Milhares de pessoas saíram às ruas na tarde deste sábado (9) em
várias cidades do Brasil para protestar contra a eleição do deputado
Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para a presidência da Comissão de
Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
Em São Paulo, a concentração foi marcada para as 14h na esquina entre
a Avenida Paulista e a Rua da Consolação, na região central de São
Paulo. Munidos de cartazes, os manifestantes caminham pela Rua da
Consolação, ocupando faixas da rua no sentido centro.
Em Brasília, o protesto também pediu a saída de Renan Calheiros
(PMDB-AL) da presidência do Senado. A manifestação na capital do país
começou na Rodoviária do Plano Piloto, organizada em redes sociais por
membros do movimento LGBT e da Federação Umbanda e Candomblé de Brasília
e Entorno. Os manifestantes chegaram a interditar quatro faixas do Eixo
Monumental.
O senador Renan Calheiros foi lembrado também pelos manifestantes que tomaram as ruas do centro de Curitiba (PR), neste sábado.
Renan é investigado em inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF)
pelo suposto uso de notas fiscais frias para justificar, em 2007, que
tinha renda para pagar a pensão de uma filha. O senador apresentou as
notas, referentes a suposta venda de bois, para se defender da suspeita
de que a pensão era paga por um lobista de uma empreiteira.
O escândalo levou à renúncia do peemedebista do comando do Senado em
2007. O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviou denúncia
ao STF contra Calheiros.
Já em Vitória (ES), mais de 200 pessoas se reuniram na Praça do Papa
para protestar contra a nomeação do novo presidente da Comissão de
Direitos Humanos da Câmara.
De acordo com o organizador do evento no Espírito Santo, Guilherme
Rebelo, a mobilização é nacional e começou pelas redes sociais. “O
pastor não é a pessoa mais indicada para reivindicar o direitos humanos,
ele é um dos primeiros a fazer discursos homofóbicos e racistas.
Queremos sensibilizar a pessoas que desconhecem esse fato”, explicou
Rebelo.
O organizador disse ainda que o grupo vai sair em caminhada até a
Assembleia Legislativa com cartazes. A ideia é enviar uma nota de
repúdio pela nomeação do parlamentar à Comissão de Direitos Humanos do
Espírito Santo para que chegue a Câmara dos Deputados em Brasília.
G1
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