sábado, 21 de julho de 2012

Conhecimento popular é destaque na 64ª da SBPC em São Luís


Com o tema "Ciência, cultura e saberes tradicionais para enfrentar a pobreza" a reunião anual da SBPC, em São Luís, começa oficialmente amanhã (22), mas o Centro Histórico da Capital recebeu ontem o "Curto Circuito", uma intervenção urbana de arte educativa anunciando a SBPC Jovem 2012.
Entre as modalidades: oficinas de origames, intervenções artisticas e ações interativas com o público. No quintal de casa, seu José e dona Paula cultivam uma horta há mais de duas décadas. Plantam hortelã, erva cidreira, santa quitéria, boldo, entre outros.
São muitas espécies que utilizam como remédios. Não são os médicos que dão a receita, mas eles sabem para que servem cada uma delas. Tudo o que aprenderam foi passado de geração para geração. A experiência também os ensinou a conhecer as contra-indicações dessas ervas.

Um saber tradicional também respeitado pelos filhos, que confiam no poder de cura das plantas. Seu José e dona Paula nem imaginam que o que eles fazem também é ciência. É o saber tradicional, o conhecimento popular que sempre desperta o estudo de cientistas, pesquisadores que buscam descobrir qual o princípio ativo responsável pelo poder de cura das ervas medicinais.
O trabalho dos pesquisadores é provar cientificamente se essas espécies plantadas em casa e consumidas pela população realmente funcionam como remédio para tratar e até curar alguns tipos de doenças.
No herbário da Universidade Federal do Maranhão, onde são cultivadas muitas espécies, os pesquisadores analisam também as plantas que, ao contrário do que se pensa, podem fazer mal. Muitas pesquisas concluídas no herbário da UFMA já mostraram que grande parte das plantas cultivadas pelas comunidades são eficazes. Tanto que 38 tipos de medicamentos já são produzidos e comercializados pelo laboratório.
É esse saber popular, do leigo, do senso comum, testado e provado pelos cientistas que mostram como a ciência é um bem de todos. Um trabalho que será apresentado pelos pesquisadores maranhenses durante a reunião anual da SBPC.

G1
 

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