domingo, 5 de maio de 2013

Agropecuária tem 30 anos de queda e seca deve reduzir 3% do PIB na PB


Há três décadas, a agropecuária perde força econômica na Paraíba, segundo um levantamento realizado na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Enquanto os setores industriais e de serviços avançam, o campo tem produtividade limitada pelo pouco desenvolvimento tecnológico e incentivo que gerem condições para um crescimento contínuo, sem as interrupções cíclicas causadas pelos períodos de estiagem.

Vítimas da maior seca das últimas décadas, os produtores têm poucas condições para manter o que restou e a expectativa é que a estiagem represente uma queda de pelo menos 3% do PIB. Economistas, produtores e trabalhadores rurais defendem razões eficazes e o Governo do Estado alega que tem mais de R$ 1,5 bilhão em obras estruturantes para preparar o campo para a falta de chuvas.

“A queda na produção está associada à produtividade baixa da atividade agropecuária do Estado, ainda carente de assistência técnica, máquinas e implementos agrícolas, sementes adequadas e crédito. A agropecuária utiliza, na maioria das unidades produtivas, técnicas rudimentares. Tem-se aqui e acolá algumas iniciativas de Organizações Não Governamentais (ONG’s) para adoção de técnicas alternativas de cultivo, mas, geralmente, as técnicas são bem primitivas e a produção é familiar, muitas vezes para o próprio sustento com um pequeno excedente que é vendido no mercado”, afirma o professor de economia da UFPB, Alysson André Cabral.

O Departamento de Economia da UFPB realizou um estudo que mostra que a atividade agropecuária ainda é marcada por fatores negativos presentes desde a formação do Estado, como alta concentração de propriedade fundiária.

Tecnologia é a solução do campo

A utilização de novas tecnologias, inovando em formas de acumulação de água, irrigação e novas espécies adaptadas ao clima seco, é uma saída para gerar desenvolvimento no campo.

Para o professor Alysson André Cabral, o modelo para enfrentar a seca é bem conhecido: estruturar ações para que se conviva com o fenômeno, armazenar água e alimentação nos períodos de fartura e desenvolver plantas e animais adaptados às condições climáticas do Nordeste.

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