segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Pesquisador cria sistema de irrigação que economiza água e energia em SP


No interior de São Paulo, um pesquisador criou um sistema de irrigação que usa o sol pra economizar água e energia.

Um dos segredos para ter flores bonitas está na irrigação. Lá do alto, vem a nova técnica. A engenhoca usa a luz do sol para molhar as plantas e é feita com garrafas pet e de vidro, além de mangueiras. A energia solar é captada por uma garrafa preta, só tem ar lá dentro.

“Porque o preto absorve toda a luz solar, aquece. Expande o ar que está dentro, o ar procura sair, mas encontra a água que está nessa garrafa”, conta Washington Barros Melo, pesquisador da Embrapa.
Jornal Nacional: E aí empurra a água?

Pesquisador: Empurra a água que sai neste tubo e cai aqui.

A água vai pra mais uma mangueira que tem pequenos furos. Aí pronto aos poucos, as gotinhas vão caindo. Uma garrafa, também com mangueira, retira água de um galão.

A vantagem está na economia de água e de energia. Do jeito tradicional, com um simples regador ou equipamentos como os usados no campo, o gasto é muito grande. Mas com essa técnica é diferente. A nova tecnologia não usa nenhum tipo de motor e evita o desperdício de água por causa do sistema de gotejamento. Tudo feito com materiais recicláveis.

O pesquisador da Embrapa diz que qualquer um pode construir o irrigador em casa e economizar: “Não vai chegar a R$ 20, enquanto que se você for usar energia elétrica, motor, uma pequena bomba, célula solar, você vai acima de R$ 200 ou mais”.

Durante um mês, o Flávio testou esse tipo de irrigação no sítio dele. Diz que funcionou bem.
“Aquele sistema acaba encharcando muito e você acaba tendo uma perda de produção. Aqui é mais controlado. Você rega de acordo com o que a planta precisa”, conta Flávio Roberto Marchesin, produtor rural.

G1

Regeneração natural não é eficiente em áreas de agricultura


As primeiras avaliações de experimentos sobre recomposição de reserva legal nos biomas Cerrado e Amazônia conduzidos pela Embrapa Agrossilvipastoril e parceiros em Mato Grosso mostram que a regeneração natural não é eficiente para restauração de áreas com histórico de agricultura tecnificada. Manejo excessivo do solo e técnicas de cultivo contribuem para a redução do banco de sementes, impedindo o crescimento da vegetação.

As observações foram feitas em quatro ensaios localizados nos municípios de Canarana e Campo Novo do Parecis, no bioma Cerrado, em Sinop, região de transição entre Cerrado e a Amazônia, e Guarantã do Norte, na Amazônia. Em todos os locais, foram instalados experimentos que avaliam diferentes métodos de restauração da vegetação, como a semeadura direta, semeadura a lanço, plantio de mudas e regeneração natural.

De acordo com o pesquisador Ingo Isernhagen, em Sinop, onde a área utilizada tem um longo histórico de agricultura, a regeneração foi inexpressiva. Já nas demais áreas, com histórico de pecuária extensiva, a regeneração vem ocorrendo com a germinação e crescimento de espécies nativas oriundas do banco de sementes do solo.

"Resultados preliminares de três anos sobre Sinop, que é uma área que passou por tecnificação e era essencialmente agrícola, mostram que a regeneração natural não parece ser uma boa técnica. Embora praticamente não tenha custos para o produtor, ela também não tem qualquer resultado do ponto de vista ecológico. Nesses casos, vai ser necessário intervir", afirma o pesquisador.

Ingo explica que a ineficiência da regeneração nas áreas de agricultura se deve ao uso intenso do solo, revolvimento das camadas superficiais, retirada de raízes, uso de herbicidas, entre outras causas que minaram o banco de sementes presente no solo. Mesmo com a presença de fragmentos de vegetação nativa próximos, como é o caso da área experimental em Sinop, a regeneração tem sido inexpressiva.

A regeneração natural é uma técnica de restauração em que é feito apenas o isolamento da área de modo a deixar que o banco de sementes presente no solo germine, restaurando a vegetação nativa. Por causa do seu baixo custo e da reduzida necessidade de intervenção, a técnica é considerada uma boa alternativa pelos produtores que precisam se adequar à legislação vigente.

Avaliação ecológica e econômica

Outras técnicas para recomposição de reserva legal são o plantio de mudas e a semeadura direta. A fim de subsidiar o produtor na escolha da melhor alternativa, a pesquisa está avaliando não só os aspectos ecológicos, mas também os financeiros. Dados sobre custos de plantio, despesas com manutenção, condução e as possíveis receitas com o manejo da área estão sendo computadas para uma avaliação geral.

À medida que os anos passem, a expectativa é fornecer aos produtores rurais dados sobre eficiência de cada técnica, orientações agronômicas e florestais, custos totais e possibilidade de renda com o manejo.

Ingo explica que, na fase de implantação, o plantio de mudas é o mais caro. Porém, ele é o que apresenta maior potencial de manejo, uma vez que é possível controlar as espécies utilizadas, plantá-las ordenadamente de modo a facilitar a colheita de frutos e sementes ou o corte da madeira e mecanizar a condução. Dessa forma, a escolha da técnica deverá se pautar pelas intenções do produtor.

Nos experimentos conduzidos pela Embrapa em Mato Grosso, estão sendo utilizadas 41 espécies nativas e algumas exóticas, como eucalipto e mogno-africano, por exemplo. Além de espécies com funções ecológicas, há aqueles que visam a geração de renda na produção de frutos, resinas, essências, sementes e produção de madeira.

Por esse motivo, a pesquisa também avalia diferentes formas de condução das árvores. O objetivo é ver o quanto as podas e desramas contribuem para o melhor desempenho das plantas e se os custos operacionais justificam os ganhos comerciais.

"Tem-se falado cada vez mais na criação de modelos econômicos de restauração. Se a gente quer  modelos econômicos, temos de investir em manejo. Não adianta fazer o que usualmente é feito:  plantar e deixar os indivíduos crescerem. Se a gente quer  retorno econômico, tem que ter  manejos adaptativos. Tem que ir conduzindo o processo de forma a ter produtos madeireiros e não madeireiros de qualidade", explica Ingo Isernhagen, que ainda destaca a importância da escolha das espécies, definição do espaçamento entre as mudas, controle da mato-competição e de formigas.

"A restauração já é cara por natureza. Com esse tipo de manejo ela ficará ainda mais cara no começo. Mas a gente quer que, em até 20 anos, o produtor tenha um retorno. Além disso, em cinco anos já é possível retirar o eucalipto, coletar sementes e frutos", ressalta o pesquisador.

Reserva legal

De acordo com o Código Florestal Brasileiro, reserva legal é uma área da propriedade rural coberta por vegetação natural, onde se pode explorar o manejo florestal sustentável de acordo com a lei para o bioma em que está inserida.

O percentual da propriedade que deve ser reservado varia de acordo com o bioma, sendo de 80% em áreas de floresta na Amazônia Legal, 35% em Cerrado na Amazônia Legal e 20% nos demais biomas.

EMBRAPA

Sem saber, população brasileira é a que mais consome agrotóxicos no mundo


Ao contrário da Dinamarca (primeiro país no mundo que adotará um projeto de lei que visa implementar uma agricultura 100% orgânica até 2020), no Brasil boa parte da população brasileira ingere uma grande quantidade de alimentos contaminados por algum tipo de agrotóxicos sem se dar conta disso. 

Um artigo publicado pelo jornal Folha de São Paulo ressalta como quase certo que produtos como legumes, frutas e verduras, chegam a mesa dos brasileiros sem ter passado antes por nenhum controle rígido referente aos níveis de agrotóxicos. De acordo com a íntegra a fiscalização quando é feita atinge apenas uma pequena fração do produtos reprovados em torno de um terço.

Atualmente o Brasil é o segundo maior produtor de alimentos do mundo atrás apenas dos Estados Unidos, mas desde de 2008, é o primeiro consumidor no mundo quando o assunto é o consumo de agrotóxicos, o qual está interligado com o crescimento de culturas transgênicas. O mercado de agrotóxicos cresceu mais de 400% em dez anos. De acordo com especialistas, na última safra de 2013/2014, foram utilizados mais de 1 bilhão de litros em agrotóxicos, gerando em média em torno de 4 litros de agrotóxicos por habitante....

Blastingnews

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Agrotóxicos sempre trazem riscos I, artigo de Roberto Naime


Luis Schiesari reflete que apesar de existirem avanços na indústria, com produtos menos tóxicos e menos persistentes, uma coisa não muda em relação aos agrotóxicos, são produtos formulados para matar organismos vivos indesejáveis para o cultivo, ou seja, são venenos.

Essa explicação, do biólogo Luis Schiesari, professor de Gestão Ambiental da Universidade de São Paulo, é um dos motivos para o lançamento do manual “Defensivos agrícolas: Como evitar danos à saúde e ao meio ambiente”, lançado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) e do qual é o autor.

Nesta entrevista, Schiesari aborda também como a transformação da paisagem na região das cabeceiras do rio Xingu, importante área produtora de soja do estado do Mato Grosso e a influência na biodiversidade de águas paradas como poças e brejos, a partir de pesquisa realizada em parceria pelo IPAM, Universidade de São Paulo e Universidade de Medicina Veterinária de Viena, Áustria.

Indagado sobre os riscos do uso de agrotóxicos para a saúde humana e para o meio ambiente, manifestou “os agrotóxicos são extremamente diversos, com centenas de ingredientes ativos disponíveis, que podem ser usados em muitos mais produtos comerciais. São compostos químicos planejados para matar organismos tão diferentes quanto plantas, ratos, ácaros etc. Entre eles, há diferentes comportamentos no ambiente e modos de ação. Além disso, é obvio que existiram inúmeros avanços na indústria, com produtos menos tóxicos e menos persistentes, mas uma coisa não muda: são produtos formulados para matar organismos vivos indesejáveis para o cultivo, são venenos. Portanto, existem riscos variados. Alguns desses componentes acabam em lugares que não são o alvo, ou seja, as áreas de lavoura. Há riscos concretos de contaminação de águas subterrâneas, açudes, rios, florestas. Também podem contaminar os alimentos produzidos e isso chegar às pessoas que os consomem”.

Ele prossegue “no geral, há duas classes de efeitos, os letais e os sub-letais. Os letais são causados por intoxicação, em geral, pelo consumo intencional, suicídios desse tipo acontecem no meio rural, ou acidental, quando os pesticidas são guardados de forma inadequada. Já os efeitos sub-letais causam danos variados que se manifestam ao longo do tempo aos sistemas nervoso, hormonal, imunológico, além de malformação fetal e câncer. 

São problemas de médio e longo prazos já bem documentados, sobretudo no caso de agricultores que trabalham diretamente na aplicação dos produtos. Na cartilha, damos exemplos de compostos usados nas culturas de soja que causam cada tipo de dano. Mas é importante lembrar que tudo o que se aplica às pessoas, também se aplica aos animais: peixes, insetos, macacos ou onças-pintadas. O nível de funcionamento celular e molecular dos organismos são parecidos. Além disso, os organismos estão inseridos dentro de teias alimentares e esses efeitos podem ser transmutados para organismos que não têm nada a ver com a área agrícola. Se uma espécie é afetada, seus predadores também serão”.

Perguntado sobre em que situação os defensivos são importantes e se seria possível evitá-los, reflete ele, “o uso de agrotóxico é peça chave para o modelo de produção agrícola industrial. Nele, o uso desses produtos é crítico para conseguir a produtividade necessária. Por outro lado, a utilização de monoculturas, como a de soja, só aumenta a incidência de pragas e, quanto maior o campo agrícola, maior o risco. Nesse caso, o uso de agroquímico é uma solução para eliminar ou reduzir as pragas. Para eliminar o uso dos pesticidas, seria necessário adotar um modelo alternativo, como a agricultura orgânica”.

Continua manifestando que “no entanto, há espaço para melhorias mesmo na produção industrial, como o manejo integrado de pragas, com a utilização de vários mecanismos de controle, como rotatividade de culturas, controle biológico, armadilhas e monitoramento de populações de pragas, que fariam que o uso só se desse quando realmente necessário. Pode-se também usar compostos menos danosos e persistentes. Hoje, porém, há quem use de forma profilática. Outro ponto crítico é a falta de educação e informação. Um estudo que realizamos sobre o uso de pesticidas por pequenos e grandes produtores na frente agrícola amazônica mostrou que, sobretudo entre os pequenos, faltava conhecimento técnico para o manejo tanto sobre a quantidade a ser usada como o uso de compostos inadequados”.

Finalizando, provocado a descrever quais os principais cuidados que devem ser tomados para o uso de agrotóxicos aduziu que “entre as medidas para reduzir o risco, estão cuidados com o armazenamento, que deve ser em local fechado e isolado, e o descarte correto, com o modo certo de fazer a lavagem. Também é importante a aplicação em condições adequadas. Aplicar em dia seco e quente, por exemplo, acaba gerando uma porcentagem muito grande de perda por evaporação. Também é importante a preservação das matas ciliares, que protegem os corpos d’água da chegada dos pesticidas”.

Referência: Luis Schiesari: Agrotoxicos sempre trazem riscos a saúde e ao ambiente, IPAM Revista

* No EcoDebate, a tag Agrotóxicos

Questões jurídicas continuam pendentes após 3 meses do desastre em Mariana


Em 5 de novembro de 2015, o Brasil viu o maior acidente ambiental de sua história. A Barragem do Fundão, na região de Mariana, em Minas Gerais, se rompeu, espalhando enorme quantidade de lama e rejeitos de mineração. O acidente matou 17 pessoas e devastou o distrito de Bento Rodrigues, que foi coberto pela lama tóxica, que praticamente desapareceu. Repleta de metais, essa lama contaminou cerca de 650 quilômetros de rios entre Minas Gerais e o Espírito Santo.

Três meses depois do acidente, a Samarco Mineração, empresa responsável pela tragédia, se vê envolvida em questões jurídicas e ambientais. Até agora, foram feitos acordos com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) no Espírito Santo envolvendo indenização de vítimas, de populações ribeirinhas e trabalhadores da empresa. A Polícia Federal, por sua vez, indiciou a Samarco e suas controladoras por crime ambiental.

Segundo o MPMG, a Samarco comprovou ter pago R$ 100 mil a 18 famílias de pessoas que morreram no acidente, das 19 registradas. Além disso, a empresa pagou R$ 20 mil a 260 famílias que perderam suas moradias. Esse valor é dividido em R$ 10 mil em caráter assistencial e R$ 10 mil a título de antecipação parcial de indenização. De acordo com o MPMG, foram atingidas cerca de 3 mil pessoas, sendo que 940 perderam as casas.

De acordo com a Samarco, foram entregues 2.500 cartões de auxílio financeiro para atingidos pelo desastre, cinco pontes foram reconstruídas e duas estão em construção. Além disso, 99,7% das famílias desabrigadas foram acomodadas pela empresa em casas antes do Natal. A empresa promete construir novas casas para todos os atingidos até o fim deste ano. Do ponto de vista ambiental, a empresa afirma ter recuperado a vegetação em 2,2 milhões de metros quadrados ao longo do Rio Doce e assistido a 6,8 mil animais.

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou multas à Samarco que totalizam R$ 250 milhões. “Foram considerados os danos ambientais resultantes do desastre, especialmente os que afetaram bens da União, como rios federais. Como a mancha continua se deslocando pelo Rio Doce em direção ao oceano, outros autos poderão ser lavrados”, disse o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo, em novembro.

Recuperação ambiental

A Justiça determinou, no fim do ano passado, que a Samarco, além da Vale e a BHP Billiton – suas controladoras – fizessem um depósito de R$ 20 bilhões para custear programas ambientais e sociais de recuperação da bacia ao longo de dez anos. Na última quarta-feira (3), no entanto, as empresas pediram adiamento do prazo do primeiro depósito, de R$ 2 milhões.

O Rio Doce e seus afluentes, atingidos diretamente pelo desastre, foram completamente contaminados pela lama. Para a coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, a empresa ainda está tomando medidas emergenciais quanto à qualidade da água, quando já deveria estar na fase de recuperação das reservas naturais.

“As alternativas apresentadas até agora foram paliativas, medidas emergenciais. A gente já chegou a 90 dias, não é mais tempo de medida emergencial. É para ser executado um plano de recuperação e o que temos visto são medidas paliativas”, diz. Para ela, a empresa precisa retirar a lama que se acumula no rio para iniciar o processo de recuperação das águas.

“Estão deixando que a natureza faça o serviço de descontaminação. Eles têm que retirar essa lama que está no leito do rio, senão cada vez que chover haverá nova contaminação da água, que é essencial para toda a bacia”.

Malu destaca ainda que o acidente desperta um debate sobre a outorga de água e o licenciamento ambiental. Na sua opinião, deve ser pensada uma legislação mais rigorosa sobre licenciamento ambiental, mais eficiente, menos burocrática e mais transparente.

“A atividade mineral é importante, mas é de altíssimo impacto. Então, o licenciamento ambiental para essas atividades não pode ser flexibilizado. É o cerne dessa questão. E você não pode ter uma legislação, um código de mineração, feito pelos mineradores”.

Por Marcelo Brandão, da Agência Brasil, in EcoDebate

Empresa cria dispositivo que promete anular som de roncos


Uma startup britânica promete ofertar ao mercado ainda neste ano um dispositivo capaz de anular o barulho de roncos.

O Silent Partner SmartPatch funciona usando tecnologia de cancelamento de ruído, muitas vezes encontrada em fones de ouvido. Assista aqui ao vídeo

Para isso, inclui um contador de som que anula o barulho, criando uma “zona de silêncio” ao redor do roncador.

Isso permite que os parceiros tenham uma noite de sono melhor, já que, em teoria, o som dos roncos não serão mais audíveis.

A produção do SmartPatch deve começar ainda neste ano, depois de mais testes que confirmem a eficiência do sistema antirronco.

O produto foi objeto de uma campanha em um site de crowdfunding (financiamento coletivo), que levantou mais de £265,000 (cerca de R$ 1,5 milhão).


G1 Saúde

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Projeto instala 369 telhados solares em 22 cidades


Ao longo de 2014 e 2015, o projeto 50 Telhados, uma iniciativa do Instituto Ideal para a instalação 50 sistemas fotovoltaicos de 2 kWp ou 100 kWp de potência total por cidade participante, registrou a instalação de 369 telhados FV no Brasil. O Projeto, realizado em parceria com empresas instaladoras em 22 cidades do país, somou aproximadamente 2,38 MWp de potência instalada com uma geração estimada de 3,62 GWh por ano.

Para o presidente do Instituto Ideal, Mauro Passos, o Projeto gerou uma competição do bem, com resultados que comprovam a disseminação do uso da tecnologia FV, urbana por definição. “50 Telhados foi uma ferramenta de alavancagem e de ajuda na tomada de decisão pelo consumidor.”

Das 22 cidades participantes, nove (9) alcançaram a meta estipulada, sendo que a maior parte delas o fez a partir da potência total instalada. Fortaleza (CE) e Rio de Janeiro (RJ) instalaram mais de 50 telhados efetivamente. Outros municípios que alcançaram a meta foram: Florianópolis (SC), Salvador (BA), Santa Cruz do Sul (RS), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Luis Eduardo Magalhães (BA) e Recife (PE).

Os três estados com o maior número de telhados instalados foram Ceará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, cada um deles alcançando mais de 60 instalações FV.  Em termos de potência instalada, além desses três estados, vale destacar a Bahia, que ficou em segundo lugar seguido do Ceará.

O Projeto 50 Telhados foi executado localmente nas cidades por 15 instaladores, sendo que as empresas com o maior número de cidades foram Solar Energy do Brasil, participando em cinco cidades de diferentes estados, e Enersol Brasil, em quatro cidades da Bahia.  O maior número de instalações FV em uma única cidade foi realizado pela Satrix, com 63 telhados solares em Fortaleza, seguido da Solar Energy do Brasil (37 em Campo Grande e 33 no Rio de Janeiro), Solled Eficiência Energética, (28 em Santa Cruz do Sul) e Araxá Energia Solar (22 em Florianópolis).

O Projeto 50 telhados foi lançado pelo Instituto Ideal em dezembro de 2013 com o intuito de divulgar a geração distribuída a partir da fonte fotovoltaica, dando assim publicidade à REN 482/2012 – Regulação Normativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) que cria o sistema de compensação de energia ou net metering, do inglês.  A meta de 50 telhados fotovoltaicos de 2 kWp ou 100 kWp de potência total instalada por cidade, poderia ser alcançada individualmente pela empresa instaladora ou em conjunto com outras,  em um prazo de até dois anos.

O projeto teve o apoio da Cooperação Alemã para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH. 

Ciclo Vivo

Manual escrito pelo “pai” da permacultura está disponível para download


A permacultura é um conceito diretamente ligado à sustentabilidade. Criado na década de 70, pelos ecologistas australianos Bill Mollison e David Holmgren, a ideia se baseia no planejamento de sistemas em escala humana criados em total harmonia com a natureza.

Logo que os idealizadores apresentaram o conceito em uma rádio australiana, a metodologia atraiu cada vez mais interessados. Logo eles estavam compartilhando os princípios em eventos acadêmicos em todo o mundo, espalhando a ideia de que é possível viver cuidando da Terra e das pessoas.

A inspiração de Mollison surgiu a partir de uma inquietação de que o ser-humano é um dos grandes culpados por boa parte dos problemas que afetam todo o planeta Terra. “Não temos desenvolvido em nenhum lugar do mundo ocidental (e duvido muito que em qualquer outro lugar, a não ser em áreas tribais) nenhum sistema sustentável de agricultura ou manejo de florestas. Nós não temos um sistema”, diz o australiano no manual “Introdução à Permacultura”.

A partir daí e com a observação e experiência das comunidades aborígenes, ele passou a desenvolver um formato ideal, que permite uma harmonia em termos de habitação, produção de alimentos, economia e cuidado com os recursos naturais.

O manual de introdução à permacultura foi desenvolvido com base em um curso ministrado por Mollison em 1981. Dividido em 15 panfletos, o material apresenta soluções sustentáveis para os mais diversos tipos de ambientes, mostrando como é possível aproveitar os recursos naturais sem interferir em sua manutenção, independente se a área disponível está na montanha ou à beira do mar. Existem soluções para todos os tipos de espaços e necessidades.

Se você tem interesse em saber mais sobre o conceito de permacultura e entender como ele pode ser aplicado, clique aqui para baixar o manual completo.

Cartilha da bioconstrução

A bioconstrução se baseia no princípio de que é possível construir tendo um impacto ambiental muito baixo. Para promover este conceito e apresentar técnicas práticas, o Ministério do Meio Ambiente disponibiliza gratuitamente uma cartilha on-line para capacitação e informação acerca do tema e suas devidas metodologias.

Clique aqui para saber mais sobre o material.

Redação CicloVivo

Barbados confirma três casos de zika em grávidas


Barbados confirmou, nesta terça-feira (9), três casos de zika em grávidas, o que elevou para sete o número de pessoas infectadas pelo vírus na ilha caribenha.

O vírus da zika tem sido vinculado a más-formações em recém-nascidos.

"O Ministério da Saúde divulgou que os últimos três casos confirmados do vírus zika ocorreram em mulheres que estão grávidas", informaram os serviços de informação do governo barbadiano em sua página do Facebook.

"Serão providenciados cuidados obstetrícios especializados para supervisionar o progresso de sua gravidez", garantiu o Ministério em uma nota à imprensa.

Transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o vírus da zika se propagou rapidamente pela América Latina e pelo Caribe. Embora seus sintomas sejam geralmente tão leves quanto os de uma gripe, tem gerado temor nas autoridades sanitárias pela possibilidade de estar relacionado com um aumento de casos de microcefalia em bebês.

O Ministério da Saúde de Barbados recordou que essa relação ainda não está comprovada. "A situação continua evoluindo, e a informação é atualizada regularmente", declarou.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou emergência médica global diante da rápida propagação do vírus e de seu possível vínculo com a microcefalia, enquanto vários países tomaram a iniciativa de pedir às mulheres que evitem a todo custo uma gravidez na atual conjuntura.

Pelo menos 26 países do continente já foram afetados pelo zika, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), dos quais o Brasil é o país mais atingido.

G1 Saúde