domingo, 26 de agosto de 2012

Uso de agrotóxicos traz problemas ambientais e já causou até um crime


Na Chapada do Apodi, no Ceará, os lotes do perímetro irrigado são pequenos, tem de quatro a 12 hectares. Milho verde é colhido praticamente o ano inteiro, por isso, tem plantio quase todo dia. A semente tem a cor avermelhada porque já vem tratada com veneno, mas antes do plantio, ainda recebe o reforço de um inseticida.
O técnico agrícola José Erivânio foi contratado especialmente para lidar com os agrotóxicos e garante que trabalha sempre usando o equipamento de produção individual, o epi.
Em outra propriedade, Luís Carlos Castro produz semente de milho, sorgo e feijão. Ele toca 200 hectares de terra em parceria com outros agricultores e afirma que controlar pragas e doenças é fundamental para o sucesso do negócio.
No caso da ferrugem, o controle é feito com aplicação de fungicidas. Os produtos vão direto para o pulverizador e as embalagens vazias passam pela tríplice lavagem. A água residual também vai para o pulverizador. Os frascos de veneno são inutilizados imediatamente e o trator usado na pulverização tem cabine pressurizada para reduzir o risco de contaminação do condutor. O equipamento, conta Luís, custou cerca de R$ 340 mil.
Uma área construída especialmente para lidar com veneno, abriga o depósito de agrotóxicos, todos com receituário agronômico, conforme determina a legislação. A estrutura ainda conta com uma sala para guardar embalagens vazias, uma para o tratamento de sementes, lavanderia para lavar os equipamentos e banheiro químico para o banho depois do serviço. A água do chuveiro e do tanque vai para uma fossa química equipada com carvão ativado. O custo ficou em torno de R$ 50 mil.

G1

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