quinta-feira, 22 de março de 2012

Mortes ligadas a tabagismo triplicam em uma década, diz relatório


As mortes relacionadas ao tabagismo praticamente triplicaram na década passada e grandes empresas de tabaco estão atrapalhando os esforços públicos que poderiam salvar milhões de vidas, disse um relatório conduzido pelo grupo World Lung Foundation (WLF).
No relatório, que marca o décimo aniversário do primeiro Atlas do Tabaco, a WLF (sigla em inglês para Fundação Mundial do Pulmão) e a Sociedade Americana de Câncer afirmaram que, se a tendência atual continuar, um bilhão de pessoas morrerão pelo uso do tabaco e pela exposição ao cigarro neste século – uma pessoa a cada seis segundos.
O tabaco matou 50 milhões de pessoas nos últimos 10 anos e é responsável por mais de 15% de todas as mortes de indivíduos do sexo masculino e por 7% das mortes de indivíduos do sexo feminino, indicou o novo Atlas do Tabaco.
Na China, o tabaco já é a principal causa de morte – responsável por 1,2 milhão de mortes por ano – e o número deve subir para 3,5 milhões por ano até 2030, apontou o relatório.
Isso faz parte de uma mudança mais ampla, dentro da qual os índices de tabagismo no mundo desenvolvido estão decaindo, mas os números aumentam nas regiões mais pobres, disse Michael Eriksen, um dos autores do relatório e diretor do Instituto de Saúde Pública da Georgia State University.
Se não agirmos, as projeções para o futuro serão ainda mais mórbidas. E o peso das mortes causadas pelo tabaco está cada vez mais no mundo em desenvolvimento, em especial na Ásia, no Oriente Médio e na África", disse ele em entrevista.
Quase 80% das pessoas que morrem de doenças relacionadas ao tabagismo agora vêm de países de renda baixa e média. Na Turquia, 38% das mortes de homens são decorrentes de doenças relacionadas ao tabagismo, embora o cigarro permaneça a principal causa de morte de mulheres norte-americanas também.
O diretor-executivo da WLF, Peter Baldini, acusou a indústria de tabaco de explorar a ignorância sobre o efeito real do tabagismo e de "desinformar para subverter as políticas de saúde que poderiam salvar milhões".

IG

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