Cerca de 200 países concordaram neste sábado (8), na conferência do clima da ONU em Doha, no Qatar, estender a validade do Protocolo de Kyoto até 2020.
A decisão evita um novo entrave após duas décadas de esforços
diplomáticos da ONU que, no entanto, não foram capazes de impedir o
aumento das emissões de gases do efeito estufa.
A conferência de Doha, a COP 18, tinha como por objetivo proporcionar o
nascimento a partir de 1º de janeiro de 2013 do segundo período do
protocolo de Kyoto, única ferramenta que compromete os países
industrializados a reduzir os gases de efeito estufa.
O Protocolo de Kyoto, de 1997, expiraria em 2012. A prorrogação foi decidida com um dia de atraso, após um longo debate. Seu alcance é simbólico, já que os compromissos, após a retirada de
Japão, Rússia, Canadá e Nova Zelândia, representam apenas 15% das
emissões globais de gases de efeito estufa.
No entanto, os países em desenvolvimento insistiram em manter vivo este
instrumento legal, que obriga os países do Hemisfério Norte a agir, em
nome de sua "responsabilidade histórica" nas mudanças climáticas.
Más notícias
Nas últimas semanas, os relatórios e estudos ressaltaram a situação real das mudanças climáticas e o fato de que os esforços realizados estão longe de poder freá-las, já que revertê-las parece difícil.
A temperatura global do planeta subirá de 3°C a 5°C, e não 2°C, a marca
para além da qual o sistema climático se tornaria incontrolável.
Desde 1995, a comunidade internacional se reúne todos os anos em
complexas e difíceis negociações dirigidas pela ONU para tentar aumentar
e distribuir de forma igualitárias as reduções de gases de efeito
estufa.
Paris 2015
A próxima grande reunião é a de 2015, em Paris, que terá o objetivo de alcançar um acordo universal sobre as reduções desses gases que envolva todos os países, incluindo os dois grandes poluidores do planeta, China e Estados Unidos, com medidas que devem entrar em vigor em 2020.
G1
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