domingo, 8 de julho de 2012

Sem avanços após quase dois meses de greve, alunos da UFPB apóiam professores e reclamam do governo


Os docentes da Universidade Federal da Paraíba paralisaram suas atividades no dia 17 de Maio e até agora não houve nenhum avanço em relação às negociações com a União. Nas duas oportunidades em que uma reunião entre as partes foi agendada, o governo acabou desmarcando o encontro. Alguns alunos que estão sem aulas há quase dois meses se sentem prejudicados com a falta de diálogo por parte do governo federal.
“Eu não estou gostando de ficar sem aula e de atrasar meu curso, mas eu vejo que essa greve dos professores é algo maior do que eu”, ponderou Renato Costa, 22, estudante do 8º período de Ciências Biológicas
Boa parte dos estudantes concorda com as reivindicações dos grevistas. Um grupo destes universitários está ajudando na criação de um comando de mobilização estudantil, espaço onde será discutida a organização das pautas dos alunos, além de informar os outros estudantes sobre a greve.
“A questão é ser a favor de uma universidade com maior qualidade, melhores condições de trabalho pros professores e servidores, além de condições de permanência e assistência estudantil”, contou Pablo Cartaxo, estudante do 12º período de medicina.
ervidores da instituição também se sentem prejudicados com a paralisação, pois perderam algumas vantagens com o início da greve, como a interrupção das aulas nas creches e escolas básicas ligadas a UFPB. Mas os trabalhadores não desaprovam a greve e sim a atitude dos governantes.
Estou em greve, acho a luta justa, mas tenho muita pena dos ‘brasileirinhos’ que, por causa da não negociação por parte do Governo Federal, estão sem aula” contou Caroline Mangueira, servidora técnica administrativa de 34 anos.
Segundo o Mpog, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, a pauta de reivindicações dos docentes e de outros 50 sindicatos que representam servidores públicos federais estão sendo analisados separadamente. A expectativa é que o governo apresente proposta para todas até 31 de julho. O prazo final para responder a todas as reivindicações é 31 de agosto, quando o Poder Executivo tem que encaminhar a Lei Orçamentária de 2013 para ser aprovada no Congresso Nacional.

Paraiba.com

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