sábado, 22 de fevereiro de 2014

Aeronave dos EUA vai sobrevoar a floresta e coletar dados na Amazônia


Pela primeira vez, em aproximadamente 20 anos, uma aeronave de pesquisa internacional foi autorizada pelo Governo Federal a entrar no espaço aéreo brasileiro. Segundo a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), a aeronave Gulfstream ARM 1 será utilizada para verificar o potencial de crescimento urbano em áreas ambientais, especialmente na Amazônia.De propriedade do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DoE/EUA), o equipamento também servirá para analisar a interação da floresta amazônica com a atmosfera.

Com um aporte financeiro de R$ 24 milhões da Fapeam, as pesquisas já possuem base nos municípios de Manacapuru e Iranduba - a 61 e 27 km de distância de Manaus, respectivamente. Os estudos também serão realizados no Observatório com Torre Alta da Amazônia (Projeto ATTO), nas proximidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã;  e em Manaus, nas dependências do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

A Fazenda Exata abriga 15 contêineres-laboratórios com uma série de equipamentos para medir, entre outros, propriedades da atmosfera, formação e desenvolvimento das nuvens, fluxos de radiação solar e atmosférica, além de variáveis meteorológicas como temperatura, velocidade e direção do vento.  Segundo a Fapeam, há ainda quatro torres instrumentadas, duas em Uatumã, com pesquisas entre os Institutos Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Max Planck de Química (MPIC/Alemanha), e duas no Bosque da Ciência, no Inpa, em uma parceria entre o Inpa e a UEA..

Programação de voos

Ainda de acordo com o órgão, a aeronave - também conhecida como G-1 - deve realizar 75 horas de voo no entorno de Manaus durante a estação úmida. No dia 27 de março, o avião retorna para os Estados Unidos.

Após essa etapa, a aeronave retorna para Manaus nos meses de setembro e outubro para realizar voos durante a seca. Para essa fase, está prevista a vinda de outro avião, o High Altitude and Long Range Research Aircraft (Halo), da Alemanhã. Nesse período, as aeronaves serão equipadas para coletar dados de gases, aerossóis e medidas de nuvens, em voos com duração de quatro a cinco horas.

G1

“Avanço dos transgênicos inviabiliza agroecologia”, afirma especialista


Na manhã de quarta-feira, 19-02-2014, foi suspenso o julgamento da Ação Civil Pública que pedia a anulação da Resolução Normativa de nº 4 da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio, que determina as atuais regras para o cultivo de sementes transgênicas de milho no Brasil. O julgamento ocorreu no Tribunal Regional Federal da 4ª região – TRF4, em Porto Alegre, e foi acompanhado pela advogada da Terra de Direitos, Katya Isaguirre, que conversou com a IHU On-Line, por telefone, logo após a sentença.

Crítica à Resolução Normativa de nº 4 da CTNBio, Katya assinala que a resolução é “ineficiente e não atinge os padrões mínimos de coexistência” entre lavouras de milho transgênico e não transgênico, além de não garantir padrões de segurança  ambiental e de direito dos agricultores e consumidores. Na entrevista a seguir, a advogada explica as irregularidades da normativa e acentua que ela “não atende às características socioculturais do Brasil, porque não é feita uma análise das diferenças existentes nos diversos biomas e ecossistemas”.

De acordo com ela, o avanço do milho transgênico em todo o país faz com que agricultores tenham dificuldades de utilizar sementes crioulas e investir na agroecologia. “No Rio Grande do Sul, um estudo demonstra que houve uma diminuição significativa — cerca de 20% — de agricultores orgânicos e agroecológicos que desistiram de produzir o milho crioulo, o milho sem transgênico, porque a possibilidade de contaminação é enorme”, assinala.

Katya Isaguirre é graduada em Direito, mestre em Direito Empresarial e Cidadania e doutora em Meio Ambiente e Desenvolvimento pela Universidade Federal do Paraná – UFPR. Atualmente é professora de Direito Ambiental e Agrário da Universidade Federal do Paraná e advogada da ONG Terra de Direitos.

Como foi o julgamento do Tribunal Regional Federal da 4ª região – TRF4 da Ação Civil Pública, que questiona as regras para o plantio de milho transgênico determinadas pela Resolução Normativa de nº 4 da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio?

Houve um pedido de vistas pela desembargadora Vivian Josete Pantaleão Caminha, que integrou a composição da Corte. Ela quer examinar melhor os autos. Por isso, ainda não houve uma decisão definitiva.

A relatora do processo, a desembargadora Marga Inge Barth Tessler, e o desembargador Carlos Eduardo Thompson Flores Lenz votaram para manter a sentença. Com esse resultado perderíamos o processo. Mas tivemos como positivo o pedido de vistas e o parecer do Ministério Público Federal. O representante do MPF reconheceu que a contaminação de milho não transgênico por milho transgênico está provada nos autos do processo e que existe uma colisão de direitos entre os produtores de transgênicos, os agricultores familiares e os povos e comunidades tradicionais. Ou seja, é mais do que necessário rever a Resolução Normativa nº 4 da CTNBio.

Já foi determinada a data do novo julgamento?

Ainda não, porque os juízes não têm um prazo específico para recolocar o processo na pauta. Nos próximos 15 dias não teremos modificações.

Quais são as críticas feitas à Resolução Normativa de nº 4 da CTNBio?

São várias. Aliás, é muito importante estarmos conversando sobre isso, porque o representante da Monsanto disse, na sustentação oral, que a questão que estamos levantando é uma “realidade fantástica”, ou seja, algo que não corresponde à realidade dos agricultores, porque não se vê, na mídia, nenhuma reportagem ou notícia sobre o tema.

Insisti com ele que a Resolução Normativa de nº 4 da CTNBio deveria dar conta de garantir um padrão de coexistência entre milho transgênico e milho não transgênico. Agora, a coexistência não depende somente da distância entre as culturas. O conceito de coexistência exige que se garantam padrões mínimos de proteção à biodiversidade, direito de informação aos consumidores para que eles possam escolher os alimentos que irão consumir e direito de escolha aos agricultores para que decidam qual modelo de semente irão utilizar: transgênica ou crioula.

A coexistência, nesse sentido, não é analisada somente do ponto de vista econômico, mas tem de comportar dimensões ambientais, de soberania e segurança alimentar, do patrimônio histórico-cultural e do direito de escolha do agricultor e do consumidor.

A normativa da CTNBio estabelece um distanciamento de no mínimo 100 metros para separar uma cultura da outra. Só que esse é um padrão de medida que não atende às características socioculturais do Brasil, porque não é feita uma análise das diferenças existentes nos diversos biomas e ecossistemas.


Além disso, não se leva em consideração as variáveis climáticas, ou seja, a força e a direção dos ventos, porque o milho é uma espécie de polinização cruzada, então um vento forte desloca o pólen do milho para outras distâncias. A normativa também não considera o tamanho das áreas agrícolas e o mosaico que se forma do conjunto dos imóveis rurais em determinadas regiões do Brasil.

É possível ter uma propriedade muito grande com cultivo transgênico e outras propriedades menores em volta, que plantam milho não transgênico. Nesse caso, a contaminação pode ser muito grande. Então, a diferença de tamanho influencia a contaminação.

Ao realizar esta normativa, a CTNBio também não levou em conta o zoneamento ecológico econômico e o georreferenciamento, que são instrumentos de regularização presentes no Código Florestal antigo.

Metragem entre os plantios



Além disso, os estudos científicos que estão anexados ao processo mostram que pode existir uma diferença na metragem, se ela será de 100, 200 ou 300 metros. Mas todos os especialistas são unânimes em afirmar que, em distâncias de até 100 metros, ocorre contaminação, e o laudo da Secretaria de Agricultura do Paraná comprovou que existe contaminação no estado.

Se formos utilizar as referências da União Europeia, como o juiz referiu, temos de considerar que a rotulagem do produto é diferente da nossa. Eles levam em consideração 0,9% de transgênico por produto. Mas as distâncias de isolamento deles variam de 15 a 800 metros e consideram diversas variáveis para fazer o cálculo: o país, o tipo de cultura, o tamanho das áreas agricultáveis, o tipo de cultivo, se é orgânico ou convencional, etc.

Também temos de dimensionar a realidade agrária brasileira, pois a aplicabilidade dessa metragem varia se for para um pequeno ou um grande produtor.

Guardiões do patrimônio genético

Com relação à liberdade e autonomia dos agricultores, povos e comunidades tradicionais, a normativa não considera que eles são guardiões do patrimônio genético. Eles são agricultores, mas manipulam a semente para o próximo plantio, realizam o melhoramento genético, trocam as sementes com os outros produtores. E essa é a base do Tratado Internacional de Recursos Fitogenéticos para a Alimentação e a Agricultura, que diz que uma das diretrizes do desenvolvimento rural sustentável é a conservação dentro das propriedades. O Brasil é signatário desse tratado, mas isso não foi considerado à época da elaboração da normativa.

Decreto 4.680

Outra questão a ser considerada é a que diz respeito aos consumidores, porque é difícil tornar viável o direito à alimentação adequada. O artigo 2º do Decreto 4.680 foi utilizado pelo juiz para dizer que a rotulagem dos produtos com transgênico só acontece quando for encontrado um percentual acima de 1% de transgênico no produto. O juiz usou isso para dizer que não existe resolução na legislação que preveja contaminação zero. Isso está absolutamente errado, porque a medida da rotulagem é sociopolítica. Todos os produtos deveriam ser rotulados. Não encontramos mais farinha de milho não transgênica no mercado, e a contaminação está cada vez mais forte.

Essa normativa também não compreende a dimensão do patrimônio histórico-cultural, porque a manipulação das sementes faz parte do modo de vida dos povos tradicionais e dos agricultores. Simplesmente permitir a contaminação faz com que eles não tenham condições de reproduzir esse modo de vida.

Também há uma diferença importante a ser feita entre o Decreto 4.680, que estabelece a obrigatoriedade de rotulagem para produtos transgênicos superior a 1%, e as coexistências, que é o objetivo da CTNBio. A finalidade do Decreto é dar informação aos consumidores e esse é um dos critérios da coexistência, mas não é o único. Existem outros dois: meio ambiente e direito de escolha dos agricultores. Esse Decreto está equivocado porque não oferece segurança aos produtores para impedir a contaminação. Existe uma divergência de finalidade entre esse Decreto e a resolução normativa que queremos invalidar.

O argumento do juiz, quando disse que não existe, para a legislação nacional, nenhuma referência de que seja necessário 0% de contaminação, é equivocado, por duas razões: existe uma legislação de referência que prevê 0% de contaminação, que é a Lei 10.831, de 2003, a qual define o que é o sistema orgânico de produção. Quando se define esse sistema, é dito claramente que é necessário que ele não sofra nenhuma espécie de contaminação por organismos geneticamente modificados. A segunda razão é que o objetivo da ação não é garantir 0% de contaminação. O objetivo é declarar a invalidade de uma norma que é ineficiente e não atinge os padrões mínimos de coexistência, padrões de segurança ambiental e de direito dos agricultores e consumidores.

Historiografia

Por fim, lembramos que a historiografia existente por trás da questão dos transgênicos leva a uma realidade que foi construída às pressas. Se lembrarmos de como ocorreu a introdução de cultivos clandestinos no Rio Grande do Sul em 2003 até a situação atual de 2014, veremos que as normas de antes eram mais protetivas e próximas do conceito de coexistência do que as que existem hoje. O artigo 9º da Lei 10.814 previa que o produtor de transgênicos que contaminasse terceiros pelo uso desses produtos teria de responder a uma indenização. Esse artigo deixou de existir.

Além disso, há um comunicado técnico da CTNBio, segundo o qual há necessidade de se observar uma distância de 400 metros quando se faz plantio de semente transgênica de finalidade experimental. Aí você pensa e chega à seguinte pergunta: como se tem uma norma que prevê um distanciamento de 400 metros quando o assunto em questão é a proteção da propriedade intelectual das sementes transgênicas, sendo que de outro lado se tem uma normativa inferior quando a referência é a proteção do agricultor? Há uma incompatibilidade absoluta de normas.

Por fim, a normativa, na sua integralidade, é inválida porque é ineficiente e está distante de apresentar respostas para a questão da subsistência, a qual tem de ser vista como uma proposta social e política e requer a participação de toda a sociedade. É preciso que o Brasil tenha um plano de coexistência próprio de acordo com as diferenças do país.

Quais os contra-argumentos do representante da Monsanto diante dos teus argumentos?

O representante da Monsanto insistiu em dizer que a CTNBio é a única competente para tratar de assuntos dessa natureza. Que esta é uma avaliação técnica e não caberia ao poder judiciário entrar no mérito da questão. Mas isso foi bem resolvido pela sentença de primeiro grau, porque ela confirmou que o poder judiciário é competente para avaliar o mérito do ato administrativo. Nesse ponto, o argumento dele não acrescenta nada.

Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, 81,4% do milho do país são de origem transgênica. Como os agricultores têm reagido à possibilidade de plantar milho transgênico? Há estimativas da adesão ao milho transgênico desde a sua liberação no país?

Existem vários dados. No Rio Grande do Sul, um estudo demonstra que houve uma diminuição significativa — cerca de 20% — de agricultores orgânicos e agroecológicos que desistiram de produzir o milho crioulo, o milho sem transgênico, porque a possibilidade de contaminação é enorme. Tanto os agricultores quanto as lideranças são fortes em afirmar que a contaminação está acontecendo, e faz com que os agricultores não tenham mais condições de manter a produção orgânica agroecológica, porque ela se torna inviável.

Além disso, é muito complicado conseguir o certificado orgânico. Se for detectada a contaminação do plantio de um determinado agricultor, ele perde o certificado, e algumas vezes o grupo de agricultores vinculados a ele, também. Nesse caso, eles têm de se submeter a um novo processo de certificação, o qual implica um período de repouso da terra para ela se “reacomodar” ao padrão agroecológico. Então, o avanço do cultivo transgênico inviabiliza a produção orgânica e agroecológica.


MST

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Novo relatório revela um pesadelo tóxico em roupas infantis de marcas de luxo


Uma investigação do Greenpeace Internacional divulgada hoje (em inglês) revelou que as mesmas substâncias químicas perigosas usadas na produção de roupas de marcas comuns também são utilizadas em roupas infantis de marcas de luxo como Versace, Louis Vuitton, Dior e Dolce&Gabbana.

“As marcas de luxo apostam muito na exclusividade e qualidade de seus produtos. Mas esse relatório mostra que eles estão enganando os seus consumidores com mentiras tóxicas. As substâncias químicas perigosas afetam a todos nós. As empresas precisam desintoxicar sua cadeia de produção e entender que as pessoas conseguem ver além da grande ilusão que essas marcas criaram”, disse Chiara Campione, do Greenpeace Itália.

As substâncias encontradas pela investigação do Greenpeace são despejadas nos rios e lagos de países onde são fabricadas, mas também estão sendo liberadas das roupas compradas e vendidas no mundo todo. Quando liberadas no meio ambiente elas podem contaminá-lo e algumas podem se tornar substâncias tóxicas capazes de causar distúrbios hormonais e gerar riscos de saúde para crianças e adultos.

“Já está na hora dessas marcas de luxo, que são conhecidas como formadoras de opinião no mundo da moda, começarem a liderar a revolução para uma moda livre de tóxicos. Comprometendo-se com a desintoxicação de suas cadeias de produção, marcas como Valentino e Burberry mostraram que a moda não precisa custar o planeta. O que as marcas viciadas em tóxicos como Versace, Louis Vuitton, Dior e Dolce&Gabbana estão esperando?” questionou Campione.

Essa é uma história de verdade que afeta a todos nós, mas que ninguém gostaria de contar para seus filhos. Felizmente, as pessoas têm o poder de dar a ela um final feliz. Vamos nos unir ao pequeno rei por uma moda livre de substâncias tóxicas perigosas  em nome do bem estar de todas as crianças ao redor do mundo.

Eco Debate

Em alagamentos, formigas se unem para formar 'balsa' e proteger rainha


Em situações de alagamento, as formigas procedem a uma ação orquestrada que protege a maior parte da colônia. Elas se juntam, enroscando patas com patas, ou patas com mandíbulas, formando uma pequena "balsa".

As larvas e as pupas sempre ficam embaixo, formando a base da embarcação. As operárias se distribuem ao longo da estrutura. Já a rainha ocupa o centro, exatamente no ponto mais protegido. A lógica dessa estrutura coletiva foi desvendada por pesquisadores da Universidade de Lausanne e da Universidade de Neuchâtel, ambas na Suíça. A pesquisa foi publicada nesta quarta-feira (19) no periódico científico "PLoS ONE".

À primeira vista, pode parecer que as larvas e pupas que formam a base da balsa são sacrificadas em benefício da comunidade. Porém, investigações mais aprofundadas mostraram que esses filhotes, na verdade, tem grandes chances de sobrevivência, pois conseguem boiar com mais facilidade do que os outros membros da colônia.

Os pesquisadores observaram que, na presença da água, as operárias começam a coletar larvas e pupas. Segurando-as com as mandíbulas, os filhotes servem de base para a estrutura. Outras operárias se empilham sobre o grupo e, quando o nível da água se eleva, as rainhas se movem para ocupar o centro da pilha. Quando a estrutura toda começa a flutuar, ela geralmente é formada por três a quatro camadas de operárias. O estudo foi feito em laboratório com a espécie Formica selysi.

A pesquisadora Jessica Purcell, da Universidade de Lausanne, explicou que se esperava que os indivíduos que formavam a base da balsa fossem os que mais sofressem mais com a estratégia. "Ficamos surpresos de ver que as formigas sistematicamente colocam os membros mais jovens da colônia nessas posições", diz Jessica. "Mas experimentos adicionais revelaram que os filhotes são os membros que têm a maior capacidade de boiar da sociedade, e que a estratégia não diminui sua sobrevivência; portanto, a configuração beneficia o grupo a um custo mínimo", diz.

G1 Natureza

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Sistema Cantareira tem volume de água abaixo de 19%; o menor da história


Com a falta de chuvas no estado de São Paulo, o volume de água do Sistema Cantareira alcançou hoje (13) o menor nível histórico. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o volume armazenado do sistema chegou a 18,8% do total da capacidade.

O Sistema Cantareira é o maior da região metropolitana de São Paulo e abastece as regiões norte e central e parte das zonas leste e oeste da capital, além dos municípios de Franco da Rocha, Francisco Morato, Caieiras, Osasco, Carapicuíba e São Caetano do Sul, e parte dos municípios de Guarulhos, Barueri, Taboão da Serra e Santo André.

Ontem (12), técnicos da Agência Nacional de Águas (ANA), do Departamento de Águas e Energia Elétrica, órgão estadual; e da Sabesp, que compõem o comitê anticrise, discutiram medidas para evitar a falta de água na capital e na região metropolitana. Segundo o departamento, até amanhã (14), um documento conjunto deverá ser divulgado apontando o que será feito para evitar problemas no abastecimento de água.

A Sabesp lançou uma campanha oferecendo um desconto de 30% no valor da conta dos consumidores que economizarem 20% no consumo em relação ao gasto médio dos últimos 12 meses. Poderão participar os consumidores residenciais, comerciais e industriais.

Segundo a Sabesp, na primeira semana em que o desconto passou a valer, entre os dias 2 e 9 de fevereiro, 302 milhões de litros de água foram poupados no Sistema Cantareira, volume suficiente para abastecer 120 piscinas olímpicas.

Agência Brasil

Cientistas descobrem que crocodilos têm habilidade de escalar árvores


Pesquisadores da Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos, descobriram que determinadas espécies de crocodilos têm a habilidade de escalar árvores, conseguindo alcançar alturas de até 5 metros.

A análise feita com répteis da Austrália, da África e da América do Norte foi publicada recentemente na revista científica "Herpetology Notes".
A investigação foi conduzida pelo professor Vladimir Dinets, do departamento de psicologia da universidade americana.

Ele seus colegas observaram o hábito dos crocodilos nos três continentes e constataram que quatro espécies subiam em árvores que geralmente tinham galhos próximos da água.

Além disso, répteis menores são capazes de alcançar galhos mais altos que aqueles que têm o corpo maior.
Os pesquisadores sugerem que a escalada é feita com o objetivo de regular a temperatura corporal fora da água e vigiar possíveis ameaças, além de encontrar presas.

G1 Natureza 

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Na Paraíba, as águas da transposição do rio São Francisco vão se misturar a águas poluídas por esgotos


Na Contramão da Transposição – Na Paraíba, as águas limpas da transposição do rio São Francisco vão se misturar a águas poluídas por esgotos sem tratamento de diversos municípios

Definidas as últimas licitações para a execução das obras da transposição do rio São Francisco, redimensionados os prazos de conclusão, restabelecidas as metas e retomado o andamento, a obra avança inexoravelmente. Na contramão da construção, porém, alguns obstáculos terão de ser superados para o aproveitamento dessa água – que já está saindo cara.

O pesquisador e doutor em Recursos Naturais, Augusto Silva Neto, do Instituto Federal da Paraíba (IFPB), ressalta três pontos essenciais que devem ser resolvidos pelos estados receptores para o aproveitamento adequado das águas do São Francisco pela população: o esgotamento sanitário nas cidades ao longo dos leitos dos rios e reservatórios, a educação ambiental da população que mora nas áreas rurais e, no caso do rio Paraíba, o controle na extração mecanizada de areia no leito do rio para uso na construção civil, que traz grandes problemas ambientais. “É necessária uma ação conjunta da população, dos empresários, dos agricultores e também dos governos… De todos que irão se beneficiar com a chegada desse precioso recurso hídrico”, destaca Augusto Neto.

“Quem está lá é que sabe do que precisa”, diz, apontando falta de influência da população nas políticas públicas destinadas à região. “O povo que mora na região ribeirinha tem que ser capaz de atuar em parceria para a preservação e participar das decisões. A população tem que se unir para preservar o sistema e só com educação ambiental é que isso vai acontecer”.


Rio Paraíba: esgotos sem tratamento adequado

De Pernambuco à Paraíba, as águas do Velho Chico, consideradas de excelente qualidade nesse trecho, deverão seguir do reservatório Barro Branco, na altura de Sertânia, em Pernambuco, por galerias subterrâneas ladeando a cidade de Monteiro (PB) até a calha do rio Paraíba, explica o fiscal de campo Marcílio Lira de Araújo. Dali, cruzará com a BR 110 na entrada do município de Monteiro, de onde continuará até o reservatório Poções, distante cerca de 15 km. As obras do Eixo Leste se encerram com a chegada das águas neste açude, já no estado da Paraíba.

A partir do Poções, as águas deverão seguir o leito do rio Paraíba, perenizando este rio intermitente, que nasce e deságua em solo paraibano e é um dos principais mananciais hídricos do Estado. Contudo, o professor e pesquisador Augusto Silva Neto, que há mais de 30 anos pesquisa o rio, afirma que todos os municípios próximos a ele lançam esgotos sem tratamento diretamente no leito. “Todos, sem exceção”, garante. Ou seja: as águas do São Francisco, misturadas às do rio Paraíba, estariam contaminadas ao chegar à população paraibana.

Segundo o analista do Ibama, Ronilson Paz, o abastecimento da Paraíba pelas águas da transposição do Rio São Francisco está condicionado à conclusão dos sistemas de esgotamento sanitário dos municípios relacionados à obra. Não adianta trazer água de tão longe para ser contaminada por esgotos na Paraíba. “Esse é o maior desafio para os estados que receberão as águas”, disse Ronilson Paz.

O reservatório Poções recebe as águas do Paraíba depois que o rio passa por Monteiro, na Paraíba. Também recebe água de outros afluentes que passam por municípios vizinhos.  Nesse trecho, as águas do Rio Paraíba estão contaminadas pelos esgotos sanitários e pelo lixo de Monteiro, com seus 30.852 habitantes (Censo/IBGE 2010). A rede de esgoto, concluída em 1987, está obsoleta, faltam reparos e equipamentos. Esgotos residenciais estão ligados diretamente ao canal pluvial. Canos subterrâneos apresentam vazamento e, para coroar o desmazelo, um vazamento em um talude quebrado na lagoa de estabilização joga litros de esgoto bruto por dia para dentro do rio. É essa água que enche o açude Poções.
Atualmente são 6.946 ligações de esgoto e a rede não suporta mais a demanda da população. No canal de esgotos pluviais, embora não chova há dois anos, o esgoto continua escorrendo com grande vazão, carregado também de resíduos sólidos lançados pela população.

O esgoto verte até do solo da cidade, através de buracos na tubulação antiga que leva o esgoto bruto da Estação Elevatória de Esgoto (EEE), para a Estação de tratamento. A estação elevatória é o destino final da coleta da rede de esgoto da cidade, antes de ser conduzida para a estação de tratamento. Quando a bomba quebra, ou quando a capacidade da estação elevatória chega ao limite, o que acontece com frequência, todo o excedente vai direto para o Rio Paraíba.

O rio carrega visivelmente detritos e bolhas de sabão. O gerente da Fazenda Limão, às margens do Paraíba, Everaldo Bezerra, conta que seu filho, portador de deficiência mental, vive trancado dentro da casa por causa dos riscos de contaminação e mau cheiro. “O mau cheiro é grande, as muriçocas (mosquitos) proliferam. A situação é triste”, lamenta.

Há três anos, segundo um integrante da empresa Livramento Construções, um rompimento em um dos taludes provoca o vazamento do esgoto que chega na estação de tratamento. O lago de esgoto formado no solo mede cerca de 10 metros quadrados e está na margem do rio Paraíba, misturando-se ao rio quando ele enche um pouco mais. Entre matos e carcaças de animais mortos, a estação, construída em 2010, está inacabada por puro descaso do poder público. “A construtora (Livramento Construções) não terminou a obra porque o governo estadual não pagou”, disse o integrante da construtora.

Campina Grande também joga esgotos no Paraíba

Em Campina Grande, o maior município do interior da Paraíba e pólo industrial do Estado, a situação é a mesma, ampliada por uma população 385.276 habitantes (Censo 2010/IBGE), com 89.543 ligações de esgotamento sanitário, de acordo com a companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa). Esse esgoto é coletado e enviado à estação de tratamento. O problema é que muitas residências não fizeram a ligação das casas com a rede de esgotos.

“Normalmente acontece através da encanação. Você compra uma casa em um bairro que não tem esgoto. O correto é que se faça uma fossa. Mas o construtor aconselha uma instalação no canal de água pluvial”, relatou a engenheiro da Cagepa Ronaldo Menezes.

A prefeitura limita-se a dizer que vai fazer um levantamento para identificar os moradores que burlam a lei. Os canais pluviais lançam o esgoto no Rio Paraíba, que abastece a Barragem de Acauã, de onde sairá o ramal da transposição do rio São Francisco Acauã-Araçagi.

Seguindo o curso do rio Paraíba em direção ao litoral a paisagem muda, a vegetação ganha cores mais verdes, numa transição da caatinga para a Mata Atlântica, as árvores ficam mais robustas e até o ar, mais refrescante. Mas o cenário de esgotamento sanitário é o mesmo. No município de Itabaiana, na Paraíba, (24.483 habitantes, Censo 2010/IBGE) não há sistema de esgoto; a Cagepa faz apenas o abastecimento de água.

O afluente canalizado do Paraíba, o Treze de Maio, que corta o centro do município, está completamente tomado de lixo. E nas margens do rio Paraíba, diversos casebres foram instalados com esgotos caindo diretamente no leito do rio.

Ali, o morador João Batista da Silva, médico e ambientalista, conta que as licenças para a construção dessas casinhas eram dadas pela Paróquia de Santo Antônio e Almas. “O cidadão chegava à paróquia e contava sua história triste para o padre. Dizia que a solução seria construir uma casinha na beira do rio. O padre dava a licença e o cidadão se dirigia à prefeitura, que acatava a solicitação. Assim, centenas de malocas foram construídas”.

Segundo a assessoria da prefeitura, no final de 2013 foi assinado um convênio de R$ 10,6 milhões, do PAC 2, cujos recursos serão em parte usados na construção de um sistema de drenagem de águas pluviais, redes de abastecimento de água e esgoto sanitário.


Esgotamento e recuperação de açudes

O secretário estadual de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Ciência e Tecnologia da Paraíba, João Azevedo, conta que foram elaborados projetos de saneamento em 51 municípios ao longo do rio. Segundo ele, as obras em 11 municípios serão concluídas em 2014. “Já encaminhamos o projeto dos outros 40 municípios para a Fundação Nacional da Saúde (Funasa) e aguardamos a aprovação”, afirmou o secretário.

O Ministério da Integração Nacional, por meio do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas, promete também revitalizar 21 açudes que receberão as águas do Projeto de Integração do Rio São Francisco nos quatro estados beneficiados pela transposição – Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte. A licitação, que vai viabilizar os estudos e projetos executivos dos açudes, foi concluída em dezembro de 2013. A empresa vencedora da licitação foi a KL Serviços de Engenharia. Os equipamentos existentes serão modernizados e a infraestrutura física dos reservatórios será melhorada.  Desses, sete reservatórios estão localizados na Paraíba, quatro no Rio Grande do Norte, seis no Ceará e quatro em Pernambuco.

Outro problema que as águas do Rio São Francisco vão encontrar no Rio Paraíba é o estrago causado pela extração mecanizada de areia do leito do rio. Ela acontece no perímetro denominado Baixo Paraíba, que vai da foz, em Cabedelo, até Pilar, no estado da Paraíba, numa extensão é de aproximadamente 80 quilômetros. A retirada de areia do leito de rios é considerada pela legislação ambiental brasileira ofensiva e degradante ao ambiente.


Mas a atividade vem aumentando nessa região desde o ano 2000.

De acordo com informações do Fórum de Preservação e Defesa do Rio Paraíba, em todos os municípios do Baixo Paraíba ocorre extração mecanizada de areia. Cerca de 15 empresas de dragagem mecanizada atuam ali, diz o presidente do Fórum, João Batista da Silva.

Na região, os embates entre areeiros e ambientalistas são antigos. Em 2001, a câmara municipal de Salgado de São Félix aprovou uma lei proibindo a retirada mecanizada de areia do leito do rio. Dois anos depois, uma lei semelhante foi aprovada no município de São Miguel de Taipu, mas recentemente foi revogada pela câmara de vereadores. Em outro município, Itabaiana, a casa legislativa aprovou uma lei em 2012 com o mesmo teor, proibindo a extração do minério.

As licenças concedidas pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), órgão estadual ligado à Secretaria de Estado de Recursos Hídricos do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia, para a extração de areia são sempre envolvidas por um manto obscuro.


Ainda em 2011, o procurador da República Duciran van Marsen Farena emitiu a Recomendação Nº 02/11, do Ministério Público Federal, dirigida a então superintendente da Sudema, Rossana Honorato, na qual destacava inúmeras ilegalidades constatadas nos processos de licenciamento de extração de areia: “Estudos apresentados de forma abstrata, sem indicação precisa do local de exploração e medidas mitigadoras, ausência de descrição de métodos de exploração, ausência de condicionantes para recuperação da área degradada”, detalha o documento.

O médico e ambientalista João Batista da Silva, da Associação de Paraibana Amigos da Natureza (Apan) e presidente do Fórum de Defesa do Rio Paraíba,  explica que com a retirada da areia, os lençóis freáticos, localizados próximos à superfície, se deslocam para o leito, pois os buracos deixados pela extração mecanizada de areia são profundos. “Além disso, óleos dos motores das dragas caem diretamente no rio, causando contaminação”. Por outro lado, não há reposição natural da areia, retidas pelas barragens construídas ao longo do curso do rio. “Sem a areia, o grau de evaporação das águas que virão do São Francisco será muito maior”, conclui João Batista.

Eco Debate

EUA vão implantar polos agrícolas para combater mudança climática


O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira a implantação de polos agrícolas regionais para combater as mudanças climáticas e seus efeitos, em um momento em que o sudoeste do país sofre com uma seca sem precedentes.

O secretário da Agricultura, Tom Vilsack, informou por meio de comunicado que serão instalados sete centros em regiões diferentes e estes reunirão representantes de organizações federais e associações profissionais envolvidas com o tema.

Estes centros "tratarão os riscos crescentes" resultantes das mudanças climáticas, como "os incêndios, as espécies invasivas, as cheias devastadoras e a seca".

A ideia é "traduzir a ciência e a pesquisa em informações para os agricultores, os pecuaristas e os produtores florestais, sobre a forma de adaptar e ajustar" suas atividades às alterações do clima, segundo a fonte.

Em meados de janeiro, o governador da Califórnia (oeste) decretou estado de emergência devido à seca que afeta o estado e que poderia ser mais a mais grave do do último século, o que ameaça com a perda de colheitas e incêndios florestais devastadores.

O nível de muitos reservatórios d'água no sudoeste, como o Lago Mead, que abastece Las Vegas (Nevada), também se encontra no nível mais baixo.

A luta contra o aquecimento global estava entre as grandes promessas de Barack Obama durante sua campanha presidencial de 2008, mas o tema ficou em segundo plano após o fracasso de um projeto de lei no Congresso, no começo de seu primeiro mandato.

As medidas anunciadas por Vilsack se inscrevem na continuidade do discurso sobre o estado da União, proferido por Obama em 28 de janeiro. Na ocasião, o presidente repetiu que "as mudanças climáticas são um fato demonstrado" e prometeu tomar medidas unilaterais, sem esperar o Congresso, para promover seu programa.

G1 Natureza

Médico faz diagnóstico de paciente baseado em episódio da série 'House'


Um médico alemão encontrou num programa de TV a resposta para um paciente que apresentava problemas cardíacos, além de sintomas como febre, cegueira, surdez e inchaço dos gânglios linfáticos.

O homem de 55 anos estava sem diagnóstico até que foi atendido por Jürgen Schäfer, fã da série americana “Dr. House”. “Em cinco minutos percebi o que estava acontecendo”, conta o profissional, que trabalha no Centro de Doenças Não-diagnosticadas de Marburgo, ao norte de Frankfurt.

Os sintomas do paciente coincidiam com um episódio da série de ficção em que o médico Gregory House, interpretado pelo ator britânico Hugh Laurie, identifica um envenenamento por cobalto, após perceber problemas na prótese de quadril de sua futura sogra.

De acordo com a Associated Press, outros médicos que examinaram o paciente afirmaram era preciso um transplante de coração. Schäfer e sua equipe realizaram testes para determinar o nível de cobalto depois que a pessoa examinada informou ter tido problemas após a implantação de uma prótese no quadril.


Segundo o especialista alemão, alguns fragmentos da peça se soltaram e ocorreu vazamento de cobalto e cromo, que entraram na corrente sanguínea. Quando a prótese foi substituída, os problemas se atenuaram.
A experiência foi descrita pelo especialista nesta sexta-feira (7) na revista científica “Lancet”.

Segundo o alemão, o diagnóstico teria sido feito mesmo se o episódio de “House” não existisse. “Poderia ter feito uma busca no Google com a descrição dos sintomas”.

Ele disse ainda que os médicos devem ficar atentos a casos de envenenamento por cobalto em pacientes com prótese no quadril.

Sobre o protagonista da série, que terminou em 2012 após oito temporadas, Schäfer afirma que “teria demitido esse cara no terceiro episódio”.

G1

Britânicos encontram pegadas humanas mais antigas fora da África


Pegadas deixadas por humanos há 800 mil anos foram encontradas na Inglaterra, nos rastros mais antigos de passos humanos já descobertos fora do continente africano, anunciou nesta sexta-feira (7) uma equipe de pesquisadores.

Essas pegadas de adultos e crianças foram encontradas à beira-mar em Happisburgh, no lodo de um antigo estuário.

Atualmente, existem apenas dois locais onde foram encontradas pegadas mais antigas, e ambos estão na África: em Laetoli, Tanzânia, onde foram encontrados rastros de 3,5 milhões de anos, e em Koobi Fora, no Quênia, onde os rastros datam de 1,5 milhão de anos atrás.

"É uma descoberta excepcionalmente rara", destacou Nick Ashton do British Museum, que realizou as buscas em cooperação com o Museu de História Nacional e a Universidade Queen Mary de Londres. A mesma equipe já havia encontrado pedras talhadas e fósseis de mamutes neste local, há vários anos.

Os pesquisadores descobriram pegadas durante a maré baixa e se apressaram em fotografá-las, antes que o mar as apagasse. Depois reconstituíram as imagens em 3D e conseguiram identificar que eram de adultos, além de algumas menores, que provavelmente pertenciam a crianças.

"É claramente uma célula familiar, em vez de um grupo de caçadores", declarou Ashton, que considera que esses ancestrais mediam entre 90 cm e mais de 1,70 metro. No entanto, não se sabe a identidade exata dos humanos que deixaram essas pegadas.

Eles podem estar relacionados a um povo de um período semelhante encontrado em Atapuerca, na Espanha, relacionado à espécie Homo antecessor, ou o "homem pioneiro", disse Chris Stringer, do Museu de História Natural. "Essas pessoas tinham uma altura parecida com a nossa e eram totalmente bípedes", disse.

O Homo antecessor, aparentemente extinto na Europa há 600 mil anos, talvez tenha sido substituído pela espécie Homo heidelbergensis, seguida pelos Neanderthais, de cerca de 400 mil anos atrás, e pelos humanos modernos, que povoaram a Terra há por volta de 40 mil anos.

G1

Coca-Cola trabalha em cápsula para cliente fazer a própria bebida em casa


A Coca-Cola comprou por US$ 1,25 bilhão uma fatia de 10% da GMCR (Green Mountain Coffee Roasters), empresa especializada em máquinas de café, em um negócio que deve permitir o preparo do refrigerante em casa nos próximos anos.

Segundo nota divulgada pelas companhias, a operação deve ser concluída em março de 2014 e está sujeita a aprovações regulatórias.

A GMCR é conhecida por suas máquinas de bebidas quentes, que incluem chá, cappuccino e chocolate quente, mas está desenvolvendo um equipamento para bebidas geladas, que deve ficar pronto em 2015, de acordo com o comunicado.

A máquina usa 'cápsulas' com os ingredientes triturados, que se transformam em líquido ao serem misturados com água.

No caso da Coca-Cola, as companhias anunciaram que estão firmando uma parceria de 10 anos para desenvolver e a aprimorar o sistema.

OPORTUNIDADES

Como parte do acordo, a GMCR vai ser a parceira exclusiva da multinacional para a produção e venda da 'cápsula' com a fórmula.

"Acreditamos que há uma oportunidade para acelerar o crescimento da categoria de bebidas frias ao empoderar os consumidores com um jeito inovador de preparar suas bebidas favoritas apenas apertando um botão", disse o presidente e CEO da GMCR, Brian P. Kelley, em nota.

"Juntos, poderemos capitalizar muitas oportunidades excitantes de crescimento nesse serviço. Essa parceria propicia ao consumidor um jeito conveniente de aproveitar as marcas que ele ama por meio da preparação em casa", disse Muhtar Kent, presidente do Conselho da Coca-Cola.

Além de refrigerantes, a máquina de bebidas frias deve preparar também chás e sucos.

Folha