terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Reciclagem do óleo de cozinha


Muitos bares, restaurantes, hotéis e residências ainda jogam o óleo utilizado na cozinha direto na rede de esgoto, desconhecendo os prejuízos dessa ação. Independente do destino, esse produto prejudica o solo, a água, o ar e a vida de muitos animais, inclusive o homem.

Quando retido no encanamento, o óleo causa entupimento das tubulações e faz com que seja necessária a aplicação de diversos produtos químicos para a sua remoção. Se não existir um sistema de tratamento de esgoto, o óleo acaba se espalhando na superfície dos rios e das represas, contaminando a água e matando muitas espécies que vivem nesses habitats.

Dados apontam que com um litro de óleo é possível contaminar um milhão de litros de água. Se acabar no solo, o líquido pode impermeabilizá-lo, o que contribui com enchentes e alagamentos. Além disso, quando entra em processo de decomposição, o óleo libera o gás metano que, além do mau cheiro, agrava o efeito estufa.


Despejo correto de óleo

Para evitar que o óleo de cozinha usado seja lançado na rede de esgoto,  cidades, instituições e pessoas de todo o mundo têm criado métodos para reciclar o produto. As possibilidades são muitas: produção de resina para tintas, sabão, detergente, glicerina, ração para animais e até biodiesel.

Esse tipo de combustível já está sendo largamente desenvolvido em todo o mundo. Aqui no Brasil, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em parceria com a Bayer premiou uma pesquisa da Universidade de São Paulo (USP) sobre produção de biocombustível a partir do óleo de cozinha. A premiação ocorreu em 2007, durante o projeto Jovens Embaixadores Ambientais.

O projeto Biodiesel em casa e nas escolas também conta com a participação de universitários, escolas e empresas que já ajudaram a coletar mais de cem toneladas de óleo de cozinha para ser transformada em combustível 100% renovável.

Processo

Biodisel - A transformação do óleo de cozinha em energia renovável começa pela filtragem, que retira todo o resíduo deixado pela fritura. Depois é removida toda a água misturada ao produto. A depender do óleo, ele passará por uma purificação química que irá retirar os últimos resíduos. Esse óleo "limpo" recebe então a adição de álcool e de uma substância catalisadora. Colocado no reator e agitado a temperaturas específicas, ele se transforma em biocombustível e após o refino pode ser usado em motores capacitados para queimá-lo.


Sabão – Para fazer barras de sabão a partir do óleo de cozinha, basta seguir a receita abaixo:

Materiais:
  • 5 litros de óleo de cozinha usado
  • 2 litros de água
  • 200 mililitros de amaciante
  • 1 quilo de soda cáustica em escama
Preparo:
  1. Coloque cuidadosamente a soda em escamas no fundo de um balde.
  2. Depois, coloque a água fervendo.
  3. Mexa até diluir todas as escamas da soda.
  4. Adicione o óleo e mexa.
  5. Adicione o amaciante e mexa novamente.
  6. Jogue a mistura numa fôrma e espere secar.
  7. Corte o sabão em barras.
Atenção: A soda cáustica pode causar queimaduras na pele. O ideal é usar luvas e utensílios de madeira ou plástico para preparar a mistura.

Outros tipos de soluções podem servir para evitar que o óleo seja jogado nas redes de esgoto. Um produto desenvolvido na Espanha promete solidificar o óleo e facilitar seu armazenamento, coleta e reciclagem. Batizado de Frito Limpio, o produto deve ser jogado no óleo ainda quente e após alguns minutos todo o liquido estará sólido. Basta retirar da frigideira e guardar.

Caso essa solução esteja muito longe de você, basta armazenar a sobra da fritura em uma garrafa PET e entregar em um posto de coleta.

Só Biologia

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Óleo de cozinha usado e o meio ambiente


O óleo de cozinha é um líquido usado principalmente para fritar alimentos em uma grande quantidade. Infelizmente, em muitos casos, esse óleo de cozinha usado em residências, bares e restaurantes acaba sendo jogado no ralo da pia ou mesmo nos vasos sanitários. Outras pessoas já preferem colocá-lo em algum recipiente vedado e descartá-lo com o lixo orgânico comum.

Entretanto, todos esses métodos de descarte do óleo de cozinha usado são meios de contaminação do meio ambiente, podendo poluir as águas, o solo e até mesmo a atmosfera. Veja quais são os prejuízos econômicos e ambientais quando o consumidor não é consciente e despeja indevidamente o óleo de cozinha usado na rede de esgoto ou nos lixões:

Ao ser despejado na pia ou no vaso sanitário, o óleo usado passa pelos canos da rede de esgoto e fica retido em forma de gordura. Isso é ruim porque atrai pragas que podem causar várias doenças, tais como leptospirose, febre tifoide, cólera, salmonelose, hepatites, esquistossomose, amebíase e giardíase. Essas doenças podem ser transmitidas para humanos e animais.

Além disso, esse óleo encrustado nos encanamentos dificulta a passagem das águas pluviais e causa o extravasamento de água na rede de esgoto e o seu entupimento, levando ao mau funcionamento das estações de tratamento. Por essa razão, faz-se necessário o uso de produtos químicos poluentes para desentupir essas instalações, o que leva à mais poluição e a mais gastos econômicos.

Esse esgoto contaminado com o descarte do óleo de cozinha usado chega às Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs), que irão separá-lo da água e tratá-lo para que a água possa ser novamente despejada nos mananciais, como rios e lagos. No entanto, esse tratamento realizado nas ETEs não é feito com o esgoto total, mas apenas com cerca de 68%, o que significa que o óleo acaba chegando aos mananciais aquáticos. Além disso, o custo desse tratamento é alto, correspondendo a cerca de 20% do custo com o tratamento do esgoto.

Visto que o óleo é menos denso que a água, ele fica na superfície dos rios e lagos, impedindo a entrada de luz e oxigênio. Isso causa a morte de várias espécies aquáticas, como o fitoplâncton (algas microscópicas que vivem em rios e mares e que produzem oxigênio) que depende da luz para desenvolver-se e sobreviver. Isso pode trazer consequências sérias, pois o fitoplâncton está na base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos, servindo de alimento para organismos maiores que também poderão morrer. Além disso, acredita-se que eles produzam cerca de 98% do oxigênio da atmosfera terrestre.


Para se ter uma ideia, 1 litro de óleo de cozinha usado pode poluir cerca de 1 milhão de litros de água, o que é aproximadamente consumido por uma pessoa em 14 anos!

O óleo de cozinha usado chega também aos solos, tanto por meio das margens dos mananciais aquáticos quanto por meio do óleo descartado no lixo comum que acaba parando nos lixões. O óleo contamina o solo e acaba sendo absorvido pelas plantas, prejudicando-as, além de afetar o metabolismo das bactérias e outros micro-organismos que fazem a deterioração de compostos orgânicos que se tornam nutrientes para o solo. É também por meio da infiltração no solo que esse óleo de cozinha polui os lençóis freáticos. Outro problema resultante é que esse óleo usado torna o solo impermeável e, quando ocorrem as chuvas, contribui para o surgimento de enchentes.

Além do solo e da água, até mesmo a atmosfera acaba sendo poluída, porque a decomposição do óleo produz o gás metano (CH4), que é um gás do efeito estufa, ou seja, é capaz de reter o calor do sol na troposfera, o que aumenta o problema do aquecimento global.

Brasil Escola

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Cisternas permitem maior oferta de água potável à região do semiárido


A Fundação Banco do Brasil (FBB) realizará investimento social de R$ 17,3 milhões para garantir o acesso à água potável a cerca de 14,3 mil pessoas prejudicadas pelos efeitos da seca no nordeste e no norte de Minas Gerais.

A aplicação do recurso, anunciada na quarta-feira (22), possibilitará a implantação de 3.588 cisternas para captação e armazenamento de água nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Para isso, a fundação firmou convênio com a Articulação do Semiárido (ASA). A rede, formada por mais de 3 mil organizações da sociedade civil, será responsável pela identificação e mobilização dos beneficiados, além da construção dos reservatórios e da assessoria técnica.

As novas cisternas serão divididas em dois tipos. O total de 3.198 serão voltadas ao consumo básico, que é água para beber, conhecidas como Cisternas de Placas. Outras 390 serão relacionadas à produção de alimentos e à criação de pequenos animais, chamadas de Cisterna Enxurrada e Calçadão.

Nos últimos quatro anos, a FBB já implantou 80 mil unidades de consumo básico e 12 mil de produção. A iniciativa, que contou com parceria da ASA, totalizou investimento de R$ 327 milhões e beneficiou 350 mil pessoas.

Tecnologia social

As Cisternas de Placas foram certificadas como tecnologia social em 2001 pela FBB, com a finalidade de captar e armazenar água de chuva. Para o consumo das famílias, o sistema permite o acúmulo de até 16 mil litros, que atende às necessidades de uma família de cinco pessoas pelo período de até oito meses.
O equipamento é composto por encanamento simples para recolher água da chuva nos telhados das casas, além de um reservatório no subsolo, revestido com placas.

Para as atividades produtivas, as cisternas são de dois modelos: Calçadão e Enxurrada, que são construídas perto das residências. As duas têm capacidade para 52 mil litros de água. A diferença é que a Enxurrada é instalada no caminho por onde passa o fluxo pluvial e a Calçadão capta de áreas em declive.


Fonte: Portal Brasil, com informações da Agência Brasil

sábado, 25 de fevereiro de 2017

O 1º eclipse do Sol de 2017 acontecerá neste domingo de carnaval


O domingo de Carnaval, 26 de fevereiro, terá o primeiro espetáculo celeste de 2017 — um eclipse solar parcial que poderá ser visto em boa parte do país. O fenômeno, em que a Lua fica na frente do Sol, ocultando-o, deve escurecer o fim da manhã por quase uma hora. Os astrônomos avisam que o eclipse não deve ser observado diretamente, pois a luz do Sol pode causar danos à visão. O ideal é usar um vidro de máscara soldadora ou acompanhar o fenômeno por meio de eventos promovidos pelos observatórios.

“Os dois eventos celestes mais interessantes do ano serão os eclipses solares, que ocorrem em 26 de fevereiro e 21 de agosto. São fenômenos que acontecem poucas vezes por década, por isso as oportunidades de acompanhá-los devem ser aproveitadas”, afirma Gustavo Rojas, astrônomo e físico da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).

Como observar

Olhar diretamente para o Sol pode ser perigoso, por isso o eclipse solar não deve ser observado sem proteção adequada – olhar o evento com binóculos, telescópios, filmes velados ou chapas de exames de Raio-X pode causas danos oculares. A indicação dos astrônomos é procurar os vidros de máscaras soldadoras, que podem ser encontrados em lojas de construção ou ferramentas – os mais escuros ajudam a olhar para o Sol. Outra dica é acompanhar os eventos que serão feitos em observatórios ao redor do mundo.

Outros eventos celestes, como as chuvas de meteoros, que precisam de céu bem escuro e uma fase da lua não muito brilhante para serem observadas, também devem promover belos shows ao longo do ano. Se houver céu limpo, a Geminídeas, que tem seu ápice entre 13 e 14 de dezembro, promete ser a melhor.


Diário do Sertão

Premiação dará £200,000 a projetos que unam permacultura e questões sociais


A marca de cosméticos Lush e a Associação de Pesquisa Ethical Consumer anunciam os últimos dias de inscrição para o Lush Spring Prize, premiação de um fundo anual de £200,000 que tem como objetivo dar suporte a projetos do mundo inteiro que trabalham para a revitalização social e ambiental.

Projetos globais de regeneração ambiental e social querem abraçar os valores do modelo de permacultura, agroecologia e biomimética. Eles lutam para criar um sistema de ciclo fechado que restaura seus próprios recursos e que também trabalham em questões como apoio à solidariedade, resiliência comunitária, gerando recursos renováveis ou restaurando as funções do ecossistema.

O foco do Lush Spring Prize é dar suporte às mudanças e fazer as coisas de um modo diferente; proporcionando recursos e oportunidades para colocar as atividades em prática. É por isso que os jurados são escolhidos com muito cuidado.

Para essa primeira edição os selecionados foram:

Julia Wright, pesquisadora sênior em Futuros Agroecológicos;
Andy Goldring, chefe executivo da Permaculture Association;
Daniel Christian Wahl, consultor e educador, autor do livro Designing Regenerative Cultures;
Gamelihle Sibanda, profissional certificado pela Biomimicry;
Jyoti Fernandez, pequena agricultora membro da Landworkers’ Alliance e da Via Campesina;
Com as suas diversas especializações eles serão capazes de avaliar a fundo os projetos que se inscreverem.

 O Lush Spring Prize irá premiar anualmente aqueles que estão engajando o processo de regeneração nas seguintes categorias:
  • Projetos Intencionais (£50,000) apoiando o início de grandes ideias
  • Novos Projetos (£75,000) projetos de 1-5 anos que procuram crescer
  • Projetos Estabelecidos (£50,000) referências que tiveram sucesso e resistiram ao tempo.
  • Prêmio de influência (£25,000) lobbying ou campanhas ativistas de influência política ou de opinião pública que apoiam a revitalização social e ambiental.
Os formulários de inscrição estão disponíveis para download no site do Lush Spring Prize e as inscrições se encerram no dia 28 de fevereiro de 2017. Um diversificado painel de jurados irá se reunir em Março e os ganhadores serão premiados em um grande evento em Maio de 2017.

Inscrições do mundo inteiro são bem-vindas. 

Ciclo Vivo

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

Horta integrada com criação de peixes economiza 90% de água e elimina químicos


A criação de peixes associada ao cultivo de hortaliças, chamada de aquaponia, pode economizar até 90% de água em relação à agricultura convencional e ainda eliminar completamente a liberação de efluentes no meio ambiente, pois trata-se de um sistema fechado, diferentemente das criações convencionais. Motivados por essas vantagens, pesquisadores da Embrapa Tabuleiros Costeiros (SE) têm desenvolvido sistemas de diferentes portes de aquaponia que podem ser de produção doméstica ou mesmo em escala industrial.

Para o pesquisador da Embrapa Paulo Carneiro, o sistema tanto pode ser desenvolvido para consumo próprio, em sistemas caseiros para produção familiar, inclusive no meio urbano, em casa ou varanda de apartamento, desde que receba pelo menos cinco horas diárias de sol, como também com objetivo comercial, em larga escala, com altas densidades de peixes e vegetais. “O manejo é fácil e o produtor tem pouca coisa para monitorar, tanto na produção vegetal quanto de peixes. Hortaliças de ciclo curto, como alface, por exemplo, podem ser colhidas após quatro a seis semanas”, destaca.

O termo aquaponia é derivado da combinação das palavras “aquicultura” (produção de organismos aquáticos) e ‘hidroponia’ (produção de plantas sem solo). Ela é composta por um tanque no qual são produzidos os peixes. Alimentados por ração, eles liberam dejetos ricos em nutrientes que, por sua vez, bombeados para uma parte superior, nutrem os vegetais. As raízes, ao retirar os nutrientes, purificam a água que retorna por gravidade para o local onde são produzidos os peixes.

Carneiro acredita que a aquaponia se tornará popular no Brasil a exemplo do que já acontece há mais de dez anos em vários países, embora ela ainda seja pouco conhecida por aqui. Ele acrescenta ainda que caso haja resistência em abater os peixes, o produtor pode criar peixes ornamentais.



Qualidade ímpar

O produtor de vegetais hidropônicos no Município de Socorro, em Sergipe, Luiz Fernando de Araújo, aderiu de forma experimental à produção de alface crespa e roxa na aquaponia e percebeu a diferença em relação à produção hidropônica dos mesmos produtos. “É uma qualidade ímpar. Faz diferença no sabor do alimento, nas folhas e textura”, afirmou. “É fantástico. Maravilhoso.”, complementou. Fernando espera que a linha de pesquisa possa continuar para a produção aquapônica em escala maior, comercial.

“Um projeto como esse funcionaria muito bem no Semiárido”, comenta Genivaldo Monteiro, assessor técnico da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e da Ciência e Tecnologia (Sedetec). As casas, sítios e o comércio, na região rural do Semiárido, são muito distantes. A aquaponia produz alimentos saudáveis, com pouco consumo de água e pouco tempo de trabalho”, complementa Genivaldo. “É maravilhoso o quanto pode-se associar ciência e tecnologia com o desenvolvimento social e encontrar soluções para áreas extremas como o semiárido”, disse.

“Promissor”, disse o analista técnico do Serviço Nacional de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Helenilson de Jesus Oliveira, gestor do Programa de Agronegócio. Ele conta que o Sebrae já trabalhou com o Programa Alimentos Seguros (PAS) que divulga boas práticas de produção, manipulação e armazenamento de alimentos. “O programa deu muito certo”, disse. “Os kits para o produtor custavam cerca de R$ 10 mil e o de aquaponia custa menos de R$ 3 mil e, por meio de parcerias, pode-se implementar um programa junto aos produtores em pouco tempo”, acredita Helenilson.

Além disso, o pesquisador Paulo Carneiro acredita que, no contexto educacional, professores do ensino fundamental e médio podem transformar a aquaponia em uma eficiente ferramenta de ensino em disciplinas como biologia, meio ambiente, física, química, matemática economia e engenharia.


Aquaponia no mundo

A aquaponia está crescendo em várias partes do mundo. Na Alemanha, uma fazenda urbana com uma estufa de 1,8 mil metros quadrados irá produzir anualmente cerca de 35 toneladas de verduras e legumes e 25 toneladas de peixe. Em maio de 2015, os moradores de Berlim poderão comprar os primeiros legumes produzidos no que poderá ser a maior fazenda aquapônica urbana da Europa. Na região de Auvergne, na França, o projeto Osmose pretende produzir cinco mil alfaces e até 200 filés de trutas por semana. Nos Estados Unidos, grandes centros urbanos já produzem peixes e hortaliças em terraços no topo de prédios, economizando em transporte, além de todas as vantagens descritas acima.


Notícia da Agência Embrapa


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Qual o tempo de decomposição dos materiais?


Descartar resíduos incorretamente é um desperdício e uma irresponsabilidade.
 
Desperdício porque todo material reciclável tem valor. Separado, limpo e organizado por tipo, torna a reciclagem um nicho de mercado viável e lucrativo.
 
Irresponsável porque colabora para o aumento do volume de lixo em aterros, criação e manutenção de lixões, empregos em condições degradantes, esgotamento de matérias-primas naturais e por fim, o descarte cria um processo de deseducação. Hoje, com nossos exemplos, ensinamos a jogar fora tudo que não nos interessa mais. Amanhã, estaremos criando pessoas que descartam relações e sentimentos, assim como fazem com objetos.
 
Pesquisando na internet, existem diferenças sobre o tempo de decomposição dos materiais, mas como foi visto acima, isso não é o mais importante. O que precisamos é ter consciência do nosso papel de cidadão e evitar ao máximo que os materiais recicláveis sofram decomposição. Abaixo seguem algumas tabelas e informações variadas sobre o assunto. Acompanhe:
 

 
A diferença entre as informações pode ter vários motivos. Vamos ver o exemplo do papel. Hoje em dia, o tratamento do papel é feito com bactericidas para evitar que estraguem, portanto, podem durar muitos anos estocado, mas também um longo tempo, mesmo que esteja em um lixão. Por isso que o procedimento mais comum nesses locais é queimar o papel para reduzir seu volume, gerando gases tóxicos. Mas vamos imaginar que estamos falando de papel higiênico sujo (eca!). Ele tem todas as condições para se decompor rapidamente, certo? Nem sempre, pois se estiver dentro de um saco plástico, dificilmente isso vai acontecer, levando um longo tempo. Entendeu a complexidade? Então a regra é simples, descarte corretamente seus resíduos e cobre das autoridades que o tratamento do lixo seja adequado.
 
Setor Reciclagem 

Metais Pesados: Um grande risco para a saúde humana


O descarte inadequado das baterias para celulares (e não apenas isto, mas todo e qualquer produto eletrônico) oferece perigos que podem afetar diretamente a saúde dos seres humanos. Os metais pesados mais conhecidos que integram computadores e celulares modernos, produzem diversas doenças cujo grau de risco é considerado bastante elevado. Some-se a isso os prejuízos ao meio-ambiente, por sinal, incalculáveis. Confira a seguir quais efeitos podem ser provocados através da exposição a elementos químicos nocivos.


Mércurio → Metal presente em televisores de tubo, monitores para PC, pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes e até mesmo em componentes de circuito no computador. Esse elemento é capaz de deteriorar o sistema nervoso, causar perturbações motoras e sensitivas, tremores e demência.

Chumbo → Metal presente em celulares e também nos monitores para PC, televisores e nos próprios computadores. Elemento capaz de produzir alterações genéticas no organismo, atacar o sistema nervoso, bem como a medula óssea e os rins, podendo inclusive causar câncer.

Cádmio → Metal que encontra-se presente nos mesmos aparelhos que contenham chumbo. Esse elemento pode provocar câncer de pulmão e de próstata, além de anemia e osteoporose.

Berílio → Metal presente em aparelhos celulares e também computadores, causando câncer de pulmão.

 “Tudo que tem bateria, placa eletrônica e fio possui algum material contaminante”, afirma a especialista em gestão ambiental do Cedir (Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática), pertencente ao CCE (Centro de Computação Eletrônica) da Universidade de São Paulo (USP), Neuci Bicov. Maiores informações podem ser obtidas no site do eCycle cujo endereço na web é: http://www.ecycle.com.br/component/content/article/35/428-mercurio-cadmio-e-chumbo-os-inimigos-intimos-presentes-nos-eletronicos.html


A reciclagem dos aparelhos ou componentes descartados evitaria os problemas acima referidos, dado que segundo estudiosos o contato entre metais pesados e a chuva ácida de grandes metrópoles, promove o espalhamento destes rapidamente pelo solo nos aterros sanitários. Isso pode contribuir para a contaminação da água em lençóis freáticos a nível subterrâneo.

Portal Eletricista 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Seca no semiárido do Nordeste do país, que já dura seis anos, poderá se agravar até abril


A seca no semiárido do Nordeste do país, que já dura seis anos, poderá se agravar até abril: há 75% de probabilidade de as chuvas ficarem na média e abaixo da média climatológicas entre os meses de fevereiro e abril, aponta o último relatório do Grupo de Trabalho em Previsão Climática Sazonal (GTPCS) do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTI).

As previsões, produzidas com base em modelos climáticos e em diagnósticos atmosféricos e oceânicos, integram a agenda de pesquisa do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) para Mudanças Climáticas, apoiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela FAPESP.

As análises para o período que vai de fevereiro a abril de 2017 mostram a persistência de ventos alísios mais fracos que o normal no Atlântico Tropical e o aumento da temperatura da superfície do mar.

“Há 40% de chances de chuva no norte do Nordeste nesse período, mas com grande variabilidade espacial e temporal e abaixo da média histórica”, ressalta José Antonio Marengo, coordenador geral de Pesquisa e Desenvolvimento do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em Cachoeira Paulista, que integra o Grupo de Trabalho.

A baixa precipitação está associada às temperaturas dos oceanos Atlântico e Pacífico, incluindo a formação do El Niño intenso entre 2015 e 2016, assim como de “perturbações de larga escala” que resultaram no deslocamento da zona de convergência intertropical para o norte.

“Esta zona representa uma banda de nuvens orientada de oeste a leste e que determina chuva na região. Se esta zona fica mais ao norte, então ficará mais afastada do Nordeste e não terá chuva na região”, explica Marengo.

A seca tem sido implacável no leste do Piauí, sul do Ceará, oeste de Pernambuco e centro-norte da Bahia, desde outubro de 2011, onde vivem 2,3 milhões de pessoas. As estimativas do Ministério da Integração dão conta de que as perdas no setor agrícola nordestino em função da seca são da ordem de US$ 6 bilhões, entre 2010 e 2015.

E o quadro poderá se agravar. Marengo sublinha não ser possível fazer previsões climáticas para prazos acima de três meses em razão da “elevada incerteza associada às previsões”, mas as estatísticas indicam que a seca que atinge a região é a mais severa e mais prolongada desde que o Cemaden iniciou o monitoramento da região, em 2013.

“Entre outubro de 2012 e setembro de 2013, quando a seca se intensificou e afetou 53% das áreas de pastagens, o acumulado de precipitação foi de 611 mm. Entre outubro de 2015 e setembro de 2016, o acumulado de precipitação foi ainda mais baixo, de 588 mm”, afirma Marengo.

Se até abril as chuvas atingirem um patamar entre a média histórica – 861 mm no período de 1961 a 2015 – e até 30% abaixo dessa média, a situação hídrica na maioria dos sistemas de abastecimento de água no norte da Região Nordeste não irá se recuperar. “A longo prazo, isso implicará em acentuado risco de esgotamento da água armazenada nos açudes do Ceará, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte entre novembro de 2017 e fevereiro de 2018”, prevê o meteorologista Marcelo Seluchi, do Cemaden.

Em fevereiro de 2017, por exemplo, os 153 açudes do Ceará, com capacidade total para 18.674,0 hm3, armazenavam 1.168,0 hm3 de água, cerca de 6% da capacidade, de acordo com informações do Portal Hidrológico do Ceará.

Além do Cemaden, integram o GTPCS especialistas do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) e do Centro de Ciências do Sistema Terrestre (CCST) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). Participam como convidados representantes dos Centros Estaduais de Meteorologia e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).


FAPESP


terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Turismo abre cadastro para artistas que pleiteiam cachês para eventos


Um novo sistema do Ministério do Turismo vai facilitar a avaliação de propostas de apoio a eventos públicos com a participação de artistas reconhecidos regional ou nacionalmente. Aqueles que pretendem se apresentar com cachê custeado pela Pasta devem efetuar o cadastro  no  site www.turismocommusica.turismo.gov.br e anexar os documentos  de identificação do representante legal, em caráter exclusivo, além do portifólio comprobatório referente a sua consagração (portaria nº 16,Portaria MTur nº 16/2017).

“Agora, quando o estado ou a prefeitura solicitarem apoio à realização de eventos, será possível saber, com antecedência e transparência, se o artista - ou banda musical - está cadastrado no Ministério do Turismo. Essa iniciativa comprova a importância que damos ao turismo de eventos e seu papel fundamental na atração de visitantes aos destinos nacionais”, enfatiza o Ministro, Marx Beltrão.

O valor máximo a ser pago é de R$ 200 mil por artista ou banda musical, e os proponentes poderão complementar a quantia, caso planejem um show mais caro. Os recursos serão destinados ao pagamento de cachês musicais, à divulgação do evento (rádio, TV, jornal e revista) e à locação de parte da infraestrutura do evento, como palcos, geradores, tendas e banheiros químicos. O limite para divulgação é de 20% do total do repasse, e para infraestrutura, de 30%.

A verba é restrita a eventos gratuitos, comprovadamente tradicionais e de notório conhecimento popular que sejam realizados por entes públicos. Durante a fase de análise, para obter apoio, estados e municípios precisam apresentar  proposta de preço, juntamente com notas fiscais dos últimos shows realizados com dinheiro público ou privado.

O órgão disponibiliza uma tabela de padronização dos itens de infraestrutura custeados nos eventos.

Ministério do turismo

'Arco-íris de fogo' surpreende moradores de Cingapura


Um raro fenômeno coloriu os céus de Cingapura. A nuvem multicolorida surgiu na tarde de segunda-feira e, por 15 minutos, pôde ser observada por toda a ilha. 

A imprensa informou se tratar provavelmente de um "arco-íris de fogo". O fenômeno ocorre quando a luz do sol é refletida pelos cristais de gelo das nuvens. 

Mas outros afirmaram que poderia ser uma nuvem iridescente, quando a luz contorna um obstáculo, no caso, a nuvem, e acaba se separando em cores (difração). 

Fazidah Mokhtar, que trabalha em uma creche, disse à BBC que observou o fenômeno por volta das 17h10 de segunda-feira (6h10 de Brasília). 


"Começou como um pequeno círculo laranja e então cresceu e cresceu até que todas as cores apareceram...durou cerca de 15 minutos e desapareceu lentamente". 

Ela disse que "todas as crianças da escola, alguns pais e outros funcionários ficaram encantados com o que viam e comentaram que era muito, muito raro ver um arco-íris tão bonito e único". 


Nas redes sociais, usuários fizeram piada com o fenômeno. Muitos o compararam com o Paddle Pop, uma sobremesa congelada muito popular na Austrália e na Ásia que tem a aparência de um arco-íris. 

 G1 Natureza

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Turismo de observação garante preservação ambiental e proteção de espécies ameaçadas


Em Porto de Pedras (AL), o trabalho da Associação Peixe-boi, que realiza atividades e serviços envolvendo a comunidade na proteção do animal e no atendimento a visitantes, colocou o distrito de Tatuamunha, no mapa do turismo alagoano e da proteção da espécie ameaçada de extinção.

O roteiro ecológico faz parte das opções de passeios turísticos da Costa dos Corais, Área de Proteção Ambiental, que vai de Maceió (AL) até Tamandaré (PE), e envolve 13 municípios. São 135 quilômetros de costa rica em capim agulha, alimento do peixe-boi no ambiente marinho preservado.

A comunidade recebe em média 70 visitantes por dia. Durante o passeio de jangada no rio Tatuamunha, o turista acompanha a interação entre os peixes-boi marinho, sua reprodução, alimentação e descanso. O mamífero aquático mais ameaçado de extinção – existem somente 500 na costa brasileira – podem viver até 50 anos e chegam a medir 4 metros e pesar até 600 quilos.

O passeio de contemplação inclui, ainda, a beleza e riqueza da biodiversidade do mangue, considerado o berçário do oceano. O caranguejo Uçá e o Goiamum estão entre as iguarias retiradas do mangue pelos ribeirinhos. A visita de observação ao peixe-boi também beneficia outras atividades como a produção artesanal e o trabalho de pescadores, condutores e remadores.

Assim como em Porto de Pedras, o turismo no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha tem, entre os destaques do roteiro ecológico, a observação de golfinhos rotadores. O arquipélago tem a maior concentração da espécie no mundo. É a região onde os mamíferos aquáticos em vida livre estão mais acessíveis para a população, por meio do turismo. Em 2016, o parque recebeu 91 mil visitantes.

Tamar

O projeto que revolucionou a luta pela preservação das tartarugas marinhas e as belezas naturais fez da praia do Forte, em Mata de São João (BA), um dos principais destinos turísticos do Brasil. O museu do Tamar recebe 600 mil turistas por ano. Além da conservação e pesquisa, o projeto promove a educação ambiental nos ecossistemas marinho e costeiro e o desenvolvimento sustentável comunitário.

O exemplo da praia do Forte se repete em 25 bases de nove estados ao longo de 1,1 mil quilômetros de costa. A observação nos períodos da desova e do nascimento dos filhotes faz parte do roteiro turístico. A visitação se repete nas unidades com potencial turístico. O litoral de Sergipe possui a maior concentração de ninhos de tartaruga no país. Já a base de Florianópolis encerrou 2016 com mais de um milhão de visitantes.

Baleia Jubarte

O turista também encontra na praia do Forte um espaço informativo e interativo sobre a baleia Jubarte (o outro fica em Caravelas, no sul do estado). A costa da Bahia, principalmente o arquipélago de Abrolhos, na divisa com o Espírito Santo, é o maior berçário da espécie. A observação das baleias de perto, pelos turistas, ocorre no período de reprodução, de julho a agosto, e no extremo sul do estado até novembro.

Comportamentos típicos, como a “espiadinha” na superfície e as brincadeiras com as nadadeiras encantam os turistas que se aventuraram em 187 cruzeiros realizados em 2016 para encontrar as ilustres visitantes de 16 metros e 40 toneladas em alto mar. A costa do Brasil chega a receber a visita de 9 mil animais por ano.

A “avistagem” é uma ferramenta eficiente de conservação das baleias, agregando valor econômico à sua proteção. Entre as vantagens do turismo de observação estão impacto ambiental mínimo; caráter educativo; geração de emprego e renda para ambientes remotos e de pouca atividade comercial; incentivo ao setor hoteleiro; contribuição para pesquisa científica e sensibilização da população para o desenvolvimento sustentável.

Outros destinos de observação das baleias jubarte são: Itacaré, Morro de São Paulo e Porto Seguro, todos na Bahia.


Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério do Turismo

sábado, 18 de fevereiro de 2017

Cientistas identificam novo continente no Hemisfério Sul: a Zelândia


Um novo continente, quase completamente submerso, foi identificado por cientistas no sudoeste do oceano Pacífico e batizado como Zelândia. 

As montanhas mais altas dessa nova região, no entanto, já eram nossas conhecidas e despontam na Nova Zelândia, segundo os geólogos. 

Agora, os cientistas estão empenhados em uma campanha para que o continente seja reconhecido.
Um artigo publicado a publicação científica Geological Society of America's Journal afirma que a Zelândia tem 5 milhões de quilômetros quadrados - quase dois terços do tamanho da vizinha Austrália, que tem 7,6 milhões de quilômetros quadrados. 

Critérios

 

Cerca de 94% desta área estão submersos - há apenas poucas ilhas e três grandes massas de terra visíveis na sua superfície: as ilhas do Norte e do Sul da Nova Zelândia e a Nova Caledônia. 

É comum pensar que é preciso que uma região esteja na superfície para ser considerada um continente. Mas os especialistas levaram em conta outros quatro critérios: elevação maior em relação ao entorno, geologia distinta, área bem definida e crosta mais espessa do que a do fundo do oceano.
Mas sendo assim, quantos continentes temos atualmente, afinal? 

A resposta é que, como vários critérios podem ser adotados, falta consenso entre os especialistas sobre esse número.

Oitavo continente?

 

Embora ainda seja ensinada na escola, a divisão em cinco continentes - América, África, Europa, Ásia e Oceania - é considerada deficiente entre os estudiosos porque não leva em conta critérios geológicos. 

Uma outra divisão mescla critérios geológicos e socioculturais, separando, por exemplo, as Américas do Norte (que inclui a Central) e do Sul. 

Europa e Ásia - que às vezes aparecem como um único continente, a Eurásia - tornam-se dois blocos distintos, respeitando as diferenças culturais entre seus povos. 

Somando África, Oceania e Antártida, teríamos assim sete continentes - a Zelândia viria a ser o oitavo.
O principal autor do artigo, o geólogo neozelandês Nick Mortimer, disse que os cientistas vêm se debruçando sobre as informações há mais de duas décadas para provar que a Zelândia é um novo continente. 

"O valor científico de classificar a Zelândia como um continente vai muito além de apenas ter mais um nome em uma lista", explicaram os pesquisadores. 

"O fato de um continente poder estar tão submerso e ainda não fragmentado" é interessante para a "exploração da coesão e do rompimento da crosta continental". 

Mas como a Zelândia vai entrar na lista de continentes? Os autores de livros didáticos devem ficar tensos novamente? 

Em 2005, Plutão foi rebaixado à categoria de planeta anão pelos astrônomos e saiu da lista de planetas, alterando o que as escolas ensinaram durante 80 anos. 

No entanto, não existe uma organização científica que reconheça formalmente os continentes.
Então, a mudança só vai ocorrer com o tempo - se as futuras pesquisas realmente adotarem a Zelândia como o oitavo deles. 

G1

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Nutricionista dá dicas do que comer antes e depois dos exercícios


Tão importante quanto se exercitar é se alimentar de maneira correta. “Alguns alimentos são fundamentais para quem realiza atividades, pois contribuem com determinadas funções, como dar energia durante o treino e recuperar a musculatura depois”, comenta Cyntia Maureen, nutricionista e consultora da Superbom, empresa alimentícia especializada na fabricação de produtos saudáveis.

Antes do treino

O glicogênio muscular é a principal fonte de carboidrato utilizada para a produção de energia durante a atividade física. Segundo a nutricionista, é fundamental manter o estoque de glicogênio muscular durante o exercício, pois, na sua ausência, há limitação da utilização de glicose como substrato energético, o que faz com que ocorra a utilização da massa magra, como combustível de energia. “Os carboidratos de baixo e médio índice glicêmico, como pães integrais, cereais e frutas, como maçã e laranja, liberam a glicose lentamente durante o exercício, poupando o glicogênio e evitando a fadiga muscular. A ingestão desses alimentos é muito importante, uma vez que seu consumo adequado é fundamental para preservar a massa magra”, completa Maureen.


Após a atividade física

Logo após treinar, ou seja, destruir as fibras do músculo, ele precisa de nutrientes para construção muscular e é aqui que as proteínas entram. “No momento do pós-treino, é indicado combinar a ingestão de carboidratos de alto índice glicêmico e de proteínas de rápida digestão para que haja a reconstrução muscular e a reposição dos estoques de glicogênio”, explica.

Outros alimentos importantes para quem pratica esportes são os ricos em vitamina C como morango, laranja, acerola e couve, pois atuam no sistema imunológico e auxiliam na redução de gordura, além de serem poderosos antioxidantes. “Com o consumo balanceado destes alimentos e a prática correta de atividades, a pessoa estará protegida contra doenças e se sentirá mais saudável e disposta, garantindo o equilíbrio ideal entre corpo e mente”, completa a especialista.



Excessos apenas prejudicam

Com a correria durante a semana, algumas pessoas acabam deixando para praticar atividades somente no final de semana, e muitas vezes tentam compensar o tempo perdido praticando esportes e exercícios de alto impacto. Nestes mesmos dias, com a alimentação, acontece justamente o contrário e tende-se a sair da dieta. “As duas práticas não são recomendadas desta forma, pois exagerar no esporte para ‘compensar’ a semana pode contribuir em lesões indesejadas, assim como se segurar na semana e comer de tudo no final de semana como doces ou alimentos gordurosos, apenas desfaz os avanços conquistados. O melhor é o equilíbrio entre as duas rotinas”, sugere a consultora.

A adoração com padrões de corpo fora da realidade é outro fator que colabora para extremismos desnecessários. Muitas pessoas passam mal no treino por irem mal alimentadas ou exageraram nos exercícios, comprometendo-se por meses. “É importante lembrar que cada pessoa possui um perfil e um organismo diferente e é ele que determinará o que é importante para a saúde do indivíduo. Não é recomendado passar mais tempo do que o indicado na academia e é bom se alimentar pelo menos uma hora antes do treino”, finaliza a nutricionista. 

Ciclo Vivo


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Astrônomos descobrem 60 novos planetas vizinhos do Sistema Solar, incluindo uma super-Terra


Uma equipe internacional descobriu 60 novos planetas que orbitam estrelas próximas ao Sistema Solar. O grupo chama a atenção para o Gliese 411b, uma super-Terra (planeta maior que o nosso, mas menor que Netuno) quente e com uma superfície rochosa. 

Além desses planetas em órbita de estrelas, também foram encontrada evidências de outros 54 possíveis planetas adicionais, totalizando 114. Os resultados são baseados em observações feitas durante 20 anos (desde 1996) por meio do telescópio Keck-I, localizado no Havaí. 

De acordo com os pesquisadores, a descoberta demonstra que boa parte das estrelas mais próximas do Sol têm planetas em órbita. A equipe obteve mais de 61 mil observações de 1,6 mil estrelas. O sol de Gliese 411b, a "super-Terra", é a quarta estrela mais próxima do nosso Sol. 

Mikko Tuomi, da Universidade de Hertfordshire, único baseado na Europa, analisou os dados do grupo que revelou a existência dos novos planetas. 

"É fascinante pensar que, quando olhamos para estrelas mais próximas, todas parecem ter planetas em sua órbita. Isso é algo de que os astrônomos não estavam convencidos. Esses novos planesantes para futuros esforços de imagem dos planetas diretamente", disse. 

G1

Holanda oferece bolsas para brasileiros em cursos sobre sustentabilidade e meio ambiente


Pensando em cursar Graduação, Mestrado ou MBA fora do país? A Holanda, através do programa Orange Tulip Scholarship Brazil, está oferecendo 80 vagas para estudantes brasileiros. Entre os cursos disponíveis existem diversos com foco em meio ambiente e sustentabilidade.

O programa é voltado especialmente para estudantes brasileiros com excelência acadêmica. Todas as bolsas são para cursos ministrados em inglês e os benefícios podem chegar até $ 50.000 euros em anuidades mais ajuda de custo.

O número de estudantes brasileiros que escolhem a Holanda como destino tem crescido muito nos últimos anos. O programa Orange Tulip Scholarship Brazil foi criado pelo Nuffic Neso Brazil, em 2012, especialmente para estudantes brasileiros de excelência e com desempenho acadêmico de destaque.

O programa consiste em bolsas, integrais ou parciais, sobre o valor da anuidade (tuition fee), e em alguns casos cobre outros custos (ex.: custos com visto e seguro). O programa abrange cursos de bacharelado completo, último ano da graduação, MBA e mestrado completo, em diversas áreas de estudo.

Ao todo são 35 instituições participantes (veja aqui). É possível selecionar por palavra chave (veja aqui) o curso que deseja, por exemplo, cursos sobre sustentabilidade (veja aqui), meio ambiente (veja aqui) e agricultura (veja aqui).
Todas as bolsas são para cursos totalmente ministrados em inglês e de qualidade internacionalmente reconhecida.

As inscrições podem ser feitas pelo site (veja aqui) até 01 de abril. 

Ciclo Vivo

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Horta cultivada por alunos ajuda a abastecer nove escolas municipais em Palmas


Colocar a mão na terra, manusear sementes e mudas, aprender as práticas agroecológicas e desenvolver valores relacionados às questões ambientais fazem parte da rotina dos 288 alunos, da Escola de Tempo Integral do Campo Aprígio Thomas de Matos.

Os estudantes da zona rural já têm na rotina familiar o contato com o campo. Visando aprimorar e auxiliar estas famílias, os fundamentos agroecológicos são parte da grade curricular das escolas do campo, tendo como laboratório pomares e hortas.

Dentre as cinco unidades rurais de Palmas, uma vem se destacando, a Escola Aprígio Thomas, que desenvolveu um projeto nos últimos três anos capaz de auxiliar na alimentação não só da unidade, mas de outras oito da rede municipal. “A produção de algumas verduras é tão grande, como a das abóboras, por exemplo, que começamos a fornecer em agosto de 2016 para oito Cmeis (Centros Municipais de Educação Infantil)”, afirmou a diretora da unidade, Sônia Aparecida.


Raimundo Nazário é o vigia da escola e o responsável pela horta. Ele, que trabalha há dois anos no Aprígio, é morador da zona rural e tem uma filha que estuda na unidade. Raimundo diz cuidar da horta, e que com a ajuda dos alunos e de alguns colegas ele conseguiu cultivar no solo de cascalho, missão que não foi fácil, mas com dedicação foi possível. “Os professores, a diretora e os alunos ajudam durante as aulas, a minha filha mesmo já plantou feijão aqui e levou umas mudas para gente fazer a horta lá em casa. Era parte de uma aula”, destacou Raimundo.

A escola que atende da Educação Infantil ao 9º ano será modelo para as demais escolas da zona rural, que possuem a mesma grade curricular e já desenvolvem hortas, porém não tão desenvolvidas como a da Escola Aprígio Thomas.

Outro benefício conquistado através do projeto da horta escolar foi a redução dos gastos em energia. A Energisa, responsável pela distribuição de energia no Tocantins, abateu 50% da conta da unidade escolar, pois esta provou que é uma escola que trabalha com produção. O projeto também será utilizado como modelo.


Visando aprimorar ainda mais este projeto a Semed inclui na equipe escolar da unidade uma engenheira agrônoma, que inicia junto com o ano letivo de 2017, auxiliando no projeto e ensinando diversas técnicas aos alunos, que levarão para a comunidade rural da região.

Diversidade da horta

A plantação inclui alface, milho, mostarda, chicória, coentro, cebolinha, salsa, mandioca, almeirão, couve manteiga, abóbora, cenoura, beterraba, quiabo, berinjela, feijão e batata doce. No pomar tem mamão, maracujá, jabuticaba, cacau, banana, coco, laranja, limão, caju, goiaba, manga e acerola. Uma variedade que enriquece a merenda escolar e, além dos benefícios alimentares, tem sido uma forma de aprendizado saudável e criativa.

Prefeitura de Palmas


Fernando de Noronha busca selo de geoparque


Grupo de especialistas uniu esforços para que Fernando de Noronha conquiste o selo de geoparque, título concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que poderá trazer diversos benefícios para o arquipélago.

Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha, unidade de conservação (UC) administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em Pernambuco, é conhecido mundialmente por abrigar belezas naturais singulares. A Baía do Sancho, por exemplo, já foi indicada em diversas publicações como a melhor praia do planeta para se visitar.


Em 2001, a Unesco declarou o Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e a Reserva Biológica do Atol das Rocas como Patrimônios Naturais da Humanidade. Os títulos foram concedidos em virtude das características ecológicas, especialmente a alta frequência de golfinhos-rotadores na região.

Segundo estudo da Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), o arquipélago abriga 43 geossítios, 26 terrestres e 17 submersos. De acordo com Jasmine Moreira, turismóloga da Universidade Estadual de Ponta Grossa, no Paraná, os geossítios representam lugares ou pontos de interesses geológicos.
“O grande diferencial de Fernando de Noronha é que não há nenhum outro local no Brasil que, em uma área tão pequena, tenha um número tão elevado de geossítios”, destaca Jasmine.

Geoparques

Atualmente, existem no mundo 120 geoparques, distribuídos em 32 países. A China detém, sozinha, 33 deles. Já no Brasil, há apenas um: o Geoparque Araripe (Araripe Geopark), localizado no Ceará.

O geoparque é um título concedido pela Unesco a uma área com limites bem definidos, que una proteção do patrimônio geológico e desenvolvimento sustentável. Proteger e promover o patrimônio, mediante iniciativas educativas e sustentáveis estão entre os objetivos de um geoparque. Além de buscar estimular geração de emprego e renda para as comunidades locais, por meio da valorização da sua história e cultura.
Entre as principais vantagens que Noronha terá ao receber o título de geoparque está a possibilidade de atrair recursos, do Banco Mundial, por exemplo, para a realização de projetos, programas e adequação de infraestrutura, promovendo benefícios para as gerações atuais e futuras.


Em 2013, foi criado um Grupo de Trabalho para estudar as diretrizes para a conquista do selo da Unesco. O grupo é formado por representantes do Projeto Golfinho Rotador, Projeto Tamar, ICMBio, Associação Brasileira das Empresas de Ecoturismo e Turismo de Aventura (Abeta), Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade de Pernambuco (Semas), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), entre outros.

Sobre Noronha

Com 26 km² de área, o arquipélago de Fernando de Noronha está situado a 360 km de Natal (RN), 545 km de Recife (PE), 710 km de Fortaleza (CE) e 2.700 km da África. A ilha principal, Fernando de Noronha, possui 10 km de comprimento e 3,5 km de largura. O arquipélago é formado por um total de 21 ilhas, ilhotas ou rochedos e lajedos.


Entre as características exigidas pela Unesco para conceder o título de Geoparque estão: biodiversidade, paisagem, geodiversidade, infraestrutura turística e envolvimento da comunidade. De acordo com Jasmine, Noronha já reúne essas características, faltando apenas ampliar o envolvimento comunitário. O envio do dossiê para a Unesco só será realizado quando a comunidade aprovar a ideia.

Uma das estratégicas sugeridas para que os moradores se envolvam com a questão do selo de Geoparque é a Semana de Geologia, evento que promoveria uma série de atividades na ilha voltadas para a conscientização sobre a importância do selo.


Fonte: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade