperdiça potencial de reciclagem

A falta de gerenciamento correto dos resíduos sólidos representa desperdício anual de R$ 8 bilhões.
Hoje 98% das latinhas de alumínio usadas no Brasil são recicladas. Mas, no total, apenas 3% do lixo produzido no País é reciclado, segundo dados do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre). Esse é um dos problemas que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/10) tenta resolver. A expectativa do Ministério do Meio Ambiente é que essa política ajude o Brasil a alcançar índice de reciclagem de resíduos de 20% em 2015.

Segundo cálculos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a falta de gerenciamento correto dos resíduos sólidos representa desperdício anual de cerca de R$ 8 bilhões. Ou seja, se o lixo for reciclado, pode virar emprego e renda. Não cuidar do lixo significa também jogar dinheiro fora, além de problemas ambientais e sociais.

O presidente da Associação Nacional de Órgãos Municipais do Meio Ambiente, o ex-deputado Pedro Wilson, diz que hoje há 1 milhão de catadores de lixo no Brasil. “Esse pessoal se organizou e hoje nós temos um movimento nacional de catadores de materiais de reciclagem, que está ajudando a mobilizar a cidade, para uma coleta seletiva, que é um desafio grande.”

A Política de Resíduos Sólidos reconhece o papel dos catadores de material reciclável e prevê que o governo crie programas para melhorar as condições de trabalho e as oportunidades de inclusão social deles.
O presidente da Central de Cooperativas de materiais recicláveis do DF, Roney Alves, diz que, em Brasília, essa valorização já está ocorrendo. “O governo federal, aqui no Distrito Federal, cedeu áreas para implementação de centros de triagem, existem linhas de financiamento do BNDES, do Ministério das Cidades, da Fundação Banco do Brasil para fomentar e apoiar cooperativas e associações de catadores no Brasil inteiro”, enumera Alves.

Cooperativas

A Política de Resíduos Sólidos também prevê que os planos municipais de gestão do lixo incluam as cooperativas e associações de catadores, que podem auxiliar no sistema de coleta seletiva. O problema é que apenas 10% dos 5.565 municípios brasileiros elaboraram esse plano, cumprindo o prazo estabelecido pela lei, que era agosto do ano passado.

Segundo Roney Alves, ao contrário do governo federal, as prefeituras não vêm facilitando a vida dos catadores. “O grande problema é quando chega nos município”, lamenta. “A gente tem observado, no Brasil inteiro, que são pouco os municípios que estão contratando cooperativas e associações. Mesmo com todo esse arcabouço legal, as prefeituras não estão contratando as cooperativas e associação de catadores”, reclama Alves.

A cidade de Sertãozinho, na Paraíba, é um dos municípios brasileiros que está promovendo programa de coleta seletiva e de reciclagem, em conjunto com a associação local de catadores. “O que é lixo, na verdade, é dinheiro”, diz a prefeita do município paraibano, Márcia Mousinho. “A gente está fazendo uma parceria para aproveitamento desse material para a confecção de brinquedos. Nós estamos efetivamente querendo gerar renda”, comemora.

Márcia Mousinho lembra que, para ter sucesso, é preciso informar a população e gerar uma mudança de comportamento. “Estamos distribuindo folders, fazendo trabalho de conscientização da população para que separem o lixo reciclado do lixo molhado.”

Consumo consciente

Além de ajudar a separar o lixo e fazer o descarte de cada produto no lugar correto, o brasileiro pode ajudar com o consumo responsável. O Brasil está consumindo mais, com estímulo do governo, mas também está gerando cada vez mais resíduos. Hoje cada brasileiro produz cerca de 1,5 kg de lixo por dia.

O deputado Penna (PV-SP), presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, é um dos defensores do consumo responsável. “Nós precisamos reduzir o lixo, precisamos que as pessoas entendam que depende muito da sociedade, da ação do indivíduo, sem dispensar naturalmente a ação governamental.”

Em parceria com o setor privado, o Ministério do Meio Ambiente lançou, em 2011, um plano para ampliar o consumo sustentável no País. A meta é que, até 2014, a porcentagem de consumidores conscientes dobre de 5% para 10%.

Agência Câmara de Notícias

O que são Alimentos Transgênicos?


Todo organismo que, através de técnicas de engenharia genética, contém materiais genéticos de outros organismos é denominado transgênico. A transgenia, a geração de transgênicos, visa criar organismos com características novas ou melhoradas relativamente ao organismo original: por meio da manipulação genética, combinam-se características de um ou mais organismos de uma forma que provavelmente não aconteceria na natureza, podendo ser combinados, por exemplo, os DNAs de organismos que não se cruzariam por métodos naturais.

A aplicação mais imediata dos organismos transgênicos e dos organismos geneticamente modificados em geral é a sua utilização em investigação científica, uma vez que a expressão de um determinado gene de um organismo em outro pode facilitar a compreensão da função desse mesmo gene. Outra aplicação, esta mais controversa, são os alimentos transgênicos, alimentos modificados com o objetivo de melhora da qualidade e aumento da produção e da resistência às pragas (insetos, fungos, vírus, bactérias e outros) e herbicidas.

A manipulação genética destas sementes é obtida através de diversas técnicas, cada qual produzindo um resultado específico: em algumas técnicas, nos embriões das plantas são inseridos fragmentos de DNA de bactérias, vírus ou fungos que contêm genes que codificam a produção de herbicidas. As plantas assim modificadas produzem as toxinas contra as pragas da lavoura, não necessitando de certos agrotóxicos. Outras são feitas resistentes a certos agrotóxicos, para que estes sejam usados em lavouras onde é preciso exterminar outro tipo de vegetal, como ervas daninhas, sem afetar o resto da produção.

Entretanto, é necessário atentar para o fato de que, apesar dos aparentes benefícios (aumento da produção, maior resistência à pragas, resistência aos agrotóxicos, aumento do conteúdo nutricional, maior durabilidade e tempo de estocagem), o objetivo ainda é o lucro. Por meio de um ramo de pesquisa relativamente novo - a engenharia genética deu seus primeiros passos nos anos 70 -, fabricantes de agroquímicos criam sementes resistentes a seus próprios agrotóxicos, ou mesmo sementes que produzem plantas inseticidas. As empresas ganham com isso, mas para o consumidor o preço é alto demais.

Os defensores dos alimentos transgênicos alegam que o cultivo poderia reduzir o problema da fome, visto que aumentaria a produtividade de variadas culturas. Porém, diversos estudos revelam que a questão da fome no mundo não é ligada à escassez ou à baixa produção, mas à injusta distribuição de alimentos em função da baixa renda das populações pobres. Os transgênicos, na verdade, exacerbam o problema: sua produtividade não é superior à dos alimentos convencionais e orgânicos e, como as sementes transgênicas têm propriedades extras, são mais caros em razão dos royalties a serem pagos, o que aumenta o custo de produção e prejudicando agricultores que cultivam plantações convencionais ou orgânicas.

Outro argumento a favor é a redução do uso de compostos como herbicidas, pesticidas, fungicidas, microfertilizantes e certos adubos, cuja acumulação pode causar sérios danos aos ecossistemas a eles expostos. O que se observa, entretanto, é bem diferente: primeiro, por serem resistentes a agrotóxicos ou possuírem propriedades inseticidas, o uso contínuo de sementes transgênicas leva à resistência de ervas daninhas e insetos, o que por sua vez leva o agricultor a aumentar a dose de agrotóxicos ano a ano; segundo, representam um alto risco de perda de biodiversidade, tanto pelo aumento no uso de agroquímicos (que contaminam o solo e a vida no solo ao redor das lavouras), quanto pela contaminação de sementes naturais por transgênicas (o fenômeno da polinização cruzada) e pelo fato de que serem mais por fortes e resistentes a seleção natural tende a ser maior nas plantas que não são transgênicas.

Hoje, embora diversos alimentos com ingredientes à base de transgênicos sejam consumidos, não existe consenso na comunidade científica sobre a segurança dos transgênicos para a saúde humana e o meio ambiente. Casos de reação alérgica dos animais/humanos a estes alimentos já foram registrados. Testes de médio e longo prazo, em cobaias e em seres humanos, não são feitos, e geralmente são evitados pelas empresas de transgênicos.

Todos os consumidores têm o direito de saber o conteúdo do produto que está consumindo e as consequências disso, incluindo as técnicas empregadas para a melhoria daquele alimento. Neste sentido, em 2003, foi publicado o decreto de rotulagem (Decreto 4680/03), obrigando empresas da área da alimentação, produtores e vendedores, a identificarem, com um “T” preto, sobre um triangulo amarelo, o alimento com mais de 1% de matéria-prima transgênica.

No Brasil, onde 9,60% (dados de 2009/2010) das lavouras empregam transgênicos, as pesquisas sobre e o desenvolvimento tecnológico de alimentos transgêncios (ou OGM, organismos geneticamente modificados) são conduzidos pela Embrapa. A partir da Lei de Biossegurança (Lei 11105/05), a responsabilidade pela autorização do plantio e comercialização deste tipo de alimentos é feita pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

O Eco

Aplicativo ajuda usuário a denunciar lixões clandestinos


Sabe aqueles terrenos baldios que servem como lixões, existentes principalmente nos bairros de periferia? Sim? Pois bem, é obrigação das prefeituras coibirem esse tipo de prática, que é crime ambiental. Pensando nisso, a empresa WiseWaste lançou no dia 03 de julho o aplicativo Lixarada, uma ferramenta que permite ao usuário realizar denúncias de lixões clandestinos. A plataforma só está disponível para iPhone (sistema iOS) e a previsão é que a versão para Android estará disponível até o final do ano.

Para obtê-lo é simples: basta fazer o download na página do programa e realizar um cadastro para criação da conta. Funciona assim: o aplicativo permite que o usuário tire uma foto do lixão em questão. Em seguida, selecione a categoria do lixo, classifique o tamanho do depósito de lixo, faça uma breve descrição e envie a denúncia, que além de ter um sistema de geolocalização, ainda pode ser anônima, se assim optado.

Depois dessa etapa, a WiseWaste analisa e autoriza a denúncia que poderá ser compartilhada no facebook, tanto pela pessoa que denunciou como por outros usuários do aplicativo. Também conta com um botão para atualizar a denúncia caso conste que o lixão já foi limpo. Para fechar o ciclo, a WiseWaste enviará um relatório com as denúncias obtidas para as prefeituras das cidades.

“Existe um momento de todo o processo de aplicativo que existe a nossa curadoria física sobre tudo aquilo que foi denunciado. Como o app (aplicativo) trabalha muito com a posição geográfica da fotografia, então, a patir das denuncias recebidas, mensalmente será feito um resumo e, a partir desse resumo, vamos buscar qual prefeitura pertence a essa localidade”, explica Chicko Sousa, diretor da WiseWaste.

A curadoria é feita para que fotos fora do contexto sejam descartadas e não entrem no relatório enviado às prefeituras.

Segundo Sousa, a nova ferramenta vem lançar luz sobre o lixo que não é contabilizado, que é aquele jogado em terrenos baldios, áreas públicas. “Ai vai desde a conscientização de uma pessoa de não jogar o lixo na rua, mas também de empresas privadas que simplesmente preferem descartar o resíduo num terreno baldio e não sofrer o ônus do custo de fazer a disposição correta do material”, afirma.

O Brasil estabeleceu agosto de 2014 para acabar com os lixões. A tarefa dificilmente será cumprida. A obrigação de cuidar dos lixos é da prefeitura. O cidadão pode ajudar, cuidar do próprio lixo e denunciar a existência de lixões clandestinos são alguns exemplos.

Baixe o aplicativo Lixarada aqui.

O Eco

Máquina destila suor para criar água potável na Suécia


Uma máquina que destila a água contida em roupas encharcadas de suor, tornando-a potável, foi apresentada nesta semana na cidade de Gotemburgo, na Suécia.

O equipamento gira e aquece o tecido das roupas para extrair o suor na forma de vapor, que é conduzido a uma membrana que só deixa passar as moléculas de água.

A máquina foi criada especialmente para o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) para promover uma campanha de conscientização sobre a falta de água potável, problema que atinge 780 milhões de pessoas em todo o mundo.

Os responsáveis pelo equipamento afirmam que, desde que a máquina foi colocada em exposição em Gotemburgo, na segunda-feira, mais de mil pessoas "beberam o suor dos outros" e que a água é mais limpa do que a encontrada nas torneiras locais.

Um gole

A máquina foi desenvolvida e construída pelo engenheiro Andreas Hammar. Segundo ele, a parte mais importante do equipamento é um novo componente de purificação de água, desenvolvido por uma empresa chamada HVR, em colaboração com o Instituto Real de Tecnologia da Suécia.

"Ele utiliza uma técnica (de purificação) chamada destilação por membrana", contou Hammar à BBC.

"Nós usamos uma substância que é parecida como Gore-Tex (um tipo de tecido impermeável) que apenas deixa passar o vapor, retendo bactérias, sais minerais, fibras de tecido e outras substâncias."

"Eles têm algo similar na Estação Espacial Internacional para tratar a urina dos astronautas, mas a nossa máquina foi mais barata de construir", explicou o engenheiro.

"A quantidade de água que o equipamento produz depende do quanto uma pessoa sua, mas uma camiseta (suada) de uma pessoa tipicamente produz 10 ml, cerca de um gole de água."


'Pedalando como loucos'

O equipamento está sendo apresentado na Copa Gothia, considerada um dos maiores torneios internacionais de futebol juvenil do mundo, com a participação de crianças e jovens de 11 a 19 anos.

Diversos voluntários estiveram não apenas experimentando o suor tratado desde o início da semana em Gotemburgo, mas também ajudando a produzir mais água com seu próprio suor.

Mattias Ronge, presidente de uma agência de publicidade que organizou a apresentação da máquina, disse que ela ajudou a chamar a atenção para a campanha do Unicef, mas na realidade tem suas limitações.
"As pessoas não produziram tanto suor quanto a gente esperava e no momento o tempo em Gotemburgo é ruim", ele disse.

"Por isso, nós instalamos bicicletas ergométricas próximo da máquina, e os voluntários estão pedalando como uns loucos. Ainda assim, a demanda por suor é maior que a oferta."

Para Ronge, a máquina nunca será industrializada, porque "existem melhores soluções no mercado para tratar água, como pílulas purificadoras".

Entre aqueles que beberam a água estão meninas do Brasil que estão participando da Copa Gothia, que reúne times de 70 países e termina neste sábado.

G1

Cientistas encontram vírus gigantes com maiores genomas já vistos


Dois tipos de vírus gigantes descritos na edição desta semana na revista “Science” podem representar um grupo totalmente inusitado na árvore da evolução dos seres vivos. Os dois foram identificados na Austrália e no Chile, e ganharam o nome de pandoravírus, porque os cientistas consideram que sua descoberta é como abrir uma caixa de Pandora, cheia de surpresas.

Na revista, os autores franceses Jean-Michel Claverie e Chantal Abergel, do Centro Nacional de Pesquisas Científicas (CNRS, na sigla em francês), apresentam suas descobertas destacando que os pandoravírus não têm "semelhança genômica ou morfológica com nenhuma família de vírus previamente definida".

Um dos pandoravírus foi identificado no mar, perto da costa central do Chile, e chega a ter 1 micrômetro de tamanho (1 milésimo de milímetro). O outro, um pouco menor, estava no barro de um lago de água doce perto de Melbourne, na Austrália.

Além de terem tamanho que chega a cem vezes o de outros vírus, os dois exemplares têm o DNA mais longo já visto entre seus pares, maior até que o de alguns tipos de bactérias. Isso é um forte argumento contra a ideia de que os vírus são seres simples demais para serem considerados vivos.

G1

Burra ganha prótese de pata nos EUA


A burra Emma, que teve uma perna amputada logo após o nascimento, devido a um problema congênito, ganhou uma prótese experimental na Universidade Auburn, no Alabama, Estados Unidos.

Os pesquisadores esperam que a experiência com o bicho possa ajudar veterinários a implantar próteses em mais animais quadrúpedes, como burros e cavalos, evitando que tenham de ser sacrificados, informou, nesta quinta-feira (18), a agência Associated Press.

G1 Ciência

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Consea pede proibição de agrotóxicos vedados em outros países


O Brasil tornou-se o maior consumidor de agrotóxicos do mundo com 19% do mercado mundial. A taxa de crescimento do mercado brasileiro de agrotóxicos, entre 2000 e 2010, foi de 190% contra 93% do mercado mundial.

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA) encaminhou à presidenta da República, Dilma Rousseff, Exposição de Motivos (EM) com as propostas elaboradas pela Mesa de Controvérsias sobre Agrotóxicos, realizada em Brasília, nos dias 20 e 21 de setembro de 2012. A EM foi aprovada na Plenária do Conselho de junho deste ano, depois de ter sido discutida nas Comissões Permanentes.

O documento é uma crítica ao processo de “modernização” agrícola conhecido como “Revolução Verde”. Esta “modernização” transformou o modelo de produção agrícola e o país em uma grande fazenda monocultora e dependente de insumos químico-industriais. O governo de Ernesto Geisel estimulou a “Revolução Verde” e esse padrão se mantém, sendo a diretriz das políticas agrícolas governamentais.

Em 2007, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) realizou a Conferência Internacional sobre a “Agricultura Orgânica e Segurança Alimentar” e concluiu que a agricultura convencional esgotou sua capacidade de alimentar a população global e que existe a necessidade de substituição pela agricultura ecológica.

A Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), realizada em 2010, recomendou que os governos estimulassem o uso de diferentes formas de agricultura sustentável, entre elas a orgânica. Por sua vez, o Relator Especial sobre o Direito Humano à Alimentação, Olivier de Schutter, afirmou na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que a agroecologia é um novo paradigma de desenvolvimento agrícola que pode efetivar rapidamente o direito humano à alimentação adequada.

O Brasil tornou-se o maior consumidor de agrotóxicos do mundo com 19% do mercado mundial. A taxa de crescimento do mercado brasileiro de agrotóxicos, entre 2000 e 2010, foi de 190% contra 93% do mercado mundial.

A evolução da taxa de consumo de agrotóxicos, em 2005, cresceu de 7,5 quilos por hectare para 15,8 quilos por hectare em 2010. O percentual mais elevado se encontra entre os estabelecimentos com mais de 100 hectares dos quais 80% usam agrotóxicos

A Exposição de Motivos avalia o peso dos agrotóxicos nos custos de produção, os incentivos e das isenções tributárias aos produtos químicos que reduziu a zero as alíquotas, o impacto agroquímico dos produtos transgênicos.

O documento coloca em dúvida a legitimidade dos estudos que são feitos pelas próprias empresas solicitantes, para o registro de produtos agrotóxicos.

O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional apresentou à presidenta Dilma Rousseff uma série de propostas, entre as quais se podem destacar a de Proibir no Brasil os agrotóxicos já vedados em outros países; Proibir as pulverizações aéreas de agrotóxicos; Definir metodologia única de monitoramento em todos os órgãos ambientais nas três esferas federativas; Criar penalidades, incluindo o pagamento de ressarcimento financeiro, para os responsáveis pela contaminação por agrotóxicos e por transgênicos de sistemas agroecológicos, entre outras.

O INESC faz parte da coordenação da Comissão Permanente 1 do Consea, que trata do Sistema e da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. O Instituto contribuiu para a elaboração da Exposição de Motivos e tem se posicionado nos diversos espaços institucionais contra a maciça utilização de agrotóxicos e sementes transgênicas.

Informe do Inesc