sábado, 31 de dezembro de 2011

Som alto no fone de ouvido ameaça audição de adolescentes, diz estudo


Um em cada quatro adolescentes corre risco de sofrer perda de audição devido ao volume de som colocado no fone de ouvido, segundo uma pesquisa publicada na edição online da revista científica “International Journal of Audiology”.
O processo de perda de audição por exposição a altos volumes é lento e progressivo. “Em 10 ou 20 anos, será tarde demais para perceber que uma geração inteira de jovens está sofrendo com problemas auditivos mais cedo do que o esperado pelo envelhecimento natural”, alerta Chava Muchnik, autora do estudo e pesquisadora da Universidade de Tel Aviv, em Israel, em material de divulgação.
A pesquisa de Muchnik analisou os hábitos de 289 adolescentes com entre 13 e 17 anos, por meio de questionários e medindo o volume que eles usam para ouvir seus aparelhos portáteis em ambientes silenciosos ou barulhentos.


O estudo constatou que 80% deles usam fones de ouvido com frequência. Por dia, 21% ouvem música entre uma e quatro horas por dia e 8% utilizam o aparato por mais de quatro horas consecutivas. O resultado disso é que 25% dos participantes estão sob sério risco de perda auditiva.
Segundo Muchnik, há no mercado modelos que chegam ao volume de 129 decibéis. Ela sugere que a legislação europeia, que limita essa capacidade a 100 decibéis, seja adotada também em outros lugares. Outra medida seria chamar a atenção de pais e escolas para o problema, para que eles façam a conscientização dos jovens.

G1

BNDES libera mais de R$ 37 milhões para atividades ambientais no país


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou nesta segunda-feira (26) que vai aplicar R$ 11 milhões a fundo perdido em três projetos de reflorestamento no Paraná, em São Paulo e na Bahia no âmbito do programa Iniciativa BNDES Mata Atlântica. Os recursos oriundos do BNDES Fundo Social viabilizarão a recuperação de 785 hectares do bioma, informou o banco.
Com a aprovação desses desembolsos, o banco de fomento já conta 11 projetos aprovados por meio do Iniciativa BNDES Mata Atlântica com recursos não reembolsáveis.
O projeto Iniciativa Verde receberá R$ 7,8 milhões para a recuperação de matas ciliares em cinco frentes de atuação entre o Paraná e São Paulo. No Parque Estadual da Serra do Mar, no norte do Estado de São Paulo, R$ 1,5 milhão será destinado a uma associação local para o reflorestamento de 160 hectares na zona de amortecimento da reserva. Haverá um foco especial no manejo sustentável da palmeira juçara, cujo comércio da polpa pode ser uma opção de renda local e de uso em merendas escolares.
Já o Instituto Floresta Viva receberá R$ 1,7 milhão do BNDES para recuperação florestal e manejo sustentável de mudas em uma área do Parque Estadual da Serra do Conduru, na Bahia. O parque abriga uma rica biodiversidade e foi criado como medida compensatória pela construção da rodovia BA-001, em 1997.

Fundo Amazônia

O BNDES também aprovou aportes não reembolsáveis que somam R$ 26,2 milhões em mais três projetos ambientais que pleiteavam recursos do Fundo Amazônia, do qual é gestor.
O banco informou nesta segunda que serão beneficiados o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), com o projeto Assentamentos Sustentáveis na Amazônia, e as prefeituras de Anapu e Jacundá, ambas no Pará, que estão em áreas de influência direta de grandes obras, como a usina hidrelétrica de Belo Monte.
As duas cidades usarão os recursos para estruturar instrumentos institucionais de preservação do meio ambiente e fomento à chamada economia verde. Com essas aprovações, o Fundo Amazônia já contabiliza 23 projetos em sua carteira, no valor de R$ 261 milhões.
Os recursos do Fundo Amazônia geridos pelo BNDES foram constituídos até agora por três grandes doadores: o governo da Noruega, o banco de desenvolvimento da Alemanha (KfW) e a Petrobrás.

G1

Guia mostra espécies impactadas por construção de usina no Rio Madeira


Um guia lançado neste mês apresenta informações sobre 222 espécies de animais que foram resgatadas nas áreas de floresta amazônica impactadas pela construção da usina hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira, nas proximidades de Porto Velho, em Rondônia.
De acordo com a empresa Santo Antônio Energia, que vai operar o empreendimento com 3.150 MW de potência instalada e capacidade para abastecer 11 milhões de moradias, mais de 24 mil animais de 360 espécies foram resgatados por equipes de veterinários e biólogos nas proximidades do rio.
 Lagarto-jacareana (Crocodilurus amazonicus

O trabalho fez parte do "Programa de Resgate da Fauna", uma das compensações ambientais exigidas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) para reduzir o impacto ambiental da construção e alagamento. Segundo a companhia, foram investidos R$ 568 milhões na compensação direta.
O livro, que será disponibilizado para escolas e pode ser conferido na internet, funciona como um inventário da fauna existente na região de floresta amazônica em Rondônia.
 Perereca (Hypsiboas cinereascens)

 Um exemplar filhote de Mata-Mata (Chelus fibriatus)

Fonte: G1

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Salário do professor no Brasil é o 3º pior do mundo


É o que mostra pesquisa feita em 40 países pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) divulgada ontem, em Genebra, na Suíça. A situação dos brasileiros só não é pior do que a dos professores do Peru e da Indonésia.

Um brasileiro em início de carreira, segundo a pesquisa, recebe em média menos de US$ 5 mil por ano para dar aulas. Isso porque o valor foi calculado incluindo os professores da rede privada de ensino, que ganham bem mais do que os professores das escolas públicas. Além disso, o valor foi estipulado antes da recente desvalorização do real diante do dólar. Hoje, esse resultado seria ainda pior, pelo menos em relação à moeda americana.

Na Alemanha, um professor com a mesma experiência de um brasileiro, ganha, em média, US$ 30 mil por ano, mais de seis vezes a renda no Brasil. No topo da carreira e após mais de 15 anos de ensino, um professor brasileiro pode chegar a ganhar US$ 10 mil por ano. Em Portugal, o salário anual chega a US$ 50 mil, equivalente aos salários pagos aos suíços. Na Coréia, os professores primários ganham seis vezes o que ganha um brasileiro.

Com os baixos salários oferecidos no Brasil, poucos jovens acabam seguindo a carreira. Outro problema é que professores com alto nível de educação acabam deixando a profissão em busca de melhores salários.

O estudo mostra que, no País, apenas 21,6% dos professores primários têm diploma universitário, contra 94% no Chile. Nas Filipinas, todos os professores são obrigados a passar por uma universidade antes de dar aulas.

A OIT e a Unesco dizem que o Brasil é um dos países com o maior número de alunos por classe, o que prejudica o ensino. Segundo o estudo, existem mais de 29 alunos por professor no Brasil, enquanto na Dinamarca, por exemplo, a relação é de um para dez.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o salário médio do docente do ensino fundamental em início de carreira no Brasil é o terceiro mais baixo do mundo, no universo de 38 países desenvolvidos e em desenvolvimento. O salário anual médio de um professor na Indonésia é US$ 1.624, no Peru US$ 4.752 e no Brasil, US$ 4.818, o equivalente a R$ 11 mil. A Argentina, por sua vez, paga US$ 9.857 por ano aos professores, cerca de R$ 22 mil, exatamente o dobro. Por que há tanta diferença?

Diário de Classe

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Feliz 2012 para todos

Pará retira incentivo fiscal de consórcio que constrói Belo Monte


Mais uma confusão na construção da hidrelétrica de Belo Monte. O governo do Pará retirou um incentivo fiscal porque os construtores foram comprar caminhões em outro estado.
O impasse começou depois que o consórcio comprou 118 caminhões para as obras da hidrelétrica de Belo Monte de uma empresa de São Paulo. Essa transação foi uma quebra de contrato. No acordo assinado em outubro, entre governo do Pará e a construtora, o ICMS cairia de 17% para 10% , desde que o consórcio comprasse as máquinas no Pará.
“Quando um projeto se implanta numa região, lhe proporciona um círculo virtuoso. Como é que isso se dá: ele compra de uma empresa local que vai necessitar contratar mão de obra local, que vai demandar outros fornecedores locais. A comunidade ganha, as entidades de classe ganham, as instituições de ensino ganham; ou seja, o ambiente de negócios favorece a todos que estão inseridos nele”, diz o coordenador da rede de desenvolvimento da Federação das Indústria do Pará, Luiz Pinto Júnior.
Mas, como o acordo foi desrespeitado, esse efeito cascata positivo não aconteceu. E o governo decidiu: assim que os caminhões e outras máquinas compradas fora do estado chegarem ao Pará terão que pagar a diferença de aliquota. E à vista
“Vai acabar saindo mais caro para empresa, porque se ela vai trazer de São Paulo ou da região Sul e Sudeste, que venha com 7% de lá, ao atravessar a fronteira vai pagar o diferencial de aliquota para completar os 17%”, diz o economista José Egypto.
O consórcio reconhece que fez uma ação equivocada e busca alternativas para reparar as consequências.

Fonte: G1

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O QUE ESTÁ ACONTECENDO? O QUE É BELO MONTE?


A cons­tru­ção da Usina Hidre­lé­trica de Belo Monte, a ter­ceira maior do pla­neta, o pro­jeto da Usina  no Estado do Pará, na região da cidade de Alta­mira, num tre­cho do rio Xingu deno­mi­nado “Volta Grande do Xingu”, local lar­ga­mente habi­tado por povos indí­ge­nas e ribei­ri­nhos, que fazem do rio o seu único sus­tento. Além disso, existe uma vasta diver­si­dade de fauna e flora que só é pos­sí­vel de se encon­trar naquela região da Amazônia.
Com a che­gada da bar­ra­gem, toda aquela área seria inun­dada, for­çando o des­lo­ca­mento de seis tri­bos indí­ge­nas intei­ras e de outras cen­te­nas de pes­soas que vivem às mar­gens do Xingu. A fauna e flora, antes abun­dante no local, sim­ples­mente desa­pa­re­ce­riam.
Espe­ci­a­lis­tas apon­tam, além disso, o enve­ne­na­mento da água por conta dos resí­duos pro­ve­ni­en­tes da decom­po­si­ção das car­ca­ças de ani­mais e plan­tas que se acu­mu­la­riam no fundo do lago que se for­ma­ria, além da emis­são em larga escala de gases noci­vos à saúde e à atmos­fera, tam­bém pro­ve­ni­en­tes desta decomposição..
A ener­gia gerada pela usina, além de nunca che­gar às cida­des, o que, teo­ri­ca­mente, seria a jus­ti­fi­ca­tiva da implan­ta­ção do empre­en­di­mento, é eco­no­mi­ca­mente inviá­vel, sendo o governo obri­gado a subsidiá-la. Esta ener­gia, na ver­dade, ser­vi­ria para ali­men­tar gran­des mine­ra­do­ras que o governo pre­tende tra­zer para se ins­ta­la­rem no cora­ção da flo­resta Amazô­nica, fato este que tam­bém tra­ria muito mais devas­ta­ção ao verde e sofri­mento ao povo da flo­resta. As pes­soas já estão come­çando a pas­sar fome!
O povo bra­si­leiro pre­cisa acor­dar para este absurdo eco­ló­gico e se unir para, jun­tos, garan­ti­rem o futuro da flo­resta, dos seus filhos e netos, da cul­tura indí­gena bra­si­leira e da bio­di­ver­si­dade do rio Xingu.
Você tam­bém pode fazer a dife­rença, dis­cuta este assunto com seus ami­gos e fami­li­a­res, espa­lhe por suas redes soci­ais, pro­cure onde será a pró­xima mani­fes­ta­ção perto de você e par­ti­cipe, cobre uma posi­ção de seu candidato.

Protesto contra Belo Monte aconteceu na quinta-feira (22) em Manaus


Um protesto contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte foi realizado na tarde desta quinta-feira (22) em Manaus. A manifestação foi coordenada por artistas, professores, estudantes, intelectuais e lideranças indígenas.
A concentração foi marcada para começar às 17h, no Paço Municipal, no Centro  Antigo de Manaus, de onde partiu em passeata em direção à avenida Sete de Setembro, até o final da avenida Eduardo Ribeiro, onde ocorreu um show com a presença de vários artistas.
O protesto foi organizado pela Companhia Vitória Régia, SOS Encontro das Águas, Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), entre outros. O ato também foi marcado por protestos contra a violência agrária, aprovação de mudanças no Código Florestal e defesa do tombamento do Encontro das Águas.

A crítica.com

Índios isolados são identificados em área de impacto de hidrelétricas na Amazônia


Expedição da Frente de Proteção Etnoambiental do Madeira (FPEA Madeira) da Fundação Nacional do Índio (Funai) confirmou a presença de índios isolados em uma área da Terra Indígena Katauixi/Jacareúba, no Estado do Amazonas, entre os municípios de Lábrea e Canutama, na divisa com Rondônia.
A área onde vestígios, pegadas e outros sinais da presença de índios isolados foram encontrados fica a 30 quilômetros do canteiro de obras das hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio. A Funai baixou uma portaria reconhecendo a presença do grupo e restringindo o acesso ao local, com delimitações na região.
A confirmação de índios isolados foi feita pela expedição da FPEA Madeira em outubro deste ano, mas o relatório da Funai só veio à público neste mês, quando ele foi publicado no blog a Coordenação Regional Madeira, mas retirado em seguida.
Nesta segunda-feira (26), o coordenador da FPEA Madeira, Rogério Vargas Motta, ao ser procurado pelo portal acrítica.com, confirmou que há dois meses a expedição formada por ele e outros funcionários da Funai, além de dois indígenas da etnia apurinã, foi abordada por meio de assobios simulando sons de animais pelos índios isolados.
Motta disse que as informações sobre a presença deste grupo contatado já existia há 20 anos, mas somente agora é que os vestígios foram detectados. Há suspeitas de que os índios isolados pertençam ao mesmo grupo dos índios da etnia juma, cujos últimos remanescentes são apenas quatro pessoas.
Assobios
Motta conta que durante a expedição, que começou a operar neste ano, a equipe subiu as cabeceiras do rio Paciá (afluente do rio Purus e Amazonas).
A confirmação da existência dos índios isolados seu deu no meio da mata, por meio de diferentes manifestações: sinais de pegadas, quebradas e torções de arbustos, galhos cortados, palhas trançadas e assobios. A expedição optou por não se aproximar dos indigenas, adotando uma estratégia diferente da realizada no passado.
“Os apurinã morrem de medo deles. E não podíamos chegar muito perto porque poderíamos levar flechadas. A metodologia da Funai não é fazer contato. Se identificamos vestígios, optamos por nos afastar”, disse Mota.
Vulneráveis
O coordenador de índios isolados da Funai, Leonardo Lenin dos Santos, disse ao portal que os trabalhos da FPEA Madeira vão ser intensificados.
“A presença dos indígenas está em uma área próxima de dois empreendimentos. A frente foi criada justamente em função de indícios de índios isolados e da sua vulnerabilidade”, disse.
Santos disse também que as expedições vão continuar para que sejam elaborados “subsídios para a Funai” executar ações visando a proteção dos indígenas isolados a partir de 2012.
Rogério Vargas Motta reiterou que é preciso elaborar um Plano de Trabalho mais duradouro junto à área dos índios isolados para evitar impactos sociais provocados pelas duas hidrelétricas e pelo avanço de invasão nas áreas sobrepostas – o local fica no entorno do Parque Nacional Mapinguari e Terra Indígena Caititu.
Segundo Motta, há outros indícios da presença de outros grupos isolados na região e não apenas este confirmado em 2011 pela FPEA.

acrítica.com

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A maior Rã do mundo


As rãs pertencem ao mesmo grupo dos sapos que chamamos de Anfíbios Anuros (representados pelos sapos, rãs e pererecas), se caracterizam por apresentar pele lisa e membranas entre os dedos dos membros posteriores (como num pé de pato). Bom, mas as diferenças entre os anuros merecem um post a parte. Hoje, vamos falar sobre a Conraua goliath, a rã gigante!
Conraua goliath é uma espécie africana de anfíbio anuro, é encontrada numa área restrita compreendendo regiões dos Camarões e Guiné Equatorial. Pode medir até 40 cm e pesar 3 kg (nooooossa!!). Mas moradores daquela região relatam a existência desses animais ainda maiores com o dobro do peso, mas sem nenhum registro científico que comprove. De qualquer forma, esta espécie é o maior anuro existente no mundo.
As rãs Golias (como também são chamadas), possuem uma capacidade de salto impressionante, podendo saltar cerca de 3 metros de uma só vez (queria muito ver isso!), mas devido ao seu peso, elas se cansam rapidamente após dois ou três saltos.
Mas como tudo nesse mundo é prejudicado pela ação do homem, a população das rãs gigantes tem diminuido bastante devido a destruição do seu habitat, pelo fato de serem comercializada como animal de estimação, e como se não bastasse, são consumidas localmente como carne exótica e podem valer até três mil dólares por colecionadores dependendo do tamanho e peso.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Ibama multa Chevron em mais R$ 10 milhões por falta de plano de emergência


O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) multou hoje (23) em R$10 milhões a empresa petrolífera Chevron, que opera o Campo de Frade, na Bacia de Campos, por descumprimento de condições previstas na licença ambiental.
A análise feita pelo Ibama mostrou falhas no cumprimento do Plano de Emergência Individual (PEI) aprovado no licenciamento ambiental da atividade de exploração e extração de petróleo. Entre as falhas observadas estão a ausência de equipamentos nas embarcações de emergência e a demora no atendimento inicial ao vazamento.
Foi a segunda multa que o Ibama aplicou à empresa por causa do vazamento de óleo descoberto no dia 8 de novembro. A primeira multa, de R$ 50 milhões, foi emitida em 21 de novembro em função do lançamento de petróleo no mar.

Agência Brasil

Rio começa a pagar Bolsa Verde em abril de 2012


O estado do Rio de Janeiro será o primeiro a pagar a Bolsa Verde no país. A iniciativa tem o objetivo de desenvolver um mercado de ativos ambientais para promover a economia sustentável. A Bolsa Verde, que entra em operação em abril de 2012, será o primeiro mercado de carbono brasileiro, em que as indústrias do Rio poderão negociar energia renovável ou biomassa, além da recuperação de áreas florestais e tratamento de resíduos. A expectativa é que no futuro outros estados também possam participar das transações na bolsa fluminense.
O acordo de cooperação foi assinado esta semana entre a Secretaria do Ambiente do Estado do Rio, a Secretaria de Fazenda do Município do Rio e a Bolsa Verde Rio (BVRio), uma associação sem fins lucrativos.
A Bolsa Verde vai pagar R$ 300 por trimestre a famílias em situação de extrema pobreza que vivam em unidades de conservação e desenvolvam ações para preservá-las. O objetivo é aliar a preservação ambiental à melhoria das condições de vida e a elevação da renda.
Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, o Rio de Janeiro está dando um passo importante em relação a outros estados, colocando em prática o projeto que fomenta a economia ambiental, além de incentivar uma postura positiva dos produtores de poluentes. “Na verdade você introduz um elemento de mercado que valoriza as empresas que conseguem cumprir além de suas metas de redução de poluentes ou de reflorestamento”, destacou.
Para a secretária municipal de Fazenda do Rio, Eduarda La Rocque, é difícil estimar inicialmente quanto essa economia verde pode movimentar, mas acredita que será algo significativo na economia do estado. Ela disse que serão criados grupos de trabalho para atuar na regulação e acompanhar a legislação tributária do mercado financeiro.
“É um esforço de coordenação para que o estado vire referência no tema. Então a economia do Rio vai sair na frente mostrando como a gente pode articular instrumentos financeiros e o estado com o seu papel regulador, definindo multas, impostos, permissões e de que forma a gente vai regular esse mercado financeiro.”

Agência Brasil

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Impacto Ambiental na exploração de petróleo é menosprezado


O licenciamento ambiental que autoriza a exploração de petróleo, em especial no mar, acaba de sofrer alterações por conta da edição da Portaria Ibama nº 422/2011, publicada no final de outubro. Para a advogada e especialista no tema, Carol Manzoli Palma, esse tipo de exploração deve ser feita com a máxima cautela, por isso “uma Portaria não é o meio adequado de se disciplinar o tema”. Ela ressalta que as novas regras dispensam em alguns casos a obrigatoriedade do estudo de impacto ambiental, aspecto que ela considera preocupante.

Inclusive em seu livro “Petróleo – Exploração, Produção e Transporte sob a Óptica do Direito Ambiental”, da Editora Millennium, fruto de seu trabalho de mestrado desenvolvido na Universidade Metodista de Piracicaba (SP), na qualidade de pesquisadora da FAPESP, Carol Manzoli Palma defende justamente a obrigatoriedade do estudo de impacto ambiental “para toda atividade de prospecção sísmica”.

Exemplo da importância dessa cautela ambiental na atividade petrolífera, infelizmente pelo aspecto negativo, ou seja, pela ausência de cautela, é o acidente ocorrido no Golfo do México. Outro exemplo preocupante é o recente vazamento de petróleo ocorrido em Campos no Rio de Janeiro (RJ) que envolve a Chevron.

A exploração de petróleo offshore é tão importante que em razão do acidente no Golfo, os juristas reunidos em Limoges (França) em outubro desse ano chegaram à conclusão da necessidade de uma convenção internacional que trate exclusivamente deste tipo de atividade. O documento denominado “Apelo dos Juristas”, que traz também outroas sugestões, deve ser debatido durante a Convenção Rio +20.

No tocante ao tema da divisão dos royalties do pré-sal a preocupação com o impacto ambiental da exploração de petróleo também norteia a opinião de Carol Manzoli Palma no sentido de que todos os Estados devem ser beneficiados, porém os Estados produtores devem receber uma parcela maior dos recursos. “Os royalties devem ser destinados aos Estados em que a extração e o transporte de petróleo acontecem, pois muitas vezes aparecem no mar manchas órfãs, ou seja, manchas cujo autor do vazamento não pode ser identificado. Com a verba, os órgãos ambientais poderiam fazer a limpeza do local e a tentativa de identificação do autor do vazamento”, defende a especialista.

Fonte: O ECO

Marina Silva critica complacência do governo com novo código florestal


A senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deu sua opinião na 17a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP17) sobre a aprovação do Código Florestal ontem no Senado. Ela afirma que o atual cenário é de incerteza com relação ao desmatamento e que a nova lei deve, sim, ameaçar as metas de redução de gases estufa prometidas na Cúpula de Copenhague, para serem cumpridas até 2020. “O objetivo de reduzir de 36% a 38% as emissões deve ser afetado, pois 70% das emissões no país são oriundas do desmatamento”, declara.
Marina também acredita que a posição de liderança do país na COP17 pode ser afetada, já que o Brasil é exemplo de preservação das florestas e biodiversidade para vários países florestados. “Corremos o risco de ter o nosso discurso sobre emissões e preservação invalidado na COP, principalmente se o desmatamento voltar a crescer”, explica.

Embora muito se fale que o Código aprovado foi um meio termo entre o que as duas partes queriam, ambientalistas de um lado e ruralistas de outro, a senadora não concorda. Para ela, só uma parte saiu comemorando o resultado.
Ao final do painel, Marina criticou mais uma vez o Governo e também a delegação brasileira que está em Durban, por terem comemorado os 11% de redução do desmatamento no último ano e acreditar que o novo Código Florestal não vai influenciar nisso nos próximos anos. “Me parece uma atitude de complacência dos nossos representantes com os erros cometidos [aprovação do Código]. Agora vamos aguardar o que a Câmara vai fazer e torcer para a presidenta Dilma vetar e cumprir a sua promessa de campanha: lutar contra o desmatamento”, encerra.

Fonte: o eco

Aprovado o mestrado em Ciências Agrárias (Agroecologia) da UFPB campus de Bananeiras


“Após 09 meses de longa elaboração e espera finalmente foi aprovado o nosso Programa de Pós-Graduação em Ciência Agrárias (Agroecologia) (PPGCAG). A decisão se deu por ocasião da 132ª Reunião do Conselho Técnico Científico de Educação Superior da CAPES/MEC. A reunião foi realizada entre 12 e 16 de dezembro em Brasília e a notícia foi divulgada nesta terça-feira dia 20/12/2011 no portal da CAPES/MEC. Nosso Programa já havia sido aprovado no Conselho Superior da UFPB segundo a resolução n° 18/2011 do CONSEPE” informou o Prof. Dr. Marcos Barros de Medeiros, membro da comissão elaboradora do Programa.
O Mestrado em Ciências Agrárias (Agroecologia) partiu de uma iniciativa originada no âmbito do  Departamento de Agropecuária do Centro de Ciências Humanas Sociais e Agrárias da  UFPB – Campus de Bananeiras. Este Programa de Pós-Graduação “Estricto Sensu” terá inicio em março de 2011 e contará com uma área de concentração: Ciências Agrárias (agroecologia) com duas densas linhas de pesquisa: 1) Ciências Agrárias, Indicadores e Sistemas de Produção Sustentáveis e 2) Desenvolvimento rural, processos sociais e produtos agroecológicos.
O corpo de docentes permanentes com dedicação exclusiva será composto pelos seguintes professores doutores: Ademar Pereira de Oliveira (CCA/UFPB – Areia) Antônio Alberto Pereira (CECAN/UFPB – Mamanguape); Daniel Duarte Pereira (CCA/UFPB – Areia); Fillipe Silveira Marini (Coordenador da Comissão – DAP/CCHSA – Bananeiras); George Rodrigo Beltrão da Cruz (DAP/CCHSA – - Bananeiras); Ítalo de Souza Aquino (DAP/CCHSA – - Bananeiras);  Leonardo Augusto Fonseca Pascoal (DAP/CCHSA – - Bananeiras); Marcos Barros de Medeiros (DAP/CCHSA – - Bananeiras); Marcos Paulo Carreira de Meneses (DAP/CCHSA — Bananeiras), Maria José Araújo Wanderley (DAP/CCHSA – Bananeiras); Melchior Naelson Batista da Silva (Pesquisador da Embrapa-Algodão – Campina Grande); Nair Helena Arriel (Pesquisador da Embrapa-Algodão – Campina Grande); Nivânia Pereira da Costa (DAP/CCHSA – Bananeiras); e Raunira da Costa Araújo (DAP/CCHSA – Bananeiras).  Outros cinco professores serão colaboradores: Alexandre Eduardo de Araújo (DAP/CCHSA – Bananeiras), Severino Bezerra Silva (CE/UFPB – - Bananeiras), Silvestre Fernandez Vasquez (DAP/CCHSA – - Bananeiras), e a Profa. Geralda Macedo (DE/CCHSA – - Bananeiras) e Fábio Aquino (Pesquisador da Embrapa Algodão – Campina Grande).
O PPGCAG permitirá a introdução de outra perspectiva em relação à produção de baseados nos conceitos e utilizadas pelas Ciências Agrárias e pela Agroecologia, a qual incorpora as áreas de conhecimento da Agronomia, Biologia, Ecologia, Economia e Administração, Educação, Engenharia Florestal, Sociologia, Veterinária e Zootecnia passando pelas questões relacionadas às estratégias alternativas de desenvolvimento rural e suas perspectivas políticas. O Programa proporcionará, à sociedade, profissionais com formação metodológica com a capacidade de trabalhar em interface de conhecimento, equipes e projetos de pesquisa multiprofissionais.
A proposta ainda tem como objetivo a formação, qualificação e o aprofundamento do conhecimento de docentes, pesquisadores e de profissionais especializados nas áreas afins acima citadas.
O processo seletivo para 2012 começará em Janeiro, sendo o período de inscrição a ser divulgado até o final de dezembro de 2011. Para esse primeiro processo seletivo serão ofertadas 12 vagas para candidatos formados nas áreas supracitadas e áreas afins. Maiores informações sobre o processo seletivo do PPGCAG serão divulgadas em breve no Edital. (com informações de Prof. Marcos Barros de Medeiros)

Prof. Dr. Marcos Barros de Medeiros

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Ministério do Meio Ambiente promove campanha para reduzir uso de sacolas plásticas


O Ministério do Meio Ambiente lançou hoje (19), na Rodoviária de Brasília, a segunda fase da campanha Saco é um Saco, que tem por objetivo conscientizar a população para a redução do uso de sacolas plásticas.
A diretora do Departamento de Produção e Consumo Sustentável da Secretaria de Políticas Ambientais do MMA, Laura Valente, distribuiu sacolas reutilizáveis. Segundo ela, é preciso mostrar à população alternativas para que as sacolas plásticas não sejam mais utilizadas. "A melhor coisa a se fazer é consumir só aquilo que precisa. Use uma opção retornável em vez de uma que é danosa ao meio ambiente", disse.
Ela defendeu campanhas mais efetivas para que a população se conscientize de evitar o uso de sacolas plásticas. "A conscientização é importante quando aliada com campanhas efetivas no setor de mercados, para que não disponibilize mais sacolas. A gente tem que reverter esse hábito de 50 anos".
A estratégia de lançar a segunda fase da campanha no Natal é para chamar a atenção das pessoas quanto ao uso das sacolas plásticas nas compras de fim de ano. "A escolha da sacola plástica implica problemas para todos, como poluição do solo e mares e a degradação da biodiversidade. Tudo isso é consequência do padrão de consumo que temos e de como tratamos essa questão", disse Laura Valente.
A campanha agradou a estudante de administração Adriana Batista. "Gostei muito da iniciativa das sacolas reutilizáveis. As pessoas precisam se conscientizar sobre preservação do meio ambiente para as próximas gerações". Já a contadora Elza Nascimento defende ações mais eficazes dos órgãos que promovem a campanha. "O governo não faz campanhas suficientes. Elas sempre são deixadas de lado depois de algum tempo. Deveria haver maior cobrança e fiscalização. Mas essa campanha é um bom passo", defendeu.
Uma sacola reutilizável de cinco metros, feita de banners reciclados, foi instalada no dia 15 de dezembro na Rodoviária de Brasília, onde ficará exposta por duas semanas. Foram distribuídos também panfletos informativos sobre ações sustentáveis. Esta segunda fase faz parte da campanha Vamos Tirar o Planeta do Sufoco, iniciada em São Paulo, em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e a Associação Paulista de Supermercados (Apas). Em São Paulo, mais de 100 municípios aderiram à campanha.

Agência Brasil

Rondônia é o primeiro estado autorizado a criar pirarucu em cativeiro


O pirarucu, um dos maiores peixes de rio do país, já pode ser criado em cativeiro no estado de Rondônia. Um acordo nesse sentido foi assinado hoje (21) entre o ministro da Pesca e Aquicultura, Luiz Sérgio, e o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), Curt Trennepohl. O acordo permite a criação e a venda de pirarucu de acordo com a instrução normativa que estabelece critérios e procedimentos para cadastramento de reprodutores da espécie em Rondônia.
O produtor interessado em criar pirarucus em cativeiro tem até 90 dias para solicitar ao ministério da Pesca e ao Ibama uma vistoria da propriedade. Serão cadastradas as matrizes, com o registro das principais características dos peixes. Os dados serão armazenados em um microchip, que facilitará a exportação do pescado. O controle eletrônico também vai registrar a identidade genética dos peixes, permitindo que os exemplares sejam rastreados desde o nascimento.
O presidente do Ibama chamou a atenção para a criação de peixes como alternativa de desenvolvimento econômico. “A aquicultura se apresenta como uma atividade alternativa que permite maior produção em menos espaço. Onde criamos um boi é possível criar toneladas de peixe, sem desmatar 1 hectare sequer”, comparou ele.
No primeiro semestre de 2012, o acordo deve ser ampliada a todos os estados produtores. A venda de pirarucu capturado na natureza continua proibida. O ministro da Pesca disse que a medida é o ponto inicial para o desenvolvimento do cultivo de pirarucus para exportação. “Rondônia será o primeiro estado [a receber criações autorizadas de pirarucu em escala comercial]. A partir dele virão outros e a criação de pirarucus poderá se estender pelo Norte e Nordeste do país. Logo veremos o pirarucu sendo servido em restaurantes de países como França, Alemanha e Japão”.
O pirarucu é  o maior peixe encontrado em rios e lagos do Brasil. Pode chegar a 3 metros de comprimento e pesar mais de 200 quilos. Por causa da carne de textura firme e sabor característico, é considerado o "bacalhau da Amazônia”.

Agência Brasil

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Manifestantes protestam contra texto do novo Código Florestal


Estudantes e representantes de organizações não governamentais de 17 estados, entre elas a SOS Mata Atlântica, protestaram hoje (15) contra o texto do novo Código Florestal, aprovado no Senado e à espera de discussão e votação na Câmara. Sem acordo entre os deputados, não houve definição de quem será o relator na Câmara.
A coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, disse que o texto muda os princípios constitucionais  sobre a conservação das florestas, do meio ambiente e da qualidade de vida, ameaçando a segurança ambiental no país.
“Esse manifesto pretende chamar a atenção do governo e mostrar para o Brasil que todas as conquistas da sociedade, do ponto de vista ambiental, estão em xeque a partir das mudanças do código”, disse Malu Ribeiro.
“A alteração do Código Florestal é só a ponta do iceberg da desestruturação de todo o sistema nacional de meio ambiente, da Lei da Mata Atlântica, da lei sobre o sistema nacional de conservação”.
Os manifestantes reuniram mais de 1,2  milhão de assinaturas de pessoas que dizem apoiar o movimento de protesto contra o novo texto do Código Florestal. O abaixo-assinado foi entregue à Presidência da República. Segundo os organizadores do protesto, mais de 3 milhões de pessoas apoiam o movimento.
Paralelamente, ocorre um protesto por meio das redes sociais na internet, no qual blogueiros, jornalistas e diversas personalidades manifestam apoio à campanha contra a alteração do Código Florestal. No Twitter, a indicação é procurar no Google a frase-chave “as árvores depois do Código Florestal”. Ao buscar a frase e clicar em “imagens”, os internautas encontrarão diversas fotos de florestas desmatadas.

Agência Brasil

Japão anuncia que situação se estabilizou na Usina Nuclear de Fukushima


O governo japonês anunciou que a situação se estabilizou na Usina de Fukushima, nove meses depois de um dos piores acidentes nucleares do mundo.
O primeiro-ministro Yoshihiko Noda disse que a usina está sob controle e que todos os reatores estão em "parada fria", o que significa que as temperaturas dessas unidades estão estabilizadas abaixo de 100 graus Celsius. Segundo ele, mesmo em caso de incidentes imprevisíveis, os níveis de radiação continuarão baixos.
A empresa que administra a usina, no Nordeste do Japão, informou ontem (15) que a desativação completa da central levará cerca de 40 anos. A direção da Tepco explicou que há uma agenda para que a desativação ocorra, seguindo orientações da Comissão de Energia Atômica do Japão.
Preocupadas com as ameaças radioativas, as autoridades japonesas mantêm em vigor a ordem de esvaziamento da área de 20 quilômetros em volta da usina. Cidades inteiras foram esvaziadas e as pessoas passaram a viver de forma provisória. O consumo dos produtos agrícolas e de origem animal da região de Fukushima foi proibido por medida de segurança.
Em 11 de março deste ano, houve uma série de vazamentos e explosões na usina em decorrência de terremoto seguido de tsunami registrado no Japão.

Agência Brasil

domingo, 11 de dezembro de 2011

EUA e China comprometem-se a cortar gases estufa em pacto global


Um dos principais e inéditos resultados da Conferência do Clima, COP-17, foi o estabelecimento do grupo de trabalho da Plataforma de Durban, que vai desenvolver um "protocolo", "instrumento legal" ou "resultado acordado com força legal" de comprometimento de todos os países para cortar as emissões de gases do efeito estufa. É a primeira vez que EUA e China concordam com um acordo legal neste sentido, que deve ser implementado em 2020.
A Índia e a União Europeia concordaram no último momento, com a mudança no texto, que trocou o fraco termo "resultado legal" que estava nos documentos anteriores por "resultado acordado com força legal", que exige um comprometimento maior. O Fundo Verde e a prorrogação do Protocolo de Kyoto também foram aprovados.
Para a ministra do meio ambiete do Brasil, Izabella Teixeira, o resultado da COP-17 é histórico por fazer com que todos os países se comprometam.
O documento "nota com grave preocupação" a lacuna significativa entre as promessas de corte nas emissões dos gases estufa dos países até 2020 e o que deveria ser feito para se ter uma chance de conter o aquecimento global a 2°C ou 1.5°C acima dos níveis pré-industriais.
Onegociador chefe do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo, disse que até 2020 os países desenvolvidos já terão atingido seu pico de emissões se os EUA começarem agora a reduzir as suas. Já os países emergentes ainda têm um tempo maior para continuar com grande lançamento de gases.
O documento diz que os trabalhos devem ser completados o mais cedo possível, mas não depois de 2015, para que o marco legal seja adotado na COP-21. O grupo ainda começará a funcionar no primeiro semestre de 2012 e levará em conta o relatório do IPCC, que irá revisar os resultados das ações de corte de emissão no clima.
O resultado final também deve incluir adaptação às mudanças climáticas, financiamento, transferência de tecnologia, desenvolvimento e capacitação nos países pobres. 

Do Uol

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

ANP não está convencida de que Chevron conseguiu tapar poço que vazou óleo


A Agência Nacional de Petróleo (ANP) informou hoje (9) que a empresa petrolífera Chevron ainda não conseguiu provar que teve êxito na cimentação do poço que vazou petróleo na Bacia de Campos. Segundo a diretora da ANP Magda Chambriard, a agência ainda não está segura sobre a eficácia do tampão de cimento do poço no Campo de Frade e, por isso, ainda não é possível abandoná-lo. Segundo ela, há ainda risco de que o óleo possa voltar a vazar.
“Estamos checando a integridade do segundo tampão de cimento. A gente checa isso através de perfis de cimentação. Esses perfis de cimentação não estão nos mostrando a perfeita integridade desses tampões de cimento. Eles ainda não mostram a perfeita aderência do cimento ao poço. Essa 'bola' está com a Chevron. Ela tem que nos provar que o que fez está certo. Mas ainda não conseguiu nos provar isso”, disse Chambriard.
De acordo com a ANP, apesar do vazamento principal ter sido contido, há ainda vazamentos residuais, de gotas de óleo que atravessam rachaduras no leito submarino. Segundo a diretora, há um equipamento recolhendo essas gotas. A mancha do vazamento principal ainda se espalha por uma área de 240 mil metros quadrados.
Chambriard disse que a ANP já constatou dez “não conformidades” (irregularidades) na plataforma da Chevron no Campo de Frade, que são alvo de três autos de infração da agência reguladora.
De acordo com a diretora, mesmo antes do vazamento da Chevron, a ANP vinha mantendo uma fiscalização rigorosa sobre as plataformas de perfuração e produção de petróleo que atuam no mar brasileiro. Desde agosto do ano passado, mais de 680 irregularidades foram encontradas em várias dessas plataformas, levando a interdição de 11 e a emissão de R$ 52 milhões em multas.
Na cerimônia de despedida do diretor-geral da ANP, Haroldo Lima, Chambriard cobrou do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, a promoção de um novo concurso público para contratar 150 funcionários, que reforçariam a estrutura de fiscalização da agência reguladora.

Agência Brasil