segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Turismo de observação garante preservação ambiental e proteção de espécies ameaçadas


Em Porto de Pedras (AL), o trabalho da Associação Peixe-boi, que realiza atividades e serviços envolvendo a comunidade na proteção do animal e no atendimento a visitantes, colocou o distrito de Tatuamunha, no mapa do turismo alagoano e da proteção da espécie ameaçada de extinção.

O roteiro ecológico faz parte das opções de passeios turísticos da Costa dos Corais, Área de Proteção Ambiental, que vai de Maceió (AL) até Tamandaré (PE), e envolve 13 municípios. São 135 quilômetros de costa rica em capim agulha, alimento do peixe-boi no ambiente marinho preservado.

A comunidade recebe em média 70 visitantes por dia. Durante o passeio de jangada no rio Tatuamunha, o turista acompanha a interação entre os peixes-boi marinho, sua reprodução, alimentação e descanso. O mamífero aquático mais ameaçado de extinção – existem somente 500 na costa brasileira – podem viver até 50 anos e chegam a medir 4 metros e pesar até 600 quilos.

O passeio de contemplação inclui, ainda, a beleza e riqueza da biodiversidade do mangue, considerado o berçário do oceano. O caranguejo Uçá e o Goiamum estão entre as iguarias retiradas do mangue pelos ribeirinhos. A visita de observação ao peixe-boi também beneficia outras atividades como a produção artesanal e o trabalho de pescadores, condutores e remadores.

Assim como em Porto de Pedras, o turismo no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha tem, entre os destaques do roteiro ecológico, a observação de golfinhos rotadores. O arquipélago tem a maior concentração da espécie no mundo. É a região onde os mamíferos aquáticos em vida livre estão mais acessíveis para a população, por meio do turismo. Em 2016, o parque recebeu 91 mil visitantes.

Tamar

O projeto que revolucionou a luta pela preservação das tartarugas marinhas e as belezas naturais fez da praia do Forte, em Mata de São João (BA), um dos principais destinos turísticos do Brasil. O museu do Tamar recebe 600 mil turistas por ano. Além da conservação e pesquisa, o projeto promove a educação ambiental nos ecossistemas marinho e costeiro e o desenvolvimento sustentável comunitário.

O exemplo da praia do Forte se repete em 25 bases de nove estados ao longo de 1,1 mil quilômetros de costa. A observação nos períodos da desova e do nascimento dos filhotes faz parte do roteiro turístico. A visitação se repete nas unidades com potencial turístico. O litoral de Sergipe possui a maior concentração de ninhos de tartaruga no país. Já a base de Florianópolis encerrou 2016 com mais de um milhão de visitantes.

Baleia Jubarte

O turista também encontra na praia do Forte um espaço informativo e interativo sobre a baleia Jubarte (o outro fica em Caravelas, no sul do estado). A costa da Bahia, principalmente o arquipélago de Abrolhos, na divisa com o Espírito Santo, é o maior berçário da espécie. A observação das baleias de perto, pelos turistas, ocorre no período de reprodução, de julho a agosto, e no extremo sul do estado até novembro.

Comportamentos típicos, como a “espiadinha” na superfície e as brincadeiras com as nadadeiras encantam os turistas que se aventuraram em 187 cruzeiros realizados em 2016 para encontrar as ilustres visitantes de 16 metros e 40 toneladas em alto mar. A costa do Brasil chega a receber a visita de 9 mil animais por ano.

A “avistagem” é uma ferramenta eficiente de conservação das baleias, agregando valor econômico à sua proteção. Entre as vantagens do turismo de observação estão impacto ambiental mínimo; caráter educativo; geração de emprego e renda para ambientes remotos e de pouca atividade comercial; incentivo ao setor hoteleiro; contribuição para pesquisa científica e sensibilização da população para o desenvolvimento sustentável.

Outros destinos de observação das baleias jubarte são: Itacaré, Morro de São Paulo e Porto Seguro, todos na Bahia.


Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério do Turismo

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