sábado, 11 de janeiro de 2014

A Amazônia continua ameaçada, sobretudo por pastagens para a criação de gado


Na década de 70, o governo militar ofereceu incentivos fiscais para os investidores brasileiros e internacionais ‘desbravarem’ a Amazônia. Os empresários começaram a comprar terras que eram antigos seringais com o intuito transformar a floresta em ‘novas frentes de negócios’, sobretudo pastagens para a criação de gado.

A reportagem é de Germano Assad e Luana Lila, publicada pelo portal do Greenpeace, 06-01-2014.
Mas, diferente do que se imaginava em outras regiões do país, que tinham a ideia de que na Amazônia havia um enorme vazio demográfico, eram milhares de famílias de seringueiros e povos indígenas ocupando aquelas terras. Foi assim que começaram os conflitos com a expulsão de índios, ribeirinhos e seringueiros pelos novos “proprietários”.

Pessoas que nasceram naquelas terras de repente recebiam a notícia de que seriam obrigados a se retirar. Muitos foram enfrentar um destino de pobreza extrema e desemprego na periferia das grandes capitais do Norte. Outros perderam a economia de uma vida, enganados por grileiros. Os que resistiam eram pressionados por pistoleiros, ameaçados de morte por jagunços e muitas vezes tinham suas casas queimadas.

Foi nesse contexto que os seringueiros se organizaram nos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, apoiados pela Igreja, que criou as Comunidades Eclesiais de Base com a missão de conscientizá-los sobre seus direitos e formar líderes que pudessem atuar nas comunidades. O jornalista, escritor e documentarista Edilson Martins conhece bem essa história.

“Antes de conhecer o Chico eu conheci o Pinheiro, que foi presidente do sindicato antes, e foi assassinado nas mesmas condições que ele. O Pinheiro é o cara que começa a organizar a resistência em um momento que o governo militar decide substituir o ciclo mono-extrativista que dominava a Amazônia pelos grandes projetos agropecuários, madeireiros, de mineração, rodovias patrocinadas pelo banco mundial, transamazônica, ainda no final dos anos 60”, lembra.

O novo modelo, dominado pelo capital da indústria, das grandes fazendas e latifundiários se chocaria, mais para frente, com a figura do seringueiro, do ponto de vista territorial.

Mobilização e confronto pacífico pela resistência

O sindicato de Brasileia surgiu em dezembro de 1975, com a ascensão de Wilson Pinheiro como liderança. Wilsão, como era chamado pelos amigos, foi quem idealizou a forma de embate pacífico tão inspiradora até hoje, junto com Chico.

Ambos estavam frustrados depois de inúmeras denúncias feitas aos órgãos competentes à época, de invasão de terras, violência e agressão à floresta por parte de fazendeiros e pecuaristas, que terminavam sempre sem resposta.

Cansados, pensaram os empates, que tinham por objetivo impedir a derrubada da mata e outras formas de violência contra os seringueiros, como alternativa efetiva às denúncias feitas em vão.

Vinham trabalhadores da região de influência da BR-317 caminhando até o lugar onde os peões estavam prontos para realizar o desmate. Surgiam, de repente, centenas de homens, mulheres e crianças para formar uma corrente humana em frente a área a ser devastada. Do outro lado, muitos do que estavam prestes a desmatar eram os seringueiros que foram cooptados pelos novos donos da terra. Eles não tinham coragem de passar por cima de seus pares. Ali, no interior da floresta, homens e mulheres travavam um embate entre pobres, a serviço dos ricos.

Em pouco tempo eram oito sindicatos na região, com 25 mil associados. A luta era desigual pois os fazendeiros tinham o apoio do Estado, representado por policiais, advogados, juízes e políticos. Para a antropóloga Mary Alegretti, que viveu esse momento de mobilização, a partir da década de 80, a capacidade de articulação de Chico Mendes vinha da legitimidade que eles passava.

“Eu entendi qual era o sentido da luta dele porque eu tinha visto o que era o seringal, o patrão, o seringueiro eternamente endividado, eu tinha estudado essa situação. Então quando ele falava do seringueiro liberto, do empate, da necessidade da educação, eu tinha uma profunda empatia, porque eu tinha percebido exatamente, sabia o que ele estava falando. E acho que ele percebeu isso, por isso a gente tinha muita cumplicidade”, conta.

A manada passa e a soja fica

De lá pra cá, apesar dos esforços das lideranças locais, a pecuária acabou se instalando na Amazônia e se tornou o maior driver de desmatamento da região.

Segundo dados do Imazon, entre 1990 e 2003, o rebanho bovino da Amazônia Legal cresceu 140% e passou de 26,6 milhões para 64 milhões de cabeças. Na esteira da pecuária, a Amazônia foi tomada por outras commodities, como a soja, que foram expandindo a fronteira do desmatamento na Amazônia.

Um estudo publicado nesta semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) demonstrou a relação entre violência e desmatamento. De acordo com ele, municípios localizados em áreas de desmatamento da Amazônia sofrem mais com a violência do que outras cidades similares.

Segundo a pesquisa, a média da taxa de homicídios nos 46 municípios que mais desmatavam em 2010 era 48,8 por 100 mil habitantes naquele ano. Quase o dobro da observada nos outros 5.331 municípios pequenos e médios do país (27,1 por 100 mil habitantes).

O modelo de desenvolvimento que motivou a luta de Chico Mendes ainda é o mesmo, baseado em levar grandes projetos para a Amazônia sem compreendê-la e sem se preocupar com as pessoas que vivem lá.
Daí as situações se repetirem ainda hoje. A Amazônia 25 anos depois de Chico ainda sofre com a falta de governança e a impunidade.

“Até hoje, a ideia hegemônica sobre a Amazônia é que ela tem que se integrar a qualquer custo ao Brasil, quando na verdade é o Brasil que deveria se integrar a ela, reconhecendo que é dono de grande parte da maior floresta tropical do mundo e que deve estabelecer um modelo econômico diferenciado, respeitando os povos que vivem nela. Mas o que se vê é o governo entregando essa riqueza para a exploração desenfreada, numa lógica em que a floresta é vista como um empecilho para o desenvolvimento. Isso começou na época do Chico Mendes e permanece atual, sendo um dos grandes incentivadores da violência no campo”, afirma Danicley de Aguiar, da Campanha Amazônia do Greenpeace.

Eco Debate

Pesquisas mostram a crescente contaminação dos aquíferos paulistas por infiltração do esgoto urbano


Desde 2001, um grupo de cientistas do Centro de Pesquisas de Água Subterrânea (Cepas) do Instituto de Geociências (IGc) da USP tem desenvolvido pesquisas ligadas ao projeto Nitrato nas águas subterrâneas: caracterização do problema e subsídios a políticas públicas de planejamento territorial em cidades de São Paulo e os resultados mostram a crescente contaminação dos aquíferos por infiltração do esgoto urbano.

“Em locais onde não há saneamento, a contaminação ocorre pelas fossas ‘sépticas e negras’, já nas áreas com redes de esgoto o problema são os vazamentos. As redes são antigas e não passam por manutenção periódica. A presença do nitrato em áreas urbanas com rede de esgoto não era esperada de forma tão intensa”, afirma o professor Ricardo Hirata.

Municípios como São José do Rio Preto, Jales, Bauru, Urânia, São Paulo e Presidente Prudente (o último analisado em 2013) apresentaram quantidade de nitrato acima do aceitável em suas águas subterrâneas. O professor explica que o nitrato (NO3ˉ) é um dos “produtos” do esgoto e sua concentração na água serve como parâmetro de qualidade, já que em elevadas concentrações (acima de 45 miligramas de nitrato por litro de água) compromete a potabilidade humana e oferece riscos, sobretudo para crianças. A ingestão de nitrato reduz a capacidade de transporte de oxigênio do sangue e pode levar crianças a óbito por asfixia ou a problemas crônicos de crescimento”, diz Hirata.

Poços clandestinos

O pesquisador lembra que o Brasil e, principalmente, o Estado de São Paulo são dependentes da água subterrânea: “cerca de 75% das cidades paulistas têm o abastecimento público total ou parcial feito por águas de aquíferos”. Mas alerta para o problema dos poços clandestinos: “no Estado de São Paulo, quase 60% dos poços tubulares (vulgarmente conhecidos como artesianos) são ilegais, ou seja, não têm controle por parte do estado, com possibilidades de terem problemas de qualidade de suas águas. Isso significa que a população pode estar ingerindo água degradada por nitrato ou outros contaminantes e não saber”.

Outro problema ligado à poluição por nitrato, segundo Hirata, é a redução da oferta de água e sua disponibilidade para o abastecimento público e privado. “Descontaminar a água com nitrato é um processo caro, que, hoje, não vale a pena. Então, a opção dos gestores do recurso é fechar um poço para abrir outro em áreas menos contaminadas.”

O professor Ricardo Hirata ressalta que o objetivo das pesquisas é auxiliar no desenvolvimento de políticas públicas para tratar e evitar o problema que tem se agravado nos últimos anos, bem como de chamar a atenção para a contaminação de aquíferos por nitrato. Os estudos desenvolvidos na USP têm ajudado a subsidiar um recente documento produzido pelo Grupo de Trabalho – Nitrato (GT-Nitrato), organizado pela Câmara Técnica de Águas Subterrâneas (CTAS) do Conselho de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo (CERH), que visa auxiliar no enfrentamento do crescente e insidioso problema do nitrato nos municípios paulistas.

“Além de sugerirmos mais pesquisas nessa área, recomendamos que os poços de abastecimentos públicos nos municípios sejam feitos em áreas de baixa densidade populacional, menos propensa à contaminação por esgoto. Atualmente, a maioria dos poços de abastecimento público em cidades paulistas está em áreas urbanas.”

Eco Debate


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Pesquisadores alertam para expansão de transgênicos e agrotóxicos no Brasil


O pedido para a liberação de sementes transgênicas de soja e milho resistentes ao herbicida 2,4-D esquentou o debate sobre a regulamentação de plantas geneticamente modificadas e agrotóxicos na agricultura brasileira.

Pesquisadores e o Ministério Público Federal (MPF) solicitaram em dezembro à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), encarregada de analisar pedidos de vendas de transgênicos, que suspendesse os trâmites para a autorização das sementes tolerantes ao 2,4-D, um herbicida usado contra ervas daninhas que consideram nocivo à saúde.

Eles dizem que a liberação desses transgênicos poderá multiplicar de forma preocupante o uso do 2,4-D no Brasil.

Paralelamente, cobram maior rigor dos órgãos reguladores na liberação tanto de agrotóxicos quanto de transgênicos e alertam para a associação entre esses dois produtos no país.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente, o Brasil é hoje o maior consumidor global de agrotóxicos. O mercado brasileiro de transgênicos também é um dos maiores do mundo. De acordo com a consultoria Céleres, quase todo o milho e a soja plantados no país hoje são geneticamente modificados.

Especialistas ouvidos pela BBC Brasil dizem que a expansão dos transgênicos estimulou o mercado de agrotóxicos no país, já que grande parte das sementes geneticamente alteradas tem como principal diferencial a resistência a venenos agrícolas. Se por um lado essa característica permite maior controle de pragas, por outro, impõe riscos aos consumidores, segundo os pesquisadores.

Agente laranja

No centro do debate, o herbicida 2,4-D é hoje vendido livremente no Brasil e utilizado para limpar terrenos antes do cultivo.

Pesquisadores dizem que estudos associaram o produto a mutações genéticas, distúrbios hormonais e câncer, entre outros problemas ambientais e de saúde. O 2,4-D é um dos componentes do agente laranja, usado como desfolhante pelos Estados Unidos na Guerra do Vietnã.

O MPF pediu à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) que acelere seus estudos de reavaliação da licença comercial do 2,4-D. O órgão quer que o resultado da reavaliação da Anvisa, iniciada em 2006, embase a decisão da CTNBio sobre os transgênicos resistentes ao produto.

Já a Dow AgroSciences, que fabrica o agrotóxico e é uma das empresas que buscam a liberação dos transgênicos associados a ele, diz que os produtos são seguros. Em nota à BBC Brasil, a empresa afirma que 'o 2,4-D é um herbicida que está no mercado há mais de 60 anos, aprovado em mais de 70 países'.

O herbicida teve o uso aprovado em reavaliações recentes no Canadá e nos Estados Unidos. Segundo a Dow, trata-se de uma das moléculas mais estudadas de todos os tempos, gerada após mais de uma década de pesquisa e com base nas normas internacionais de segurança alimentar e ambiental.

Agrotóxicos combinados



O pedido para a liberação das sementes resistentes ao 2,4-D reflete uma prática comum no mercado de transgênicos: a produção de variedades tolerantes a agrotóxicos. Geralmente, assim como a Dow, as empresas que vendem esses transgênicos também comercializam os produtos aos quais são resistentes.

'É uma falácia dizer que os transgênicos reduzem o uso de agrotóxicos', afirma Karen Friedrich, pesquisadora e toxicologista da Fiocruz.

Friedrich cita como exemplo a liberação de soja transgênica resistente ao agrotóxico glifosato, que teria sido acompanhada pelo aumento exponencial do uso do produto nas lavouras.

Caso também sejam liberadas as sementes resistentes ao 2,4-D, ela estima que haverá um aumento de 30 vezes no consumo do produto.

Segundo a pesquisadora, o 2,4-D pode provocar dois tipos de efeitos nocivos: agudos, que geralmente acometem trabalhadores ou pessoas expostas diretamente à substância, causando enjôo, dor de cabeça ou até a morte; e crônicos, que podem se manifestar entre consumidores muitos anos após a exposição a doses pequenas do produto, por meio de alterações hormonais ou cânceres.

O médico e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Wanderlei Pignati, que pesquisa os efeitos de agrotóxicos há dez anos, cita outra preocupação em relação aos produtos: o uso associado de diferentes substâncias numa mesma plantação.

Ele diz que, embora o registro de um agrotóxico se baseie nos efeitos de seu uso isolado, muitos agricultores aplicam vários agrotóxicos numa mesma plantação, potencializando os riscos.

Pignati participou de um estudo que monitorou a exposição a agrotóxicos pela população de Lucas do Rio Verde, município mato-grossense que tem uma das maiores produções agrícolas do Brasil.

A pesquisa, diz o professor, detectou uma série de problemas, entre os quais: desrespeito dos limites mínimos de distância da aplicação de agrotóxicos a fontes de água, animais e residências; contaminação com resíduos de agrotóxico em todas as 62 das amostras de leite materno colhidas na cidade; e incidência 50% maior de acidentes de trabalho, intoxicações, cânceres, malformação e agravos respiratórios no município em relação à média estadual nos últimos dez anos.

O pesquisador defende que o governo federal invista mais no desenvolvimento de tecnologias que possam substituir os agrotóxicos - como o combate de pragas por aves e roedores em sistemas agroflorestais, que combinam a agricultura com a preservação de matas.

Já a Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA) diz que os agrotóxicos (que chama de produtos fitossanitários) são imprescindíveis para proteger a agricultura tropical de pragas e ervas daninhas, assim como para aumentar a produtividade das lavouras.

Cabo de guerra

Pesquisadores e o MPF também querem maior rigor dos órgãos que analisam pedidos de liberação de agrotóxicos e transgênicos.

A liberação de agrotóxicos exige aprovação da Anvisa (que analisa efeitos do produto na saúde), do Ibama (mede danos ao ambiente) e do Ministério da Agricultura (avalia a eficiência das substâncias).

Cobrada de um lado por pesquisadores e médicos, a Anvisa é pressionada do outro por políticos ruralistas e fabricantes de agrotóxicos, que querem maior agilidade nas análises.

Ana Maria Vekic, gerente-geral de toxicologia da Anvisa, diz que há várias empresas, entre as quais chinesas e indianas, à espera de entrar no mercado brasileiro de agrotóxicos.

Ela diz que a falta de profissionais na Anvisa dificulta as tarefas da agência. A irritação dos ruralistas tem ainda outro motivo: a decisão da agência de reavaliar as licenças de alguns produtos.

As reavaliações, explica Vekic, ocorrem quando novos estudos indicam riscos ligados aos agrotóxicos - alguns dos quais são vendidos no Brasil há décadas, antes da criação da Anvisa, em 1999.

'Quando começamos a rediscutir produtos, passamos a ser um calo para os ruralistas', ela diz à BBC Brasil.
Instatisfeitos, os representantes do agronegócio têm tentado aprovar leis que reduzem os poderes da Anvisa na regulamentação de agrotóxicos.

'Fazemos o possível para nos blindar, mas a pressão é violenta', diz Vekic.

Questionada sobre a polêmica em torno do 2,4-D, a CTNBio disse em nota que voltaria a discutir o assunto em fevereiro.

Segundo a comissão, o plantio de transgênicos não impede a produção de orgânicos ou de outras variedades de plantas.

A CTNBio disse ainda que não lhe compete avaliar os riscos de agrotóxicos associados a transgênicos, e sim a segurança dos Organismos Geneticamente Modificados.

G1 Natureza

Telescópio da Nasa capta fenômeno espacial apelidado de a 'mão de Deus'


Imagem registrada pelo Telescópio Nuclear Espectroscópico, o NuSTAR, mostra os restos energizados de uma estrela morta, uma estrutura apelidada de “Mão de Deus”, devido ao formato semelhante ao de uma mão.

A fotografia, feita a partir de emissões de raios X, mostra uma nebulosa localizada há 17 mil anos-luz de distância da Terra que é alimentada por um pulsar (estrela morta) chamado de B1509.

O equipamento que captou o fenômeno é da agência espacial americana, a Nasa. Segundo a instituição, um dos grandes mistérios deste objeto é a interação específica das partículas do pulsar, que criam a aparência de uma mão – tratada pelos cientistas como uma ilusão de ótica.

G1

Intensidade dos raios ultravioleta chega a nível extremo na Paraíba e SES alerta sobre riscos à saúde


O índice de radiação UV (ultravioleta) atinge nível extremo na Paraíba, nesta quinta-feira (9). Até o próximo domingo (12), de acordo com o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (CPTEC), o índice na Paraíba deve chegar a 12, nível considerado extremo. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) alerta que os raios UV podem causar sérios danos à saúde. Entre os malefícios estão o envelhecimento precoce, câncer de pele, problemas oculares e até mesmo alterações no sistema imunológico.
 
De acordo com o CPTEC, às 10h30 desta quinta-feira, foram registrados índices de raios ultravioleta de intensidade 10, em João Pessoa e Campina Grande; 8 em Sumé (muito alto); 11 em Patos e 12 em Cajazeiras e Pombal, níveis considerados extremos.

A dermatologista do Complexo Hospitalar Clementino Fraga, Luciana Trindade, alerta que as pessoas devem tomar alguns cuidados para evitar os efeitos nocivos dos raios UV. “São cuidados que temos que ter diariamente, como evitar a exposição ao sol do horário das 9h às 15h, e, neste período de alta estação, até ás 16h. Caso a pessoa tenha que se submeter a essa exposição, sempre usar protetor solar com fator igual ou maior que 30, principalmente crianças, gestantes, idosos e pessoas com a pele e olhos mais claros, tudo isso sem abrir mão de uma hidratação permanente”, explicou.

Índice Ultravioleta – O Índice Ultravioleta (IUV) é uma medida da intensidade da radiação incidente sobre a superfície da Terra. O IUV representa o valor máximo diário da radiação ultravioleta. Isto é, no período referente ao meio-dia solar, o horário de máxima intensidade de radiação solar.

Pior horário – Cerca de 20% a 30% da quantidade de energia UV no verão chega à Terra em torno do meio-dia (entre 11h e 13h), e cerca de 70% a 80% entre as 9h e 15h. A presença de nuvens e aerossóis (partículas em suspensão na atmosfera) atenua a quantidade de radiação UV. Porém, parte dessa radiação não é absorvida ou refletida por esses elementos e atinge a superfície terrestre. Deste modo, dias nublados também podem oferecer perigo, principalmente para pessoas de pele sensível.

Portal midia

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Arqueólogos descobrem tumba de faraó que reinou há 3.800 anos


Uma equipe de arqueólogos americanos identificou uma tumba de 3.800 anos como sendo a de Sobekhotep I, um faraó da 13ª dinastia do Antigo Egito, indicou nesta segunda-feira (6) o ministério egípcio das Antiguidades.

Essa descoberta, realizada na cidade de Abydos, no estado de Sohag, é importante, já que os especialistas pouco sabiam sobre este faraó que "governou o Egito durante quatro anos e meio, o reinado mais longo da época", declarou uma autoridade do ministério, Ayman El-Damarani.

A equipe americana da Universidade da Pensilvânia descobriu há um ano o imponente sarcófago do soberano, que pesa mais de 60 toneladas.


Contudo, os arqueólogos só o identificaram há uma semana, após a descoberta de uma inscrição com o seu nome que o reprenta sentado no trono. Urnas funerárias e objetos pertencentes ao faraó também foram encontrados no local.


G1 Ciência