quinta-feira, 8 de março de 2012

Tempestade solar mais forte dos últimos cinco anos atinge a Terra


A Terra deve ser atingida hoje (8) por uma tempestade solar, com potencial para afetar redes elétricas, satélites de navegação GPS e rotas de aviões. Segundo a agência espacial norte-americana, a Nasa, a previsão é que a tempestade – a mais forte dos últimos cinco anos – liberou uma carga de partículas entre as 3h e as 7h (horário de Brasília).
De acordo com as imagens da tempestade, há duas ondas distintas. Na primeira, elas se espalham em todas as direções. Na segunda, as ondas são mais estreitas, dirigindo-se em direção ao Sudeste da Terra.  O processo, segundo a Nasa, começou por volta das 19h de terça-feira (6) em alguns lugares do mundo. Depois, foi sentido de forma intensa por volta das 20h em outros locais do planeta.
A tempestade foi provocada por grandes explosões que ocorreram no começo desta semana. O efeito maior será sentido nos polos do planeta. Aviões que passam por essas regiões podem ter que desviar suas rotas. As partículas solares chegarão à Terra a 6,4 milhões de quilômetros por hora, segundo o centro meteorológico norte-americano (cuja sigla em inglês é Noaa).
Imagens das regiões do Sol onde as explosões ocorreram revelam uma complexa rede de manchas, indicando que há quantidades enormes de energia magnética. Também foram observadas tempestades magnéticas nas últimas décadas. Uma explosão solar, em 1972, paralisou as linhas telefônicas do estado americano de Illinois.
De acordo com a Nasa, as tempestades ocorrem quando os campos magnéticos em volta da Terra mudam de forma rápida de intensidade e forma. Uma tempestade moderada geralmente provoca a chamada aurora e pode interferir na transmissão de alta freqüência de rádio perto dos polos.
O Observatório Solar Heliosférico norte-americano (Soho) capturou imagens que mostram parte do processo da tempestade. As partículas surgem de forma extremamente rápida, associadas com a erupção solar, provocando uma espécie de ruído no final das imagens – que também têm som.

Agência Brasil

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