sábado, 23 de março de 2013

Especial Água 2013: Saneamento é gargalo


As questões ligadas ao déficit de saneamento no Brasil também têm de merecer atenção especial neste ano dedicado à cooperação pela água. Para o gestor da Unidade de Negócios da Mizumo, Giovani Toledo - referência nacional em sistemas pré-fabricados para tratamento de esgoto sanitário –, ainda é longo o caminho para que a sociedade atue em favor da preservação dos recursos hídricos, nos níveis ideais de atendimento às necessidades futuras e atuais da humanidade. “De um entendimento geral da sociedade quanto aos fatores envolvidos, dependerá a superação dos desafios que se desenham atualmente: poluição, desperdício, falta de tratamento de esgoto, uso racional dos recursos hídricos, criação de políticas eficientes de captação, distribuição, armazenamento e abastecimento de água”, relata.

No âmbito público, defende Toledo, é essencial haver um compromisso com políticas de saneamento que promovam investimentos nos serviços de ampliação do acesso à água tratada e ao esgotamento sanitário. Conforme dados divulgados em 2011 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais de 70% dos municípios brasileiros não têm projetos estruturados nessas áreas. “A universalização desses serviços é um grande e urgente desafio no Brasil. São necessários esforços coletivos no sentido de garantir às pessoas o acesso a serviços básicos. Paralelamente, as indústrias devem intensificar o desenvolvimento de tecnologias e de produtos que favoreçam a proteção dos recursos hídricos e a reutilização de água. Se bem aproveitado, este Ano Internacional de Cooperação poderá ser muito útil para a adoção de medidas efetivas, destinadas à ampliação dos serviços de saneamento básico e incentivo ao uso racional da água. A hora é agora!”, pondera.

A parcela de cada cidadão


A todos nós, cidadãos comuns, moradores de grandes e pequenas cidades, também cabe uma parcela de cooperação para o sucesso dessa rede global em prol da água.

Pesquisador do Laboratório de Instalações Prediais e Saneamento, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), de São Paulo, Luciano Zanella sugere algumas medidas simples – e relativamente baratas – para redução do desperdício, manejo racional e reuso da água. Entre elas, ele destaca o investimento em equipamentos economizadores, como o arejador, acessório usado em torneiras com a função de misturar ar à água, dando a sensação de maior volume, mantendo assim o conforto do usuário e economizando água.

Para Zanella, outra medida positiva já aplicada no Brasil é o uso de bacias sanitárias em tamanho padrão, de 6,8 litros. Elas são consideradas de baixo volume de descarga, se comparadas a modelos antigos, que consumiam até 15 litros em apenas uma descarga, após o uso do vaso sanitário. As válvulas de descarga dupla também são viáveis para instalação doméstica, liberando volumes diferenciados de água para dejetos líquidos e sólidos.

Revista Ecologico

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