Como o Estado que possui, proporcionalmente, a maior extensão de área
comprometida pela desertificação (71% do seu território), a Paraíba viu a
degradação do solo e a erosão se tornarem um dos principais problemas
da região do semiárido paraibano, conforme consta no Relatório de
Atividades de 2012 do Instituto Nacional do Semiárido (INSA). O
desmatamento e a substituição da vegetação nativa por outra cultivada,
de ciclo e porte diferentes, são a principal causa do problema.
Realidade semelhante à de vários outros estados nordestinos.
Na tentativa de amenizar o problema, o INSA vem desenvolvendo um
sistema de monitoramento da desertificação para viabilizar a implantação
de sistemas agroflorestais que aumentem em até 150% os níveis de
matéria orgânica e nutrientes no solo, bem como a produtividade da
biomassa e biodiversidade, além da formação de “ilhas de fertilidade” ao
redor de árvores isoladas e a implantação de sistemas
agrossilvipastoris.
O trabalho de monitoramento recebeu a ajuda do sistema
micrometeorológico de balanço de energia em uma área da caatinga, que
foi instalado na Estação Experimental do INSA, localizado na Fazenda
Lagoa Bonita, no Sítio Salgadinho, em Campina Grande. De acordo com o
relatório do INSA, a degradação de terras na região semiárida deve ser
entendida como uma prioridade para o país. Portanto, como consta no
relatório do instituto, “projetos que almejem uma ação efetiva no
monitoramento e na organização de sistemas produtivos inovadores devem
ser fortemente orientados”.
Nesse sentido, no ano passado, o INSA promoveu, na Paraíba, várias
ações que contribuíram com a qualidade e quantidade da produção,
baseados na convivência sustentável. Exemplo destas ações foram a
potencialização e conservação da raça de gado curraleiro pé-duro como
alternativa para a pecuária do semiárido.
Também foi promovida a revitalização da cultura da palma forrageira,
com a implantação de três campos de pesquisa com as variedades de palma
resistentes à cochonilha do carmim, nos municípios de Campina Grande,
Bonito de Santa Fé e Soledade.
Os resultados destas ações, conforme mostra o relatório, vêm sendo
positivos e, por isso, tais iniciativas vão ser fomentadas este ano.
Jornal da Paraiba
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