Novas análises feitas em minerais retirados da caverna submersa
conhecida como o Grande Buraco Azul, em Belize, na América Central, dão
pistas sobre os motivos que levaram ao fim da civilização maia.
Os resultados do estudo, feito por pesquisadores da Universidade de
Rice, no Texas, corroboram uma teoria já existente: a de que uma grande
seca teria levado ao desaparecimento da sociedade maia.
A equipe de pesquisadores perfurou e coletou amostras de sedimentos
encontrados no Grande Buraco Azul e nos recifes de coral dispostos ao
redor da caverna. A composição dessas amostras foi analisada,
principalmente em relação à quantidade de titânio e alumínio.
Em entrevista ao site americano "LiveScience", o geólogo Andre Droxler,
da Universidade de Rice, explicou que a chuva corrói as rochas
vulcânicas da região, que contêm titânio, que é então transportado até o
oceano. Por esse motivo, quantidades menores desse elemento nos
sedimentos correspondem a períodos de menos chuva.
O que a análise dos sedimentos e dos corais demonstrou foi que houve um
período de seca extrema entre 800 d.C e 900 d.C, que coincide com o
momento em que a civilização maia começou a se desintegrar. A partir
dessa época, eles entraram em declínio econômico e cultural, e perderam
influência com a ascensão de outros povos, como os toltecas. Acabaram
dominados pelos espanhóis.
Grande Buraco Azul
O grande círculo azul escuro no meio do mar turqueza do Caribe costuma atrair mergulhadores e turistas do mundo todo. Localizado no Atol de Recifes Lighthouse, a cerca de 50 milhas a leste da cidade de Belize, o buraco é um círculo quase perfeito, de cerca de 300 metros de diâmetro e 125 metros de profundidade. É visível inclusive do espaço – foi captado por um satélite da Nasa em março de 2009.
No início dos anos 1970, o famoso oceanógrafo Jacques Cousteau explorou
seus túneis e estalactites. O Buraco Azul é parte da Reserva de
Barreiras de Recifes de Belize, considerada Patrimônio da Humanidade
pela Unesco.
Civilização Maia
A civilização maia dominou a península de Yucatán e o norte da América Central, onde atualmente ficam o sul do México, Belize, Guatemala e partes de Honduras e El Salvador. O auge desse povo foi entre os anos 800 e 1000 d.C.. A partir daí, eles entraram em declínio econômico e cultural, e perderam influência com a ascensão de outros povos, como os toltecas. Acabaram dominados pelos espanhóis, e ainda vivem na mesma região.
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