Projeções de especialistas indicam que o aumento populacional, dos
preços dos alimentos e a limitação na disponibilidade de recursos vão
mudar os hábitos alimentares humanos nas próximas décadas.
Alguns analistas calculam que o preço dos alimentos pode dobrar nos
próximos cinco a sete anos, tornando itens hoje comuns, como carne, em
artigo de luxo.
Insetos
O governo holandês já investiu um milhão de
euros em pesquisa sobre como inserir carne de insetos nas dietas de seus
cidadãos e preparar leis para regulamentar sua criação.
Insetos fornecem tanto valor nutricional quanto
carne de mamíferos, mas custam e poluem muito menos. Cerca de 1, 4 mil
espécies poderiam ser consumidas pelo homem, compondo salsichas ou
hambúrgueres.
Boa parte da humanidade já come insetos,
especialmente na Ásia e África. Mas os mercados ocidentais devem
resistir à ideia e vão ser necessárias grandes campanha de marketing
para tornar aceitável ideia de incluir insetos como gafanhotos, formigas
e lagartas no cardápio.
Uso de som
Já é bem conhecida a influência que aparência e
cheiro podem ter sobre o que comemos, mas uma área em expansão que pode
render descobertas interessantes é a dos estudos sobre o efeito do som
sobre o paladar.
Um estudo da Universidade de Oxford descobriu
que é possível ajustar o gosto der determinados alimentos através da
música que se ouve ao fundo.
A música pode, por exemplo, fazer uma comida
parecer mais doce do que ela é. Esse recurso pode ajudar a reduzir o
consumo de açúcar.
Outro exemplo: Sons graves de instrumentos de sopro de metal (como saxofones ou tubas) acentuariam o gosto amargo de alimentos.
Empresas podem passar a recomendar listas de músicas para melhorar a "experiência" do consumo de seus produtos.
Carne de laboratório
Cientistas holandeses criaram carne em
laboratório usando células-tronco de vaca e esperam desenvolver o
primeiro "hambúrguer de proveta" até o fim de 2012.
A produção de carne artificial poderia trazer
grandes benefícios ao meio ambiente, pela redução no número de cabeças
de gado - grandes emissores de CO2 - e nas áreas de floresta desmatada
para a criação de pastos. A carne de laboratório poderia ser manipulada
para ter níveis bem mais saudáveis de gordura e nutrientes.
Os pesquisadores holandeses dizem que a meta é
fazer a carne in vitro ter o mesmo gosto que a tradicional - coisa que
ainda está longe de ter.
Algas
Elas podem alimentar homens e animais, oferecer
uma alternativa em graves crises alimentícias e ainda abrem mão do gasto
de terra ou água potável para seu cultivo.
Cientistas ainda apontam para o potencial de
algas como fontes de biocombustíveis - o que reduziria a dependência dos
combustíveis fósseis.
Alguns especialistas preveem que fazendas de algas poderiam se tornar a mais promissora forma de agricultura intensiva.
Elas já existem em países asiáticos como o Japão.
Como os insetos, elas poderiam ser introduzidas
em nossas dietas sem que soubéssemos. Cientistas na Grã-Bretanha estudam
a substituição de sal marinho por algas em pães e outros alimentos
industrializados.
Grãos têm um forte sabor, mas com baixo índice de sal, sendo portanto, mais saudáveis.
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